quarta-feira, 22 de março de 2023

Indumentárias MASCULINAS dos O23

A vontade de comentar as roupas escolhidas para aparecer num grande evento televisivo surgiu depois de perceber isto. A primeira imagem é do filme "Tudo ao mesmo tempo, em todo o lugar" (minha tradução). Aqui pode-se ver que a personagem principal veste um casaco de malha vermelho com um estranho padrão na manga e nas costas pode-se ler o que parece ser a palavra PUNK.


Durante a cerimónia dos Óscares 2023 surge no palco, para receber o óscar para melhor filme, um dos autores que, por uma razão simbólica não muito conhecida, escolhe vestir um fato bordeaux, onde reproduz o desenho do casaco de malha que surge no filme. Mas com uma qualidade muito superior de acabamentos e materiais! 

O que será que isto quer dizer? Estaria ele só a levar o amor pelo seu filme um pouco mais além ou existe uma mensagem sublimar em tudo isto? O que é aquele símbolo? 


Por aqui fui espreitar as escolhas dos restantes.  E para variar, vamos falar do vestiário masculino. Tanta vez ofuscado e pouco diversificado, acho que este ano também a cerimónia foi mais além no departamento da moda masculina. 

OS HOMENS:

Primeiro exemplo: fatos em branco. 
GOSTO

Há algo no design deste "toxido" que é super elegante, sofisticado e ainda consegue trazer remenescências orientais. O que combina com quem o usa. A começar pela cinta, a fazer lembrar um quimono mas sem ter um ar de ultrapassado. Aquela lapela cortada em bico apenas do lado do bolso, formando um Z, o conjunto em si, simplesmente gosto. Não faz lembrar um fato de judo, o que facilmente podia ser a desgraça se o design não fosse tão bem conseguido. 


Fica-lhe bem, dá um ar leve, fresco. O negro teria caido mal. 


Bom, nesta foto nem gosto muito de ver o Lenin Kravitz, 
mas na de baixo, que basicamente é a mesma mas de rosto virado, já gosto. Cheio de estilo, drapeado, original, bom tecido. Na de cima só não aprecio muito porque aquele peitoral faz lembrar um seio e quase se desvenda o mamilo. Mas sem dúvida um dos top visuais masculinos.


Já tinha dito noutro post que adorei a originalidade e o simbolismo deste laço azulão com olhos de plástico. 

Ora aqui está uma boa opção, mais uma vez original, para pessoas de porte mais forte! Este senhor ousou ir com um casaco/cauda, a fazer lembrar os vestidos das mulheres. E não é que lhe fica bem? Pelo menos assim de perfil. O tecido também me parece excelente. Se fosse todo preto ia correr mal. Se fosse quebrado com outras cores, ia parecer mal. Mas este aspecto acetinado com cornucópias ou um padrão brilhante confere-lhe um ar sofisticado. Mais uma vez, algo de oriental surge na escolha do tecido acetinado com padrões, a fazer lembrar as vestes antigas chinesas.


Só aqui pus o Colin por causa da bandeirinha da ucrânia que colocou na lapela. Alguns artistas se limitaram a dar esse toque e assim expressarem o seu apoio, sem, contudo, entrar em politiquices verbais. Colin também teve de levantar a crista ahahah. Mas fica-lhe bem o look. A escolha do que parece ser mini-botões pretos para as camisas brancas também parece ter sido A moda masculina da  cermimónia. Mais homens optarem por esse look.


Dois casos de roupas quase identicas mas resultados muito diferentes.
Não gosto do de cima, porque o rapaz parece anão. Fica-lhe mal esta escolha. A proporção de tronco fica idêntica às das pernas. O que lhe confere uma estatura baixa e tacanha. Já o de baixo, que basicamente escolheu o mesmo estilo, parece ser um homem alto. Onde o botão do casaco aperta lhe confere mais altura de perna enquanto o de cima foi apertar o casaco quase perto da virilha ahaha. Resultado: fica-lhe mal.



Veludo, azul, e uma popa a lembrar a de rin tin tin
Com uma descrição destas diria-se que não ia resultar. Mas resulta! 
Charme e elegância, originalidade
Barba por fazer contribuiu para o look sofisticado mas descontraído.


