terça-feira, 31 de maio de 2016

A ditadura das Grandes Superfícies de retalho alimentar


Perto de mim os super/hiper mercados lá vão ganhando uma "roupagem nova" esporadicamente. Fecham para obras para semanas mais tarde colocarem uns balões coloridos à porta a anunciar a "grande" re abertura.

Pois bem. No último ano passei por dois destes "eventos". E posso dizer que mudam para pior. Lavam a cara, por assim dizer, mas apregoam o mesmo.


No primeiro caso, o que mais gostava daquele supermercado era o atendimento rápido. Só tinha duas caixas registadoras, mas estavam sempre a funcionar. E as empregadas daquele estabelecimento, davam prioridade aos clientes. Por isso atendiam-nos com rapidez. Tanta que nem dava para arrumar as primeiras coisas e já estavam a cobrar o valor. Muito, muito bom!!



Fez obras...
Continuam lá as duas caixas... mas só uma funciona. E o atendimento não é mais o mesmo. A rapidez não existe mais. Não correm mais para a caixa para nos atender, quando se ausentavam por não terem ningué,. Vão a andar.... a arrastar os pés, sem pressa. Os "velhotes" que lá costumavam fazer compras e meter conversa, antes recebiam uma simpática resposta, agora é aquela resposta seca, ou um aceno, ou um sorriso amarelo... e chamam o proximo cliente.


No segundo caso, a roupa nova não trouxe produtos novos. Acho que este hipermercado funciona como o EXCEDENTÁRIO dos produtos menos consumidos. 

Há dois Natais encontrei lá um champôo de meu agrado. Pensei em levar duas embalagens mas achei que, num hipermercado daquela dimensão, iria sempre achar. Enganei-me. A marca do champôo continua lá mas só oferecem DUAS variedades. Já as experimentei e detesto-as. A marca tem umas 5 ou 6 variedades do mesmo champôo, mas as outras desapareceram. 

No Natal seguinte fui a um outro hipermercado do mesmo grupo e.... as prateleiras estavam cheias deste champôo e em todas as variedades. Sabonete líquido para as mãos é outra coisa que encontrei uma marca, gostei, e só quero aquele. Vai que o hipermercado tem a marca. Mas mais uma vez falha na variedade. Apresenta com cheiro a tudo e mais alguma coisa, menos o neutro. E eu quero o neutro! 



Então concluí que não me atraem lojas "renovadas". Prefiro o conceito de "mercearia do seu Jerónimo". Porque, não fosse aquilo um hipermercado com centenas de lojas por todo o país e muito sucesso na internacionalização, eu chegaria até uma empregada e a vontade que tinha era de refilar por não facultarem o produto na versão simples. E pediria que o encomendassem, para eu depois passar e levar. Mas como não é a mercearia do seu Jerónimo.... 

Só lamento que seja nesse hipermercado que a família inteira vai se abastecer... Se bem que já começam a "pular a cerca". E ainda bem. Nunca gostei do penosamente moroso atendimento, nem de andar aos encontrões pelos corredores. Os produtos nunca foram variados nem diversificados. E a pastelaria não fazia bolos por encomenda, uma nulidade. 




segunda-feira, 30 de maio de 2016

Ai estes Russos!


Pela primeira vez desde que o blogue é blogue, não tive visitantes da Rússia.
Devem ter lido o que escrevi a respeito da música que ganhou o Eurofestival e desapareceram todos, ehehe.

Os meus "leitores" russos eram totalmente desconhecidos, mas de um número de respeito. Na realidade eu suspeitava era de tráfego paralelo... Mas hoje, espanto dos espantos, zero. Coincidência? Aqui fica o momento para recordar.


E aqui fica a prova do que eram as visualizações há duas sextas-feiras... E a vitória vai para... Rússia! Com 187 pontos!


Novas entradas: Irlanda, França e Luxemburgo. Os russos evaporaram-se como uma bomba atómica. Em sua homenagem aqui fica algo que sempre me vem à lembrança quando oiço o som «russo».





As coisas que se encontram na internet...


Achei imensa piada! Pela voz especialmente. Esganiçada, abichanada, histérica, sussurrante... muito bom.  


Tem outro link completo aqui
O tipo que fez isto tem talento vocal mas a ideia em si está sensacional.

É uma vid antiga, com quase 10 anos. Mas eu só a descobri agora.
E como sempre, já inspirou muitas outras brincadeiras.


outro



domingo, 29 de maio de 2016

Canetas e esferográficas


Não colecciono canetas nem esferográficas. Mas tenho bastantes. Que vou colocando de lado porque fui usando até hoje. Quando se fala de esferográficas, a maioria seca e deixa de funcionar. Então têm de ir fora... Ainda antes da prática da reciclagem se tornar generalizada, já eu estranhava deitar no lixo qualquer tipo de material não orgânico. E esferográficas era um desses casos. 


Mas depois da reciclagem de plásticos aparecer, comecei a desmanchar as esferográficas e a colocar na reciclagem a parte em plástico. Mas... onde colocar as biqueiras de aço? E principalmente, o que fazer à carga? Às vezes ainda cheia de tinta?

