sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

2022

 

É uma tela em branco. Um passo de cada vez, obstáculo por obstáculo. Que haja saúde e a bênção do criador a nos proteger. Amen.


E que tal manter o foco em coisas simples? A felicidade deve ser o caminho a percorrer. Tem esperança. Para tal: 

Sorri.



Aprecia a beleza que te rodeia.



Reflecte nas razões que tens para sentir gratidão.


Dedica-te a projectos de criação manual. 



Ajuda o próximo.


Sai de casa, caminha, passeia ao ar livre ousa conhecer novos lugares. 


Vê pessoas, conversa, estabelece relações. 



Tira tempo para estar com bebés ou crianças.


Ama os frágeis que podem depender de ti.



AMA



domingo, 26 de dezembro de 2021

Música para um feriado

 

Em inglaterra o dia depois do Natal tem o nome de Boxing (encaixotar) day, e é uma espécie de feriado. Porquê este nome não sei, mas imagino que é pela necessidade de empacotar toda a parafernália natalícia de volta em caixas até o ano seguinte, ahah

Esta noite vou trabalhar. Mas enquanto isso não acontece, passei o dia a cantarolar canções que me vieram à cabeça. Para quem só conhece a versão aguda de Celine Dion, aqui fica uma popular canção  lançada em 1975, cantada por um artista de nome Eric Carmen. 




sábado, 25 de dezembro de 2021

Boa Saúde para todos nós

 

A Saúde é a riqueza mais preciosa que podemos possuir. 

Por isso é o que vou desejar aqui a todos. Aos que me lêm e visitam, aos que um dia visitaram. Todos. Para que saibamos valorizar mais ainda algo que realmente valorizamos quando nos falha. Que tenhamos boa saúde, porque sem ela tudo fica sombrio. 

Desejo também que o mundo se cure deste Covid, que já está connosco desde 2019. No dia em que um jovem familar foi diagnosticado como positivo, parece-me muito adequado lembrar a todos para que se cuidem. 

Saúde, tranquilidade, felicidade. 



quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Dois anos

 

Ultimamente novas colegas de trabalho falam-me dos filhos e quando lhes pergunto que idade têm, respondem todas:

- "Dois anos".

Mal sabem elas que é a idade mais incomodativa para eu ouvir. 

Se fosse três, quatro, um... mas é DOIS. 

Podia ter acontecido comigo. Exatamente à dois anos. A acontecer teria sido então - a última oportunidade. Não que o quisesse na altura, mas certamente teria acontecido se a coisa seguisse o rumo que estava a tomar. 

Como sempre, algo abrupto interrompe algo que ainda está a brotar. E aquilo que percebi poder vir a caminho, parece que EXPLODE na estratosfera antes de me alcançar, dividindo-se em milhares de pedacinhos, e vai cair em pessoas alheias que mais tarde aproximam-se de mim. 

Tem sido assim. Destino interrompido. Na altura reflecti sobre essa possibilidade. Nenhum de nós queria filhos (ele perguntou-me várias vezes, porque será?). Percebi que, ao contrário do que acreditava e na altura queria, teria ficado inundada em felicidade. Porque gerar um filho fruto de um amor ia ser demais. Descobri que é assim que se descobre que se ama alguém. 

Nessa altura, inesperadamente, a filha de uma amiga que supostamente não devia ter filhos, ficou - sem o desejar, grávida. São os tais pedacinhos da explosão a atingir outros... 

Não queria, não contava, não esperava, temia - foi um choque. A mãe ficou furiosa. Eu achei que ia ser a melhor coisa que estava para acontecer na vida daquela família. Dois anos volvidos, ao que saiba,  está tudo bem e todos adoram a criança, que é linda e saudável.  

A rapariga que cá apareceu em casa com um filho... adivinhem lá a idade que a criança tem. 

Venham até mim, então, as crias alheias com dois anos, ahah.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Menos três graus negativos

 

Temperaturas abaixo de zero e já chego a casa com os dedos congelados. Não são dedos frios, muito frios, são dedos congelados. Não tenho como pegar nas coisas, só com muito jeitinho é que consigo segurar a chave da porta e rodá-la. Não com um movimento de dedos, mas com um movimento de pulso. 

É assim que chego a casa todas as noites em que as temperaturas estão abaixo de zero graus. Ainda mais se usar a scooter - não há luva ou pares de luvas usadas em simultâneo que me valhem. 

O automóvel preto estacionado a entrada de casa estava assim à minha chegada 

Depois de entrar em casa, sempre com uma temperatura tão elevada (a M. exige ter o termóstato nos 30 graus!!!), começo a sentir partes do meu corpo a descongelar, a ter o sangue a querer circular novamente. O mais engraçado são as pernas e o bum-bum. Nem os percebo congelados mas assim que entram no quentinho, nota-se logo. 



quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Cores da tela da vida: quantas tens?

