quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2015/2016



O que mais me agradou em 2015



Recuperei a esperança! Quando a julgava perdida 
(por outros sofríveis 4 anos)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Passagem de Ano (o segredo)


Nunca a comemorei.
É esse o «segredo».
Penso que algures nesta falta de hábito devia sentir-me deprimida, desolada. Deve ser triste não saber o que é celebrar a passagem de forma ritual, com «pompa e circunstância». 
Mas ao mesmo tempo, ela está quase aí, e continua a não me dizer nada. 
Não sinto vontade, não vejo motivo.. Já em Fevereiro, por vezes, até me apeteceria! Rss.


Acho que ando com os «calendários» trocados. Logo após o Natal, o que me apetece é descanso e uma grande festa só muito mais tarde.


Após mais de duas semanas a dormir de 4 a 6h, tanta noite mal dormida, com sono sempre interrompido e não levado até ao fim, tudo o que me apetece fazer, realmente, é ter a noite toda para mim e DORMIR. Dormir sem ter hora para acordar, sem ter nada e ninguém para interferir com o descanso. 


Claro que nunca dá. Se conseguir estar no silêncio será por si quase um milagre, devido à festa de música alta e constantes pancadas que o vizinho gosta de dar nesta altura do ano. E receio que venha a ter outro vizinho que use a casa só para as farras.


Mas sim, hoje sinto que a minha noite ideal para esta passagem seria mesmo esta: total silêncio e horas e horas de um bom sono.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A lista de presentes de Natal

A propósito de posts como este: quando era criança costumava anotar no diário como foi o Natal e alguns dos presentes recebidos. Depois achei injusto não mencionar todos e tratar as oferendas de igual para igual. Ia parecer que não apreciei os outros, o que não era verdade. Então esforcei-me por anotar todos, uma tarefa que por vezes me pareceu enfadonha, ainda que não recebesse tantos assim.

O ano passado retomei o hábito. Mas de forma diferente.

Anotei o que OFERECI.
E dali adiante, achei muito interessante anotar o que se , ao invés do que se recebe.


Ao longo dos anos, durante conversas em família alguém lá mencionava «isto ou aquilo» que lhes havia oferecido em determinada altura. E fui percebendo que, afinal, oferecer é algo importante, que pode mesmo alegrar a vida de alguém. E como gosto de dar presentes em ocasiões como o Natal, gosto de dar os que têm algum sentido, toquem o coração, surpreendam ou façam falta. Pode ser uma simples escova de dentes (dei uma este Natal, ahahah!) mas não é o valor ou a raridade do artigo que conta mais. É a utilidade, a surpresa, a emoção. O significado.

Percebi que ao longo dos anos, fui oferecendo coisas com significado. E que isso agradou às pessoas a quem ofereci. Foram presentes que se transformaram como o vinho do Porto: melhoraram com o tempo. Há pessoas que, em determinadas alturas, olham para um desses presentes e isso as faz sentir bem.

Ganhei o dia ao pensar isto agora!
Este Natal, ainda não registei, mas sei o que dei a cada pessoa e irei guardar essa anotação só para mim :)

E já que o espírito natalício, que tinha perdido ontem, regressou hoje, volto a desejar um Feliz Natal! Porque este, se quisermos, é mesmo quando o Homem quiser :)

domingo, 27 de dezembro de 2015

Por favor vão ali ao lado --> (à lista de blogues) e carreguem no "O que pensas disto?"
Para ver a última que me deixou de queixo caído! 
(estou a poupar este espaço e a colocar certos temas no sítio certo, nada mais).

Adenda 28/12: foi acrescida nova informação 

sábado, 26 de dezembro de 2015

E então como foi o vosso Natal?

Encheram a alma de alegria?

Na noite de 24 para 25, não sei como é com a maioria de vocês, mas há muito que ficou para trás o ficar acordado até à meia-noite para se abrirem os presentes.

O engraçado é que, em qualquer outro dia do ano, uma pessoa consegue ficar acordada até longas horas da madrugada. Talvez até seja raro deitar-se antes da meia-noite. Seria de deduzir que a prática fizesse com que a única noite do ano em que é suposto ficar acordado até tão tarde não requeresse nenhum esforço. Bah! Ficar acordado até à meia-noite na noite de Natal? É canja!!

Não, não é.
Por ser Natal, pela correria toda, é talvez a melhor noite do ano para adormecer cedo. 

E foi isso que me aconteceu. Quando tudo terminou, recolhi-me e liguei o computador. Em meia-hora estava a dormir. Mas não sem ter percebido algo que nunca tinha percebido antes. 


