sábado, 26 de novembro de 2022

Esta senhora tem uma história boa para contar

 
O seu retrato foi comprado por um Rei Francês. E por isso tornou-se famosa. O seu criador, um tal de Leonardo Da Vinci, não estava satisfeito com o resultado da sua pintura. Olhando bem para ela, acho que ele tinha razão. Vendeu-a ao Rei de França.

A este facto deve a Mona Lisa a sua extrema fama. Foi para o luvre como quem tem o seu Jazido pessoal: para todo o sempre. Mas não foi bem assim. Em 1913 desapareceu de lá. Sumiu! Por anos, andou desaparecida. Ninguém sabia dela. 

Acabou que estava no quarto de um indivíduo muito básico e simples, de nacionalidade italiana que, tirou da sua cabeça, que a pintura tinha de sair do Louvre, de França. Ficou com ela no quarto até que, dois anos depois, decidiu vendê-la a um museu em Florença. E foi aí que se descobriu por onde andava a misteriosa Mona!


É que a senhora - de identidade ainda não 100% conhecida, sempre foi um mistério. Vai e vem, muitas teorias sobre si, sobre o seu cenário são lançadas. Até se diz que ela é um "ele". Que é estrábica. Miope. Tanto, mas tanto se diz e se fala sobre esta imagem de uma mulher que nem se sabe se existiu lá no século desaseis! 

Uma coisa parece ser certa: A Mona tem péssimo gosto para homens. Só atrai os maluquinhos. É que antes de Peruggia, o italiano que achou que a italiana devia voltar à itália, também um outro lunático, que proclamava querer ser um líder justo com o povo e que odiava o poder absoluto - um tal de, não sei se conhecem pelo nome: Napoleão Bonaparte? Conhecem? Pois, é que esse também se engraçou com a senhora Mona... e levou-a para a cama! Mesmo acima da cabeceira onde se deitava todas as noites. 

Mona passou por privações com homens doidos! Mas sempre regressou para o Louvre. Só de lá saiu para visitar Tóquio, Moscovo e os Estados Unidos, onde teve a honra de ser apresentada - nada mais nada menos do que por um ícone americano: O Presidente dos EUA  John F. Kennedy. Digamos que só por isso, já é um bom motivo para dona Mona sair do conforto da sua cripta lá no Louvre. 

Bom... vamos ignorar o facto de também ele, J. Kennedy, ser um homem mulherengo ahah.



sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Black Friday uma M****

 Estava já a carregar no botão para pagar o alojamento e viagem quando leio algures numa notícia que os preços vão baixar só no dia 25 e Novembro - ou seja HOJE! A chamada "Black Friday".

É tudo tanga. Ontem de noite, até às 6h da manhã, estive a pesquisar e quase comprei tudo. A hospedagem estava a 76 euros por quatro noites. Uma pechincha! Quis comprar logo mas se tudo ia ficar mais reduzido dali a poucas horas, podia esperar. Aumentar é que não devia. Pois enganei-me. Agora está a 88 euros por quatro noites. 

Essa alteração já faz com que NÃO QUEIRA dar um único centavo. Posso dar o dobro a outro estabelecimento mas a este, não dou. Ou o valor volta a ser o mesmo ou não compro. O produto é o mesmo. O tempo que passou quase nenhum. E a oscilação de valor essa exorbitância??

Não consigo compactuar com estas práticas oportunistas, que apenas trabalham com algorimos e, como o computador lhes deve ter dito que eu estive a ver aquela reserva, a coloquei no cesto e quase a comprei - logo a seguir o preço sobe. O mesmo aconteceu para as datas de voo. 

Promoções de black friday...

A única coisa que me apetece ver black (negra) é o olho do pilantra que inventou esta artimanha enganosa de venda de gato por lebre. 

domingo, 20 de novembro de 2022

Não consigo respirar!

 

Não consigo respirar pelo nariz. É só chegar a casa e isso torna-se impossível. Vai e volta, esta condição aparece. Parece-se com uma simples constipação. Mas não é. Mas é chata como se fosse!