Um fato como este só podia cair tão bem num corpo bem feito. É o caso. Casaco que aperta com dois botões logo abaixo do peito, dando pouco espaço para a camisa, um singelo lenço branco a demarcar o bolso. A barba e o cabelo: tudo bem conseguido. Confere um ar de classe e elegância.


Aqui gosto do exagero da gola, da ausência da camisa tradicional e do uso de rosa na camisa aberta.  Simples e diferente. Falta talvez um toque dessa diferença na parte de baixo. Elegante. 


Só ouvi uma graçola sobre o fato de The Rock mas nem tinha entendido. Agora que vejo acho que funciona. Não só funciona como é de apreciar que a escolha tenha ido para um pálido rosa, o tecido seja acetinado e uma flor falsa com lencinho branco mas laço preto tenham sidos adicionados. Acho que fica-lhe bem. Mas talvez... gostasse de ver o resultado se o laço fosse também branco ou champanhe. Até o casaco se fosse champanhe na cor teria subido vários patamares na sofisticação. Como está talvez pusesse glitter naqueles botões de camisa. E sem dúvida, o preto do laço tem de sair. Só tentando para saber.

Sem dúvida que a cerimónia dos òscares 2023 teve o tema asiático este ano. Os próprios tecidos escolhidos para as indumentárias masculinas mais do que o comprovam. O cetim, a seda, o design. 

Os das mulheres fica para outra ocasião.



Posts meus, quo vadis?

 Tantos posts com os mais diversos assuntos que estive para vir aqui deixar, algo mete-se no meio e depois... esqueço o que eram!

Também vos acontece?


domingo, 19 de março de 2023

 

Não vou publicar aqui, porque quando se partilha a mesma internet surge nos motores de pesquisa da google todos os endereços pesquisados. O meu blogue poderá ser encontrado por alguém aqui de casa. Traduzir hoje em dia é fácil e automático. Mas o vídeo não deixaria margem para dúvidas. 


Surge a M. - cujo nome verdadeiro nem começa por M (já agora). A seguir-me, como já venho a contar que faz. Acabo de entrar na cozinha para tirar a roupa da máquina e ela, ouvindo, segue-me. Começa logo a fazer um banzé. Nossa, tanto barulho! Sempre nas minhas costas. No canto da bancada deixei um pratinho com talheres de plástico. Para o lavar e arrumar assim que acabasse de tirar a roupa. Questão se segundos! Não o lavei dias antes, porque ela me segue. Ia para apanhar a roupa e depois descer e tratar da louça. Mas isso seriam duas viagens, demasiada exposição. Decidi não arriscar. Por isso levei os dois para baixo. Pus a roupa dentro de um saco e depois virei-me, apanhei o prato onde cuidadosamente coloquei os talheres certificando-me que não poderiam cair e fui os lavar. 

O que mostra o vídeo?


Bom, antes de mais uma informação: ando a filmar-me pela casa. Cada vez que saio do quarto. Não queria ter de o fazer, não aprecio ter de o fazer. Mas se não o fizer, não posso provar que estou a ser seguida. O que os vídeos têm revelado até a mim me surpreende. Sabia que ela me seguia e sentia seus olhares e energia negativa. Mas ver nos vídeos a sua linguagem corporal e os olhares como que punhais que me lança até causou os pêlos da minha amiga arrepiarem-se. 

Mostrei um vídeo a uma colega - nem sequer muito próxima, apenas falávamos e acabei por lhe mostrar. Ela ficou preocupada. Temeu pela minha segurança. Disse que não me queria alarmar mas, era melhor que eu não guardasse a minha comida na cozinha, porque ela parecia ser o tipo de pessoa que vai envenená-la. 

Não creio que fosse para tanto, embora já me tivesse ocorrido. Quero acreditar que não. Não a esse ponto. Mas hoje, o vídeo de hoje, também me surpreende. E quem faz aquilo faz mais. Não tem pudores. 

Antes da coisa azedar mais para o azedo, já evitava deixar a comida a cozinhar com ela por perto. Notei que ela sempre TOSSIA na direcção e perto do tacho que tinha ao lume, ou do tacho que tinha a esfriar à janela. Com tanto sítio e tempo para tossir, era logo, de boca aberta, na direcção do meu comer. Uma vez tinha um prato com comida em cima da bancada, ela chega e tosse em cima dele. 

