Metereologia 24 h

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sábado, 28 de dezembro de 2019

A inflacção já começou!


Numa comprinha de última hora, fui à Claire's, uma loja de acessórios de bijutaria. Achei os preços praticados UM ROUBO. Tudo muito caro! Entrei em outras dentro do mesmo género e concluí que em Portugal cobram três vezes mais do que seria de esperar por este específico tipo de bem. Afinal, a loja não vende peças de joalharia! Em nenhuma parte há um pendente que seja, feito com um liga de prata, ou uma pedra semi-preciosa. Mas os preços... estão tão próximos! Tudo ali é feito com o mais reles plástico ou metal que existe. É BIJUTARIA!!!! 

Achei o valor praticado inflacionado. Mas sujeitei-me. Contudo, a pior constatação ainda estava por vir. 




Quando chego à caixa para pagar, a funcionária passa o meu produto na caixa registadora e diz: "Vou oferecer-lhe uma máscara para o rosto". Não quero nenhuma máscara para o rosto e quase lhe disse: "Deixe estar, não quero". Mas antes de processar bem, ela já havia pego numa que estava mesmo ali, e passado o código de barras no scanner. Primeira constatação: se é GRÁTIS, porque é que teve de passar no scanner?

Mas deixei passar. Queria ir embora, precisava despachar-me. Só quando chego a casa e presto atenção, é que verifico o "truque" dela. Acho mesmo que é prática recorrente na Claire's. O valor que o código de barras do produto indicou é inferior em mais de 2 euros ao da etiqueta de preço. Ainda um ROUBO, um exagero para o tipo de produto ali apresentado, mas mais próximo de um valor realista. 


Acabei por PAGAR pela máscara de rosto (a meu ver também inflaccionada) porque a funcionária quis cobrar um valor mais próximo do indicado no autocolante, ao invés do valor exposto pelo sistema como verdadeiro. E deve ter sido instruída para fazê-lo com as máscaras para o rosto, chamando o gesto de "oferta".


Oferta uma pinóia!
Complemento para o roubo, isso sim!



quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O valor do comércio justo


Estava a olhar para a secção de filmes em DVD.
Uma tecnologia já a cair em desuso, mas que ainda vai encontrando quem dê dinheiro por ela. O que me apanhou a atenção foi os diferentes preços dos filmes. O valor mais baixo correspondia a 3 libras e depois mesmo ao lado desse dvd surgia outro com o custo de 5. Haviam outros a 10, 12, 15, 25, 35...

Ora, os preços são baseados no "sucesso" que o filme obteve, não no valor dos custos de produção de se mandar fazer um DVD. Porquê temos de pagar mais por um filme da saga "Alien" e menos por um da saga "Sozinho em Casa?".


O processo de fazer o DVD é exatamente o mesmo. Uma caixa plástica, um disco plástico, uma gravação. 

Quando vamos ao cinema o preço dos bilhetes é standard. Não cobram mais se o realizador é mais afamado versus um desconhecido, não se paga mais se o filme faz parte de uma série apreciada ou se é uma história nova. O valor do ingresso É o mesmo.


Compreendo que nas receitas, os filmes precisem ser diferentes, pois certamente os custos de produção de um filme cheio de efeitos especiais é diferente de uma comédia romântica que se passa num apartamento.

É na indústria dos DVDs que as produtoras procuram a maior margem de lucro. Por isso aquele pedaço de plástico igual ao de outro em tudo idêntico, custa MAIS. O filme "Alien" teve mais espectadores ou é, com o passar do tempo, mais apreciado que "Sozinho em casa". 

E por isso, senhores, Dead Pool 2 - o filme que esteve durante o verão nas salas de cinema, estava ali na prateleira. Aliás, o último e o primeiro, seguido de um pack incluindo os DOIS filmes. 

Mas o que eu vi e gostei foi disto: 


Uma secção de discos em Vinil, com grandes exitos. Adoro vinil e na casa de meus pais ainda se encontra um gira-discos que tem anos, mas foi só utilizado por mim. O prazer e o SOM fantástico (antes do meu pai destruir os cabos e danificar a antiga peça) é único. Realmente único. E muito mais potente e agradável de ouvir.

https://www.youtube.com/watch?v=Sv0iZ8FDNzM

Não se deixem é enganar pelas etiquetas de preço. Estão espalhadas ao acaso. Bem debaixo do album que me chamou a atenção, vem um valor de 10 libras. Na realidade custa 25. Compravam?

