sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Experiencia... vou conseguir comentar isto?



Cada vez gosto mais da rapariga que se vai embora. É frontal sem ser agressiva e reage normalmente às coisas. Acabou por ser "tramada" pelas pessoas a quem recorreu e confiou. Porque ao invés de se esforçarem para encontrar um ocupante para o quarto que pudesse ocupá-lo já, foram cá meter uma que vai aparecer quase a meio de Janeiro!

Forçando assim a que a rapariga tenha de pagar a renda do mês que estava a tentar poupar. 


Não achei bonito. Principalmente por toda a "pressa" em meter cá aquela nova italiana. Nunca vi tal coisa acontecer. Já assinou contrato e tudo. 42 dias antes! Após deixar de pensar no assunto, concluí que o rapaz aproveitou a oportunidade e deve ter pensado com aquele "cérebro" que só os homens usam... 

Porque ele não trouxe pessoas para ver a casa. Ele trouxe aquela rapariga. E para ser honesta, não me pareceu que ela estivesse com vontade de se mudar. A sensação que deu foi que estava a ver por ver, como gesto de cortesia após a insistência de que foi vítima. Aceitou vir espreitar mas não precisava mudar-se. Tanto assim é que só deu um mês de aviso onde quer que seja que está, depois dele a convencer. Ela nem espreitou a casa. Foi ele que a persuadiu ao sublinhar as dimensões dos espaços (a gaja é daquelas que tem uma tonelada de cangalhada), tentou aliciá-la com o facto do WC ser na praticamente todo para ela. E falou do armário. Ora, qual é a mulher que adora estar rodeada de porcarias de beleza e moda, que não se sentiria atraída por um quarto maior, melhor, com WC exclusivo?

É possível que ele já tenha dormido com ela e gostado da experiência. Já existiram umas tantas que foram cá metidas sorrateiramente e na manha seguinte deparei-me com duas desconhecidas a usarem a casa, a descerem dos quartos para a sala, a pegarem os seus pertences ali deixados... Enfim, de facto não é muito bonito não avisar que se vai trazer pessoas para passar a noite.

Por cortesia. O que fazem nada me diz respeito mas fazerem-me passar pela experiência de nao saber que vou acordar com estranhos dentro de casa não é simpático. Esta é uma casa de "ocupação única" - que é o que os senhorios escrevem quando não querem casais. Na prática devia ser assim, mas depois os respectivos - temporários ou permanentes - sempre aparecem. Mas é bom que assim seja,  porque a maioria (os decentes) não abusam e não se transformam numa carga extra que os outros têm de suportar.

A forma para contornar isso que o casal anterior arranjou, foi arrendar um outro quarto. Será que a intenção deste passa por algo parecido? Passo a explicar: pelos vistos enquanto estive de férias em Portugal, existiram conflitos. E todos tiveram origem nele ter dado uma festa em que as pessoas ficaram bêbadas e foram barulhentas. 

A rapariga que vai sair mostra-se compreensiva. Mas a italiana que entrou com ela foi bem clara desde o início: não quer que metam pessoas cá na casa e quando estas ficarem cá a dormir ela quer saber. Não está para acordar e deparar-se com um estranho no meio da sala - entendo-a perfeitamente e nisso fico do lado dela. 

Então uma rapariga dormiu no quarto com ele...

Ora, a italiana que chegou com esta que se vai embora, foi clara desde o início: se alguém passar cá a noite, ela quer ser informada, não está para se deparar com um estranho dentro de casa. E eu concordo. Mais que não seja por respeito. Ninguém quer privar os outros de ter a sua vida privada. Mas a vida privada dos outros também não deve ser a que sofre golpes. Tem de ser meio-meio.

Outra coisa que essa italiana disse foi que nos dias em que trabalha, não quer barulho. Não quer festas, precisa de acordar cedo. E o que ele fez (assim que eu virei as costas, vou frisar) foi exatamente isso. Esta italiana não tem papas na língua. Só peca por pensar muito na forma como os outros a incomodam e não o inverso. Mas admiro-lhe a frontalidade e a forma como expõe a sua perspectiva.

Espero que estas palavras não me venham morder, ehehe.
Bom, mas sendo assim como é, sendo um obstáculo à vida boémia que o tipo quer discretamente levar, mesmo sendo italiana, eles aguardam que ela vá embora de vez. Tenho a certeza disso. A que vai sair diz que não é culpa do rapaz, se as pessoas ficaram bêbadas e fizeram barulho, ele não podia mandá-las embora...

A primeira coisa que ele fez quando esta nova rapariga veio para ver o quarto foi levá-la para a cozinha, abrir o congelador de onde tirou uma garrafa de álcool e quis que ela bebesse, dizendo que era coisa "muito forte" e muito boa.

Bom... se vais embebedar os teus amigos, então tens responsabilidade sim.
Há que saber dar festas e fazer convívios sem ser preciso fazer algazarra e chegar à bebedeira.

Compreendo o descontentamento da outra.
E não me passou despercebido o sorriso e interesse no olhar que o rapaz exibiu quando me ouvi, com esta outra italiana, a trocar umas palavras mais rápidas. É que eu aproveitei que não havia ninguém na sala às 8h da manhã para passar um programa de TV para o computador (programas antigos não têm o privilégio de poder andar atrás no tempo, replay, etc. Podem apenas ser gravados). Passados uns 25 minutos oiço ela descer à sala mas nunca pensei que ia querer ver TV tão cedo, sendo a primeira coisa que lhe apetece fazer. A forma como me abordou foi dizer-me para não deixar as coisas ali porque ela quis ver TV e não tinha como. E eu agitei-me, porque nunca ocupo a TV quando outras pessoas estão na sala e se aparecem, sempre pergunto insistentemente se querem que desligue para serem elas a ver TV.  A forma como ela fala é agressiva e até radical. Mas não creio que tenha maldade no coração e isso para mim é mais importante que uma personalidade forte.


AGORA, depois deste looongo texto, vou tentar comentar!
Consegui fazer o log-in através de outra conta. Acho que pode resultar, porque outras coisas que não estavam funcionais noutras plataformas pareceram "curar-se". Aconselho vivamente a quem usa os seus computadores, a terem pelo menos outra conta de log in. Assim, se algo acontecer que vos impeça de usar o computador, usar uma conta diferente pode ajudar. Claro que os conteúdos de uma e de outra são exclusivos. Pelo que aquela "foto ou video"... esquece.

Um abração e obrigado pela paciência
(devem estar cansados de relatos sobre estes dramas domésticos)


quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Receios



Ainda o receio. 
Ontem dei com um anúncio de um quarto para alugar na casa que abandonei em Março. Não apenas um quarto, mas o pequeno, do qual gostei tanto. A novidade é que agora é uma casa só para mulheres. Finalmente, as preces de muitos que lá viveram - todos realmente, podem ter sido escutadas: e o gajo foi embora.