SIM. Claro que sim! Claro que ela seria capaz. Que besteira achar que não... (ingenuidade). 

Bom, mas queria este post curto e singelo. 
O vídeo mostra ela a chegar e de imediato faz-me o gesto do dedo. Sim! Mostra-me o dedo do meio. Lança-mo com ódio no olhar. Não temos interacção alguma. Não a vejo há dias. (só a oiço e a sinto). Tenho estado sempre a trabalhar, que foi de onde tinha acabado de regressar. Fiz 9 horas de trabalho este domingo. 

Depois de me lançar o dedo do meio, repara no meu prato, deixado ali. Eu estou de costas, a tirar a roupa da máquina. O prato está à mercê dela. Faz um sorriso de troça, olha intensamente para mim, olha para o prato, certifica-se que eu não me vou virar e, como não a estou a ver e ali está algo que me pertence, sabem o que ela faz? Com um gesto rápido passa a mão nos talheres para os atirar para o chão! 

O que isto diz da psique da pessoa?

É maliciosa. Viu algo que me pertence "desprotegido" e atacou

Se encontrasse outra coisa? Se tivesse acesso ao meu prato com comida, o que faria? Cuspia para dentro? Punha veneno, como indicou a colega?

Depois de o atirar para o chão, ainda faz pior: coloca em cima um cartão e põe-se a pisá-lo. Fingindo estar a "espalmar" a embalagem. 

De costas, só oiço é barulho. Distingui bem o ruído do talher de plástico a cair. Acabo de enfiar a roupa no saco, viro-me para trás, ponho a roupa ensacada na bancada ao lado do prato, pego neste e nos talheres para os lavar. 

Ela muda de expressão facial, como se nada fosse, e continua a pisar o cartão. Novamente com as minhas costas viradas, ela lança-me olhares fulminantes, pega no cartão, espalma-o e continua com os seus olhares.  

Sim, ela seria capaz de muito mais e pior. Só encontrou foi talheres disponíveis. Tivesse encontrado outra coisa, roupa a secar, etc, nem sei. Também me ocorreu que não é sensato deixar a máquina de roupa a lavar com ela por perto. Ainda é capaz de ir ao WC com um copo, urinar para dentro e despejar o mijo na máquina, só para ter a satisfação de me saber a usar a roupa com o seu mijo. Provavelmente a minha louça lavada nem está segura ali na cozinha. Ela pode muito bem decidir enfiá-la na água sanitária. Ou cuspir na minha comida, caso tenha oportunidade. Ou estragá-la se a deixar preparada no frigorífico. Sim, ela faria isso. Nossa. Ainda me surpreendo com a minha ingenuidade.

 Pois se enquanto usei a gaveta do congelador do lado da porta onde ela tinha a dela, sempre deixou a porta aberta de modo a eu encontrar minha comida toda descongelada. Agora sei que não era por contínua distração. Ela tem pouco de distraída e muito de fingida. 

Quando o rapaz saiu desta casa, decidi mudar os congelados para a outra porta congeladora. Desde então nunca mais apanhei a porta do congelador aberta. Parece que "perdeu o hábito" agora que já não me pode afectar. Por isso é que acho que descubro que tudo o que ela fez até aqui e faz é e sempre foi com más intenções. Provavelmente nunca fez nada de outra forma.   

No instante em que ouvi o talher de plástico a cair no chão, soube que tinha sido ela ao chegar mas pensei que tinha sido ACIDENTALMENTE, como é uma bruta espaçosa e ruidosa que não respeita nada nem ninguém, devia estar ali a tomar o espaço todo para si. 

Mais ingenuidade minha. Ela só é assim porque quer incomodar os outros e os afastar dos espaços em comum.


Quando vi o vídeo percebi que os talheres, tal como disse, foram bem colocados dentro do prato para não tombarem acidentalmente por uma qualquer passagem. Ela pega num plástico (para não tocar com as próprias mãos) e usa-o para atirar uns talheres para o chão. Um cai.

