sexta-feira, 1 de julho de 2011

Défice, Troika e Medidas de Austeridade do Governo

A propósito de um post que coloquei aqui a 11 de Julho de 2010, em que me revoltava com o entusiasmo patético de figuras públicas a promover a selecção de futebol com a frase: "O que eras capaz de fazer pela tua selecção"?, quando deviam era se centrar no que cada português é capaz de fazer pelo seu défice, agora chegámos a um ponto em que as medidas estão aí, e é preciso agir.

O governo recém-formado está a divulgar as medidas de austeridade. Metade do 13º mês será para o Estado. Como é que interpreto esta medida? Como tenho encarado tudo o resto: desde que seja para melhor e desde que, para o ano, não nos venham pedir para cortar ainda mais, sou toda a favor. É preciso medidas de austeridade, que venham elas. Mas que sejam funcionais. Que não seja como o IVA e como o tamanho do défice nos últimos meses: sempre a subir, contrariando todas as estatísticas. Isso seria muito mau e tiraria, de todos os portugueses, o ânimo e a crença de que as coisas vão melhorar.

Não é assim que quero pensar. Acredito que vamos melhorar e sair do buraco. É assim que temos de pensar e de agir. Se depois de sair do buraco, o governo começa a achar que está tudo normal e pode esbanjar novamente dinheiro - isso é que me preocupa.


Entre outras medidas, vão cortar ao meio o 13º mês. Pelo menos não o tiram por completo! Foi assim que pensei. Procuro o optimismo. Não é um sentimento de "tapa-olhos", mas um voto de confiança nas medidas que vão ser tomadas. Se for para melhor, que venham elas, que sejam implantadas e que resultem, para que possamos recriar uma sociedade melhor, mais justa e equalitária.

Poucos empregos, mal remunerados, muitas falcatruas, muitas empresas e pessoas a ganhar por fora e a fugir aos impostos. Isso tem de acabar! O próprio governo é o principal culpado desta situação. Deixou culpados saírem impunes por anos e anos, até os bolsos de corruptos, gatunos, ambiciosos, ladrões e oportunistas ficarem tão cheios que não tinham mais por onde se virarem. Esticou-se a corda ao limite! E as formiguinhas a trabalhar, a trabalhar, por migalhas, a acumular preocupações, doenças, mais preocupações, a adiar ter filhos, preocupados por não os conseguir sustentar ou lhes dar uma formação adequada às exigências de uma sociedade em progresso, a viver em stress, furiosas, descontentes... tristes!

As medidas de austeridade... que sejam a tempestade antes da bonança! Que venham, sejam de curta duração e antecedam um período longo de prosperidade, sol e alegria. O povo já merece.