Ou então não...
Mudou-se para a casa da senhoria. Afinal, era isso que ela me pediu para fazer: como ia emigrar no Verão (e levá-lo junto), precisava de alguém de confiança e propos-me ir morar para a casa dela, enquanto a ajudava a alugar os quartos da outra. Ora, o rapaz, um egoísta invejoso que já tinha ferrado os interesses dele na senhoria, só de imaginar-me numa posição de alguma influência e proximidade com a senhoria - coisa que queria exclusiva sua - tratou de ser mais "agradável" comigo assim que lhe dei dinheiro suficiente para armazenar para as contas da água e gás. 

Bom, mas tudo isto para vos contar que receio que seja um sinal. Uma forma das energias cósmicas estarem a dizerem-me que não é coincidência esta casa estar a virar italiana e na mesma altura o quarto na outra vagar.

Não que ache que deva regressar. Não. Cheguei à conclusão que "não se deve regressar ao local onde já se foi feliz". Entendo essa expressão. A felicidade não se repete. E o passado é o passado. Cada vez mais percebo isso. Também tem ajudado perceber que as preocupações com o futuro também possam não ajudar. Mas aí já é um pouco mais difícil. Pois se no presente pode-se ditar o futuro, não convém pensar no que se deseja «amanhã» para lá chegar «hoje»?

A somar a estas coincidências, a rapariga que vem tomar o quarto vem assinar contrato hoje. Para um quarto que vai tomar apenas a 4 de Janeiro!!! Falta mais de um mês. Nunca vi tal coisa. Eu assinei o meu uns dias depois de cá vir morar, a rapariga que cá estava semanas antes de mim (italiana) assinou-o muito depois de eu cá estar e a «que vai embora» também assinou contrato muito depois de cá estar a morar. Nenhuma teve este tratamento.


A «rapariga que vai embora» não tem dormido em casa. Nem estado em casa. Depois daquela vinda do senhorio, «eclipsou-se». Será que sabe algo que ainda não sei?


É que é estranho, só isso. O senhorio não faz o género de quem aceita perder um cêntimo. E vai assinar um contrato de arrendamento com mais de um mês de antecedência? Quem lhe vai pagar o mês de Dezembro?

«A que vai embora», legalmente, terá de pagar. Mas toda esta comoção deu-se exatamente por ela não desejar isso. Já que só estará na casa uns 6 dias nesse mês, quer economizar o dinheiro. Da forma como o senhorio está a fazer, ela não tem quaisquer garantias. Está mais prejudicada agora que antes. Sinto que há marosca... NINGUÉM vai bater à porta e aceitar vir ocupar esta casa apenas pelo mês de Dezembro - pagar renda total + depósito, ir passar o Natal junto da família... e por apenas uns dias pagar a renda para que a «que vá embora» não tenha de o fazer.



Fazia muito mais sentido procurar já alguém definitivo- Alguém que viesse em Dezembro para ocupar o resto do tempo. Isso faz sentido. Estas cinco semanas de "reserva antecipada" do quarto faz-me temer o poder e a pressão que a italienada pretende impor nesta casa. 

Vai ser horrível ouvir italiano o dia todo... Nem uma palavra em inglês e um grande alarve... Mais o "esta casa é nossa" e a ausência e comunicação e vontade de comunicar. Se já eram quase nulas, agora que conseguiram a quase 100% os seus intentos de cá enfiarem uma italiana e ver se me empurram daqui, o que será que vem aí? 


Sinto-me como, com perdão pela comparação mas no significado da coisa, como a judia que está no meio de simpatizantes nazis... Quando a situação os favorecer de vez, é «extermínio».

Ou posso estar errada e... ainda conseguir uma convivência de isolamento e separação, porque isso nunca mostraram interesse em alterar, mas tolerável.

Não entendo mesmo é como a tipa vai assinar contrato para só cá vir por os pés em Janeiro! Será que lhe vai dar uma chave? Se bem que, para cá entrar, ela nem precisa... tem cidadania italiana, é o que basta. Todos lhe abrem a porta e até a deixam destrancada para que entre há vontade.

Mas a outra "desapareceu" e esta "vem marcar lugar". O senhorio com tanta pressa para dar o quarto a alguém que facilmente não teria sido a sua escolha por uma questão lógica de só querer pagar o quarto no mês seguinte. Nenhum senhorio dá preferencia a isso. Mas como é uma "amiga"... será que ele não vê que os "amigos" de uns não vão querer se dar com os restantes? 

Prefiro desconhecidos. O mesmo pé de igualdade. Nada de favoritismos, nada de «grupos» e esquemas para prejudicar outras pessoas.

Desculpem regressar a este tópico.




quarta-feira, 28 de novembro de 2018

barreira comunicativa


Caríssimos...
Só para avisar. Andei aqui a apagar cookies e não sei se é coincidência ou não, não consigo comentar os meus posts nem os vossos. Nem sei se voces conseguem comentar estes. Dá para escrever, e permite o publicar, mas não aparece nada. Já vos aconteceu?

Se tem tentado deixar aqui um comentário e não conseguiram, respondam pelo endereço de email. Obrigada.

PS1: Não. Não consigo responder-vos. Não deixa... Nem o icone de identificação e o nome aparecem, embora consiga escrever. Quando carrego em publicação ou visualização retoma a uma caixa em branco e nada é publicado. Mas ainda bem que vocês não têm esse problema.

Diferentes reflexos


Deve de existir alguma coisa errada com os meus olhos.
Quando vejo o meu rosto reflectido num espelho normal, penso: "OKaaay..."



Mas quando me devolve o mesmo rosto numa ligação de Whatsapp ou Messenger... Jesus!




O que é aquilo??!?!

O valor do comércio justo


Estava a olhar para a secção de filmes em DVD.
Uma tecnologia já a cair em desuso, mas que ainda vai encontrando quem dê dinheiro por ela. O que me apanhou a atenção foi os diferentes preços dos filmes. O valor mais baixo correspondia a 3 libras e depois mesmo ao lado desse dvd surgia outro com o custo de 5. Haviam outros a 10, 12, 15, 25, 35...

Ora, os preços são baseados no "sucesso" que o filme obteve, não no valor dos custos de produção de se mandar fazer um DVD. Porquê temos de pagar mais por um filme da saga "Alien" e menos por um da saga "Sozinho em Casa?".


O processo de fazer o DVD é exatamente o mesmo. Uma caixa plástica, um disco plástico, uma gravação. 

Quando vamos ao cinema o preço dos bilhetes é standard. Não cobram mais se o realizador é mais afamado versus um desconhecido, não se paga mais se o filme faz parte de uma série apreciada ou se é uma história nova. O valor do ingresso É o mesmo.


Compreendo que nas receitas, os filmes precisem ser diferentes, pois certamente os custos de produção de um filme cheio de efeitos especiais é diferente de uma comédia romântica que se passa num apartamento.

É na indústria dos DVDs que as produtoras procuram a maior margem de lucro. Por isso aquele pedaço de plástico igual ao de outro em tudo idêntico, custa MAIS. O filme "Alien" teve mais espectadores ou é, com o passar do tempo, mais apreciado que "Sozinho em casa". 

E por isso, senhores, Dead Pool 2 - o filme que esteve durante o verão nas salas de cinema, estava ali na prateleira. Aliás, o último e o primeiro, seguido de um pack incluindo os DOIS filmes. 