Quando o ouvi cair no chão pensei: deixas-te-o cair agora é teu! 
Qualquer pessoa normal, se o tivesse deixado cair acidentalmente, teria pego, restituido ao lugar e pedido desculpa. 

Não posso ter nada meu por perto que ela não destrua em segundos. Não tenho nada cá fora na cozinha, pelas bancadas. Nada. Nunca tive. Nunca deixei sequer louça suja ou comida dentro de um tacho, em cima do fogão ou dentro do forno. Nem tenho coisas muito importantes nos armários. Não tenho azeite, ou vinagre nem nada que possa vir a ser adulterado para me prejudicar. Há uns anos pelo natal, fui buscar a nova garrafa de vinagre de 500ml que tinha comprado para temperar salada e encontrei-a VAZIA. Disse-lhe isso e ela, muito blazé, logo ela que suspeita de tudo e todos, responde-me que se calhar eu não percebi que a tinha usado. Ora, se era nova e vinagre não é água! Não se bebe meio-litro. Na altura o rapaz andava a roubar a minha comida. Mas nem por isso suspeitei só dele. A garrafa foi esvaziada propositadamente para me irritar e colocada novamente no lugar. Ninguém precisa de vinagre para beber. O rapaz era mais de tirar e consumir. Robou-me uma garrafa de vinho, pão, ovos. Coisas comestíveis e bebíveis. Para despejar uma garrafa de meio-litro de vinagre, só por maldade. Para uso sem ser tempero - e aqui no uk NINGUÉM usa vinagre para tempero - o outro uso só pode ser para limpeza. O rapaz não limpava nem uma colher. A forma como ela falou, fingindo-se desentendida, depois querendo me levar a pensar que estava equivocada, fez-me suspeitar que tinha sido ela, querendo deixar que as culpas recaíssem sobre o já identificado ladrão. 

Para se ter uma ideia, faz duas semanas que ela deixou duas travessas de vidro super imundas num canto da cozinha. Lavá-las? nem pensar. A empregada de limpeza, que aparece uma vez por semana, prefere cuidar da louça deixada suja a lavar a casa. Ficou que tempos a lavar a louça dos outros e nunca chega a aspirar o corredor ou a lavar o chão do WC de cima. Como resultado, estes ficam sujos. O corredor tem pedaços de lama que cai dos sapatos dos outros dois e o chão do WC... tem de tudo. 

A senhora tentou lavar as travessas da M. e tirou até muita da gordura. Mas desistiu de tirar toda. É impossível, aquilo de vidro só o nome, porque nem transparente é mais. O lava louças está entupido. E a gordura da comida da M. empregna-se em tudo o que ali toca. 


Enfim, é importante notar que não tenho recursos para me filmar, ou o ambiente. Bem que gostaria, porque a narrativa ia surpreender. Até a mim. A pesar de tudo o que sei, ainda me surpreendo. Espanto-me.

Passar por isto ajuda-me a desvendar como sou. Devo ser uma pessoa muito especial. Realmente devo ter algo que gera uma enorme aversão e inveja em pessoas egocêntricas e invejosas. 
Nunca escolhi as pessoas que me rodeiam. Deixo que venha quem vier. 

Essa é outra lição a aprender. Se calhar ser selectivo é necessário. Muito necessário. Não se pode acolher todos. Porque desses todos vêm o grupo dos invejosos que vão invejar a tua capacidade para gostar de todos quando eles não têm capacidade para gostar de UM. De início, vão querer ser teus amigos, fascinados por ti. Absorvendo a tua boa energia. Mas depois isso muda. 

sábado, 18 de março de 2023

COmentando os Óscares!

 Acho que este ano a cerimónia dos oscares, que apanhei em repetição esta noite, foi 100% melhor na mensagem que a anterior. Com comoventes discursos e pessoas realmente alegres e a celebrarem-se umas às outras. 