Achei que são poucos temas neste hit.
Falta o Princes of the UniverseI want to break free
Who wants to live ForeverI want it all
a colaboração Under Pressure,
Love of my life, A Kind of Magic,
Friend will be Friends,
Too much love will kill you e cansei.
A lista das omissões famosas é extensa, eheh.

PS: Também fui dar uma vista de olhos nos valores de passagens de avião. Interrogo-me sobre o mesmo. Se os custos de viajar agora ou viajar no Natal são os mesmos, para quê os valores têm de ser tão exorbitantes? É a margem de lucro. É a oferta-procura... Natal, muitos desejam viajar para junto das famílias. Toca a cobrar-lhes caro por isso. Está certo, se fosse muito barato os voos estavam lotados mas, durante o resto do ano, isso não é problema. Chega o verão, as férias, toca a cobrar mais. O natal, cobram mais. Devia ser como algumas lojas fazem agora: campanhas promocionais com valor mais baixo, porque assim mais pessoas compram o produto e aumentam as vendas. Como sabem que voar não é bem o mesmo que precisar de um serviço diferente que pode ser providenciado por outros, aliás pode, mas o lobbie da aviação não permite grandes oscilações de valores por parte da concorrência. E é assim que funciona o nosso mundo. Vendem-nos coisas por valores que correspondem não ao custo de produção com um x de margem de lucro. Colocam o valor das coisas em cima do supérfluo: o prazer, a satisfação, o poder ser diferente, o estar ao acesso de apenas algumas pessoas... 

Boas festas!
(antecipei-me, pronto)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Black Friday



Como é aí em Portugal esta loucura importada da Black Friday?

Isto é de loucos. Estão a anunciar isto em tudo o que é publicidade, sobre todo o tipo de produto. 50%, 25% 80% de descontos.... tudo TRETA. Até nas passagens aereas - que não sofreram nenhuma alteração de preço que tivesse dado conta. Enfurece-me espiritualmente este recurso que encontraram para tentar impigir-nos a vontade de comprar coisas, supostamente a preços mais baixos. É tudo mentira. Os preços, se sofrerem alterações, é para mais! É que não duvidem nada... Perto do Natal e tudo... esqueçam. 


Ia para comprar uma coleção de livros num site que anunciava o preço da "Black Friday". Ontem fiz o registo, verifiquei os métodos de pagamento, mas tive de ir pesquisar sobre o produto em si, pois o site não diz que tipo de livro é. Se é de bolso, se não, se os livros são novos ou usados (ainda não sei!) que tipo de caixa arquivadora usa... Tudo isso tive de descobrir em anúncios pessoais.


Decidida a comprar para oferecer de presente, a surpresa de hoje foi descobrir que, na Black Friday, o preço aumentou. Filhos de uma grandecíssima coisa verde! Assim, à descarada. 

Portanto amigos, esqueçam as "promoções" black friday, não se metam nessa loucura. Provavelmente compram coisas que não precisam e a preços muito iguais ou superiores ao dito "desconto".

Mas é que façam greve. Tornem esse dia o dia "não se pisa em estabelecimentos comerciais".



Adoraria. Adoraria ver o povo a fazer frente a estes gananciosos aldrabões, e a deixar as lojas vazias.
Porque não se manifestam contra isto? Sempre vivemos tão bem sem esta invenção importada, basta-nos os "saldos"... para quê? Revoltem-se. Não se deixem enganar. Espalhem aos sete ventos o que pensam desta malandrice. Em Janeiro, quando vierem mais "saldos" comparem os preços. Tirem fotos, fiquem com comprovativos. É sempre bom ter como provar.

Até lá, que tal inventar um novo dia no calendário (já que há dias para tudo e mais alguma coisa) e cada vez que chegar ao dia 23 de Novembro e vierem com a cantiga dos imensos descontos da Sexta Negra - decidam ficar em casa, com um balde de pipocas a ver um filminho.






terça-feira, 20 de novembro de 2018

Três retalhos cosidos a linha


 Vi um filme que achei optimo.
Clovehitch Killer. Muito bom. Manteve-me agarrada ao ecrã e cheia de apreensão e desconforto. Nada de muito mau se passa na primeira parte do filme. Mas só a possibilidade de se vir a passar transmite um desconforto tremendo. O guião e a direcção é em tudo diferente dos clichés habituais. Muito inesperado no momento em que é usual a coisa dar para o "torto" para a vítima que é uma personagem secundária.

Apenas faria dois reparos no que diz respeito à veracidade da fecho da história que nos é apresentada. Acho que desvaloriza um pouco o relato de uma testemunha com bons ouvidos e também a sagacidade da ciência forense. Teria preferido que tudo tivesse ficado mais claro, em prol do sofrimento das famílias das vítimas, que, como se sabe, passam o resto das suas vidas a aguardar o momento em que o culpado é descoberto e enviado para a prisão. Mas isso são detalhes numa história que prende de inicio ao fim. Quem já viu?