Mas o que eu vi e gostei foi disto: 


Uma secção de discos em Vinil, com grandes exitos. Adoro vinil e na casa de meus pais ainda se encontra um gira-discos que tem anos, mas foi só utilizado por mim. O prazer e o SOM fantástico (antes do meu pai destruir os cabos e danificar a antiga peça) é único. Realmente único. E muito mais potente e agradável de ouvir.

https://www.youtube.com/watch?v=Sv0iZ8FDNzM

Não se deixem é enganar pelas etiquetas de preço. Estão espalhadas ao acaso. Bem debaixo do album que me chamou a atenção, vem um valor de 10 libras. Na realidade custa 25. Compravam?

Achei que são poucos temas neste hit.
Falta o Princes of the UniverseI want to break free
Who wants to live ForeverI want it all
a colaboração Under Pressure,
Love of my life, A Kind of Magic,
Friend will be Friends,
Too much love will kill you e cansei.
A lista das omissões famosas é extensa, eheh.

PS: Também fui dar uma vista de olhos nos valores de passagens de avião. Interrogo-me sobre o mesmo. Se os custos de viajar agora ou viajar no Natal são os mesmos, para quê os valores têm de ser tão exorbitantes? É a margem de lucro. É a oferta-procura... Natal, muitos desejam viajar para junto das famílias. Toca a cobrar-lhes caro por isso. Está certo, se fosse muito barato os voos estavam lotados mas, durante o resto do ano, isso não é problema. Chega o verão, as férias, toca a cobrar mais. O natal, cobram mais. Devia ser como algumas lojas fazem agora: campanhas promocionais com valor mais baixo, porque assim mais pessoas compram o produto e aumentam as vendas. Como sabem que voar não é bem o mesmo que precisar de um serviço diferente que pode ser providenciado por outros, aliás pode, mas o lobbie da aviação não permite grandes oscilações de valores por parte da concorrência. E é assim que funciona o nosso mundo. Vendem-nos coisas por valores que correspondem não ao custo de produção com um x de margem de lucro. Colocam o valor das coisas em cima do supérfluo: o prazer, a satisfação, o poder ser diferente, o estar ao acesso de apenas algumas pessoas... 

Boas festas!
(antecipei-me, pronto)

terça-feira, 27 de novembro de 2018

E quando menos esperas...


Validam o que tu sentes.
E então descobres que não estás a ver as coisas pelo prisma errado.


Havia dito ao senhorio que lhe queria falar. Havia uma alta probabilidade de me encontrar sozinha em casa hoje e ele ficou de cá passar.

Acontece que não estava sozinha. A rapariga que vai sair estava na casa. Comecei a conversa não pelo tema que mais me preocupa: os italianos. Mas por aquilo que me afecta: a possibilidade de poder sair desta casa um dia - caso a freguesia dite que o quarto onde estou a dormir não corresponde às dimensões mínimas aceites. 

Comecei a conversa por aí e percebi que ele ficou aliviado. Intuiu que tinha algo sério para lhe dizer. E tinha mesmo. Mas ia deixar o assunto surgir naturalmente. Algures na conversa, com certeza, a oportunidade ia apresentar-se. E esperava que a rapariga que vai sair se afastasse um pouco, para abordar o tema que para mim é delicado e difícil.

Imaginei-o na minha cabeça vezes sem conta. Mas tenho e sempre terei dificuldades em expor o lado menos bom das pessoas. Sou muito reservada nesse aspecto e prefiro manter o que sei para mim. 

Não precisei entrar no assunto. A rapariga que vai sair trouxe-o à baila espontaneamente, quando o senhorio mencionou a nacionalidade da "nova" inquilina. Ela disse que eu estava triste por ela sair. E eu confirmei. E sem eu abordar o tema, ela conta que a casa tem demasiado italianos, que é verdade que eles só falam italiano, convivem entre si e não te integram nas conversas. Se lhes dirigirem a palavra e perguntarem por algo - contou ela, eles respondem. Mas não tomam a inciativa e não te permitem que te dês com eles.  

Fiquei agradecida.
Ela explicou-o tão bem e o senhorio percebeu.

Isto não vai mudar em nada a minha condição nem o facto de mais uma italiana vir morar para esta casa. Vou há mesma ter de conviver dentro destes parâmetros. Mas fico contente por ao menos a noção do que se passa cá dentro der passado para o conhecimento do senhorio.

Bons ventos não se avizinham mas, como em tudo, eu me manterei estóica a aguentar cada golpe. Sou aquele touro na arena... A surpresa é que nunca falei deste assunto com ela. Por isso não sabia que pensava e sentia o mesmo. Qualquer possibilidade de ser "problema meu" e não dos outros voou pela janela. 

Ela foi tratada pelos italianos com mais simpatia que aquela que eu recebi. Mas por vezes também achei que acabavam por a excluir ao limitar as conversas para a língua italiana. Ora, se estás a conviver ou a tentar conviver com estas pessoas e elas não falam a língua que todos têm em comum, preferindo falar na delas, automaticamente a outra pessoa sai do círculo.

Que ela partilhasse da mesma sensação que eu, desconhecia!

Acabei por não dizer nada, ela disse o essencial por mim.
Há coisas piores a precisar serem ditas mas creio que o tempo possa funcionar a meu favor. Geralmente é o que acontece. Se terem tornado esta casa num "italian only" resort for aumentar os seus comportamentos de exclusão, terei de o suportar. Mas, como disse, não pretendo sair daqui. E um dia, quando um outro quarto vagar, espero que seja o senhorio a escolher quem vai cá meter dentro. Ele agora percebeu que não lhe estavam a facilitar a vida. Mas a querer tornar a deles mais fácil.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Em cima do muro



Humpty Dumpty tornou-se uma metáfora para alguém que não toma uma posição. 

Últimamente tem-me incomodado perceber que há quem passe pela vida sem levantar ódios, simplesmente por ser um Humpty Dumpty: tem opinião, mas fica em "cima do muro". Não faz nada que levante polémicas, não toma partidos, não aquece nem arrefece, não faz sol nem faz chuva, não emite calor nem emite frio. 


Porra. Passar uma vida inteira assim... 


sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Querem presentes?


Têm UMA SEMANA para pedir à "mãe" Natal - aqui a vossa Portuguesinha.


Gosto muito de comprar algo para dar a alguém. Sempre gostei. Pode até ser um saco de maças, uma coisinha pequena e não necessariamente dispendiosa. Se estivesse à vontade financeiramente, penso que era capaz de oferecer Ferraris, ahahah. 

Mas pronto. Passo a explicar. Apetece-me fazer um "amigo secreto" mas sem receber nada em troca, com vocês, blogueiros. Tudo o que preciso é boa vontade, espírito de aventura e... um endereço. Não têm de dar endereço de casa, nem eu quero. Não sei se sabem mas, podem pedir para as vossas encomendas ficarem guardadas na Posta Restante dos CTT. Só têm de saber o endereço COMPLETO dos correios mais próximos de casa, confirmar com eles essa cena da Posta Restante (faço isso há uns 10 anos e na altura um funcionário ainda estava na dúvida... mas muitas pessoas usam). Paga-se uns 80 centimos apenas, por cada encomenda ali guardada. Eles guardam durante um mês. Mas é melhor não contar muito com isso. Não avisam quando a encomenda está disponível. Tens de ir perguntar se já chegou uma com o teu nome. Precisas de ter um documento de identidade válido, assinar um aviso de levantamento, "abandonar" os 80 centimos (se calhar mais actualmente) e receber a surpresa!