Sem dúvida que, este ano, a cerimónia deu, maioritariamente, destaque à Ásia e aos artistas daí originários. O maravilhoso filme dos "Danieis" - "Tudo em todo o lado, ao mesmo tempo" (Everything Everywhere all at once) conta a história de uma família imigrante asiática na américa, donos de uma lavandaria. Eles trabalham muito e mal conseguem se aguentar. O "sonho americano" não é cor-de-rosa e a história se desenvolve em mundos paralelos. O elenco, obvio, na maioria, é constituido por pessoas dessa ascendência. 
Gostei particularmente do discurso de James Hong que, não sabendo quem era por nome, assim que o vi no filme lembrei-me "Mas eu reconheço este ator! É um bom ator. Que bom que está aqui". No discurso que fez, nos BAFA, basicamente recordou a todos os anos de profissão que tem, ao mencionar que quando o John Waine era o presidente e quando começou nos filmes, quem fazia os papéis de chineses eram actores com fita adesiva nos olhos. Porque achavam que os chineses não sabiam representar (se calhar não sabiam era falar inglês claro, creio eu). A sua retrospecção fez-nos entender a importância e a conquista realizada. Chegou ao expoente máxima mas teve um percurso de persistência e determinação. Gostei particularmente da sua escolha de indumentária para os óscares: a gravata com os olhos de plástico (tem a ver com a mensagem do filme).


O ano passado todos se recordam, a cerimónia dos óscares de 2022 - tão desejada por ser a pós Covid, foi organizada, apresentada, montada, dirigida, orquestada por... afro descendentes. Esta comunidade está sempre a reinvindicar direitos, e quando recebe algo, ainda não é suficiente, pedem mais, fazem lembrar que lhes devem mais. (é uma coisa americana, creio). Mas quando tiveram o privilégio de coordenar toda a cerimónia, o que é que tivemos? Uma agressão ao vivo, insultos, palavrões e pessoas a ovacionar o ator que iniciou o conflito, que não foi repreendido ou afastado. 

Este ano, não sei quem dirigiu, orquestrou, realizou, apresentou a cerimónia. Porque não foi uma "comunidade", foi um GRUPO de pessoas. E ESTA FOI A MENSAGEM que a cerimónia dos óscares de 2023 me passou: NADA daquilo seria possível sem o contributo de TODOS. 

Essa foi a mensagem da melhor atriz, da melhor atriz secundária, do melhor ator num papel secundário, dos melhores diretores e do melhor ator. PASSOU CLARO. E foi, simplesmente, bonito de sentir. Toda a emoção daqueles artistas, a realmente homenagearem-se uns aos outros. Não foi como com o Will Smith, que era tudo sobre o próprio umbigo. Foi sobre todos e para todos. Desde a equipa do "zé-ninguém" -  o indivíduo que segura os cabos e ergue o cabo do microfone, ao catering. Não foi sobre "O Will smith vai receber um óscar" - olhem só como ele conspurcou o símbolo da estatueta. 

Este ano a cerimónia virou-se para a Ásia e para a Índia. Música, dança, artes... e nenhuma baixaria. Uma comunidade muito mais singela que a africana, com muito menos exposição, mas que nunca reinvindicou nada para si. Simplesmente trabalhou e esperou o seu momento ao sol. E ele chegou. Foi bonito de ver. Ficamos a torcer para que hajam mais oportunidades para aquelas pessoas e sentimos felicidade por terem recebido um mérito tão alto. Um filho a agradecer à mãe de 84  anos e a dedicar-lhe o óscar... Tão diferente de uma chapada e, de seguida, fazer um discurso sobre tolerância...


Na carpete de champanhe (não sei porquê não foi chamada de vermelha mas agora surgiu esta nova, eu gosto) muitos artistas, de todas as nacionalidades e áreas, desfilaram com suas indumentárias. Irei reflectir um pouco sobre isso noutro post, para quem gosta de dar uma espreitadela. Irei dizer "gostei/não gostei" e porquê. O básico, que todos fazem e que não quer dizer nada, só um hobby. Vou armar-me em fashionista :) 


Quero saber as vossas opiniões.  

quinta-feira, 16 de março de 2023

Bruce Lee - nova causa de morte (mas é preciso isso?)

 O feed de notícias informa-me que finalmente, foi resolvido o "mistério" da morte do ator americano Bruce Lee, que atingiu alguma notoriedade nos anos 80 por executar artes marciais em filmes. 

Há um outro filme, mais recente, intitulado Uma vez em Hollywood, protagonizado por Brad Pitt, que inclui uma cena com Bruce Lee. De alguma forma considero que, removendo a espuma da celebridade e do mito, este filme demostra com fidedignidade quem realmente pode ter sido o homem Bruce Lee. 