Momento de grande incógnita e receio na história


Retalho dois:

O Aliexpress é um site de compras que já deu o que tinha a dar. A China mostra-se tão gananciosa quanto os chineses que cá abriram lojas: ao invés de manterem os seus produtos de baixissima qualidade a preços também baixos, descobriram o valor do euro e toca a colocar preços iguais aos de loja física, que tem contas e renda a pagar. Por produtos que não são em grande número e sem qualidade, cobram praticamente o mesmo! Somando algumas "merdices" de baixo valor, gastei 50 libras. Além disso, após a compra, só terás a encomenda em tuas mãos entre 40 a 60 dias. Porra! Só por isso deviam ter tudo ao preço da chuva. E são muito aldrabões. Tal como o chines da loja onde fui durante a estada em Portugal. Comprei e paguei por metro e meio de tecido, recebi um metro e quarenta centímetros. É preciso ter muita cautela com a chinesada, pelo simples facto de culturalmente estarem acostumados a aldrabar, a vender gato por lebre e a esperar que todos sejam ladrões. Por isso perseguem os clientes dentro das suas lojas. Cultura muito diferente que demora a adaptar-se ao estilo europeu penínsular. 

Retalho três:

Para ver até ao fim. Está garantida uma gargalhada no final. :)

https://www.facebook.com/angels.aliaj.5/videos/264305004440551/

Nota: este vídeo só funciona visualizado no facebook. Abram e vejam, merece a pena para começar o dia ou ter aquele momento de pura descontração. Pelos vistos o blogger deixou de permitir a inclusão com visualização de vídeos das redes sociais. O costume...

 Boa terça-feira!

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Alguém viu as minhas Oreos?


Hoje quando cheguei do supermercado fui colocar os pacotes de sementes de sésamo e os pãezinhos junto com os das bolachas oreo. Quando para meu espanto, ao invés de lá estarem três embalagens - que foi a quantidade que comprei a semana passada no dia de folga - estavam só DUAS. As de morango e as normais. As de recheio com chocolate tinham desaparecido.


Fiz um esforço enorme para me lembrar se tinha aberto o pacote para as comer no próprio dia em que as comprei. E convenci-me que foi isso mesmo que aconteceu. 

Entretanto subo para o quarto com mais dois pacotes de bolachas que tinha comprado hoje. Servem para serem «devoraradas» aquando aquelas crises de apetite noturnas ou matinais (em que não nos apetece ir à cozinha). E dá sempre jeito ter umas já na mochila, que é para quando estou no emprego não me faltar o que comer quando faço uma pausa.


Meti-as na mochila e quando cheguei ao quarto, tirei-as da mochila. 
Depois ligo o computador, retiro umas imagens que fotografei do dia de chuva de hoje (que era para ser o post de agora mas vai ser adiado) e adormeço. Adormeço do imenso cansaço que tenho acumulado do trabalho.

Acordei já passava das 20h. Quando desci à cozinha e abri a despensa onde só eu guardo mantimentos (o resto é tachos do rapaz que cá não está e tralhas diversas), para alcançar os pãezinhos, quando reparo que debaixo destes não estão as óreo normais.



Fico aparvalhada. Como que a duvidar de mim mesma. A duvidar do que os meus olhos viram e a minha percepção sabe. Fazia instantes elas estavam ali. Tinha a certeza! Poderia EU tê-las agarrado junto com os outros pacotes e trazido-as cá para cima? Podia jurar que não... Mas se calhar, talvez, mesmo não as querendo e tendo-as comprado para levar para uma viagem que vou fazer daqui a um mês, talvez tenha agarrado nelas. Talvez até tenham caído no chão. Ou talvez as tenha deixado fora da despensa. Mesmo que as embalagens tenham sido colocadas de lado, atrás de uns fransquinhos de compota e por baixo dos pãezinhos de sésamo. Talvez... tenham rebolado e caído? Até isso levei em consideração, mesmo que todos os 12 frascos de compota que impediam que tal acontecesse continuassem ali.


Eu quis acreditar que EU tinha sido a responsável pelo desaparecimento do pacote de bolachas. Porque caso contrário, alguém cá em casa achou-se no direito de se «servir» de algo alheio. 

E isso é muito mau.


