sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O homem na scooter

Dentro do autocarro, parada na fila de transito. Um homem numa scooter, uma mulher, noutra scooter. Automóveis. Tudo parado no transito, aguardando o semáforo ficar verde.

E o semáforo fica verde. Os veículos arrancam.


Sem perceber que o automóvel preto à sua frente mal tinha arrancado e já estava parado, o homem na scotter, parado na faixa do meio e distraído a olhar para a esquerda, percebe que os veículos começam o andamento e inicia também o seu. É então que vê o carro preto e parado. Trava bruscamente. O seu corpo é projectado para a frente, mas o traseiro não chega a sair do lugar. Nisto arrancam ambos. A circulação é retomada com normalidade.


Logo de seguida o homem na scooter vê, no passeio à sua esquerda, a aproximação de uma mulher a praticar jogging. O homem na scooter repete o movimento anterior e vira o pescoço para a esquerda, enquanto conduz. Prefere olhar por uns instantes a mulher que corre no passeio e que usa roupas de exercício justas ao corpo.
Vindo de trás, surge inesperadamente ao lado do homem uma mulher numa scooter. E nada acontece. A mulher na scooter conduz.

Diferenças entre homens e mulheres ao volante?
Tentem lá adivinhar uma ;)













quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ah, não pode despedir por dois anos? Então privatiza!


Saiu nas notícias que a TAP vai ser privatizada na condição de que ninguém possa ser demitido durante dois anos. Ah, está bem...

Então privatizem lá!

LOL.


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

51 VEZES, 51 negas


Não! NãããããoooooO! Ná´´aááááaáá´´aooOOO!

A palavra «não» está a ser berrada aos meus ouvidos. É o miúdo do vizinho de baixo que a está a gritar. Sucessivamente, ininterruptamente «não». Já contei 51 vezes! 51 repetições, cada uma mais sonora que outra.

Eu me pergunto como é que um pai pode deixar uma criança exagerar desta forma. Está certo, são crianças, «perdoa-se» todos e quaisquer barulhos e até as birras. Mas 51 vezes sem parar nem dizer mais nada? Que dose!

Cheguei eu do trabalho tão cansada, para ter de escutar isto? Dêem descanso à minha cabeça, si vous plait.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A entrada de ANO


A entrada no novo ano foi celebrada de forma atípica. Não por mim que, como habitualmente, fiquei em casa. Mas por todos os restantes. Mesmo em casa, chegando a meia-noite, escutava-se vindo da rua os sons das pessoas a celebrarem o novo ano. Cornetas a tocar, panelas a bater, pessoas a gritar. 

O que escutei este ano foi um silêncio sepulcral. Eu, que não costumo ficar a olhar para o relógio e costumava ser alertada para o momento pelo ruído exterior, desta vez não teria como. Não fosse pelo barulho infernal do vizinho acima, e o almejado silêncio e tranquilidade teria sido atingido para além das expectativas. 

Falei com outras pessoas e onde quer que elas tenham ido fazer a passagem de ano - fosse em suas casas ou fora delas, todas mencionaram o mesmo. Sentiram-se surpresas com a ausência de animação, a falta dos habituais rituais e gestos de celebração, a falta de ruído e de fogos de artifício. Sejamos realistas: o povo português não muda estes hábitos só por estar a viver uma forte crise económica. Das duas uma: ou as pessoas melhoraram tanto de vida que foram celebrar o novo ano FORA DESTE PAÍS, como tantas celebridades o fizeram, ou então existe um "vírus" qualquer que contaminou com indiferença todos os ex-folias.


Má vizinhança



Desde as 18h da tarde que ainda não tive uma pausa. Pausa no quê? - perguntam. Pausa das 8 horas de trabalho? Nã!.... pausa no ruído para ver restituído o almejado silêncio!

Faz quase 8 horas consecutivas e ininterruptas que os vizinhos de cima fazem ecoar pelas paredes as vibrações de cada passo que dão, de cada pulo, de cada estrondo de porta que, inexplicavelmente, conseguem produzir a um ritmo alucinante. No chão arrastam objectos pesados, desviam mobiliário, deixam cair objectos vários e como se esta sinfonia infernal e incessante não bastasse, também têm música a ser "despejada" em alto volume. Ainda não pararam e sei, por experiências passadas, que não devem parar antes das 4h da manhã. É uma família com dois filhos que, quando se mudaram para cá, tinham um ano e outro cinco, mas agora já devem ter 10 e seis! Já deviam estar mais bem educados mas qual quê!

Dizem que se deve fazer isto:


Mas eu sei por desespero de privação de sono que NÃO RESULTA.

Estou a ponto de 


E o certo talvez fosse

Entre o "céu" e o "inferno" fica o purgatório... Se em cima tenho estes, que são péssimos, por vezes os de baixo também não querem facilitar. Então não é que se não bastasse o facto de terem três filhos pequenos decidem também trazer três cães? Tudo isto num apartamento... e o que os cães fazem depois de os ruidosos donos sairem? Latem, ganem e choram. Durante horas. Ai, o que eu mereço neste ano de 2015? Um grande prémio de EUROMILHÕES! Para poder comprar o meu lugar daqui para fora e encontrar um que me permita escutar o... silêncio.

Embora entregue o óscar de péssimo vizinho aos de cima sem pestanejar, temo que os de baixo venham a facultar uma forte concorrência. Já lhes roguei tremendas pragas :z