Causa de morte - dizem, foi alergia a um medicamento. Mas o mito da celebridade e dos admiradores, recusam-se a aceitar que o seu idolatrado tem defeitos mundanos. Como pode alguém, "tão bom" em artes marciais, ser, afinal, um comum humano?

Mas Bruce Lee, aliás, Lee Jun-Fan, era apenas e somente um homem. Ambicioso sim, mas talvez não muito inteligente, já que toda a família teve de abandonar Hong-Kong por Bruce estar sempre a meter-se em brigas. Ele brigou com quem não devia, e o resultado só podia ser prisão ou assassinato. O pai, mãe e irmãos tiveram de fugir para a América, tinha ele uns 17 anos. Até visitar Hong-Kong no início dos anos 80, finais de 70, a sua carreira na América e os seus estúdios de artes marciais não produziam dinheiro suficiente para sustestar a família. A esposa teve de arranjar um emprego para ajudar nas finanças. Foi a visita a Hong-Kong que o fez perceber que lá ele era muito admirado por uma  participação numa série americana. E então o ambicioso e determinado Bruce tratou de usar essa fama para conseguir contratos para filmes. Que depois foram passados na américa. A sua fama começou aí e a sua morte precose o eternizou e o tornou um ícone. 


O seu filho também ficou célebre pela mesma razão: uma morte precose e desnecessária no set de um filme. Dispararam uma arma com uma bala de verdade. E foi o fim do legado, da geração. Talvez outra coisa não muito inteligente no universo cinematográfico: usar balas que ainda têm alguma pólvora dentro. Não tão invulgar assim, já que o filho faleceu em 1993 e em 2021 foi a vez do ator Alec Baldwin matar a tiro a directora de fotografia no set de rodagem de um filme, com uma dessas "balas" a fingir. 


Na ânsia de querer manter-se no topo do estrelato (seu objectivo era tornar-se a superestrela oriental mais bem paga em Hollywood) e mostrar ao público que tinha um talento sobrehumano para as artes marciais (200 flexões com dois dedos), criou uma imagem de homem filosófico. Ficou conhecido pela sua frase "seja água". E a ironia é que, ter bebido demasiado água ajudou a que morresse. O Bruce bringuento, que apareceu logo em criança e fez os pais terem de sair de Hong-Kong, ainda devia estar por ali. Talvez por isso tenha apreciado tanto a desmistificação do ídolo no retrato de uma história dita verídica, no filme de tarentino "once upon a time in Hollywood": Bruce chega e acha-se capaz de vencer todos numa luta. Tem um confronto físico com um duplo e perde. Parece mais um rufia, um bufão, que se achava invencível. 

A família do ator, a esposa e a filha, não gostaram deste retrato. Eu gostei. Do ídolo, do mito - já todos sabemos. São todos iguais. Acho que o filme mostrou a realidade. Afinal, por algum motivo extra Bruce não conseguiu singrar muito bem em Hollywood, a pesar de se cercar de celebridades e de estar em filmes. 

Acho que era uma pessoa muito carismática em câmera. Não se consegue desviar o olhar. Muito talentoso. Incrívelmente dedicado a esta paixão, de corpo e alma, estudando-a profundamente. Deve ter puxado do seu corpo mais do que ele podia dar e o preço foi a morte prematura. Ainda não existia medicina desportiva como a conhecemos hoje. Uma pena Mas com a morte aos 32 anos apenas, obteve a fama que tanto almejava e o estatuto de celebridade e icon de artes marciais. Renasceu novamente, tornou-se Bruce Lee, uma lenda. 