Alinham?


Gostava que alinhassem. 
Acho giro, ehehe

Podem receber um alfinete, um pano para as mãos, um vasinho, um boneco, uma caneta... coisas baratas - pretendo também colocar esse desafio. Procurar algo que combine ou achas que combina com a pessoa e tentar encontrar no «departamento» dos produtos baratos. Não vos vou poder enviar um anel em ouro, mas se quiserem arranjo em pechebeque... ahahah.



UMA SEMANA.
Campanha "presente mistério".

Fico a aguardar aqui nos comentários. :) 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Black Friday



Como é aí em Portugal esta loucura importada da Black Friday?

Isto é de loucos. Estão a anunciar isto em tudo o que é publicidade, sobre todo o tipo de produto. 50%, 25% 80% de descontos.... tudo TRETA. Até nas passagens aereas - que não sofreram nenhuma alteração de preço que tivesse dado conta. Enfurece-me espiritualmente este recurso que encontraram para tentar impigir-nos a vontade de comprar coisas, supostamente a preços mais baixos. É tudo mentira. Os preços, se sofrerem alterações, é para mais! É que não duvidem nada... Perto do Natal e tudo... esqueçam. 


Ia para comprar uma coleção de livros num site que anunciava o preço da "Black Friday". Ontem fiz o registo, verifiquei os métodos de pagamento, mas tive de ir pesquisar sobre o produto em si, pois o site não diz que tipo de livro é. Se é de bolso, se não, se os livros são novos ou usados (ainda não sei!) que tipo de caixa arquivadora usa... Tudo isso tive de descobrir em anúncios pessoais.


Decidida a comprar para oferecer de presente, a surpresa de hoje foi descobrir que, na Black Friday, o preço aumentou. Filhos de uma grandecíssima coisa verde! Assim, à descarada. 

Portanto amigos, esqueçam as "promoções" black friday, não se metam nessa loucura. Provavelmente compram coisas que não precisam e a preços muito iguais ou superiores ao dito "desconto".

Mas é que façam greve. Tornem esse dia o dia "não se pisa em estabelecimentos comerciais".



Adoraria. Adoraria ver o povo a fazer frente a estes gananciosos aldrabões, e a deixar as lojas vazias.
Porque não se manifestam contra isto? Sempre vivemos tão bem sem esta invenção importada, basta-nos os "saldos"... para quê? Revoltem-se. Não se deixem enganar. Espalhem aos sete ventos o que pensam desta malandrice. Em Janeiro, quando vierem mais "saldos" comparem os preços. Tirem fotos, fiquem com comprovativos. É sempre bom ter como provar.

Até lá, que tal inventar um novo dia no calendário (já que há dias para tudo e mais alguma coisa) e cada vez que chegar ao dia 23 de Novembro e vierem com a cantiga dos imensos descontos da Sexta Negra - decidam ficar em casa, com um balde de pipocas a ver um filminho.






terça-feira, 20 de novembro de 2018

Três retalhos cosidos a linha


 Vi um filme que achei optimo.
Clovehitch Killer. Muito bom. Manteve-me agarrada ao ecrã e cheia de apreensão e desconforto. Nada de muito mau se passa na primeira parte do filme. Mas só a possibilidade de se vir a passar transmite um desconforto tremendo. O guião e a direcção é em tudo diferente dos clichés habituais. Muito inesperado no momento em que é usual a coisa dar para o "torto" para a vítima que é uma personagem secundária.

Apenas faria dois reparos no que diz respeito à veracidade da fecho da história que nos é apresentada. Acho que desvaloriza um pouco o relato de uma testemunha com bons ouvidos e também a sagacidade da ciência forense. Teria preferido que tudo tivesse ficado mais claro, em prol do sofrimento das famílias das vítimas, que, como se sabe, passam o resto das suas vidas a aguardar o momento em que o culpado é descoberto e enviado para a prisão. Mas isso são detalhes numa história que prende de inicio ao fim. Quem já viu?

Momento de grande incógnita e receio na história


Retalho dois:

O Aliexpress é um site de compras que já deu o que tinha a dar. A China mostra-se tão gananciosa quanto os chineses que cá abriram lojas: ao invés de manterem os seus produtos de baixissima qualidade a preços também baixos, descobriram o valor do euro e toca a colocar preços iguais aos de loja física, que tem contas e renda a pagar. Por produtos que não são em grande número e sem qualidade, cobram praticamente o mesmo! Somando algumas "merdices" de baixo valor, gastei 50 libras. Além disso, após a compra, só terás a encomenda em tuas mãos entre 40 a 60 dias. Porra! Só por isso deviam ter tudo ao preço da chuva. E são muito aldrabões. Tal como o chines da loja onde fui durante a estada em Portugal. Comprei e paguei por metro e meio de tecido, recebi um metro e quarenta centímetros. É preciso ter muita cautela com a chinesada, pelo simples facto de culturalmente estarem acostumados a aldrabar, a vender gato por lebre e a esperar que todos sejam ladrões. Por isso perseguem os clientes dentro das suas lojas. Cultura muito diferente que demora a adaptar-se ao estilo europeu penínsular. 

Retalho três:

Para ver até ao fim. Está garantida uma gargalhada no final. :)

https://www.facebook.com/angels.aliaj.5/videos/264305004440551/

Nota: este vídeo só funciona visualizado no facebook. Abram e vejam, merece a pena para começar o dia ou ter aquele momento de pura descontração. Pelos vistos o blogger deixou de permitir a inclusão com visualização de vídeos das redes sociais. O costume...

 Boa terça-feira!

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Ainda sobre as touradas...vamos ao circo?


Assusta-me a sociedade que clama ser esclarecida e justa, quando apenas segue o «politicamente correcto» .

O mal que daí advém pode ter consequências tão perniciosas que para mim só encontram equivalência "naquela" doença: Tal como um cancro, aparece como coisa boa, mal se nota, cresce vertiginosamente em questão de dias e quando se vai a ver, pimba! Já fez todo o mal que podia causar, de forma devastadora e impiedosa.

Reflicto nisto. No porquê e fundamento das acções humanas. Porquê são as touradas agora alvo de calorosas críticas, chocantes contra-manifestações envolvendo sangue e alvo de um discurso na sua maioria, repelente, vil, odioso?

É desta forma que o Ser Humano gosta de colocar o seu ponto de vista?
Quando me oponho a algo, é assim que hajo? Destilando ódio e incompreenssão, escudando-me no facto de achar que tenho razão e faço parte de uma maioria? A coragem em ir contra uma ideia, uma instituição, uma prática, é maior se não fores minoria?

Choca-me a linguagem de um certo tipo de "oposição". Como posso identificar-me com alguém que, naquilo que clama ser a defesa de um animal, deseja a morte aos seus semelhantes?