Costumo partilhar coisas que tenho mas que não vou usar ou estão quase a expirar, deixando-as em locais onde todos podem ver e com um bilhetinho a os convidar a se servirem. Foi assim com o bolo-de-rei que recebi no Natal, embora ninguém o tivesse provado.

Foi assim com os donuts que comprei em demasia, com as baguetes de pão que comprei em embalagem de três, foi assim com o ketchup e maionese que quase nunca uso... Coloquei à disposição, com um bilhete.

Agora se alguém se sentiu no direito de usar o que não coloquei à disposição, indo propositamente abrir uma porta que dá acesso a uma despensa onde não existe nada que outros sem ser eu possa desejar... Isso incomoda-me.

E estou abismada e a tentar me convencer que estou errada até agora.
Porque não quero acreditar.
Não quero.

Não é pelo pacote de bolachas que estava guardado para não ser consumido. É pelo significado do gesto.


Para ser honesta, tudo começou há dois dias, quando reparei que alguém havia tirado UMA LIBRA do pequeno prato onde ficam uns trocos do dinheiro que costumavamos colocar de lado para as compras em comum da casa. Existiam seis libras e uns trocos, passaram a cinco.


Aquilo intrigou-me um pouco, porque antes disso percebi que alguém havia tirado o prato de cima do micro-ondas e o colocado na bancada. Sem nenhum motivo ou necessidade. Quase que tive para o voltar a meter no lugar, mas abstive-me de lhe tocar, não fosse a pessoa que o movimentou achar nisso algo estranho. Então o prato ficou ali um dia até que no outro, voltou misteriosamente ao lugar. Mas nem sequer olhei para a quantidade de moedas lá deixadas.


Foi só por casualidade na noite seguinte, que pelo brilho da luz do teto nas mesmas reparei no número ímpar de moedas. Via sempre pares e agora estava ali algo estranho... eram ímpares. Foi então que dei conta. Mas mais uma vez, tentei convencer-me que estava errada e que nunca haviam ali estado seis libras nos últimos quatro ou cinco meses. Talvez tenha me enganado


Ao mesmo tempo fiquei indignada porque só três pessoas estão a viver cá em casa. Eu não toquei nas moedas. Tenho total confiança na rapariga do andar de baixo, pois também ela nunca mexeu no dinheiro e foi sempre das primeiras a meter qualquer quantia ali, sem dar grande importância em pagar algo do próprio bolso. 


Resta-me apenas uma suspeita... 
Que encaixa no perfil.



Mas não quero acreditar.

Porque de todas as pessoas na casa que podem tirar aquelas moedas dali e fazer o que quiserem com elas, a única que moralmente não o pode fazer é a «nova inquilina». Porque não contribuiu com nenhum cêntimo ali. Quando ela chegou - já faz talvez três meses - já não estávamos a dar continuidade à «tradição» de meter os trocos de lado para a compra de detergentes e afins. O papel higiénico passou a ser «cada um traz o seu» ao invés de ser partilhado. E daí os trocos não precisaram ser usados, pois pequenas coisas como sacos de plástico para o lixo, cada um compra quando disso fosse necessário. 

Então as moedas acabaram por ficar ali, tal como outros cêntimos estão «abandonados» sabe-se lá por quem na sala. Já lá estavam quando eu cheguei, por isso não lhes toquei. E se calhar ninguém toca porque quem os deixou ali não mora mais cá.

Seja como for...

Onde estão as minhas óreos?
Estou desejosa de ser a responsável pelo seu desaparecimento! Mas já vasculhei tudo. Abri a mochila cinco vezes, apalpei tudo. Desviei o edredon da cama, levantei-o, olhei debaixo do colchão, olhei de lado, olhei debaixo da cómoda, dentro de sacos, debaixo da roupa deixada no caldeirão... 


Como que, por magia ou acção fatasmagórica, o pacote de óreos fosse desaparecer da despensa para aparecer aqui. É que ainda por cima lembrei-me que meti o pacote de pãezinhos em cima das óreos. Por isso, para terem desaparecido, se não fui eu, foi alguém intencionalmente. Pois sabia onde o encontrar e teve de levantar os pãezinhos para alcançar o pacote, sem derrubar nenhum dos 12 frasquinhos de compota. 

Ainda estou pasma!
Ainda estou a procurar aqui no quarto, enquanto escrevo isto...

Em todo o caso, decidi colocar à disposição dos moradores da casa mais uma guloseima que comprei mas que não apreciei por aí além. Aproveitei o meu ato corriqueiro para, no bilhete que escrevi, deixar uma nota onde pergunto: "Alguém viu as minhas óreos"? 