Ainda não sei... Então, por vezes, acho que tenho uma versão ténue do "vírus" do acumulador... Vai "ficando". 

Como disse, não são muitas. Mas são algumas. Não são nada de especial, até faço o tipo de pessoa que leva canetas para o escritório quando dão "chá de sumiço" à de serviço. Porque esferográficas nunca faltaram em casa, não preciso trazê-las dos locais, eeheh.


Hoje decidi, diante do porta-canetas a abarrotar, despejar todas e ver como estão a funcionar e quais podia me desfazer. Acabou por ser uma viagem de memórias. Inspirei-me e lembrei-me dos posts com saleiros da Flores e Amores mas, como não tenho colecção de canetas, tive de simplificar. Aqui vai:


AS MOLIN 



As Molin datam do tempo da escola. Não sei se da primária mas talvez quase, pois tudo me durava uma eternidade e sei que não tive mais que dois estojos. Aqui estão as poucas que consegui "salvar" das «limpezas» da mãe, que acha que objectos com muita idade perdem a utilidade. A azul não tem tampa faz 10 anos, ehehe. No entanto ainda dá um pálido azul. Os traços correspondem a cada uma das canetas. Nem parece, em alguns dos traços, que têm tanto tempo! Isso tem um nome: Qualidade.


 Costumavam estar arrumadas num estojo igualzinho a este.


A PARKER


A Parker foi exigência da escola, assim que saí da primária. Mais tarde voltou a ser exigida e não precisei comprar, porque já tinha. Sem dúvida, um bom investimento. Raramente a uso. É daquelas que ficam guardadas, Mas escreve tal e qual como há... muitos anos.  De revestimento colorido em plástico pouco extraordinário, o resto é em aço de qualidade. A recarga, fui espreitar, é Parker, made in UK. Reparei ter mais duas recargas soltas, que não escreviam. Tanto pode ser por estarem mal armazenadas e expostas ao ar, quanto por serem made in W Germany (Alemanha Ocidental).


AS DE TINTA PERMANENTE



Sem marca específica, quando vi estas duas numa papelaria apaixonei-me. Indecisa, acabei por receber de presente a do abecedário, e mais tarde comprei a metálica. Infelizmente não era pirogravada e com a passagem do tempo (mais de 20 anos) ficou assim, sumida e apagada. Também a achei pesada, prefiro uma caneta de material leve. Não sei como escrevem mas da última vez que testei acho que abusavam da tinta que deixavam escorrer. Não convém deixar os contactos sujos, é preciso limpar bem, com água e soprar o beiral até toda a água colorida pela tinta desaparecer. 

Escrever com tinta-permanente é a minha forma preferida. Dá outra sensação. Se pudesse, usava quase sempre estas canetas. Aprender a escrever com elas foi exigência da escola primária. Nunca achei difícil (há quem ache) e nunca parti um bico.


LÁPIS DE COR


AH, o cheiro de um bom lápis! Este cheira maravilhosamente. Acho-lhe graça. É duplo: num lado vermelho, do outro azul. Devia dar um jeitão no tempo da censura! :D

Ainda guardo uma embalagem metálica com os meus caran d'ache... Acho que é essa a marca. Exigência da escola, lápis usados porém muito estimados. Parecem novos. Outras marcas existiram. Alguns de muita boa qualidade, como os da marca "Festival". Este é alemão, marca Faber-Castell. Muito macio! Tem anos também... Mas com a liberalização dos mercados comerciais, é cada vez mais raro encontrar bons materiais de papelaria. Lápis, seja de carbono ou de cera, encontram-se muitos. Mas nessa quantidade muita coisa tem uma qualidade bem abaixo do aceitável. E acreditem: vale a pena investir em qualidade, quando o assunto é material escolar/escritório.



Depois restam-me as esferográficas. Quase nunca saio de casa sem uma. Houve uma altura em que achei imensamente prático estas em miniatura. Dava para transportar sem ocupar muito espaço. As BIC de ponta média, claro, cristal, nunca laranja. Mas hoje descobri que secam rápido. Das muitas que tinha, só as vermelhas se safaram, ehehe! Por outro lado fiquei pasma quando uma outra marca, que era bastante comum de encontrar há uns tempos, ainda rabiscou com vigor e cor. Agora teimei que aquela outra é o supra-sumo das esferográficas. E eu que nunca simpatizei lá grande coisa com elas :D
Tenho outras, num estojo por enquanto de localização desconhecida. Fui colocando-as lá, depois guardei, precisei de canetas ou fui tendo mais e coloquei-as no porta-canetas... E assim "crescem" em número. Algumas só não deito fora pelos dizeres, marcas ou publicidades. Outras porque representam um momento na vida. Nada de mais. 

E vocês?
O que guardam por aí??


sexta-feira, 27 de maio de 2016

A vida real


ANITA QUANDO PEQUENA


ANITA AOS 40

quinta-feira, 26 de maio de 2016

A cidade vira campo quando...


Como é LINDA a cidade num feriado!