Será alergia? Congestão nasal? Sinusite?



Além de ter de respirar pela boca, tenho outras condições que podem estar associadas. Muita intolerância ao barulho. Não percebo nada do que as pessoas me dizem quando estou num ambiente com ruído. Não as entendo. Oiço-as mas não as percebo. Em quase tudo estou a dizer "?" - como se fosse meia-surda. Sofre de enjoo, má disposição, mal estar ligeiro ao andar de autocarro. Junto com uma certa dor de cabeça. O melhor que me pode acontecer é chegar rápido ao destino e sair do autocarro o quanto antes. O ar fresco e gelado de Inverno revigora-me. Estão agora 5º graus. Aqui em Inglaterra já não dá para sair à rua sem colocar luvas. O gorro e o cachecol logo se seguem. O ano passado tive vertigens tão limitadoras que precisei de tomar medicação por muito tempo, para ver se as afugentava de vez. 

Existe alguma cura para isto?



Não deve existir. Se não as milhares de pessoas que sofrem do mesmo mal estariam todas bem. Juntei-me ao grupo. Bolas! Isto de envelhecer não está com nada... uma pessoa perde o que não quer e ganha o que não quer! Perde-se elasticidade, energia, juventude, ganham-se rugas na pele, doenças a somar... Como alguém disse: Envelhecer não é para fracos

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Livro a preço de vários colares em ouro

 

Tenho a certeza que nem Maria Magalhães ou Isabel Alçada ganharam este valor na venda de um único exemplar:


Estão a ver quanto pedem? Por um livro que nem é novo no seu estado, mas USADO???

O descaramento das pessoas não para de me surpreender. Mas que o façam online na venda de produtos como este exemplifica, tira-me do sério. Cheguei a ver rolos de papel higiénico vazios à venda por uma fortuna! Isto antes do Covid, supostamente para "trabalhos manuais". Como se fosse produto de recurso difícil, quando na realidade está disponível ao final do dia em todas as casas-de-banho deste mundo.

Vocês dariam o valor pedido pelo livro? Cento e setenta e um euros e quinze cêntimos? Será que as costuras, a tinta de impressão e os restantes materiais usados na sua produção são feitos de ouro? 


PS1: Aos 11 anos ganhei um prémio de literatura na escola cujo prémio foi anunciado como "muito bom" mas era também uma "surpresa". Na cerimónia de atribuição receberam-se livros da colecção "Uma aventura", de Isabel Alçada e Maria Magalhães (autoras da obra vendida acima). Pormenor: uma delas tinha sido ou ainda era professora naquela escola. Qual não sei, porque não foi na minha turma. Ou seja: os livros não foram uma despesa para os cofres da escola, foram obtidos gratuitamente. Esperava, no mínimo, um autógrafo, para que ficassem valorizados e marcassem a ocasião. Veio com um carimbo preenchido com dados pessoais mas não pareceu nem especial, nem carinhoso, nem nada. Os prémios para os três primeiros qualificados foram livros "Uma aventura". Só variou na quantia recebida. 