Uma coisa é respeitar a vida no seu todo e pedir para que um espetáculo como a tourada, que envolve um animal a ser espetado, remova a parte do seu sofrimento. Outra é exibir comportamentos de ódio, clamar palavras de morte. 

Isto de alguém achar-se "dono da verdade absoluta" escudado que se sente por estar naquele lado da sociedade "politicamente correcta", sentido que faz parte de uma maioria e sentindo-se protegido e apoiado, pode ser socialmente extremamente pernicioso. 


Choca-me ver publicações no facebook a mostrarem um touro a pular as bancadas, a subir os degraus e misturar-se com a multidão e ler "BEM FEITO! SÓ TÊM O QUE MERECEM!", "FEZ-SE JUSTIÇA DIVINA".

Mas isto é coisa que se diga?? Pessoas em pânico a quererem fugir com medo de serem magoadas por um animal com quilos de peso e uma enorme força e estes "seres humanos" inundados de uma bondade tão grande que se preocupam e lutam para salvar qualquer animal de um qualquer sofrimento não hesitam - é que não hesitam - em abrir a boca para desejar a morte, sofrimento ou mutilação de uma multidão de pessoas. Onde se podem encontrar crianças, adolescentes, velhinhos, adultos, jovens... até o pai deles. Não querem saber. O politicamente correcto que não reflecte, que não procura entender as razões e os motivos para algo, que não escuta o outro lado e não abre um diálogo para se fazer entender e ser entendido, porém impõe, ASSUSTA-ME.

E são cada vez mais, os ignóbeis.

Não as considero nobres defensores de coisa alguma, se para defender uma causa, desejam, celebram ou se satisfazem com a desgraça ou morte de pessoas.


Na tourada não há "maus" nem "bonzinhos". Existe uma prática muito semelhante a qualquer outra desportiva, mas envolvendo um animal. Não é caça à raposa - onde cães são usados para matarem as ditas, não é tiro aos patos... é tourada. Tourada é talvez uma das poucas actividades envolvendo Homem e Animal em que o Homem realmente se coloca em risco. Tiro aos patos só coloca os patos em maus lençóis. O homem só tem de ser paciente e ficar deitadinho... não é para todos. Caça à raposa? A mestria está na capacidade do homem em saber aguentar-se bem em cima de um cavalo por horas e horas sem se acidentar e na forma como treinou o seu cão. Tudo isto para no final do dia ver se consegue atingir o seu objectivo. Quem é que vai vencer? O caçador ou a sua astuta presa? Estas actividades têm a sua razão de ser, não acho que deviam ser proibidas. Apenas controladas, para que sejam executadas de forma a não prejudicar a população animal nem permitir abusos da parte do Homem/caçador. 

Na tourada, é tudo o que descrevi acima com a diferença do animal poder retaliar. É talvez a única prática de que me recorde em que existe essa possibilidade. Aos patos e às raposas nem sequer é dada essa chance. Eles só tentam fugir. Na tourada, o objectivo é o confronto com o animal. O homem, confiante na sua vitória, na sua perícia adquirida pelo treino. Mas sempre sem ter a certeza diante da besta...

A tourada é só uma outra forma das muitas que o ser humano inventou  durante a sua existência milenar para se desafiar, para se testar, para proporcionar espetáculo, para exibir as suas adquiridas capacidades de mestria em determinadas áreas. 

Os "maus" que encontro em tudo o que é exemplo que possa me lembrar, são as pessoas que se acham as donas da verdade absoluta e se tornam fechadas e intolerantes. Continuamos a ser os piores animais à face da Terra. Agora "civilizados" e muito longe das necessidades primárias de caçar para comer, de matar para se manter vivo, agarramos-nos ao "desporto" do SOCIALMENTE CORRECTO. Desporto esse, muitas vezes executado sem sair da cama ou do sofá.

Se um dia tudo regredir às necessidades ancestrais, e desaparecer a eletricidade, que é o que nos permite ter tudo do que dependemos, estas pessoas vão ser as primeiras a se tornarem umas selvagens. A matar para comer, querendo lá saber do sofrimento e do sangue... 

Não me identifico com aqueles que acham que não fazem nada de errado ao desejarem a morte de uma pessoa só por essa pessoa ter escolhido como actividade a profissão de toureiro. Não me identifico com palavras de intolerância extrema, de CONTENTAMENTO pela morte do semelhante. Posso não sentir simpatia por tais práticas mas se existem, porquê existem? Desde quando? Para que servem? Faz mal existirem? Devem ser eliminadas? Podem ou devem ser alteradas?

Existem uma série de questões que trazem ao de cima a vontade de um diálogo e de um debate. Torno-me mais tolerante se conseguir resistir à tentação de me juntar à "manada" do socialmente correcto, que vê o mundo apenas com duas cores: o preto e o branco. 


*Nota:
Procurando ilustrações da caça à raposa, desporto popularizado como britânico, descobri que a prática foi PROIBIDA em terras de sua Majestade em 2005. Muito antes disso, já era proibida na Escócia. Em Portugal é permitida. A viver no Reino Unido, sinto muito mais na pele os efeitos perniciosos do "socialmente correto" e sei que fica-se mais vulnerável como cidadão a práticas de injustiça e abuso. Vai-se lá entender! Mas é verdade. Aqui na terra que votou no Brexit por motivos pouco políticos, não há instituição pública ou privada onde não sejas invadido com cartazes a "avisar" que não se toleram comportamentos "abusivos" com o staff, e que é esperado de ti um comportamento exemplar. WTF?? Estão a tratar a população como crianças acéfalas?? É insultuoso, mas eles não se dão conta o quanto. Já passaram da barreira da compreensão. Estes "recados" em tom de ameaça (dizem que chamam a polícia caso não te comportes) estão mais para o comunismo do que para a democracia. A verdadeira LIBERDADE está na possibilidade de DECISÃO. De opção e de BOM SENSO de parte a parte. Proibir, deve-se proibir medidas extremas e definitivas que podem, a longo termo, provarem-se erradas - como a pena de morte, a posse de arma de fogo sem medidas de controle eficazes (EUA) ou o uso da bomba atómica. Para o resto sou cada vez mais defensora da LIBERDADE DE ESCOLHA. É esta e o bom senso que constituem a verdadeira democracia. 

Provavelmente vou levantar polémica


Não sou contra touradas.

Não sei porquê, mas não as vejo com os maus olhos com que parece ser a tendência. Pensei no porquê disso. Afinal, gosto de animais e não gosto de sofrimento. Cuido das suas feridas, preocupo-me com as suas doenças... E sou progressista e fui visionária em quase tudo. Então porquê não me abjecto a touradas como parece ser o caso de todos?


Subitamente uma espécie de explicação surgiu-me na mente: Não oiço o animal a uivar de dor. O touro leva com a bandarilha e parece que nem sente. Não emite um som, não cai ao chão, não cambaleia. Visualmente estes são sinais de sofrimento e provavelmente me fariam gritar para que o espetáculo/tortura parasse.


Porquê não chora o touro?
Não lhe doi?