O trânsito quase não existe. É ver peões a subir a avenida descontraidamente pela beira da estrada, ver ciclistas a escolher um atalho e circular uns bons metros em contra-mão, é escutar como ruído predominante o som dos pássaros. É ver um melro pela manha, parado, no meio da estrada, sem uma preocupação em se mexer dali...  


E agora o vento trás lá de longe, um ritmo musical chamativo... Trá-lo de vez em vez, depois pára, depois regressa, como em provocação. Batida boa... 


Se calhar fiz mal em ter ficado por casa, a aproveitar o dia de algum sol para conseguir lavar e secar roupa... Mas tudo bem... O dia continua lindo à mesma, ainda que tenha sido quase todo dedicado às domestiquices e já esteja a anoitecer. 




Veganismo vem com Pedantismo?

A propósito de um shiuu e outras páginas na net que calho encontrar, esta semana tenho me deparado com o tema do veganismo

O que é? Pessoas que não consomem carne. Preferem comer apenas vegetais e até cortam qualquer material originário de animais das suas vidas.


A polémica em torno do se ser vegan não está na opção, mas na forma como alguns se apresentam ao mundo. É comum, como encontrei num segredo shiuu, a pessoa achar que a escolha que tomou a faz melhor que os outros e critica com alguma ferocidade aqueles que são "comedores de carne". Quase sempre evocando o sofrimento do animal, quase que a chamar de canibais e a dizer mesmo que são iguais a assassinos os que consomem qualquer produto carnívoro, até mesmo leite.

É uma postura desagradável, sem dúvida. Que tem laivos de pedantismo, arrogância e extremismo. 

Mas fiquei a reflectir neste assunto - que jamais terá um consenso - e cheguei a uma abordagem que penso ser pouco vista pela maioria. Há duas razões que podem levar uma pessoa a decidir-se em optar por este life-style. Uma é a saúde, o não apreciar carne e se preocupar com os perigos da mesma - a que, infelizmente, penso ser a razão mais rara e mais atribuída ao vegetarianismo. Outro motivo completamente diferente é se achar um defensor da vida, um justiceiro numa cruzada a favor dos oprimidos animais. E ao se ver pecado, crime... então não se está muito distante da radicalização. E aí é que está o problema... a meu ver.

Se a opção foi tomada por esta "consciência", então não adianta muito tentar o diálogo, porque são formas de ver diferentes e uma é totalmente inflexível e unilateral. Tem raiz assente numa ideologia utópica. 


Eu me compadeço com o sofrimento de tudo o que é criatura viva, mas não sou de radicalismos ao ponto desse ser o motivo para eliminar "a morte" da minha vida. Até porque não acredito minimamente que se tornar vegan faça qualquer diferença no mundo que os próprios tentam combater. Nem a mínima. 

Pode fazer nas suas consciências. Num caso pontual. Mas no mundo? Só as catástrofes têm esse efeito. O problema na postura radical do vegan é mostrar-se capaz de adorar um surto da doença das "vacas loucas" só para hastear a bandeira da sua "correta postura" na vida. O problema é alguns dizerem e acreditarem realmente que "se matas" (comes carne) mereces "ser matado".

Porque foi isto que surgiu comigo, durante uma conversa nada a ver com nada a respeito deste assunto. Estava num site onde vejo programas sobre investigações de homicídios e num caso em que uma jovem atacada por um serial killer consegue estoicamente sobreviver, uma pessoa (que imaginei muito jovem) comenta: "É lamentável que a comedora de carne não tenha sido assassinada!".


Pacientemente lá tentei entrar num diálogo tranquilo e transparente sobre a abordagem do indivíduo. Acredito que mais pessoas poderiam optar por este estilo de vida se não fosse por esta tristeza de comentário e postura violenta. Para quem apregoa "não-violência e compaixão" desejar que um ser humano fosse assassinado é uma emoção vil. Parece que estas emoções de compaixão e não violência apregoadas pelos vegan destinam-se exclusivamente aos animais, não às pessoas. A menos que façam parte do seu «grupo» eleito. 

Já o "comedor de carne" sente compaixão generalizada, no meu entender, seja por animal ou humano. Não deixa de comer carne, mas compadece-se com o sofrimento que encontra e age diante do que vê. Não diante do que não vê, é verdade. Mas quem ousa dizer que uma forma é mais legítima que outra? O vegan ousa, porque é a essência da sua postura ideológica. 


Parece-me que se compadecem mais com o que não vêem, com o que imaginam, o que leram e ouviram, no que acreditam e até pode se tudo verdade. Não digo generalizada, porque isso em si é uma falácia. Nem todos os matadouros são cruéis no acto de sacrificar o animal pela sua carne. As leis desenvolveram-se ao longo dos tempos para se humanizarem diante desta dura realidade. Podiam muito bem não ter dado "cavaco" mas a sociedade humanizou-se nesse sentido. Por muito que o vegan proteste, não pode salvar um único animal do abate. E por isso a sua opção de vida não deixa de ser hipócrita. Perseguem os indivíduos e não poupam um único animal. Pode fazer a pessoa sentir-se muito bem - consigo compreender isso. Mas na prática, é muito alarido para nada... 