PS2: Disseram-me que o primeiro prémio (que não foi o meu) foi atribuído a um rapaz por nepotismo e que nem tinha sido ele a escrever o texto, teve ajuda da sua mãe, que era professora ou algo do género. Mas o que mais gostei de ouvir foi o rapaz que mo disse, ter-me reconhecido dessa ocasião - e eu nunca tinha lhe colocado a vista em cima. Reconheceu-me mas não mo admitiu logo. Tornamos-mos colegas de turma no ano seguinte e ele nada me disse sobre o impacto que o meu poema teve na sua pessoa. Guardou isso para si e só quando nos tornamos mais próximos é que me disse que ele e outros tinham gostado muito mais do meu poema e que eu devia ter ganho o primeiro prémio. Contou-me que o rapaz que o levou - que era da turma dele, não era nada criativo, não sabia escrever e era aparentado com uma professora. Aquele tinha sido um primeiro prémio que me foi roubado. Eu desconhecia tudo aquilo que ele me contava. Na altura - pode vos parecer estranho, mas tinha sim uma capacidade criativa em potencial, que saía fácil de mim, tanto por escrito quanto por outros meios. O suposto "grande prémio" com que tentavam aliciar os alunos para que se empenhassem não surtiu qualquer efeito em mim. Escrevi o poema pelo desafio, por gosto. Nem me pareceu difícil. Fi-lo ali mesmo, sentada na carteira da sala de aula. Não precisei de dias, nem de "fazer em casa".  O prémio não me motivou a aplicar-me mais - como decerto foi o estímulo dado a todos nas classes. (Como podem perceber pelo meu blogue, esse talento para a escrita não cresceu. Sei porquê não floriu e sei porque morreu. Existiu. E isso basta-me). 


ilustração da arquitectura de uma escola portuguesa 
que é muito familiar

Hoje, calhasse que os livros tivessem recebido assinatura de autor, pergunto-me se podia cobrar por cada um deles este ABSURDO de valor. 171 euros!! É que, os meus, além de assinados, seriam artigo "vintage", com mais de 30 anos. Talvez até primeira edição. 

Há uns 20 anos desfiz-me de dois deles (não carimbados, pois antes de os receber já era leitora das obras, que achava previsíveis e quase sempre adivinhava o plot inteiro e descobria o(s) culpado(s) nas primeiras páginas, mas eram um bom entretinimento), junto com outros livros de estudo "menos queridos" num Alfarrabista. 

Em troca destes dois que podia vender a preço mais elevado (sendo primeira edição e sendo muito procurados) e muitos outros manuais escolares ainda usados no ensino que podia vender a preço de capa - deu-me uns meros 100 escudos. 

Tirei consolo em saber que ia dar aos livros uma nova vida, já que, no lixo, não sou nem nunca fui capaz de os colocar. Prefiro "abandonar" um livro num banco de jardim, num aeroporto ou na já desaparecida biblioteca do emprego. Assim outros podem beneficiar deles. (No emprego pegaram em todos os livros e deitaram-nos no lixo. Disseram-me que lhes atearam fogo. Meu ADN treme de pesar até hoje).

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Conversa informal de autocarro

 

Nem estava a prestar atenção. O meu foco estava nas horas no display do autocarro. Tinha 15 minutos para bater o ponto. E um percurso que podia levar mais que isso. A pontualidade era incerta e um desafio que aceitei ao receber, 10 minutos antes, uma chamada telefónica para ir trabalhar ontem, Domingo, às 10 da manhã. No total tive 30 minutos desde o desligar da chamada para sair da cama  e estar no emprego a trabalhar. Só o percurso demora mais que isso. Tinha de me apressar. 

Em 3 minutos estava fora de casa, em nove no autocarro que apareceu mesmo quando estava quase a alcançar a paragem. Corri para o apanhar e entrei. Os meus olhos no display que diz qual o próximo destino e mostra os minutos que faltam até chegarem as 10 da manhã. O autocarro vai parando nos semáforos, nas suas paragens obrigatórias e demorou-se logo na segunda, para poder facilitar a entrada a uma senhora em cadeira de rodas. Algures depois ou antes da entrada desta, um vulto feminino a falar ao telemóvel tinha entrado também e passado por mim. Sentou-se algures atrás. A voz não era muito alta. Mas a rapariga, britânica, falava claramente e dava para escutar o tema da conversa.

O meu foco está nas horas. Perderam-se quase 3 minutos na paragem onde entrou a senhora, com o marido e uns outros tantos. Até foram rápidos. A agilidade da senhora e a força de braços - louvei-lhe. Via-se bem que era uma senhora de garra, independente, com identidade que não estava presa à cadeira. E ponderei se homens conseguiriam ser assim. 


