segunda-feira, 21 de maio de 2012

Os pais discriminam os filhos. SIM ou NÃO?

É a verdade. Pronto, está dito.

Preferências entre filhos


Por observações que tenho feito, cheguei à conclusão que este "mito" é VERDADEIRO.

Os pais, de facto, são capazes de tratar um filho aparentemente beneficiando-o mais em relação a outro.

Mesmo entre as famílias que dizem "gostar por igual", o trato pode ser diferente.


A discriminação não quer dizer que gostem MAIS ou MENOS de um filho.

Mas SIGNIFICA muitas outras coisas e pode resultar também em diferentes resultados:


discriminação

1) Um pai/mãe que dê preferência de afectos a um filho e não a outro, vai fazer com que o último se sinta menos à vontade de os expressar. Será um indivíduo mais acanhado e reservado.

2) Um pai que prefira gritar mais com um filho do que com o outro, vai fazer com que o clima de tensão entre os dois esteja sempre presente.

3) Um pai que critica de forma desmotivadora as ambições de um filho, vai fazer com que este ponha em causa as suas capacidades.

4) Um pai que não ajude um dos filhos a conquistar as suas metas, compromete o seu futuro e felicidade.


Quero agora saber se concordam com esta (polémica) análise.

Não sendo ainda "pai" (sem ser postiço) mas tendo crianças na família, sei que gosto de AMBAS, cada uma na sua forma e conforme a vivência acumulada com cada uma. Não MAIS, não MENOS.


Como adultos, os pais

carregam uma bagagem emocional

Criança feliz

Mas cheguei a esta conclusão mais por observação alheia e também um pouco por experiência como filha. Por vezes o que falha na relação entre pais e filhos é apenas a COMUNICAÇÃO, que é defeituosa. Outras vezes é a noção que os pais têm de que a vontade deles tem de ser soberana e a razão nunca pode estar do lado da criança. Não é assim e se forem teimosos podem danificar para sempre a comunicação eficiente entre os dois. Um pai é uma AJUDA PRECIOSA para um filho, o amor de filho para com os pais é incondicional. Isso comprova-se pelo simples facto de se saber que crianças adoptadas que nunca conheceram os pais biológicos (e outras que não têm razões para desconfiar que o são e sentem-se estranhas e incompletas), ao longo da vida jamais deixam de pensar no assunto como algo que precisam de satisfazer. De resto tenho observado mães mais severas para determinados filhos, aos quais parecem descrever a terceiros só por base dos seus defeitos, enquanto que descrevem o segundo só com qualidades. O engraçado é que a mesma observação tem quase sempre provado que estas mães não distinguem assim tão bem quem tem mais o quê e, quando mais adultos, são sempre os filhos mais "maltratados" os que estão mais presentes, aqueles que se preocupam com mais autenticidade com os progenitores.


A questão está lançada. O que têm a acrescentar a este texto?

CONCORDAM ou DISCORDAM?

domingo, 13 de maio de 2012

Descriminação ao que vem de Lisboa




Como o nome neste blogue diz, sou de Lisboa. Sou uma “Alfacinha de Portugal”. Mas quando tive de complementar os estudos no ensino superior, fui parar a outra localidade. Foi preciso chegar ao último dia de muitos anos de curso para descobrir o seguinte:

Colega:Ah, tu até és uma pessoa simples e simpática. Eu pensei que eras um tanto arrogante.”
Eu:Ah? Porquê?”
Colega:Ah, por nada. Foi uma impressão que tive. Não fiques chateada”.
Eu:Não me chateio. Mas de onde tiraste essa ideia?”
Colega: Porque na primeira vez que nos conhecemos disseste que eras de LISBOA de uma maneira… olha que não fui só eu a pensar assim. Muitos acharam o mesmo.“Mas afinal não és nada disso” -  diz ela, acrescentando ainda que outras pessoas a quem tinha em alta conta afinal desiludiram e provaram não serem boas pessoas.  

Depois de matutar neste diálogo, percebi que ao longo de todos aqueles anos houve pessoas com quem me relacionei que mantinham uma “muralha” erguida, uma postura impenetrável. Aqueles que não se riam, que não mostravam interesse em me conhecer melhor ou que se mostravam extremamente desagradados por me dar com outras de quem já gostavam… Estas pessoas decidiram logo ali: «não gosto desta miúda» e ficou assim. Não por mim, mas por eu ser de Lisboa. A capital, a grande cidade, o lugar das oportunidades… e estava ali. "A fazer o quê?"  -  perguntaram alguns em verdadeiro espanto. Ser de Lisboa passou a ser um fardo, ainda que não o entendesse totalmente, alturas existiram em que senti alguma hostilidade, que não pensei dirigida a mim em particular, mas pelos vistos era. Depois deste diálogo as coisas ficaram mais claras. Como peças de um puzzle que finalmente se encaixam. Todas as vezes que ouvi “Em Lisboa há de tudo, aqui não há nada”, lá vinha um olhar penetrante como uma navalha.  “Tu tens sorte porque és de Lisboa”, "Fui poucas vezes a Lisboa, é um tanto confuso e tem muita gente mas gostava de morar lá".