Vou comparar - já que em termos de comparações alguns vegan não colocam limites, com o expansionismo marítimo e o crescimento da escravatura. Ninguém na minha árvore genealógica alguma vez possuiu um escravo e, que eu imagine, penso que ninguém tenha legalmente sido um. MAS... ainda que eu, se vivesse nesse tempo, fosse contra a escravatura - como muitos decerto o eram, o que é que me adiantaria levantar cartazes, usar t-shirts, entrar numa de insultar os escravagistas? Fazemos uma ideia quase romântica das razões que conduziram ao fim da legalização da escravatura. Mas na realidade, por muito que se protestasse, esta terminou quando deixou de ser rentável. Quando OUTRA coisa veio tomar o seu lugar.

E é assim que tudo muda neste mundo. 

Arranje-se outra forma igualmente lucrativa de comercializar alimentos sem que esta implique produção em excesso. O que significa, no caso dos animais, o fim da morte em excesso. E no caso dos não animais a mesma coisa. É por aí que se pode fazer a diferença. 

O resto é como o Lobo Mau... sopra, sopra, irrita-se, briga mas... a casa não vem abaixo. 







Vivo num Matagal



Esta história corre de boca-em-boca, pelo que não sei até que ponto todos os factos estão confirmados. Mas também não há assim muito que se possa equivocar...




Habito numa zona verde (felizmente) e, com a chuva que tem existido nos últimos meses, as áreas relvadas parecem mato. Alto o suficiente para uma criança de dois anos se perder nele estando em pé! 


Cansados de esperar pela acção da Junta, um grupo de moradores entrou em contacto com a mesma a solicitar a manutenção dos espaços verdes. A resposta foi extraordinária: a freguesia é composta por Matagal por isso não há nada o que fazer e é deixar a natureza encarregar-se das coisas. (secar).



Pensava que desta é que era, mas não é. Nunca é. Os espaços verdes são a coisa mais negligenciada deste bairro que os usa para se promover. Cheguei a ver, faz duas semanas, três trabalhadores sentados na relva a descansar, com os seus cortadores ali ao lado e pensei... "É uma questão de tempo e darão conta de toda a zona". Mas não... Aparentemente o ano nem chegou a meio e já não têm dinheiro para executar a tarefa que lhes compete por rotina. 

Até vejo nisto um sketch humorístico ao estilo dos Gato Preto...
Pena que já não estão no activo porque as questões pertinentes continuam. E nada melhor que o humor para tocar na ferida e envergonhar os que devem sentir-se envergonhados.


Ele continua ali... alto, já a perder o vigor da cor, a entrar no tom palha...
E digo-vos: não há visão mais desoladora e deprimente do que uma extensa área «verde» toda seca, morta.

Talvez se safem algumas zonas... estrategicamente bem colocadas, ou onde more alguém com influência. Mas noutras é um descalabro. 

Mas se objectivo é proporcionar uma maior qualidade de vida às pestes, tal como ratos, baratas e outros bichos que transportam doenças, força! A Junta de Freguesia está no bom caminho!

My house on the Lisbon's prairie

Tramados pelo chocolate Cadbury


Gostam desta marca de chocolate Inglês?

Eu por acaso não o tenho na minha lista de favoritos. Contudo hoje descobri uma coisa e decidi vir aqui partilhar. E proponho um boicote póstumo, eheh.

Então não é que um senhor de nome William Cadbury, chocolateiro de profissão, foi até a ilha de S. Tomé e Principe, na altura colónia portuguesa, e saiu de lá com um polémico relatório onde falava mal da situação dos trabalhadores que colhiam o café e o cacau? Tudo porque era muito forte a concorrência do cacau deste país à Inglaterra das Índias. E vai que lhes era extremamente conveniente causar uma polémica que visou inclusive, um boicote a todo o tipo de produto originário de S. Tomé.

É que a escravatura já estava abolida... e o tipo foi para as esferas políticas acusar os portugueses de perpetuarem o trabalho de escravo, já abolido... o que foi um exagero. Difamações movidas pela ganância, o oportunismo... a sede de riqueza.

Ora, eu li isto algures na internet, onde fazem menção ao episódio surgir relatado no livro "Equador" - que nunca li. Pelo que não sei se faz ou não nem fui fundamentar a pesquisa noutras fontes. Só posso dizer que surgiu uma vontade com um atraso secular de boicotar os produtos Cadbury.


Passado mais de um século,
gostava de saber como são hoje as condições dos que colhem o café e o cacau...
Porque numa reportagem no programa 60m que vi há uns anos, escravatura é pouco para o definir...

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Polémica Globos de Ouro SIC 2016


Sabem qual foi a maior polémica dos Globos de Ouro 2016?

Aconteceu no programa Passadeira Vermelha, na Sic Caras!!

Foi atribuído um prémio a Sara Sampaio. Que, por motivos profissionais, não pode aparecer. Mas enviou umas palavras de agradecimento.

Ao que parece o facto de não aparecer nem surgir ninguém para receber o seu prémio foi muito mal visto pelo Cláudio Ramos, comentador do referido programa de televisão, que disse tudo o que lhe apeteceu e assim criticou ferozmente a modelo, a agência da modelo, a família da modelo.... por não terem aparecido para receber o prémio em seu nome. 