Quando era pequena e estava a dar tourada na RTP, a parte do sangue incomodava-me, não ficava para ver e dizia: "coitado do touro". Ao que me responderam: "Ah, aquilo não dói, ele não sente nada!".


https://www.facebook.com/Giustizia.Animalista/videos/1979260682363855/


De facto, o animal não berra. Mas sangra e bem. Será que não lhe dói? Nunca pensei nisso até perceber que, se fosse eu, estava a soltar gritos de dor. Qualquer outro animal que conheço, também. Os porcos, só de saberem para onde vão, gritam que é uma aflição. O touro está estóico.

Ou será que é arte do toureiro, que sabe onde tem de espetar e se não o fizer, o efeito será contrário?

É impressionante. E talvez daqui surja a explicação da origem e continuidade das touradas.


Seja qual for a razão, respeito as circunstâncias da tauromaquia e acho que é uma prática com a sua razão de existir. Não me perguntem porquê. Não tenho nem nunca tive qualquer ligação com toureiros, touros, criadores, nem sequer sou outra coisa senão uma pessoa criada na cidade, sem grandes contactos com o meio rural. Nunca fui a uma tourada e nem as vejo de propósito quando passam na televisão. Mas se as apanhar, não é fácil não olhar. São belas. É um espetáculo gracioso.


                                  

É de admirar que se tenha transportado para a actualidade um «ritual» ancestral que representa a relação de presa e predador entre animal e homem. Diga-se o que se disser, um homem que fica em frente de um touro e prepara-se para receber o seu embate, está a experimentar uma luta corporal de grande desvantagem para si mesmo. Mas deve ser algo ancestral, algo que vem no sangue primata que somos. Antes do Homem ter evoluído para o que é hoje, antes do seu cérebro inventar armadilhas, era corpo-a-corpo que as coisas se passavam. 

O cavaleiro vestido a rigor e aquele cavalo magesticamente adornado, são hipnotizantes. Parece um bailado. Todo o corpo tem uma posição para estar, o cavalo dá um show... o cavalo, um animal por si só, está ali na arena a fazer o mesmo que o homem: está a provocar um touro. O homem domesticou um outro animal que o aceitou de tal forma que os dois são um só. E esse par tão improvável arrisca a vida a enfrentar um touro.


Não tenho outro motivo senão o sentir. Acho que fazem sentido, entendo a tradição.

Se podiam ou não adaptarem-se para excluir o sangue, isso não sei.
Mas como espetáculo cultural tradicional acho que tem razão de ser. E se formos a espreitar, muitas adaptações envolvendo touros correm pelo mundo. Algumas mesmo a exagerar na parte "espetáculo", vulgarizando aquilo que cumpre regras e tem tradição, num simples acto de exibicionismo e populismo.


quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Da "pérola do atlântico" para a capital do "continente"



Não sei, porque nunca fiz esta viagem, mas os preços de avião para viajar entre Lisboa e o Funchal, na Madeira, podem ser ao preço da chuva!!

Tivesse eu casa (ou familiares) num canto e noutro e não sei não... acho que vivia na ponte aerea.



Digam-me vocês. De Lisboa para o Funchal, na easyjet a 5 de Janeiro - 10 euros.


Se quiser voltar para Lisboa digamos, passado duas semanas, o mais barato são 21 euros. 

E por 31 euros, faz-se a viagem!
O problema é sempre, sempre o alojamento e as deslocações. 16 noites é muita "fruta".


Os que conhecem o trajecto, sabem como se processa após chegar ao Funchal, se a pipa de massa que se tem de soltar é muita, se os transportes são diretos para o centro ou nem por isso? 



E do Funchal para Lisboa? 

Mais tarde nesse mês de Janeiro, se partir dia 18 pela tarde, apanha-se a tarifa a 26.32 euros. Passa lá o fim-de-semana, mais a segunda e, ao final da tarde do dia 22, por 22.79€, regressa a casa. Três noites de dormida apenas e 49 euros pela viagem. Podem albegar-se num dos muitos hosteis em Lisboa que estão entre os melhores do mundo, por valores a rondar os 20 euros.

Mas se preferirem dar um "pulinho" a cidade alfacinha antes do Natal, entre 5 e 10 de Dezembro, por exemplo, o valor total da viagem de ida e volta ronda os 45 euros. Parte bem cedinho, para aproveitar bem o dia, e regressa ao final da tarde, para não ter de gastar outra estada. Perfeito! Cinco noites, cinco estadas...


Viajavam?



quarta-feira, 14 de novembro de 2018

« Quem me dera que nunca crescessem! »



Sabem quando sentem saudades dos vossos filhos bebés e dizem: "Ah, quem me dera que nunca crescessem! Era tão bom quando eram pequenos".


Pois não desejem isso. Nunca se deve desejar o que não é natural. 


"A menina que nunca envelhece" é o caso real de Broke Greenberg, que faleceu em 2013 com a idade de 20 anos. O seu corpo, porém, nunca chegou a desenvolver para além da aparência de um bebé de 12 meses. É uma condição rara - mas não única no mundo. Afinal, a história protagonizada por Brad Pitt no filme "O curioso caso de Benjamim Button" tem muito em que se fundamentar. 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Hostilidade



Deixei um rabisco colorido a um canto no quadro a giz da cozinha. Tem lá estado há semanas. Escrevem-se mensagens, apagam-se, mas o rabisco colorido fica lá. Não faz mal a ninguém, não incomoda. Certo?

Pois hoje passei pelo quadro e vi que alguém riscou o rabisco não com um traço, mas com vários riscos. Talvez com fúria. Talvez não. A questão é: porquê? Porquê haveria alguém de se dar ao trabalho de pegar no pau de giz, transferir pó para os dedos, para riscar um inocente padrão colorido?

No meu íntimo sei que é um sinal de hostilidade. 


A jarra que encontrei no chão quando cheguei de férias - a única peça que me pertence que coloquei na sala, continuou no chão por uma semana. Quis entender se alguém a ia colocar de volta em cima da lareira. Não existiu aparente razão para ser removida. Não colocaram nada no seu lugar. Pareceu-me apenas que tinha sido retirada por malícia. Como se ao removê-la o proprietário pudesse ser afectado. 

Ao limpar a sala, tornei a colocar a jarra no sítio. Uma semana depois uma colega recebeu um cartão postal e decidiu colocá-lo bem ao lado da jarra. Na manhã seguinte remove a jarra para um canto, para colocar o postal no centro. A jarra ficou numa das bermas. Daqui a nada volta para o chão, estou a imaginar. Em sete dias, ela colocou mais três cartões. E estão todos ainda ali, em cima da prateleira, onde os deixou. Porque não existe malícia de parte de terceiros em removê-los do lugar. Penso que cartões de aniversário são artigos pessoais que se querem guardar a nível pessoal, pelo que têm um interesse para uma pessoa só. Não é como se fossem votos de feliz natal, que é algo que, mesmo personalizado, pode ser deixado exposto antes e durante a quadra natalícia. Por norma, numa casa partilhada, é o tipo de coisa que ocupa um lugar comum por pouco tempo, depois deve ser retirada e guardada com carinho. Até mesmo para não se estragar ou desaparecer. 

Mas isso é a minha forma de pensar. Se calhar estou errada. Tendo em conta o historial da casa - as porcarias deixadas por toda a sala por meses, se calhar os cartões de aniversário vão ficar ali até o ano seguinte.