Tinha o computador ligado no facebook e a primeira coisa que vi foi um VÍDEO de Natal. Daquela mesma noite. Tinha sido postado fazia duas horas. E surpreendi-me que alguém, por volta das 21h, tivesse tido tempo para editar um vídeo com fotografias, colocado música e postado na internet. 

Logo fiz deslizar o cursor para ver mais. O que vi foram imensas publicações das pessoas enquanto celebravam o Natal. Fotografias de pose, com a árvore algures no enquadramento, rodeados de família, sentados à mesa e imagens de convívios que ainda estavam a acontecer. Mas o que realmente me surpreendeu foi perceber que as pessoas estavam a comunicar pelo facebook para perguntar: "Então, quando é que vens?", "já posso abrir os presentes?" ou "já falta pouco!" (para a meia-noite). 

Não que fosse ingénua quanto ao facto das pessoas irem colocar fotografias suas durante o Natal na internet. Tinha isso como um facto. Mas pensei que deixassem a noite passar para o fazer. Normalmente, costuma ser no dia seguinte... O que me surpreendeu foi estar quase em direto com os Natais daquelas pessoas. 

É o sinal dos novos tempos. Só temos de admirar e acolher. Claro que algumas das publicações de que falei foram, com certeza, colocadas pelos mais novos. Só eles para pegarem em fotos, fazerem um vídeo e colocarem logo na net. Se calhar,fizeram-no em minutos, com dois ou três movimentos de dedos no telemóvel e sem sair do sítio onde estavam. É o facilitismo das novas tecnologias a intervir na sociedade de forma a mudar-lhe os hábitos. 

E assim, sou sincera quando vos digo que, em minutos também, senti uma overdose de "Natais" que teve um trago ligeiramente enjoativo. Entendi as dinâmicas familiares de toda a gente, quem ia a casa de quem, quem esperava por quem, quem stressava com os preparativos... Fiquei a saber de tudo. 

Tenho também alguns amigos virtuais americanos. Que também postaram fotografias do seu Natal. E foi muito curioso constatar as DIFERENÇAS. 

Eles por lá, devido às "liberdades" da primeira emenda e ao politicamente correcto que afeta a sociedade americana, estão a "duelar" sobre a expressão "Merry Christmas" versus "Happy Holidays" (Feliz Natal ou Boas Festas). 

Antes da chegada efetiva do Natal, muitas das publicações a respeito da quadra natalícia abordavam essa controversa questão do conservadorismo  tradicional, versus uma expressão mais generalista que não entra em conflito com nenhuma crença ou religião.  Algumas diziam esta curiosa frase: "Eu não vou tirar Christ (Cristo) de Christmas (Natal)" ou "Jesus is the reason for the Season". Pessoas tradicionais, que não viam mal algum em continuar a usar o cumprimento que aprenderam quando eram crianças e se revoltavam com a imposição de um outro menos "ofensivo" para outros credos. 

Talvez por essa razão me surpreendeu constatar as tais DIFERENÇAS no Natal de com o de
É que, pelas fotos que vi, o Natal de um americano é em muito semelhante ao do Inglês. E sabem qual é a grande diferença? ÁLCOOL.


Não houve foto em que não aparecesse umas quantas latas ou garrafas de cerveja ou vinho. E as pessoas a fazerem figuras um tanto ou quanto... bom, é Natal. E por isso devem pensar que o tipo de celebração lhes permite fazer figuras um tanto ou quanto parvas. E não é só por meterem antenas de rena na cabeça. É mais pelas fotos que publicam. Todos com copo na mão e em cima da mesa, em primeiro plano, as respectivas latas ou garrafas de álcool. Eles lá gostam de beber egg-nog. Uma mistela que uma vez também fiz cá, seguindo meticulosamente uma receita. Gostei mas... no Natal só se exagera nos doces. No que respeita a bebida, costuma ser tudo muito inofensivo: água, sumos, coca-cola, sprite... Há cerveja e vinho, pois claro que há. Mas são bebidos com moderação durante a refeição. Não a toda a hora. 


E então foi assim, o que vi do Natal pelo facebook. Americanos meio-despidos, com garrafas na mão, todos contentes a desejar boas festas, e portugueses nas suas tradições de se juntarem todos na casinha de alguém, a comunicar e a postar no facebook enquanto decorria o Natal.

A minha família reúne-se no próprio dia de Natal, não na véspera. Dito isto, preciso desabafar o seguinte: quando tudo terminou, voltei ao computador. E adormeci. Quando a constipação fez questão de me acordar com um surto de tosse, não consegui mais adormecer, por isso liguei o computador. E foi então que vi. Enquanto se celebrava o Natal, também existiu uma pessoa da minha família que encontrou um 'cadinho' de tempo para postar algo no Facebook. Não sobre o Natal, sobre outra coisa. Com um telemóvel na mão, de facto, hoje em dia, faz-se de um tudo. 

