Depois do sucedido com a M., temi que ela me fosse difamar. Que o faça cá em casa com o rapaz, isso já dou como certo. Mas que o pudesse fazer com o pessoal da agência deixou-me preocupada. Na outra casa o senhorio nem quis me ouvir: tomou como certo as invenções que lhe despejaram em cima. Voltei a lembrar a dor e angústia dessa experiência. Temi que se repetisse. Não poderia suportar sujeitar-me novamente a essa situação. Antes não reagi, agora tinha de tomar uma atitude.
Muito insegura, com medo de ser interpretada como uma pessoa que não funciona bem da cabeça, dirigi-me à agência imobiliária. Fiquei tão indecisa! Não sabia se entrava, se saia... Decidi não entrar, caminhei, hesitei, voltei atrás, decidi entrar... Entrei, não tive coragem de passar pela porta... Não sabia como ia justificar a minha presença ali.
O que realmente queria saber era se a M. andava a fazer intrigas de mim a eles. Sei que as faz cá em casa, com todos que ainda estiverem dispostos a lhe dar ouvidos. O que, na actualidade, é só o rapaz do andar de cima. Eu mal o vejo. Antes falava muito com ele mas desde que a M. se aproximou, é raro o encontrar. Parece até que este me evita. E isso faz-me sentir mal.
Quem ela conseguir envenenar contra alguém, ela envenena. Como a minha dose deste tipo de situação foi quase mortal da última experiência, acho que ela tem de servir para me ensinar alguma coisa. A agir. A não ser totalmente passiva, como fui no passado. Por isso é que as mentiras venenosas pegam. Porque eu fiquei silenciada a aguentar o sofrimento da descriminação e gaslighting, sem reacção.
Assim que entrei na agência a senhora veio ter comigo. E me ouviu. Só isso tirou de imediato um peso de cima. Ela veio com duas novidades. Uma ela julgou ser FANTÁSTICA: o rapaz do andar-de-baixo vai-se embora a 19 de Novembro.
Eu logo perguntei: E a M?
Resposta: "Estamos a tentar expulsá-la" (sensação de surpresa agradável).
"Não sabes mas ela não está a pagar a renda. Falamos com ela e justificou que tinha estado de férias. Disse-lhe que mesmo de férias tem de pagar a renda".
Por acaso até adivinhava, aliás, sabia, que ela não estava a pagar a renda. O que não é difícil de concluir quando se sabe que alguém não faz por encontrar trabalho. Faz mais de um ano que apanhei, por acaso, um extrato de transações bancárias deixadas entre papéis velhos e saltou à vista umas prestações fixas de ginásio e telemóvel que apareciam como "em dívida". Não apareceu nenhuma entrada de salário e não vi sair nenhum pagamento avultado fixo, como o da renda. Depois prestei atenção no dinheiro a entrar e não havia nenhum, sem ser o fundo para estudos onde ela se meteu para ter quem a sustente sem ter de arranjar emprego. Uns 6000 euros. O que me revoltou mais ainda!
Isto faz mais de um ano e muito me surpreende que só agora é que a agência está a "tentar" expulsá-la. Se fosse comigo tenho cá para mim que não demonstrariam tanta paciência. Mas creio que não é o caso para se ser paciente. É o caso de temer que a pessoa lhes dê trabalho, lhes faça frente. A M. é exatamente esse tipo de pessoa. Aquele tipo de pessoa que não vais conseguir expulsar. Que vai recorrer a todo o tipo de truques. Até virar "boazinha" quando lhe convém, só para passar debaixo do "radar" das suspeitas.
Um peso enorme abandonou os meus ombros quando soube que a agência pretendia expulsá-la. Mas logo ela me disse que: "não era fácil". Eu respondi que só de saber disso já me fazia aguentar mais um pouco. (Porque eu já estava a pensar sair). Ela repetiu "estamos a tentar".
O peso que me saiu dos ombros foi tão grande. Nem dei conta do quão grande ficou só de a ter de volta. Era esmagador! Não estava lá aquando a sua ausência. Mas voltou todo em peso com a sua presença.
Senti-me leve, alegre. Há esperança! E melhor: eles sabem que ela não é "não é boa pessoa" - citando a senhora da agência.
Só depois percebi que ela colocou ênfase em "tentar".
A M. não vai sair daqui. Nunca.
É demasiado ardilosa e má intencionada para se deixar levar na primeira investida.
Adorava que fosse esta a minha bênção dos céus por altura do Natal.
Quem vai sair é o rapaz do andar-de-baixo. Para mim pouca diferença faz. A não ser temer que venha mais um para a M. encher de veneno. E outro desarrumado, porque a casa está com mau aspecto e quem aceitar viver nela só pode ser pouco asseado.
A M. detesta o rapaz de baixo. Há um mês veio cheia de falas mansinhas para mim, contou-me que foi à esquadra queixar-se dele. Mas que eles não podiam fazer nada porque ele não a agrediu. Quis que eu a apoiasse porque, num próximo desentendimento, ela não hesitaria em fazer queixa dele. E eu fiquei a pensar o quanto ela provoca as pessoas e as tortura. Jamais
podia ficar do lado dela.
Ela o quer expulsar daqui desde o início. Tentava fazer-me a cabeça contra ele. Mas não conseguiu. Acabei por deixar de lhe falar e ele, como consequência, ficou agressivo e a fazer bullying. Mas passada essa (longa) fase de 6 meses, ele, mesmo cheio de raiva, fazia a vida dele e deixou de interferir na minha.
Ele sair vai saber-lhe a presente de Natal. Vai ficar no céu. E achar que tudo está bem. Agora só faltava EU sair. Vai tornar-me no seu alvo exclusivo. Quem merece esse gostinho, essa felicidade sou eu! Que ele se vá embora antes dela parte-me o coração. Não me sinto nem um pouquinho feliz. Se não for ela a sair, esta casa não vai conseguir entrar nos eixos. Durante a sua ausência de quase duas semanas, a casa manteve-se direita. Nada de bagunça, nada de sujidade das grandes. O rapaz do andar-de-baixo tem problemas, mas no geral, faz a sua vida sem perturbar. Eu é que mereço ter o gostinho de ver a M. fora daqui. Esse prazer devia ser meu, não dela!
Talvez até arrange um qualquer esquema para cá enfiar o rapaz que enfia no quarto todo o fim-de-semana. Isso se for sempre o mesmo porque, se os esconde, tanto pode ser um como cem.
Ela gasta dinheiro que não tem a uma velocidade cruzeiro. Mas parece que tem pacto com as forças do mal: cai sempre de pé. Nunca é derrubada.
Quem será que ela está a usar de momento para conseguir dinheiro? Sim, porque as tetas do governo não vão durar para sempre. E, supostamente, esse dinheiro tem de ser devolvido após a pessoa se empregar na área. Coisa que nunca vai acontecer com a M. Até porque me parece que ela já abandonou os estudos faz muuuito tempo.
Para meu terror, li algures uma notícia com o título: "O que acontece às pessoas que não pagam os empréstimos de estudo?".
Aparentemente nada. A pessoa apenas fica "sem crédito" para se financiar. LOL. A sério UK??? Até parece que esta gente alguma vez vai requerer crédito. Vive é de esquemas para tirar dinheiro, não é gente direita que visa obter propriedade ou bens para pagar para o resto da vida.
A M. cai sempre de pé. Passa um ANO e ela sobrevive de esquema em esquema. Sem se preocupar em enveredar pela vida honesta de trabalho. Desta vez quero que caia e fique no chão. Mas num fora daqui. Que vá para bem longe e nunca mais apareça.