Ele disse inclusive que "enquanto o comportamento da Sara continuar assim não me vão mais ouvir falar dela", não ia mais dizer uma palavra, achou uma enorme falta de respeito para com "nós", que os "levamos ao colo e os fazemos". 

Em resumo: Cláudio Ramos achou um ultraje ter-se apenas lido um comunicado


Ver vídeo do momento carregando na imagem


Além de todas as alternativas acima mencionadas que seriam, no seu ponto de vista, mais respeitosas para com a cerimónia, ele ainda incluiu como outra possibilidade o envio de um vídeo

Comentou-se no estúdio que, com as tecnologias de hoje, não custava absolutamente nada à Sara enviar um vídeo a agradecer, é coisa de segundos! Segundo o mesmo programa, a modelo, no dia seguinte, devido às críticas, escreveu no seu facebook um novo texto de agradecimento, dizendo-se grata pelo prémio. A esse texto Cláudio Ramos fez questão de dizer que era mais comprido que as "três frases" no papel do comunicado lido durante a cerimónia.

A atitude dela foi um desrespeito e uma infantilidade para com a organização dos Globos de Ouro, que tem muito trabalho em montar um evento destes e a Sara (como eles a ela se referem) não prestigiou nem o evento nem o prémio ao não aparecer e ao agradecer de forma tão "pobre".


Agradecimento na página do Facebook
no dia seguinte à cerimónia

Ora, eu vi este programa que foi para o ar mais ou menos na 2ª feira passada e no dia seguinte calhei a ver/ouvir novamente o programa. Para minha surpresa e agrado, tiveram de colocar um "desmentido". Ou melhor: um esclarecimento

Disse então a apresentadora do programa, que pediam desculpas por não estarem a par de toda a informação no que respeitava ao agradecimento da Sara Sampaio na cerimónia de entrega dos Globos de Ouro. Aparentemente a modelo entrou em contacto com a organização, foram feitos todos os esforços para lidar com a situação (da sua ausência), estudaram-se todas as possibilidades, ela propôs enviar alguém para receber o prémio e se disponibilizou, inclusive, a enviar um vídeo com o discurso de agradecimento. Foi a organização que dispensou a presença de um representante, escolheu o método e estipulou os termos do comunicado.

Ora, não é caso para dizer que a ORGANIZAÇÃO dos Globos de Ouro é que não soube prestigiar nem a agraciada nem a cerimónia em si??

Lol. Quando a pedra troca de sapato... 




Ainda sobre o Festival

Ainda sobre o Eurofestival, encontrei estes vídeos e achei por bem partilhar.


Gostava de entender o significado deste (e deste que tem mais desgostos que gostos) vídeo. Será que significa que o intérprete Russo plagiou a Beyoncé ou pretende afirmar "somos tão bons quanto a world wide apreciated Beyoncé"? Ficou a dúvida. Alguém aí entende Russo??

Depois encontrei este, que parece ter o festival inteiro. Fiquei surpresa, à medida que pulava por entre as votações, entrevistas, actuações e VENDA de merchadising (!!!!), como as indumentárias este ano são horrorosas!!! Especialmente as do júri dos países. É uma atrocidade atrás de outra. 


E voltei a reparar na estranheza da prestação do intérprete de Stars, stars, stars... bom, ele repete esta palavra imensas vezes, mas o título da música é "Feitos de estrelas" (made of stars). Além de me fazer lembrar o vocalista da banda "Os Cure" que nos anos 90 "estouraram" com o seu look dark e gótico e achá-lo atrasado no tempo por aparecer com um visual "fresco" como algo conservado em fermol, reparei para o final que o Israelita durante a canção, fica parado no mesmo sítio a embalar-se da esquerda para a direita, de braços apertados, parecendo um doido numa camisa de forças, a insistir repetidamente nas suas "Stars".


Outras músicas são apenas pretensiosas, como a Italiana. Pretendem ser profundas e cheias de mensagem mas não funcionam. Outras o são por apresentarem um espectáculo pirotécnico grandioso, mas não terem nada demais na melodia. Reparei que a concorrente da Austrália, que no palco mal se mexe, é na verdade um pirilampo saltitante algo juvenil e infantil quando entrevistada no seu estado "normal". 

Não sei se mais alguém reparou mas os intérpretes, na sua maioria, tinham de ficar especificamente imobilizados no centro do palco, para que a prestação batesse certo com o espetáculo de luzes. Foi o caso da canção vencedora. Porém, a intérprete conseguiu muito movimento e expressionismo para quem tinha de ficar quieta no lugar. No início até marcha - embora o plano não o tenha mostrado, talvez para que não induzisse ao imaginário de soldados. Outros na mesma situação não conseguiram passar dinamismo e tiveram melhores enquadramentos de plano para o disfarçar. 