Continuação de uma quadra festiva cheia de amor no coração!


segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Uma soupinha quentinha por dia, nem sabes o bem que te fazia!

Com o frio que está lá fora, o melhor é nos aquecermos bem para não apanhar um resfriado.
A quem me lê, desejo fartura, fortuna e claro, saúde! Aqui fica uma soupinha quentinha para vos aquecer neste Natal :)



domingo, 20 de dezembro de 2015

Paralisia Labial

Isto




 Faz-me lembrar isto

Não tem jeito. Já vi muitas fotos e todas exalam vulgaridade.

Digam lá se isto não é vender sexo online?
E o que é pior: sexo gay e pedófilo!



Estás HORROROSA!! Apaga esta foto o quanto antes! - é o comentário que já me apeteceu deixar numa dita foto de PERFIL. Era o comentário que devia substituir os "linda", "maravilhosa", "gata" e os "obrigada", "xxx", "adoro-te".

Não sinto qualquer impulso para tirar selfies destas. Quando vejo uma imagem assim, vejo uma pessoa insegura, com baixa auto estima, com uma vontade gigante e banalíssima de se enganar e ser mais uma na carneirada. Tão básica que até faz doer!

Sátíra às selfies
E isto está a desenvolver-se para um problema. Quem diria que a simples invenção de um telefone com máquina fotográfica fosse gerar mais calamidades sociais?


Fez aumentar o narcisismo, a dependência de aprovação social e a vaidade que encontra sempre insatisfação. E é por isso que me repugna tanta foto de boca-de-pato/biquinho (vulgo beijo), geralmente quase sempre acompanhada de melões (vulgo seios), bunda (rabo) empinada ou a mãozinha dentro das cuecas.

Deixo aqui o relato da vida que levava um adolescente britânico que tentou o suicídio por não conseguir tirar a selfie perfeita. O artigo vai mais além, classifica o tipo de selfies (como a moda da selfie após-sexo) e explica que este é um vício que pode revelar uma doença mental. (Dah, obvio!).

Selfie de um jogador brasileiro
Dêem-me um largo sorriso a qualquer instante, mas isto não, isto é demasiado repelente.

Mais jogadores brasileiros. Ainda suporto a presença dos dois dedos 
porque os sorrisos naturais salvam a foto! 
A sociedade evoluiu e encontrou uma nova forma de praticar pesca. À pesca de elogios para se encher a vaidade, ao invés da barriga ou da mente. E as pessoas compram este "peixe" com a moeda mais rasa disponível: os banais elogios. E lá se satisfazem todos. Toma a cana (internet), toma a isca (foto) e pega o peixe! (elogios). 

sábado, 19 de dezembro de 2015

A razão porque criei mais que um blogue


Este era para comentar aprendizado.
Para partilhar interpretações. Sensações.
Na minha cabeça estava bem definido para quê ele servia.

Os outros, como este servia para falar de temas específicos, de forma direta e mais sintética. Temas como os chapéus. Este blogue jamais ia falar de unhas, como fez ontem, ou de chapéus. Mas cada vez que me apetecia abordar o assunto do dia especificamente, como um cartaz, uma censura ou elogio,  o vestido de uma celebridade, esse tipo de tema não tinha lugar no Aqui se Grita. E eu queria saber qual era a opinião dos outros sobre certos temas. Surgiu então o O que pensas disto? 


Mas com o tempo, este blogue foi-se transformando num blogue sobre tudo. 
Uma visualização mais atenta permite distinguir a mudança.


Se pudesse, ainda tinha mais. Mas o tempo não estica. Agora, no meu perfil até podem aparecer os outros. Os meus 'filhos', de vida curta mas que amo de paixão, pelo que vão continuar a existir. Um dia, quem sabe, faça sentido um upgrade


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Unhas preconceituosas

Vocês são de reparar nas unhas de alguém?
Eu nunca fui de reparar nas de ninguém e não reparo nem nas minhas. 
Tê-las a elas e às mão limpas, isso é que me interessa. 


Acontece que, como qualquer roedora de unhas em recuperação (faz dois anos que não 'consumo'), de vez em vez dá-me para pintá-las. Foi o caso de há uns dias. Como sou uma pessoa criativa, optei por dar-lhes um padrão, mais para variar do que outra coisa. Afinal, tenho-as sempre simples, já estava na hora de lhe aplicar algo. A manutenção de uma unha comprida é mais simples se pintada. Acho que as pessoas reparam menos numa pintada do que numa simples e 'compridona' - começam logo a criticar ou a associar falta de higiene ao comprimento. (say what?)