Talvez por essa distração a voz da rapariga ao telemóvel tornou-se percetível. E era esta a conversa dela: 

Acordou sem se lembrar de nada mas com aquela sensação "lá em baixo" (Ria-se). Tinha quase a certeza que teve relações sexuais mas não se lembrava de nada. Explicou que toda a gente falava daquela droga muito boa e que tinha de experimentar. Achou graça que a droga era tão boa que a tornou desmemoriada e provavelmente manteve relações sexuais. Com quem? Com o quê? Com quantos? - não faz ideia nem nunca vai saber.

A rapariga estava OK com esta experiência. Até ri, e sem ser de nervoso. Ri com gosto. Ri por ter aquela história fantástica para contar. E conta com tanta casualidade, que o faz no meio de um autocarro cheio de gente. 


Qualquer dia...

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/casal-faz-sexo-em-frente-a-criancas-dentro-de-autocarro




Fun for everyone


 

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Conheçam esta sanita

 Apresento-vos a sanita cá de casa.



Como podem perceber, é de louça branca, fica num espaço apertadinho e esta acompanhada de um balde pela esquerda e por um piaçá à direita.

Deixem-me perguntar-vos já: COMO é que voces se sentam numa sanita?


Esta pode parecer uma pergunta estranha, não é? Confesso que jamais pensei que ia questionar-me sobre formas de nos sentarmos numa sanita. Parece-me evidente que so há uma: sentamos-nos pelo lado mais estreito, com as costas viradas para o autoclismo.

Foi assim que nos ensinaram e é assim que transmitimos às crianças, quando atingem tamanho suficiente e conseguem usar os braços para se equilibrar no tampo. Existem inúmeras imagens elucidativas, imagens de stock, ilustrações de pessoas a usar esse utensílio e não encontro uma que mostre diferente. 

Pois descobri que nem todos fazem assim. De inicio nem entendi porquê a M. teimava em empurrar o piaçá para detrás da sanita, inclinado, quase debaixo da tubagem. É que não é nada fácil chegar a ele. Aquilo irritava-me. Até latas vazias de ambientador ela colocava em frente do piaçá, como se este utensílio fosse de utilizado com pouca frequência. O braço mal tem espaço para se enfiar na abertura e tem de se esticar todo, roçando na tabua e sanita, o que não é muito higiénico. 

A minha vontade era remover o BALDE. Esse sim, acho que está mal posicionado e não é de uso frequente. Eu nem o uso. É todo dela. Onde está situado, estou sempre a dar-lhe pontapés. Quando uma pessoa se posiciona para se aliviar, o pé encontra ali um desagradável obstáculo. E ela sempre a empurrar este mais para a frente. 

Um dia ela me pergunta se sou eu (claro que sabe que sou eu) que reposiciona o piaçá e eu respondo-lhe que sim. Ela recrimina-me e diz:
-"Quando eu me sento aquilo está ali, não deixa espaço para colocar o pé. Não o quero ali, não é para estar ali".

O meu cérebro leva tempo a processar a sua justificação. O piaçá? Mas nem se toca nele! O balde sim, é um incómodo, um distúrbio. Nisto percebo que ela disse que se senta e bate com o perna nele. Para isso acontecer só pode ser porque se senta de lado!!

Fiquei um pouco surpresa. Nunca na vida conheci alguém que usa uma sanita de lado. Mas logo explicou muita coisa: os salpicos de defecação sempre posicionados na lateral esquerda, por vezes até alcançando a parede. A mentruação dela, sempre a pingar de um lado da tábua. Passei a entender melhor o estado lamentável de certas coisas pela esta sua inadvertência. Me espanta que ela julgasse que eu soubesse que era assim que se sentava na sanita. Como se fosse natural. 

Pensei: deve ser por o espaço ser pequeno. Mas não. É mais porque ela é espaçosa. Precisa de ter muito espaço para si e acha que usar a sanita de forma apropriada não lhe confere isso. Até hoje tenho de "lutar" com aquele balde e puxar o piaçá do fundo da parede, cada vez que preciso de o usar. O que pode ser mais que uma vez por dia. 