Eu nunca me vi diferente de nenhum deles. Podia ser dali ou do estrangeiro, para mim era tudo igual. A naturalidade ou as posses materiais não são, para mim, motivo de descriminação. Que maluquice! Esse preconceito vinha deles, de alguns deles, que, no fundo, dão razão àquela expressão: “quem desdenha quer comprar”. Soube depois que muitos desses que tanto mal falaram e tanto cobiçaram, mudaram-se para Lisboa assim que puderam. E sem olhar para trás! Querem lá saber das raízes… Contudo, duvido que não continuem portadores do vírus da «mentalidade tacanha», que tanto lhes pautou o comportamento e a razão. Eu julgava que a ideia que um provinciano faz de alguém da capital era um mito, deitado abaixo, ainda mais entre estudantes universitários à beira da viragem do século. Mas senti na pele que não. Havia mesmo quem acreditasse, sem sequer ouvir uma palavra da minha boca ou me conhecer, que era arrogante e que tinha a mania, porque era natural de Lisboa. Mais tarde vim a descobrir que a reputação dos oriundos daquela região também não é das melhores… Mas na altura isto não era sequer uma coisa que me passasse pelo pensamento. Tenho sérias dúvidas que pessoas assim mudem. O preconceito carregam-no dentro de si, o sentimento de inferioridade e exclusão também. Façam o que fizerem, será sempre meio-autêntico, meio-falso, porque o que lhes interessa é o status e a aparência. Custe o  que custar.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Puppy Love

Lembram-se da primeira vez?
Do primeiro amor?


A entrada na adolescência é a fase embrionária de todo um rol de emoções novas. Quando ainda somos crianças, de 8, 10, 12 anos e vemos nascer uma atracção emocional por alguém, que é diferente de outras emoções alguma vez sentidas, chama-se a isso puppy-love.
Ou seja: é um amor inocente e casto, porém diferente daquele que até então havíamos sentido no nosso já "longo" tempo de vida na Terra. É aquele que vai abrir caminho, pouco a pouco, para mais emoções fortes.


Neste momento tenho na família crianças que começam a despertar para o puppy-love! Como quase sempre acontece, o alvo de tanta adoração ou é um jovem cantor(a) ou ator(iz). Na minha geração os miúdos eram doidos pela Madonna, as miúdas pelo DiCaprio, eu fui um pouco diferente... Mas a verdade é que começa aqui uma nova fase na maturidade de uma pessoa. É o inicio para algo maior, uma transição importante e que precisa de ser bem gerida e discretamente acompanhada para que o indivíduo possa crescer da forma mais saudável possível. Porque com o puppy-love surge também o primeiro coração partido, a primeira tormenta... LOL! Com sorte, passa sem ferir e uma nova fase se seguirá.


Como foi o seu primeiro Puppy-Love?

Escrevo este post na esperança de ver aqui partilhada algumas boas histórias!

terça-feira, 1 de maio de 2012

A inteligência limitada do acordo ortográfico


Deparei com esta palavra em alguns textos: «tampouco».

O que é isto? - Pensei. Duas vezes não pode ser erro. Só pode ser a nova grafia do tão falado acordo ortográfico português. E fiquei a pensar: oralmente no lugar do “m” digo um “o”. Porque aprendi “tão pouco”. E não vejo qual é o problema. Aliás, nunca percebi. Parece-me uma IDEIA DE IDIOTAS, esta de fazer um «acordo ortográfico». Como se fosse possível alguém escrever a mesma língua em toda a parte do mundo da mesma forma. Nunca foi, nunca será e não vai ser um «acordo» que vai mudar aquilo que milénios de civilização não conseguiu.

Então, de quem foi esta patética ideia de mudar «por lei» aquilo que não incomodava ninguém? Quer dizer, os incomodados que se pronunciem, porque ainda não encontrei nenhum que sentisse que a língua portuguesa tinha de mudar. Não há mais nada urgente no mundo? No país?

Depois as palavras mudaram, parece-me, para ficarem mais “Brasileiras”. Mas se nunca tivemos qualquer problema com a FORMA como os de lá escrevem ou falam para os entender, porquê esta parvoíce? Se for assim, então porque não mudar tudo para o regionalismo Açoreano? Ou para o Africano PALOP? Ou para o Nortenho? O Madeirense?

Parece-me tudo uma parvoíce de mentes que pouco têm que fazer mas querem fazer algo, algo inútil, sem sentido e para atrapalhar a natureza das coisas… E pergunto: mas será que acham que temos todos tão poucos neurónios assim (leia-se inteligência) que não somos capazes de entender a nossa própria língua em todas as suas maravilhosas variantes?

É até um insulto à natureza deste povo. Um povo que adora comunicar noutras línguas, que no fundo não torce o nariz à diferença, que acolhe o que vem de fora, que andou a explorar a vida e o mar. Um aventureiro não impõe uma norma, adapta-se, aprende e ajusta-se. E assim terá de voltar a acontecer, porque alguém achou que estávamos todos muito burros para entender o português… J