No reverso desta condição, estiveram prestações como a da Bélgica, que correram "soltos" por um palco decorado, de micro na mão, podendo assim dar aso à segunda mais importante actividade musical: a dança

«Sou o nº1!
Russia, heil!»
Já a Rússia, que apostou forte no espectáculo de luzes, teve de se desdobrar em coordenação e a "dança" limitou-se a acenos de um braço com coreografias de poses. Cronometrados para encaixar na perfeição com as imagens gráficas projetadas num monitor e interpretados por um tipo com uma atuação "cocky", convencido e cheio de si e da sua vitória, instruído em cada gesto e a aproveitar cada plano de rosto para seduzir o público. A força da música Russa está toda no show-off de movimentos e luzes porque a lírica e o ritmo... era mais uma sobre stars, stars, stars...

Notei enquanto pesquisava as indumentárias do Juri, que os mais bem vestidos deram os 12 pontos à Ucrânia. Sinal de bom gosto, ehehee. Quase sempre foi a ucrânia o país mais mencionado para receber a pontuação máxima, pelo que questionarem a legitimidade do mais votado é irónico. 


Quanto à participação da Austrália num concurso europeu, parece que este facto está a receber menos controvérsia que, como é habitual, a música vencedora. Mas controverso também podia ser o facto de, tanto a intérprete australiana, como a sua comitiva e a júri apresentarem traços orientais. Lá se vai o imaginário de um povo... estilo Crocodille Dunddie: louros,brancos queimados pelo sol e com sotaque de "mate". Parece que a China anda mesmo a conquistar o mundo... lol. E até consegue introduzir-se num festival Europeu... uma chinesice australiana. :P

Não me deu para comentar os Globos de Ouro mas saiu-me o criticismo para este festival!

E o que concluo? Afinal, a "pirosice" está em todo o lado e não é uma exclusividade portuguesa!! 




sexta-feira, 20 de maio de 2016

Uma emoção inesperada

No blogue da fofucha da Ana S. encontrei um post sobre o eurofestival da canção. A querida Ana S. discorda da canção vencedora do eurofestival 2016. 


Na maior descontracção e numa de relaxar, sem sequer me ocorrer que daqui podia resultar um motivo para fazer um post, coloquei "play" nos vídeos que a Ana deixou: o primeiro da música vencedora - da Ucrânia, e o segundo da favorita do júri - pasmem-se, a música da Austrália! 



Se o meu conhecimento do mapa-mundi ainda se mantem actual, não se trata de uma região que se integre na europa. Mas nestas coisas sou liberal e deixem lá um país não-europeu participar... Não é o fim do mundo. 

O importante deste simples contacto, é que escutei no relax ambas as músicas. E embora tenha lido o típico comentário "faz muito tempo que o eurofestival não é mais a mesma coisa", "é só politiquices", etc... Esta música vencedora fez-me reflectir numa questão bem mais ampla.



Acontece que eu gostei da canção. Achei-a claramente superior à outra. E quando a escutei, ainda que sem entender bem a lírica, pois só algumas palavras em inglês soaram legíveis para mim, a verdade é que a achei profunda. Emotiva ao ponto de se assemelhar, nessa perspectiva, ao nosso fado. Numa segunda vez sensibilizou-me ainda mais, a certa altura fiquei com vontade de chorar e senti uma tristeza e agonia...

Só então fui realmente tentar entender o seu significado e porquê estavam "contra" a vitória da canção. O que por si só é já uma tradição... não é? Geralmente fazem-se sempre críticas aos critérios, avança-se que é tudo uma questão política... etc. 


Este ano o festival incluiu a votação por televoto. O que eu acho interessante. Assim, não são só os júris dos países a votar. Mas como consequência, o primeiro lugar do júri foi para a Austrália e o primeiro lugar do televoto para a nação mais obcecada pela vitória: A Rússia. Contudo, o que conta é o somatório destas duas... e aqui é que está o twist: tendo a austrália obtido um 3º honroso lugar no televoto, saiu do pódio... A rússia nem sei onde ficou na votação do júri, mas não foi entre os dois primeiros, porque esse lugar obteve-o a Ucrânia, que ficou em segundo nos votos tanto pelo Júri, quanto pelo televoto. E por isso ganhou! 

A canção vencedora tem o título "1944". Ora, só pode ter algum significado importante - pensei. Googlei «Ucrânia 1944» e fui parar à canção do eurofestival, claro. Mas também ao TEMA. O primeiro resultado, da página da Wikipédia já disse tudo: Batalla de Crimea (Guerra da Crimeia).

A intérprete, de nome Jamala, escolheu escrever uma música em parte dedicada à sua bisavó, que integrou as muitas famílias Tártaras que, em Maio de 1944, foram retiradas da região da Península da Crimeia pelos Russos e deportadas em vagões de mercadorias para a "quentinha" Sibéria, por ordens de Estaline, que na altura usou o pretexto de combater as tropas alemãs e os povos "traidores"  para se "livrar" das inconveniências e matar muitos. Uma das filhas, portanto, uma prima-avó da intérprete, morreu na viagem e simplesmente o seu corpo foi atirado para fora do vagão. 

Ler aqui sobre a deportação do dia 18 de Maio de 1944
Se isto é política? 
É, para os que estão na política. Não é para os que apreciam música e são artistas. 

Sobre o que uma artista pode escrever? Amor? És a minha única paixão? Só te quero a ti? Hoje eu e tu vamos dançar? Claro, pode... Mas também há alturas em que as canções dizem mais que isso. Vão mais fundo. Ela apostou e ganhou.