Já tinha ouvido falar das sanitas para agachar - até me parece uma coisa positiva que gostaria de usar. Os orientais têm buracos no chão a fazer de sanita. Parece que a posição de agachar vai mais de acordo com o que a natureza do nosso corpo. A invenção da sanita veio contrariar essa natureza, proporcionando mais conforto e também mais higiene. Contudo, desde que foi inventada - lá pelo século XXVI, pelos vistos - a malandra tem sempre sido usada da MESMA MANEIRA. Senta-se sempre com as costas viradas para a descarga. Não há outra forma. 

Só mesmo a M. para ser inconveniente até nisso.  


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Eu não mudo de skin

 AS IDENTIDADES

A identidade que conferi ao meu blogger dei-a quando criei o seu conceito e ele nasceu. Mudar isso seria como querer fazer uma cirurgia plástica só para parecer mais jovem. Deixo-o seguir o seu rumo. 

Tal como acontece com coisas vivas, tenho o costume raro de não mudar as características dos meus equipamentos de interação social. Falo do telemóvel, do computador, blogger,  facebook, whatsapp, das suas configurações, imagens de monitor, tipo de icones, sons e melodia de toque. 

Tudo o que envolva identidade.


Acho que este género de utensílio também tem a sua identidade única. Quando uso um telemóvel novo, este "pede" a sua própria identidade. Não vai ter o mesmo aspecto do anterior. Tem novas características, funciona de forma similar mas diferente, sente-se diferente. Logo, não pode ter a mesma "imagem". Cada aparelho tem o seu tempo e cada tempo pertence a um momento nosso, que acaba tendo as suas características identificativas. Eu sinto qual é essa identidade e depois configuro-a. Assim fica para sempre. 

Hoje em dia é raro optar assim, quando a tecnologia oferece tanto. Mas é como prefiro. 

O toque do telemóvel só muda em caso de necessidade, quando mudo de telemóvel. Desde 2019 que tenho o mesmo. São dois diferentes, porque tem dois sims. Um para Portugal, outro para o Reino Unido. Sempre os tive personalizados, porque, para mim, só faz sentido assim. Procurei a melodia que queria online e alterei-a na velocidade e os efeitos. É um toque polifónico pois só me agradam esses. Escutava a melodia na infância, quando ligava a televisão para ver "Era uma vez o espaço".  Em três anos, nunca que alguém ouviu e disse: "esse som é-me familiar...".. Contudo, acredito que quem seja dessa altura e tenha essa sensibilidade, vai saber a identificar.  Como skin - ou seja, o grafismo dos icones, a imagem de fundo, o protector de monitor, tenho o tema do espaço. A imagem de fundo é do planeta terra e uma chuva de meteoritos aparece quando o ecran se desliga. 

Há quem não passe cinco dias sem mudar de avatar, de imagem de fundo da página do facebook ou blogger, de foto no whatsapp etc. Nada contra quem o faz, só não faz o meu género. Em muitos casos, acho que essas constantes mudanças revelam traços de personalidade que deviam permanecer na intimidade. Tais como imaturidade, insegurança, vaidade e superficialidade. Pelo menos eu identifico algumas pessoas assim, só pela escolha de foto para avatar. Não todas atenção. Mas uma maioria que varia em idades desde jovens miúdos a adultos mal-resolvidos (lol). Eu, que sou uma pessoa mais privada (?) não sinto vontade de meter a foto das minhas férias na praia, ou no alto de uma montanha, ou abraçada a uma criança, ou a ser beijada por um homem, ou ao lado do meu gato, ou nas minhas "melhores" roupas aquando convidada para um casamento, ou quando era jovem há mais de 40 anos atrás, ou a segurar copos de cerveja num destes muitos ambientes de festa em pubs... 

Não é para mim. No máximo, uma paisagem, algo belo, porque a beleza me agrada, mas não quero parecer nem fazer por convencer os outros de que a bela sou eu. 