O que eu percebi é que sentiu necessidade de os exibir. Como se para mostrar aos restantes que tem pessoas que a acarinham e gostam de si. Ela contou-me que tem muitos amigos por onde passou, grandes amigos. Vive cá há 12 anos, tem família a viver por perto, pelo que acreditei. E acredito. Contudo, perguntei-lhe se fazia anos quando trouxe do emprego um ramo de flores. Respondeu-me que o aniversário era no dia seguinte. Prontifiquei-me a meter umas velas num bolo que havia comprado e cantar os parabéns, já que também lhe havia perguntado se gostava de festejar os anos. Respondeu que sim, gostava, mas quando quis saber o que pretendia fazer, respondeu "nada". O que me surpreendeu. Então gosta de celebrar, tem tantos amigos, e não faz nada?!? Diz-me que não gosta de ter a casa vazia e liga a televisão para escutar vozes, por não gostar do silêncio, da falta de pessoas. Cada vez que alguém quer fazer uma festa aqui, ela parece-me muito satisfeita. Por estas razões, mais o ter tantos amigos e ser fim-de-semana, estranhei. Ela trabalha apenas durante a semana, tem o sábado e domingo livres. E era o seu aniversário. Podia ir visitar quem quisesse. Podia ir passear, sair, divertir-se. Esteve um sábado espetacular, com sol. Contudo, não o fez. Ficou o dia, a tarde e a noite na sala, sentada no sofá, com a televisão acesa em contínua programação e o telemóvel na mão. Que é o que sempre faz.

Que raio de aniversário escolheu ter! Para quem disse gostar de o celebrar, quero salientar.


Há coisas que não batem certo. Até neste simples facto constatei que, se os italianos estivessem cá naquele dia, o «seu» aniversário tinha sido diferente. Tinha tido festa e convidados. Mas como não estavam, ela não sai da rotina. Disse-me que não queria o bolo que lhe ofereci, que era mau ter um bolo que tinha decoração de halloween... Ora, eu não sabia que ela fazia anos, comprei aquele bolo para partilhar com quem mais o quisesse. Teria improvisado uma deliciosa celebração com gosto e sinceridade. Eramos só nós as duas na casa naquela ocasião, por mim fazia-se algo. Mas ela mostrou-se pouco receptiva e então recuei. Não ia impor a minha presença, se não parece ser essa a sua vontade. Dei-lhe espaço, para gozar o dia como desejasse. E desejou ficar a manhã, tarde e noite a ver televisão na sala. Quase lhe perguntei porquê não ia ao cinema, ou sugeri ir com ela almoçar fora, pelo menos, seria diferente. Mas não me intrometi. Como disse, deixei-a estar. Porém, para quem gostava de celebrar aniversários, teve um muito solitário.

O ramo de flores que os colegas de emprego lhe ofereceram, veio enfiado num saco com água. Assim as recebeu, assim as deixou na beira da mesa da sala de jantar, encostadas à parede. Nada de abrir e tirar as flores do plástico, nada de as compor e escolher um local para embelezar. Estão a murchar, a água nunca foi trocada, as flores parecem ter sido esquecidas naquele canto, onde nem se dá por elas, onde são desperdiçadas. Podia muito bem tê-las composto numa jarra e as colocado no centro da mesinha redonda, ao lado da poltrona, perto da porta que dá para o jardim. Ficariam tão bem! Dá um ar de cuidado, de atenção, até mesmo de apreço para com as flores recebidas Mas não. Ali as deixou, ali ficaram, ali vão ficar até as meter no lixo.

É esquisito. Ou há algo mais nisto, ou é o «sangue italiano» que é muito particular e os faz inclinarem-se mais para o convívio com outros italianos. Afinal, durante a 2ª GG, identificaram-se com os valores narcisistas e separatistas de Hitler. Se calhar não é à toa que gozam de uma reputação excessivamente nacionalista e conta-se que olham com maus olhos quem entrar no seu país e não saber falar a língua. Sei por facto, que olham com repulsa para as pizzas pré-fabricadas. Mesmo que a massa tenha sido feita fresca na loja, para eles, aquilo não é pizza e é sacrilégio levar uma à boca. Pizzas de verdade têm de ser feitas de raiz, com ingredientes específicos italianos de origem italiana e sem variações. Ananás na pizza? Nem fales disso, se queres manter uma relaçao com um deles.



 São todos muito "educados", com os "bons dias" e "olás". Mas é só isso. É frio e distante. Em todas as outras coisas que servem de sinais de aceitação, falham. Já dei exemplos: nunca convidarem para jantar, fazerem festas e trazerem pessoas cá para casa sem estenderem, pelo menos uma vez, um convite a ti ou sequer te comunicarem que vão receber pessoas. Recusarem todas as vezes que lhes ofereci comida ou disponibilizei mantimentos, não mostrarem interesse em ter uma conversa com algum conhecimento pessoal, etc, etc. 

São esses os "sinais" indicadores de que uma pessoa quer estar contigo e está aberta a te conhecer. Por exemplo, a "mais nova" faz isso. Ou melhor, fazemos. Posso ter uma conversa com ela, já trocamos informações pessoais. Aquela cuja presença eu mais temia por a saber amiga de outra na casa ao lado, onde mora a vizinha histérica, acabou por ser a mais normal. É amigável. As coisas fluem naturalmente, as reacções são naturais. Os italianos... não sei se é o "lote" que me calhou, mas... não mostram interesse em ti. Dizem os "bons dias" e pronto. Ficam-se por aí. E unem-se de uma maneira que não é bonita de ver. Uma das italianas nunca limpou a casa. Nem sequer uma vez. Seria de esperar que os próprios amigos a chamassem à atenção e reclamassem. Mas não. Ser italiano nesta casa parece ser um cartão de impunidade, como aquele "livre da prisão" do jogo monopólio.

No Domingo, sem nada dizerem como habitual, a mais velha recebeu na casa a ex-colega, a jovem mal-educada que cá viveu com o namorado. De quem eles não gostavam muito mas, como era o «escolhido» da compatriota, acabou aceite. Mas sempre com «pé atrás». Tanto que quando os dois sairam daqui para irem viver juntos, a mais "velha" vaticinou que a mal-educada ia arrepender-se, que ele ia "fazê-la sofrer". "Tem mais chances de ser o contrário" - pensei.

Dei conta de alguém entrar na sala por volta das 11 da manhã. Mas não fui logo espreitar quem era, não faz o meu género. Dei espaço, tempo, privacidade. Só não contava é que traçassem de imediato uma barreira. Porque o hábito de fecharem a porta da sala regressou assim que a outra se enfiou cá dentro. Até à meia-noite, mantiveram-se na sala, de porta fechada. Quando finalmente desci para me servir de algo na cozinha, cumprimentei-as (foi então que vi quem era) mas não puxei conversa, porque assim que me ouviram aproximar, pararam de conversar. Ficou um silêncio estranho, trocavam olhares mudos, como se a minha presença as incomodasse. Até podiam estar a falar de assuntos particulares, íntimos, desabafos. Tudo bem. Mas cá está: é a atitude como um todo.