Espero sinceramente que alguém aproveite a oportunidade que lhes estou a dar. 
Porque não estou doida... 
Mas se coisas assim continuarem a acontecer, vou ficar.
E vou deixar de achar esta casa segura.
Os quartos não têm fechadura - excepção para o quarto do "lord", que está de férias e certamente o deixou trancado à chave.

Qualquer porta aqui de casa abre-se se alguém girar a maçaneta. E isso deixa-me insegura caso se comprove que alguém anda a fazer «pequenos furtos». Tenho o quarto cheio de moedas. De início preocupei-me em deixá-las soltas mas com o tempo despreocupei-me e deixo-as em cima da cómoda e na beira do estrado da cama. Como as coleciono, até comprei um album para as colocar. Sò que este não serve para todas e vou comprar mais. Entretanto deixo-as soltas, num quarto destrancado, junto com todos os meus pertences e, ocasionalmente, passaporte. 

Mas acho que vou continuar a ser rigorosa com a minha documentação e esta vai ter de andar comigo sempre. Podem roubar-me dinheiro, roupa, malas e computadores. Mas documentos não.


A rapariga do andar de baixo está de saída. O que lamento, pois era em quem mais confiava e a mais descomplicada das criaturas. Resta-me uma rapariga que ainda não ganhou a minha confiança e que, agora, está em risco de não a obter e o rapaz que, quando chegar, vai regressar a colocação de «defeitos» nas coisas feitas pelos outros.

A rapariga que ainda não ganhou totalmente a minha confiança passa muito tempo em casa. Escutei-a à semanas a dizer a alguém ao telefone que não tinha dinheiro para sair, não ganhava o suficiente e que não estava satisfeita com o tipo de trabalho que tem, embora adorasse as pessoas. Confessou que abusou nas noitadas, que ficava bêbada em todas as saídas e que, nisso, gastava todo o seu dinheiro. Entre outros desabafos de fracassos amorosos, escutei isto porque dá para ouvir conversas de quarto para quarto - a voz tem essa capacidade. Depois ela desceu para o andar de baixo e deixei de escutar seja o que fosse. Isto aconteceu dias depois de eu estranhar o fato dela estar tantas vezes em casa e após ter descoberto as beatas no jardim e tê-la «apanhado» a tentar fingir que limpou a casa quando de facto não o fez.

Ou seja: isto aconteceu há quase um mês! Porque a vez de ser ela a limpar já chegou novamente...
E vou aguardar, para ver como a preguiçosa vai decidir agir. Se como uma adulta responsável ou como uma adolescente inconsequente. 

A «nova inquilina» vai perder o posto para o/a próximo que vier. E eu só espero que essa pessoa seja alguém decente e que cumpra três requisitos essenciais: Entre logo com dinheiro para a conta da luz e gás, limpe bem a casa quando chegar a sua vez e seja silencioso durante todo o dia. 




quarta-feira, 21 de junho de 2017

Um minuto de silêncio



Senti NOJO ao ler nas notícias que existiram casas abandonadas após o incêndio em Pedrogão que foram assaltadas

Nojo de quem se aproveita de momentos destes para roubar. Nojo de quem é proprietário e para diminuir os prejuízos alega furto de objectos valiosos assegurados contra furto ou incêndio. Nojo de quem entra nas casas dos outros com intenção de se "ajudar" de água ou medicamentos e «ajuda-se» mais do que devia...


Orgulho dos que salvam vidas.

Alegadamente a trovoada surgiu 2 horas depois do incêndio. O que é muito natural de acontecer. Mais um com origem CRIMINOSA?? Nada surpreendente... Estas pessoas assassinas deviam provar do próprio remédio.


domingo, 2 de outubro de 2016

Um susto para não esquecer


Ainda não relatei aqui um susto que tive há uns dias, por isso vou aproveitar o Domingo para fazê-lo.


Estava numa grande loja comercial, daquelas cheias de artigos variados,  levo um saco na mão com uma compra acabada de fazer, um artigo muito pesado e tenho uma pequena mala a tira-colo. O telemóvel, que por vezes uso para registar preços, dimensões, referências, etc, tinha-o na mão. Precisei manusear um aparelho e lembro de tomar a decisão consciente de pousar o telemóvel. Lembro-me de pensar: pouso aqui na prateleira, coloco na mala ou coloco no bolso das calças?

Os inconvenientes eram: 

Na prateleira podia esquecê-lo lá.
Na mala, sempre que o arrumo, logo a seguir tenho de o tirar.
No bolso fica de fora, porque os bolsos das calças não foram feitos a pensar neste tipo de utensílio. Não em smartphones, pelo menos. 