Bom, e é isto.





segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Novas leituras


                     Novo género de leitura


Anteriores leituras


quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Novidades que tirara(ra)m um PESO dos OMBROS!

 

Depois do sucedido com a M., temi que ela me fosse difamar. Que o faça cá em casa com o rapaz, isso já dou como certo. Mas que o pudesse fazer com o pessoal da agência deixou-me preocupada. Na outra casa o senhorio nem quis me ouvir: tomou como certo as invenções que lhe despejaram em cima. Voltei a lembrar a dor e angústia dessa experiência. Temi que se repetisse. Não poderia suportar sujeitar-me novamente a essa situação. Antes não reagi, agora tinha de tomar uma atitude.

Muito insegura, com medo de ser interpretada como uma pessoa que não funciona bem da cabeça, dirigi-me à agência imobiliária. Fiquei tão indecisa! Não sabia se entrava, se saia... Decidi não entrar, caminhei, hesitei, voltei atrás, decidi entrar... Entrei, não tive coragem de passar pela porta... Não sabia como ia justificar a minha presença ali. 

O que realmente queria saber era se a M. andava a fazer intrigas de mim a eles. Sei que as faz cá em casa, com todos que ainda estiverem dispostos a lhe dar ouvidos. O que, na actualidade, é só o rapaz do andar de cima. Eu mal o vejo. Antes falava muito com ele mas desde que a M. se aproximou, é raro o encontrar. Parece até que este me evita. E isso faz-me sentir mal. 

Quem ela conseguir envenenar contra alguém, ela envenena. Como a minha dose deste tipo de situação foi quase mortal da última experiência, acho que ela tem de servir para me ensinar alguma coisa. A agir. A não ser totalmente passiva, como fui no passado. Por isso é que as mentiras venenosas pegam. Porque eu fiquei silenciada a aguentar o sofrimento da descriminação e gaslighting, sem reacção.

Assim que entrei na agência a senhora veio ter comigo. E me ouviu. Só isso tirou de imediato um peso de cima. Ela veio com duas novidades. Uma ela julgou ser  FANTÁSTICA: o rapaz do andar-de-baixo vai-se embora a 19 de Novembro. 

Eu logo perguntei: E a M?

Resposta: "Estamos a tentar expulsá-la"  (sensação de surpresa agradável).
"Não sabes mas ela não está a pagar a renda. Falamos com ela e justificou que tinha estado de férias. Disse-lhe que mesmo de férias tem de pagar a renda".

Por acaso até adivinhava, aliás, sabia, que ela não estava a pagar a renda. O que não é difícil de concluir quando se sabe que alguém não faz por encontrar trabalho. Faz mais de um ano que apanhei, por acaso, um extrato de transações bancárias deixadas entre papéis velhos e saltou à vista umas prestações fixas de ginásio e telemóvel que apareciam como "em dívida".  Não apareceu nenhuma entrada de salário e não vi sair nenhum pagamento avultado fixo, como o da renda. Depois prestei atenção no dinheiro a entrar e não havia nenhum, sem ser o fundo para estudos onde ela se meteu para ter quem a sustente sem ter de arranjar emprego. Uns 6000 euros. O que me revoltou mais ainda!

Isto faz mais de um ano e muito me surpreende que só agora é que a agência está a "tentar" expulsá-la. Se fosse comigo tenho cá para mim que não demonstrariam tanta paciência. Mas creio que não é o caso para se ser paciente. É o caso de temer que a pessoa lhes dê trabalho, lhes faça frente. A M. é exatamente esse tipo de pessoa. Aquele tipo de pessoa que não vais conseguir expulsar. Que vai recorrer a todo o tipo de truques. Até virar "boazinha" quando lhe convém, só para passar debaixo do "radar" das suspeitas. 