Uma pessoa normal - a meu ver - quando é interrompida no meio de uma conversa privada, é capaz de cumprimetar outra, meter conversa de "chacha" e depois sabe que pode retornar ao assunto sério. Não podem esperar estar a dividir uma casa com terceiros e ocupar a sala por 13 horas, sem serem  interrompidas. Não é bonito. Deviam, segundo as minhas normas de boa educação, dizer: "Olha, portuguesinha, fulana X vem cá. Ou está cá em baixo. Vem dizer um olá. Vamos beber um chá, queres um também?".

Coisas assim. Normais.
Vocês não acham que isto é que é um comportamento normal? Educado, ao menos?

Eu tenho um palmo de testa... se percebo que querem ficar sozinhas na sala, não ia ficar ali a empatar. Quem empata são elas, que tomam o espaço para si, fechando a porta, já de si uma forma de fechar a entrada a terceiros. E quando te vêm chegar ficam a olhar para ti como se tivesses interrompido algo e a desejar que vás embora. Depois aparece o desenho no quadro a giz rabiscado...

É desnecessário.

Não existe convívio orgânico, paciência. Não vou morrer por isso, não vou embora daqui nem vou alterar o que tenho de bom. Vou continuar a dizer os bons dias e a perguntar como foram as suas férias (ninguém quis saber das minhas). Porque esse interesse é genuíno em mim. Não pretendo perder o que não está mal para ser perdido. Posso nao lhe dar o uso que esperava, mas não vai secar. Ao contrário: vou mostrar outra forma de reagir a uma situação e talvez esse exemplo seja seguido, talvez não, e prefiram ir rabiscar mais desenhos deixados por mim no quadro.

Porque vão estar rabiscos no quadro, sempre que me der vontade. Não vejo mal algum nisso.

Mas é factual e tem de se aprender a viver com as cartas que nos são dadas.
Podiam ser outras, podiam ser melhores mas também podiam ser bem piores.

Por mais que alguém nos diga que foram criados a convidar outros para partilharem as refeições à mesa, tem de se acreditar é no que se vê, não no que se ouve. Talvez tenham sido educados assim, esqueceram foi de estender o convite a não-italianos. Já os portugueses, foram criados a: " ♪ e se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa com a gente  ".

Esse alguém não tem de ser português.

" ♪ fica bem essa franqueza, fica bem. E o povo nunca a desmente ♪  ".
"♫   a alegria da pobreza, está na grande riqueza, de dar e ficar CONTENTE ♪  ".

Palavras tão certas.


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Prometido é devido - CC

Por engano, carreguei na palavra Estatísticas, ao invés de Comentários do blogger. Surgiu um quadro que gosto de espreitar mas ao qual nunca vou: posts recentemente lidos. Vai que me surpreendi por um ser de 2013. Fui lê-lo. E como o prometido é devido e nele escrevi que dali a cinco anos contaria como estava quando voltasse a renovar o cartão de Cidadão, aqui estou, a cumprir a promessa. (Curiosos? Leiam o post aqui).

Então cá vão as respostas a algumas das questões:


1) Tenho cabelos brancos?
- Não como temi. Tenho os mesmos que há cinco anos: não os vejo. Por uma casualidade por vezes aparece um, quase louro... ou será branco? Continuo assim cinco anos passados.

2) Ainda tenho cabelo ou uso peruca por estar careca?
- Ainda tenho cabelo. Mas muito menos, nota-se. Se já me queixava na altura do tão pouco que era, pode sempre ficar pior... E essa consciência ensina-me que o pior está sempre para vir. Para o ano será pior, e o seguinte, e o seguinte. Se uso peruca? Não. Mas espero ser uma velhinha corajosa que não tenha medo de as usar. A moda já não aceita perucas, por isso espero poder continuar a ser fiel a mim e se me apetecer ter de volta um cabelo volumoso, que enquadre o meu rosto e que não dê muito trabalho de manutenção, que não seja o receio da rejeição social que mo impeça, ahah.

3) Rugas?
-Andam por cá. Ainda discretas em fotos. Mas pior que as rugas é uma coisa chamada elasticidade da pele. Façam de tudo para a manter!

4) E como foi tirar o cartão de Cidadão cinco anos depois?
- Foi mais caro. Mas igualmente rapido. Não marquei hora, fui logo cedo para a fila de abertura. Nem 30 minutos de espera. Voltei a tirar fotografia, desta vez com o cabelo composto. Mas não estava segura - tinha um novo penteado e ainda não sabia como o usar. Acabei por deixar tudo solto e parecido ao que estava quando saí do cabeleireiro. Não gostei. Além de não ficar bem (composta versus a "descabelada" de cabelo apanhado da foto anterior) não era eu. Seria se tivesse colocado o cabelo atrás das orelhas e empurrado a franja da testa.

Aquelas máquinas até são generosas. Não apanham grandes detalhes. Estão-se nas tintas para o aspecto, querem é as tuas feições bem registadas.


Conclusão: Seja você no momento de tirar fotografias. Não há como sair errado



E vocês? O que vos acontece quando precisam renovar este documento?

Agora só daqui a 10 anos.
Sabiam disso?



Mas nem pretendo fazer outro post sobre "como vou estar na próxima renovação do cartão?" porque... Não faz sentido. 

E estarei então na casa dos 50, não posso ser jovem como nos 30, nem o meu corpo se manterá fértil, capaz de gerar vida dentro de si. Essas dúvidas existênciais fazem mais sentido no final dos 30.

domingo, 11 de novembro de 2018

Socorro! Estou a sofrer de «bulimia» chocolatra


Nas últimas três semanas e meia ingeri:


18

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1



1



1
 



1


1


É preciso ver as quantidades dentro destas embalagens de chocolates KitKat. Cada uma com duas barrinhas divididas em 9 saquetas. Cada saqueta tem 109 calorias. 

Hoje abri esta e já vou a meio, buáááááaaaa´´a!!!
Sem dar conta, quatro saquetas.


Estou a padecer de um mal sério.

Acho que me tornei viciada e estou a consumir em excesso, como todo o drogado. Responsabilizo em parte as empresas de chocolate. Porque este já não sabe tão bem quanto, então tiro mais. E quando é delicioso, como no caso do segundo chocolate da lista (à venda no Lidl), também como mais. 

Vejam se concordam comigo: quando dispõem de uma variedade de sabores disposta desta forma, numa escala de 1 a 10, o quão difícil é de provar um de cada?



Por enquanto sofro apenas da parte do «ingerir quantidades em excesso». A outra parte que define a "bulimia" -- provocar o vómito, não padeço. Daí a palavra, no título, estar entre aspas angulares duplas. 

E que tudo isto tenha acontecido em Três Semanas e Meia... 

Faz lembrar um filme. Mas aqui a relação é entre um indivíduo e chocolate... :D 
Bem «Tempos Modernos»... filme de Chaplin (1936)- se ele reencarnasse para fazer cinema com analogias cuja validade se sustenta por anos e anos.

Não quero chegar  às «Nove Semanas e Meia». Chegam-me três. Mas tendo já aberto um pacote e deixá-lo a meio em segundos, faz-me temer o quanto esta relação vai durar...