Acabei por encontrar um sítio para o colocar e não pensei mais nisso. 
Vai que surge uma empregada da loja, disposta a "ajudar em alguma coisa". Para não a dispensar de forma curta e grossa, o que é algo rude, agradeço e aproveito para lhe perguntar se um acessório descartável depois de usado era fácil de encontrar à venda. Disse que sim, mas que de momento não tinham ali, mas que existiam outros. Eu agradeço, dou um passo em frente para ir embora, mas a rapariga continua a falar dos produtos da casa... E eu, não querendo ser rude, sorrio, presto atenção. Percebo que é nova ali e quer causar boa impressão. A minha vontade é ir embora, seguir rumo. Mas escuto-a a falar, a dar a opinião... Quando finalmente me despeço dela e avanço para outro lado, lembro-me do telemóvel. De imediato, levo as mãos aos bolsos: NADA. Nem no de trás, onde penso que, por uma questão de segurança jamais o colocaria fora de casa, nem nos da frente, onde o vinha a colocar durante o dia. 



Procuro então no saco. Esquerda, direita, frente, trás... NADA. 
Não pode ser. Terá ficado na prateleira?? Três passos atrás, mexe e remexe nas embalagens... nada. Na mala? Abro todos os fechos, com os dedos empurro todo o conteúdo, procuro por toda a parte. Nada. Volto ao saco... que é em papel num formato rectangular, sempre com o pacote pesado no interior e NADA. Não pode ser... volto aos bolsos. Nada. Volto ao saco. Enfio a mão por entre as aberturas, frente, trás, esquerda, direita... nada. Tiro de cima do pacote uma pequena peça de roupa que havia ali depositado, sacudo, NADA. Depois de repetir estes processos uma série de vezes, tento recordar-me onde, afinal, decidi colocar o telemóvel... E não consegui lembrar-me. Achava que tinha sido dentro do saco. Oculto pela peça de roupa, para que não fosse detectado a olho nu e alguém pudesse lá colocar a mão e o tirar por esticão, num momento de distracção. Mas definitivamente não estava no saco. Teria me distraído com o saco ao escutar a funcionária? Sinto-me devastada. Ainda na véspera tinha pensado: "E se um dia o esquecer em algum lado, mo roubarem e for parar a mãos estranhas? O que vou fazer?". E agora estava ali, a viver o receio de véspera. 




Não consegui mesmo recordar-me com certeza absoluta onde o tinha enfiado. Mas reduzi as hipóteses ao saco, ao bolso e, em último, à prateleira. Na mala tinha a certeza que não o tinha recolocado. "Chateia-me" ter de andar sempre a abrir e fechar a mala apertada de coisas, para tirar o telemóvel, com todo o cuidado para atrás não virem outras tantas e tudo se espalhar pelo chão. É uma mala pequeníssima, cabe pouca coisa e geralmente levo sempre uma garrafa de água e um saco em plástico. O que quase faz com que fique cheia. 

Tentei sossegar-me para me lembrar mas ao mesmo tempo o tempo urge. O que sabia é que não o tinha comigo. Só podia deduzir que, afinal, deixei-o na prateleira. O que me lembrei? De ir ter com a mesma funcionária, contar-lhe que não conseguia localizar o telemóvel e pedi-lhe para que me ligasse. Ela hesitou um pouco, acordou e disse que não tinha telemóvel com ela, teria de ir a um posto ali perto. Acompanhei-a. Queria ESCUTAR o som do meu telemóvel a tocar. E se alguém de facto o levou, teria ainda tempo de o detectar. Então estava com urgência, porque, a acontecer um provável furto por oportunidade, tinha acontecido entre cinco a um minutos. TEMPO precioso estava a passar... 

Ela pareceu lerda, nesse tempo. Pediu o rádio de comunicação a uma colega, entre quatro ou cinco que ali se encontravam. A colega respondeu que o dito não tinha pilhas e não estava a funcionar. Eu alarmada... a querer tão simplesmente que alguém ligasse para o meu número. Era urgente. Ela decide tentar o telefone fixo. Mas não sabe qual o código de acesso para chamadas exteriores. Tem de perguntar. Quando sabe, marca-o mas engana-se. Não tem prática a usar o aparelho, aparenta ser nova ali. E eu a achar que tudo estava a levar tempo demais... Finalmente, lá consegue o sinal de marcação. Pede-me o número que eu, sabendo-o de cor, lhe dou. Ela marca-o nos botões mas afinal, aquele telefone também não permite fazer chamadas. Pergunta a outra funcionária se há outra forma de ligar, e esta responde que não. Ninguém está muito preocupado com o meu desespero... Levam o seu tempo, como se não existisse urgência alguma. Nenhuma ofereceu-se para fazer uma chamada com o telemóvel. 