 Pessoas que vem o mundo com poucas cores levam uma vida mais facilitada.

Meu  mundo é mais desenvolvido, tem mais cores. Por vezes sabe-Las todas torna-se um fardo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Dois temas e meio - Oportunistas e leituras

 A lista de livros lidos aqui ao lado no blogue - parou de ser actualizada. Não preciso de a olhar para saber: O que me aconteceu? - interrogo-me. 

Costumava ler livros continuamente. Pessoas que me viam a fazê-lo achavam-no intrigante. E eu me surpreendia com a surpresa delas. O que tem de mais em se ler livros? Em transportar um? É para isso que eles servem. Não entendia. Mas algo mudou no final do ano de 2019.

Pensei que eventualmente, acabaria por regressar a mim. Estamos em 2021, tenho uns poucos livros ainda por ler na improvisada estante que criei - mas faz meses que toquei num. Pegar, até peguei. Era em francês e por isso li as primeiras páginas. Depois tive de regressar ao trabalho, meti o livro dentro da mochila, tirei-o noutra ocasião, li umas linhas e não me apeteceu continuar. 

Espero que seja uma fase - visto que toda a vida queria mais era ler livros. Não sei se é, se não é. Não me vou forçar - isso não quero. Julgo que deve de ser o estilo de vida que estou a levar que condiciona esta atividade que antes conseguia encaixar em qualquer circunstância. 


You see... antes costumava trabalhar de dia, e descansar de noite. Nos últimos anos tem sido o oposto: trabalho de noite e os dias - quando me permitem, são para dormir. 

Isso deve ter afectado as minhas rotinas sem que desse conta. Também a presença no blogue deixou de ser tão assídua. Contudo, no que respeita aos livros, tudo teve início com aquele impacto de 2019. Tentei lê-los, mas a pesar do cérebro estar a computar cada frase, página atrás de página - ao mesmo tempo estava a fazer a sua própria narrativa, numa viagem que tinha sempre o mesmo contexto. Palavras soltas no livro, aqui e ali, insuflavam esta narrativa mais ainda. Estava a ler livros sem realmente os absorver/apreciar. 

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Uma rapariga que apareceu cá em casa pareceu-me daquelas em que não se pode estender uma mão que ela logo vai pedir o braço. Mas este post vai ser longo. Aguardem. 


quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Vem e volta

 Ia somente comprar papel de alumínio, cebolas, tomate e iscas. Não contava gastar mais de quatro libras e pouco. 

Acabei por gastar 10. O que trouxe?
Tomate, papel de alumínio, cebolas e iscas. 

Mais duas embalagens de 100 gramas de uvas pretas, duas embalagens de cogumelos inteiros, uma embalagem de after eight e meia-dúzia de ovos. Tirando este último artigo, de valor de 78 pennies, estava tudo com redução de preço: nada custou mais de 40 centimos a unidade. 

Sendo assim, como é possível o total ter chegado às 10 libras?

Pois, esse é sempre o mistério de quem sai para ir às compras. 

Um grande mistério. 

Fui ver o recibo e uma das embalagens de uvas passou no scanner com o preço normal - 1.20 libras. Logo aí a despesa extra de quase uma libra. Ainda assim parece-me muito. Mas é o que é - engana-se quem vai às promoções. Os artigos mais caros que trouxe foram as iscas - 1.52 libras e o chocolate em PROMOÇÃO: 1.50 libras. Totaliza 3 libras. Tudo o resto foi abaixo de uma libra. Mas cá está e vou me repetir: parece que custa pouco e que se está a poupar dinheiro. Mas na realidade isso só acontece SE a pessoa NÃO comprar nada. Só dois ou três artigos e ignorar tudo o resto que é uma tentação.

Afinal, ninguém nascem com dinheiro no bolso. 
(Bem, se calhar alguns até nascem).

Depois de ter constatado que uma das embalagens em promoção passou pelo preço normal, contemplei filosoficamente o que é a perda e ganhos: tenta-se poupar 50 centimos ali, perdem-se acolá. Depois disso fui despejar o lixo lá fora e a primeira coisa que vejo no chão é uma moeda de uma libra. Bem dentro do meu quintal. 

Achei mesmo que era uma lição: dinheiro vai e volta. É insignificante. Principalmente diante da saúde. 

Enquanto lavava aquela moeda com água e sabão, contemplava nesta realidade.