Bio: Lee Jun-Fan (Bruce Lee) nasceu em 27 de novembro de 1940, em Chinatown, San Francisco (Estados Unidos). Seus pais faziam parte do mundo artístico, o pai era ator e cantor de ópera cantonês. Com dois meses de idade apareceu, pela primeira vez, na televisão, na série 'Tears of San Francisco'. Quando criança, a família de Bruce Lee mudou-se com ele para Hong Kong. Lá, o ator começou a frequentar uma escola de artes marciais e a praticar Tai Chi com seu pai. Mais tarde, mergulhou no estilo Wing Chung. Aos 18 anos retornou aos Estados Unidos para tentar obter a cidadania americana. Influenciado por seu professor Ip Man, Bruce começou a estudar Filosofia na Universidade de Washington, em Seattle. No início dos anos 1960, Bruce Lee decidiu criar sua própria escola de artes marciais em Seattle, o 'Jun Fan Gung-Fu Institute'. Mais tarde, abriu mais duas escolas, uma em Oakland e outra em Los Angeles. Bruce Lee tinha uma maneira particular de dar aulas, ele queria que houvesse o mínimo de pessoas possível, considerando que deveria ser como um treinamento pessoal. Desenvolveu seu próprio estilo de luta, conhecido sob o nome de Jeet kune do ou 'O Modo de se Interceptar o Punho'. Em 1969, ele apareceu pela primeira vez em um filme americano, 'Marlowe', onde interpretou um bandido que tentava intimidar o protagonista, o detetive particular Phillip Marlowe. Bruce Lee atuou apenas em um total de cinco filmes durante sua vida. Embora possam parecer poucos, com eles, conseguiu consolidar sua carreira no cinema e criar uma lenda em torno de sua pessoa. Com dores de cabeça e tonturas, em 1973, após ter consumido opiáceos e bebido bastante água, consumiu também um analgésico denominado Equagesic, que fez com que o ator adormecesse. Duas horas depois,  estava morto. Causa: Edema cerebral. 

quarta-feira, 15 de março de 2023

Fora da intimidade

 

No emprego, uma colega que conheço há muito tempo mas que nunca me falou lá muito bem, começou a contar-me a vida toda. Desde criança até o casamento e separação. Eu queria continuar a trabalhar, mas ela queria conversar. Sendo como sou, escutei-a pacientemente. E quando pude, regressei ao trabalho. 

Numa destas ocasiões, de conversa, também partilhei alguma coisa. Notei que estava menos receptiva a me ouvir. Ou seja, a conversa era mais unilateral. Porém, não é isso que me trouxe a fazer um post sobre este instante. Foi ela ter recebido um telefonema de um gerente. Supostamente, a perguntar-lhe quando é que o trabalho estava feito e por mim. 

É costume ser enviada para vários lugares para fazer coisas diferentes. Se eles sabem que precisam de alguém rápido costumam me chamar. Mas essa possibilidade - que ela avançou, não me convenceu. Porque nessa noite, tinham excesso de pessoal. O que achei foi que esse gerente nos viu a conversar - principalmente ela, e deve ter achado muito estranho. Telefonou para interromper a conversa que estavamos a ter (esta vez, ao mesmo tempo que executavamos a tarefa). 

Todos sabem que os dois, se não estão juntos, já estiveram. Que ela tenha mencionado a sua vida como sendo uma mulher independente - foi escolha dela. Mas se é, não está sem companhia. Que eu saiba, ao que todos sabem, os dois estão juntos, embora ele se mantenha casado. Antes que julguem, há que mencionar que a cultura deles não é europeia, é outra. Não permite bigamia, como os muçulmanos que também por aqui existem em quantidade qb, mas o estigma da separação é indesejável, não é bem visto, a família vira as costas. E assim, todos se mantem casados com parceiros "arranjados" pelas respectivas famílias e, infelizes, vão traindo uns com os outros, mas não dissolvem o matrimónio. 

Ocorreu-me que podia ser uma chamada para a silenciar. Ela não fala com quase ninguém ali e faz anos que ali trabalha. Não me dava nem os "bons dias", até o ano passado, quando passei a ter contrato. Aí até passou a sorrir, quando antes era carrancuda. A experiência e o bom senso me diz que devia ter cuidado. E não esquecer que o primeiro comportamento geralmente é, o mais realista. Mas sou como sou e acolhi o seu desabafo. 

Contou-me que se tinha divorciado por não ter nada em comum com o ex-marido. E que este nem discutiu, deu-lhe o divorcio. A família só começou a lhe falar uns 15 anos depois, quando as irmãs também já estavam casadas e a sentir na pele as condições do casamento. Disse-me que queria ser livre e não estar a ser coagida por ninguém. 