Diante desta quantidade de tentativas frustradas de se fazer uma simples chamada, já passara pelo menos outro minuto. E tudo o que eu precisava era que ligassem para tentar localizar o telemóvel... Que, a pesar de tudo, ainda o julgava possível de encontrar na prateleira. Decidi, então, voltar à prateleira, até porque se tocasse, o escutaria... E disse-o à empregada, que ficou de ir sei-lá-onde tentar chamar a superiora. Da prateleira fui até à porta da loja, procurar um segurança e verificar se alguém saía. Pelo caminho olhei freneticamente para as mãos das pessoas, procurei de forma geral algum comportamento suspeito, vi um segurança mas antes que o alcançasse este simplesmente desapareceu. Fiquei mais zonza... Já era demais. Tanta coisa a empatar e tudo o que pretendia era que alguém me ligasse para o telemóvel. Se alguém saísse da loja com ele na mão, já de nada adiantaria uma chamada... Não se iria escutar. 


Decidi então ir até às caixas registadoras... metade abertas, metade fechadas. Pousei o saco em cima do balcão, senti o peso dos três quilos do pacote a pousar no mesmo e percebi o som que fez. Esperei que uma funcionária ficasse mais ou menos disponível. Aí noto uma porta oculta abrir, vejo um escritório de pessoal e sigo a pessoa que sai de lá. Quando me cruzo com ela, também a funcionária com quem falei nos encontra. Já tinha comunicado a esta supervisora o sucedido. E lá vinham eles... fazer-me mais perguntas. Mas telefonar para o meu telemóvel é que NADA.

Mais um minuto se passa... A supervisora pergunta-me o que aconteceu, eu explico novamente que não sei, é possível que tenha-o deixado na prateleira ou colocado no bolso, ou alguém o pode ter tirado... Pergunta-me se já verifiquei o saco e a mala, digo que sim, várias vezes. Ela responde-me que vai perguntar se viram alguma coisa ou se alguém entregou um telemóvel. E afasta-se calmamente. Não o poderia já o ter feito? Mas devem achar que há tempo...  Chamada telefónica? NADA. 

Por esta altura já não tenho esperanças. Passou-se muito tempo. Se o receio de o ter perdido por acção de terceiros tinha viabilidade, já não o ia achar. E só pensava no que tinha guardado no telemóvel... privacidade nas mãos de estranhos sem grandes princípios. 

Parada é que não ia ficar. Tinha de tentar alguma coisa, encontrar um segurança, voltar à zona e ver melhor se caiu em algum canto... E voltei para o local onde o havia perdido. Segundos depois aparece a supervisora... Com mais perguntas, pouca acção, mas antes, uma advertência:

-"Minha senhora, se não ficar parada no lugar depois não tenho como lhe falar. Agradecia que não saísse daqui para a poder ajudar. De que marca é o telemóvel?"

LOL. Marca.
Quase que perguntei: "Porquê? Quantos telemóveis acharam nos últimos cinco minutos??"

Mas não o fiz. Respondi. Contudo, diante de toda aquela lerdeza, não pude deixar de sentir uma ponta de frustração e reprovação. Ainda ninguém tinha tentado ligar para o meu número de telemóvel. Muitas perguntas, muitas idas e vindas... nada de uma rápida chamada. Então comecei a falar que não podia ter ficado sem o telemóvel, que perder um telemóvel nem é tão grave quanto é perder tudo o que guardamos lá dentro (Contactos, imagens, videos, sons, anotações, mensagens... vumpt! Gone) e foi na onda desta memória que tive de dar uma pitada de tragédia à coisa, porque, sinceramente, ninguém estava preocupado ao ponto de agir com rapidez. 

- Mas onde é que pôs o telemóvel, lembra-se? Já procurou bem?

Respondi que sim, relatei novamente todos os gestos e até os reproduzi. Disse que achava que o tinha colocado no topo do saco, voltei a espreitar no saco: tirei a peça de vestuário, voltei a sacudir, voltei a enfiar a mão e a espreitar o saco, mostrando-o aberto às funcionárias da loja. E quando me dou por vencida avisto um bocado de borracha no fundo do saco. Um bocado que me fez respirar de alívio e dizer:

-"Esperem aí... Está aqui!"

-"Achou? Bem que lhe disse para ver no saco."

-"Ainda bem! Antes assim! Serve-me de lição!
- "Mas eu espreitei no saco... ainda agora, como viram. Como é que ele foi parar debaixo disto que é tão pesado??"