Um peso enorme abandonou os meus ombros quando soube que a agência pretendia expulsá-la. Mas logo ela me disse que: "não era fácil". Eu respondi que só de saber disso já me fazia aguentar mais um pouco. (Porque eu já estava a pensar sair). Ela repetiu "estamos a tentar"

O peso que me saiu dos ombros foi tão grande. Nem dei conta do quão grande ficou só de a ter de volta. Era esmagador! Não estava lá aquando a sua ausência. Mas voltou todo em peso com a sua presença.

Senti-me leve, alegre. Há esperança! E melhor: eles sabem que ela não é "não é boa pessoa" - citando a senhora da agência.
Só depois percebi que ela colocou ênfase em "tentar"

A M. não vai sair daqui. Nunca. 
É demasiado ardilosa e má intencionada para se deixar levar na primeira investida. 

Adorava que fosse esta a minha bênção dos céus por altura do Natal.

Quem vai sair é o rapaz do andar-de-baixo. Para mim pouca diferença faz. A não ser temer que venha mais um para a M. encher de veneno. E outro desarrumado, porque a casa está com mau aspecto e quem aceitar viver nela só pode ser pouco asseado. 

A M. detesta o rapaz de baixo. Há um mês veio cheia de falas mansinhas para mim, contou-me que foi à esquadra queixar-se dele. Mas que eles não podiam fazer nada porque ele não a agrediu. Quis que eu a apoiasse porque, num próximo desentendimento, ela não hesitaria em fazer queixa dele. E eu fiquei a pensar o quanto ela provoca as pessoas e as tortura. Jamais 
podia ficar do lado dela. 
Ela o quer expulsar daqui desde o início. Tentava fazer-me a cabeça contra ele. Mas não conseguiu. Acabei por deixar de lhe falar e ele, como consequência, ficou agressivo e a fazer bullying. Mas passada essa (longa) fase de 6 meses, ele, mesmo cheio de raiva, fazia a vida dele e deixou de interferir na minha. 

Ele sair vai saber-lhe a presente de Natal. Vai ficar no céu. E achar que tudo está bem. Agora só faltava EU sair. Vai tornar-me no seu alvo exclusivo. Quem merece esse gostinho, essa felicidade sou eu! Que ele se vá embora antes dela parte-me o coração. Não me sinto nem um pouquinho feliz. Se não for ela a sair, esta casa não vai conseguir entrar nos eixos. Durante a sua ausência de quase duas semanas, a casa manteve-se direita. Nada de bagunça, nada de sujidade das grandes. O rapaz do andar-de-baixo tem problemas, mas no geral, faz a sua vida sem perturbar. Eu é que mereço ter o gostinho de ver a M. fora daqui. Esse prazer devia ser meu, não dela!

Talvez até arrange um qualquer esquema para cá enfiar o rapaz que enfia no quarto todo o fim-de-semana. Isso se for sempre o mesmo porque, se os esconde, tanto pode ser um como cem. 

Ela gasta dinheiro que não tem a uma velocidade cruzeiro. Mas parece que tem pacto com as forças do mal: cai sempre de pé. Nunca é derrubada.

Quem será que ela está a usar de momento para conseguir dinheiro? Sim, porque as tetas do governo não vão durar para sempre. E, supostamente, esse dinheiro tem de ser devolvido após a pessoa se empregar na área. Coisa que nunca vai acontecer com a M. Até porque me parece que ela já abandonou os estudos faz muuuito tempo. 

Para meu terror, li algures uma notícia com o título: "O que acontece às pessoas que não pagam os empréstimos de estudo?".

Aparentemente nada. A pessoa apenas fica "sem crédito" para se financiar. LOL. A sério UK??? Até parece que esta gente alguma vez vai requerer crédito. Vive é de esquemas para tirar dinheiro, não é gente direita que visa obter propriedade ou bens para pagar para o resto da vida. 

A M. cai sempre de pé. Passa um ANO e ela sobrevive de esquema em esquema. Sem se preocupar em enveredar pela vida honesta de trabalho. Desta vez quero que caia e fique no chão. Mas num fora daqui. Que vá para bem longe e nunca mais apareça.