Nisto dá-se o telefonema. E mesmo ela não dizendo, eu sei que quem lhe liga só podia ser ele. É sempre ele. A conversa termina. Eu fico a pensar se o propósito do telefonema não terá sido esse. O gerente nem estava por perto, mas estava a observar-nos. Perguntei-lhe onde ele estava e ela logo respondeu que ele tinha passado por ali. 

Será controle?

Acabei por lhe dizer: Tenho uma colega de casa que segue-me onde quer que eu vá. Noutro dia até lhe perguntei: "Estás apaixonada por mim?" - porque ela segue-me grudada a mim. Isto para te dizer, não tenho um gajo na minha vida, uma pessoa pensa que sendo assim não existe possibilidade de possessividade, e aparece um desconhecido que age assim. É só para dizer que nem sempre é preciso ter um compromisso - digo-lhe. 

Foi para lhe dar uma "achega", caso, e só em caso, de ela poder estar nessa situação. 

Homens... eles querem tudo. Querem a esposa em casa a cozinhar e a lavar a roupa, e a amante de lado. Ambas exclusivas. E é tão mau aquele homem que, tendo uma amante, não a deixa existir fora da sua relação, não acham? Que acaba por a afastar de amigos, de uma rotina de idependência...  Por egoísmo, por ciúme e por saber que não é sua dona no papel. Ele tem de ser adorado por todos, mas não se incomoda que a amante seja odiada. É uma forma de se certificar que a assegura praticamente em exclusivo e em dependência afectiva, afastando outros de si, tornando-a indesejável a amizades. 

Não sei se é o caso. Só me fez reflectir sobre esta perspectiva muito importante de ser lembrada. Comportamentos de possessividade também podem surgir fora de relações de intimidade.  



segunda-feira, 13 de março de 2023

Bárbara Guimarães e Carrilho

 

Não gosto nem de pronunciar o nome. O homem é desprezível


O feed de notícias do computador informou-me que o tribunal condenou o ex-ministro a 3 anos e meio de prisão. (agressão doméstica). Em alternativa, ele pode pagar 40.000 euros à ex-esposa e 6.000 à APAV. 

Acho pouco. Um valor muito baixo e bastante acessível para se livrar da cadeia. Claro, o senhor vai apelar. Foi apelando e apelando que arrastou o caso nos tribunais por 10 anos. Diz a Bárbara que "fez-se justiça" mas que tem problemas em aconselhar as pessoas que, como ela, se vejam vítimas de violência doméstica a "fazer queixa". Porque os processos nos tribunais são intermináveis, a difamação de carácter e a sensação de ser uma criminosa são um peso difícil de suportar. 

Diz ela que "vai fazer 50 anos" mas na realidade vai fazer 40. Porque ficou parada no tempo por 10 anos. 
Ah como conheço a sensação! 


Uma pessoa apaixona-se por um ator da vida real. Sim, porque acredito que aquele psicopata/sociopata/narcisista viu uma mulher deslumbrante, jovem, sexualmente atraente e decidiu que tinha de a ter. Seduziu e conseguiu. Mas depois, como todos os "patas", assim que a argola entra no dedo começa a depreciar a companheira, a fazê-la sentir-se diminuida, a separá-la das pessoas que gosta, a isolá-la e a maltratá-la. Ele USOU as crianças que ela pôs no mundo e de tudo fez para as virar contra a mãe. Um ser inexcrupuloso, narcisista, que criou uma aparência exterior que não corresponde em nada à bilis que o constituí.

Só desejo ardentemente que o seu carácter neurológico não seja transmitido pelos genes.
Nenhuma das suas vítimas merece esse fardo. 

Qual a vossa opinião sobre o assunto? 

quarta-feira, 8 de março de 2023

Blogue sem visualizações

 

Uma coisa que tem vindo a deixar-me intrigada é o número diminuto de visualizações que as mensagens neste blogue recebem. Nunca recebi muitas mas, passadas semanas, a mensagem de entrada sempre aumentava. Isso não acontece mais. O blogger pode muito bem ser um veículo quase em fase de extinção. Mas ainda assim, gostava de saber o que é que acontece para que não chegue a mais pessoas. 

O que será que foi alterado??

A todos tenham um bom dia e sejam felizes.