As duas funcionárias afastaram-se, satisfeitas por colocar distância e esboçando um ar de «cliente que não procurou bem e entrou numa onda alarmista». Agradeci e fui embora.

Mas fiquei a pensar: Imaginem que tinha sido verdade. Que de facto perdia alguma coisa ali... Não fizeram uma simples chamada. Não estão preparados para auxiliar o cliente com rapidez nem preparados para vários cenários de urgência - pude deduzir. Qualquer um sai de uma superfície comercial grande, com propriedade de outra pessoa. Se calhar até com uma criança! Nem por uma criança «mandam» selar entradas ou saídas, barram ou perscrutam alguém... é uma anarquia.

E se tivessem feito a chamada telefónica em primeiro lugar? Nada daquilo tinha acontecido. 
Até podem ser simpáticas, as funcionárias. E bem intencionadas. Mas prefiro eficiência e organização exemplar. E que não me virem as costas depressa, com um sorrisinho que parece dizer: «outro cliente burro a fazer um banzé por nada». 

Se fosse um artigo da loja que tivesse desaparecido e suspeitassem de um cliente, aposto que o segurança aparecia, o rádio funcionava e chamadas seriam rapidamente efectuadas. Se o ladrão saísse da loja, depressa seria alcançado e desviado para interrogatório na presença da polícia. Age-se com mais rapidez na defesa de «coisas» que ainda não pertencem a ninguém do que no auxílio a terceiros.  

Desde então tenho-me preocupado tanto em deixar o telemóvel em qualquer lado... E quase sempre surge um susto, até sentir o aparelho comigo. Os smarthphones são uma tragédia... fáceis de perder. Não cabem em qualquer lugar, muito menos em bolsos de jeans. Digo-vos que antevejo um sucesso de vendas ao primeiro que inventar umas calças com profundidade de bolso suficiente para transportar um smartphone, sem que os bolsos precisem estar nos joelhos! 

domingo, 27 de dezembro de 2015

Por favor vão ali ao lado --> (à lista de blogues) e carreguem no "O que pensas disto?"
Para ver a última que me deixou de queixo caído! 
(estou a poupar este espaço e a colocar certos temas no sítio certo, nada mais).

Adenda 28/12: foi acrescida nova informação 

terça-feira, 8 de julho de 2014



Atraída pela imagem perfeita para ilustrar um ponto de vista deparei com esta notícia sobre a decisão de pegar numas verbas pagas por nós através dos seguros automóveis para a aquisição de novas viaturas policiais. 

Eu me interrogo, neste ponto da situação e «calejada» com submarinos e afins, se é mesmo necessário comprar mais carros ou se tudo não passa da conveniência de um político e um empresário, sedentos por meter ao bolso uma comissão monetária por gerar negócio e receitas com uma empresa em particular. 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Karma e punição

O facebook tem destas coisas: permite-nos ver mesmo sem sequer desejar o perfil de pessoas que não conhecemos. Foi assim que percebi que um determinado indivíduo andava a vender artigos usurpados. Fazia propaganda nesta rede social para quem quisesse saber: disponibilizava por preços mais reduzidos várias unidades de LCDs, máquinas de todo o género, eletrodomésticos diversos, até mesmo calçado e artigos texteis para o lar, tudo material novo. Nada, mas nada pareceu faltar na «oferta» publicitada por esta pessoa desconhecida, que trabalhava, pelo que suspeitei, na área da segurança.

Ah, os seguranças... a fama já não é das melhores. E este não estava a contribuir para a boa reputação da profissão. Um belo dia surge do mesmo individuo um novo tipo de publicação. Uma notícia triste, um filho doente no hospital. Felizmente a criança recuperou a saúde. Mas me interrogo se a pessoa, quando se interroga "Porquê a mim? Porquê o meu filho?" percebe que Deus gosta de mandar recados por mensageiros... 


Quero somente dizer que nem sempre somos nós que pagamos os nossos pecados. "Deus" ou o que quer que seja que coordena a nossa existência tem maneiras torturosas e bem diferentes de nos dar lições. E por vezes a «lição» não vem para nós mas para aqueles que mais amamos: os filhos, os pais. A pessoa pode achar que vive na impunidade ao cometer os seus actos ilícitos. E comete-os, se calhar, a pensar na família, no bem estar e na comodidade dos filhos. Mas quem nos observa condena e castiga. Não necessariamente castiga aquele que pecou, mas a sua descendência, para que a mensagem seja bem assimilada e o comportamento erróneo se rectifique, enquanto ainda há tempo...