Mini extra:

Post inside a Post: Para quem gosta de iscas com uma consistência que se desfaz na boca, recomendo a de cordeiro. O fígado do porco dá mais para mastigar mas também depende muito do pedaço que se encontra. O de boi ficou por testar mas sabiam que, de todos, é o mais caro? Tendo em conta a quantidade de animais para consumo que se produzem de cada espécie, parece-me um grande absurdo. Fica por saber: será que é porque é o que sabe melhor?  

sábado, 4 de dezembro de 2021

Violencia justificada por abuso quando na infância

 

É comum ouvir-se dizer que indivíduos que cometem actos horrendos provavelmente ficaram assim porque tiveram uma infância difícil. Vêm de um lar desagregado, já de si abusivo e violento. Aquele foi o exemplo que tiveram ao crescer e o reproduzem.

Isto é muita vez referido quando se procura entender porquê algumas pessoas são violentas - fisica e psicologicamente com aqueles que mais os amam ou cometem assassinatos. 

Quase que se JUSTIFICA este tipo de violência com a APRENDIZAGEM da mesma quando em criança.

Mas também como muitos dizem por aí, há muita gente que também teve uma vida difícil e nem por isso desata a cometer crimes ou a fazer disparates. 


O que me lembrei é que ninguém menciona o TERCEIRO CASO, o terceiro tipo de pessoa que pode surgir fruto de quem foi exposto a violência cedo: A BONDOSA. 

Uma pessoa BONDOSA - muita vez confundida com alguém covarde, com receio de arriscar, fraco, usualmente porque se recusa a falar mal dos outros - por exemplo. Começa por este pequeno detalhe. A maior violência que a sociedade demonstra agora é camuflada. É esta de não se ser sincero, de se ter varias máscaras e usar a que convém na altura. 

Acho que isto é um tipo de violência. Insere-se na pior delas: a psicológica.

Então, há pessoas que vieram de um lar desagregado, com discussões, violência psicológica, alienação parental... Umas ficam iguais ou piores, outras saem normais mas e o terceiro caso? Aquelas pessoas que não saem NORMAIS, porque vão para o outro extremo? 

Uma pessoa "normal", por vezes discute, levanta a voz, também se diverte a falar de alguém... 

A pessoa Bondosa não levanta a voz. Não inicia nenhuma discussão. Retira-se quando sente que algum desagrado pode surgir. Talvez porque associa esse simples acto à violência com que cresceu. E recusa-se a fazer uma série de outras coisas que, se não tivesse sido exposta bem cedo ao tipo de violência, provavelmente teria desenvolvido. 

Nós, seres humanos, sentimos necessidade de nos sentir integrados, aceites. E pessoas que "cantam conforme a música" não transmitem essa confiança. Tão depressa são teus amigos, como a seguir já te viram o rosto. Passam a andar com outro alguém para quando voltarem a se ver sozinhos, se lembrarem novamente de ti. 

Só acho que a sociedade não pode esquecer-se das pessoas "bondosas". 
Elas aguentam, caladas, muitas mazelas de infância.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Afinal era outro...

 A respeito do post anterior, recebi a mensagem anónima depois de ter quase entrado numa rua onde uma vez um indivíduo que costumava ciscar à minha volta disse-me que morava. Por acaso quando ia para atravessá-la, pensei que pudesse estar a ver. 

Decidi fazer outro percurso. 

Depois recebi a mensagem. Descobri entretanto que vem desse indivíduo. Que me deixou de contactar à coisa de ano e meio. Eu conheci-o na mesma altura que conheci o "outro". Duas semanas depois, talvez.

E só esse pormenor traz-me um pouco de sofrimento e nostalgia.  
Porque de todas as pessoas que conheci naquele período e com quem mantive contacto - porquê TODAS me contactam menos ele?? Se só ele é que me deixaria feliz? 

Sei que não devia sentir assim. Porém, cada vez que outra pessoa que conheci no mesmo período de tempo me contacta, só faz lembrar quem eu realmente queria que me contactasse. E acabo por repelir os outros - não me interessam realmente, mas também porque obrigatoriamente vem a lembraça associada. 

Sei que nunca mais vou ouvir falar ou ver o outro. Soube-o na hora. 
Não é por isso que deixo de sofrer menos. 

Acreditem se quiserem mas tenho uma sensação forte de que só voltarei a saber dele noutra dimensão. Quando desencarnar. Aí vou fazer-lhe uma "visita" e descobrir que tudo o que intuí era realidade: vou ve-lo casado e muito apaixonado pela esposa, com filhos - uma filha em primeiro lugar, a a amar a criança mais do que a sua própria vida. 

Ele, que me dizia que não queria casar e jamais queria ter filhos. Apenas não o senti assim. 
Senti-lhe outro destino, um bem mais feliz do que aquele que acreditava que ia trilhar. 

Julgo que depois da morte, vou ter de verificar isso, ahah.


(Assunto esquisito, bem sei. Quem acredita na espiritualidade?)