Continuando a pesquisa, li neste artigo do jornal Público as reacções dos políticos ucranianos, certamente felizes, e as reacções dos políticos russos. O que dizer? A comunista e cada vez mais ditatorial Russa chegou ao ponto de apelar ao boicote do festival no próximo ano

Um artigo pessoal num jornal russo teve o título: "Como o júri Europeu roubou a vitória a Lazarev" - o concorrente Russo, pois claro. Pobre coitadinho, foi roubado pelos mauzões dos júri. Porque a vitória era dele, pois claro... os restantes 25 concorrentes não tinham nenhuma hipótese de vencer. lol.

O concorrente Russo durante a sua actuação
Ler neste artigo da Visão o quanto a Rússia se empenhou nesta vitória
Ver vídeo da actuação aqui

O presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros russo, Konstantin Kossatchev, escreveu na sua página de Facebook (admira-me que, tal como na China, a Rússia não proíba esta rede social que não controlam, embora tenho a certeza que censuram). que a vitória da canção Ucraniana "pode comprometer o tenso processo de paz na zoa leste da Ucrânia" e por isso, a "Ucrânia perdeu e a guerra ganhou". Falando de um exemplo ao estilo: "professora, explique-me o que é incutir exageradamente nos outros uma responsabilidade que não lhes pertence e negar a realidade..." Outro senador, Frantz Klinsevitch, disse que "não foi a ucraniana Jamala e a sua canção 1944 que ganhou" foi a "política que bateu a arte". 

Será?
É que eu escutei uma canção emotiva, penso que o júri e quem a escolheu também. Se calhar são os políticos que não foram capazes de se conectarem à arte, incapazes que são de se separarem da primeira.

E é por este motivo que defendo que se deve pensar bem antes de fazer eco destas pré-noções. Criticar a música por não gostar, é uma coisa. Aceito, é saudável e tratando-se de música, cada qual tem o seu gosto. Criticar dizendo que venceu só por questões políticas... O sensato era dizer que podia perder por questões políticas... Mas a arte VENCEU a política. Ou auxiliou as conveniências de uns e não de outros. E isso deixa muita gente a precisar de Renie... má gente.


A propaganda manifesta-se de muitas formas, quase sempre na crítica depreciativa. E por isso jamais vou voltar a dizer -se alguma vez o disse - que as músicas vencedoras do eurofestival são somente seleccionadas com base em política. Espalhar essa ideia pela europa é conveniente a muitos que são contra a liberdade. Soa-me que ficamos todos a concordar com os Russos só por "espalhar" essa generalização... E essa simples conivência parece-me atroz.

Eu gostei da música, bem mais pela letra da canção, pelo sentimento que quase de imediato me despertou, ainda que não entendesse mais que duas ou três palavras. Até ter ido pesquisar. O que só comprova a autenticidade da canção. 

Portanto, vamos aplaudir. Porque cada aplauso acaba também por ser menos um incentivo a regimes que se guiam pela política da ditadura, da manipulação, do genocídio, da corrupção, do crime organizado e que, por uma simples canção num festival, demonstram um mau perder capaz de insinuar ameaças de guerra e boicotes. 

Deixo-vos então a música vencedora.


Alegre Sexta-Feira

Tenham uma boa Sexta-feira!

Fui à casa da minha filha ontem de tarde e pedi-lhe para me emprestar o jornal.
Ela respondeu que não desperdiçava dinheiro na compra de jornais. "Estamos no século XXI, mãe! Empresto-te o meu ipad".

Aquela mosca nem sabe o que a matou!



    (Esta deixou-me alegre e achei por bem partilhar essa alegria num post de quase fim-de-semana!) 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

O mundo é Chinês


Estou a preparar uma festa e como sou dada a bricolage, tive ideias para as decorações. O material que necessito para levar as ideias adiante nem é complexo: toalhas plásticas, umas folhas de e.v.a. de grandes dimensões, papel autocolante de veludo.

Pois bem... Já corri tudo o que é loja nos arredores e proximidades e NADA de encontrar o que preciso. Isto acontece sempre. É o que mais me frustra quando me lanço num projecto criativo.

Placas A4 de E.V.A - poucas cores e tamanhos limitados


Em termos de electrónica, procurava também uns leds de pilha, coisinha simples, que deviam ser vendidas às centenas nas prateleiras de muitas lojas da especialidade e não especialidade por aí. Mas não se vendem. Só encontrei duas ou três lojas online, o que é uma chatice. Queria ir a um local, escolher, poder trazer só uma unidade. Lojas online não se prestam a isso. 

A alternativa às pilhas, seria fazer as próprias... com um condensador e uma pilha de relógio. Numa operação simultaneamente simples e complexa. Mas e encontrar a alternativa à alternativa? Ainda é pior: boa sorte nessa empreitada!

Concluí - na realidade faz até bastante tempo - que Portugal é chinês.


Não se encontra mais nada. Antes, uma pessoa encontrava de tudo. Tecidos, electrónica, metais, ferramentas, tintas, cordas e cordéis... Uma pessoa sabia que podia ir "aqui" ou "ali", a certas lojas, ou mesmo a certas ruas, e era garantido: quase de certeza não só encontrava o que se pretendia, como surgiam outras alternativas e se ficava a conhecer outros novos objectos.

Hoje com a abertura do mercado à China... é uma calamidade!!

Seja o que for que se procure, tudo está standarizado e muito limitado. Os chineses, ainda por cima, são DITADORES. Limitam o tipo de produto que exportam e não apresentam variedade. Eles ELIMINARAM o comércio tradicional, que era vasto, amplo e de qualidade. Saudades das retrosarias, do comércio especializado, que tinha de tudo... Obras no WC? Vá a uma drogaria! 


Isto que digo é muito sério. Saudades imensas das "ias".... Mercearias, drogarias, retrosarias, papelarias!

Vive-se no centro de uma cidade grande, na teoria, isso significa uma maior variedade e facilidade em encontrar qualquer tipo de produtos. Mas na prática... nada.
Antes fosse uma aldeia, menor mas, onde se fosse procurar, saber-se o que se vai encontrar.


Acredito que o futuro é online. Acabando-se o comércio tradicional, ficando apenas as grandes e standarizadas grandes superfícies, ou as lojas tax-free dos chineses, vamos nos virar para o online! Para quê ter tanto trabalho em deslocações se é tudo igual em todo o lado?

Eu vi as mesmas toalhas, somente nas mesmas quatro cores (nenhuma azul ou vermelha), não encontrei em parte alguma papel autocolante em veludo (coisa que antes se encontrava sem dificuldade alguma e em variedade de cores) e as folhas de E.V.A. são uma desilusão: pouca variedade nas cores e dimensões e ,nos hipermercados, a aposta vai para as pequenas folhas com "floreados" impressos. 

Fui a três sítios com uma amiga que procurava comprar molas para prender a roupa: hipermercado, loja dos chineses e outra loja qualquer. 

Pois todas vendiam o mesmo tipo de mola, ,com o mesmo formato, o mesmo material... Nenhum demonstrava grande segurança na construção. Todas aquelas molas para a roupa pareciam frágeis, capazes de se partirem por nada, se quebrarem com dois dias de exposição ao sol...

De onde vem esta padronização de produtos? 

"Brinde" que veio com uma compra no site Aliexpress

Já acho que fiz mal em não mandar vir estas coisas da china. Pelo menos vinha diretamente e sem preocupações! Porque outra coisa que me impressiona é que tudo onde coloco as mãos vem com "fabricado na RPC". Como se uma pessoa não soubesse que China ou República Popular da China é exatamente a mesma coisa! 

Todo o produto vem em destaque "IMPORTADO POR...". Mas de onde? Da China. Ainda não encontrei uma única coisa - desde peças de roupa a artigos de decoração, a material escolar ou de papelaria, que não tenha como local de fabrico a China. Seja esta condição camufladamente indicada com minúsculas letras da sigla RPC ou não.

Uma britânica fez uma compra na Primark....
E eu fico seriamente a pensar se quero compactuar com o enriquecimento de uma nação que usa e abusa do trabalho manual infantil, que despreza os direitos dos trabalhadores e faz prática do trabalho de escravo

Uma ida a uma dessas lojas me causou impressão, pois os Chineses cá estão a adoptar uma nova alternativa à habitual vigilância: contratam pessoas locais só para seguirem os clientes pelos corredores. E desta vez não foi um homem que vi, mas uma criança! Loura, de um metro e 30 de altura... Podia até ser quase de maior, mas duvido muito. 


Agora até o esquema de trabalho infantil eles importam para cá. Não registam as vendas, cada vez que compro algo e peço o talão eles o fazem sem a caixa registadora fazer um piu... O que fazer? Deixar de comprar quando tudo já é feito lá? Por mãos tão pequenas quanto provavelmente o são as mãos daquela adolescente a trabalhar numa loja de chineses? Gostava de ter alternativas. Só que não há alternativas. 


Se as houver, viraram alternativas de "luxo", para padrões económicos mais elevados. O comércio Tradicional... vai passar a ser uma espécie de «museu». E o restante está todo contaminado pelo vírus do RPC.

"Obrigado" governantes! Tirem-nos desta latrina, sff!




O Mundo é chinês e é de Reles Qualidade.


Ver também: a pegada desoladora

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Quem chamou por mim?



Alguém me procurou pelo nome. Mas quem me conhece tão bem que googla para me achar?
(Acho que sei...)

Por outro lado, temo um dia ter a identidade descoberta. 

Já aqui o disse. 
Assim, ao acaso. Alguém vem aqui parar, começa a ler, lembra-se que uma pessoa tem uma história idêntica à relatada e pronto: acaba-se o que é tão bom.


Já aqui o disse: escrevia mas não precisava de relatar detalhes muito identificativos.
Depois as histórias tornaram-se mais abrangentes e pessoais. E isso aumenta a vulnerabilidade.

Ser vigiada e não procurada compromete a liberdade de expressão.
E já que pouca coisa me resta, é de valor o conforto do anonimato e a liberdade que este proporciona.