Apesar de ter adorado o resultado, a verdade é que nem dou por elas e nem penso nisso. Mas dou por mim a ir a lugares e depois fico a pensar se a minha unha pintada influenciou a interpretação com que aquela pessoa interagiu comigo. Porque me parece ter existido algo diferente no trato.

Somos uma sociedade preconceituosa. Alguns desses preconceitos são permitidos. São aqueles que diariamente passam despercebidos, são aceites e perpetuados por todos com normalidade. Alguns começam a diluir-se um pouco: como os cabelos de cores pouco naturais - verde, roxo, laranja...

Mas e as unhas?
Será que quem olha para outra pessoa com unhas decoradas (diferente de pintadas) imagina que sabe quem a pessoa é? Já lhe traça um perfil?

A unha pintada não tem muita sabedoria: pega-se numa cor e aplica-se. Este conceito não é alvo de muito preconceito. Mas a prática de nail art (unha artística) é alvo de muitas mais críticas. Eu pelo menos sempre ouvi bastantes, de gozo, de escárnio... e vê-las nos outros a mim nunca suscitou comportamento igual. Quem quer usar uma unha de cada cor, que use! Isso nunca afetou o que penso da pessoa, porque nem a conheço. Quem quiser desenhar um Pai Natal na unha este Natal, por favor o faça! É-me tão indiferente como colocar um par de brincos ou decidir fazer madeixas no cabelo. 

Talvez por isso não estivesse consciente para o preconceito das pessoas, até agora que o «impossível» aconteceu: tenho unhas não roídas! 

Eu cá gosto de 'arte' nas unhas. Pelo menos aquele pedacinho de mim é colorido e feliz. Simplesmente tem a ver comigo, mesmo sendo eu uma pessoa muito simples. De modo que, quem me avaliar pelas unhas, pode errar, e feio! Como aliás, sempre acontece quando se separa uma característica para definir algo que requer um contacto diário com uma pessoa: o seu carácter. 

Até partilharia aqui o desenho da unha com vocês mas sou tímida e também aprecio o anonimato e quem me viu com elas, se calhasse a cá passar, saberia de imediato quem escreveu cada palavra deste blogue nestes oito anos. E aí ficaria sujeita a outro tipo de preconceito... Mas deixo-vos com algumas imagens do conceito, para apreciarem/avaliarem. 







Estas já usei, mas sem o queimado, rsss e com ligeiras
tonalidades na cor-base, assim como a escolha de
palavras-chave da actualidade para as palavras.
Não se assustem! Ficou parecido a isto:


Realismo: uma das categorias favoritas
Mensagens 
Ai jesus! Onde é que as mulheres não colocam a foto do mais-que-tudo?


Padrões animais
outros padrões
mais camuflado não fica!

Grrrrrr!



quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Solidariedade?

Quando uma pessoa começa a investigar algo que não conhece, acho que acaba sempre por descobrir coisas que não lhe passavam pela cabeça. Julgo que o mesmo pode ser aplicado à solidariedade.

A definição de solidariedade para quem não está diariamente envolvido em associações, deve passar - julgo eu - por algo idílico. Pessoas bondosas, caridosas, e pessoas necessitadas a receberem ajuda. É o básico, portanto, é o que o nosso imaginário reproduz mentalmente como sendo o real.

Como sabem, decidi aproveitar a quadra para exercer um pouco mais esta vontade de auxiliar e decidi ajudar com bens em género uma qualquer associação de solidariedade. Qual a que necessita mais daquilo que disponho e pretendo oferecer? Isso tive de pesquisar.

O primeiro passo foi ir imediatamente buscar a tal caixa solidária disponível nos CTT. Tinha a sensação, aquando o anúncio da mesma, que esta vinha já com os endereços impressos no tampo, era só definir qual se pretende ajudar. E não me enganei: eles estão lá. Totalizam 25 e são estes:


Levei algum tempo mas pesquisei na internet cada um destes endereços. O que descobri foi o seguinte:

1) A maioria indica somente, até mais que uma vez, como fazer Donativos monetários por transferência bancária ou se tornando membro/voluntário.


2) Algumas páginas parecem estar muito desactualizadas, como é o caso surpreendente da Liga  Contra a Sida.

Anuncia evento que IRÁ ocorrer em... 2008!
Página de Rosto
Ou melhor: rostos. Pelo menos um já faleceu e todos os restantes estão
actualmente bem mais velhos, tendo-se passado já uns bons 15 anos!
3) Pelo menos uma página me deixou confusa, sem entender como pode uma pessoa prestar qualquer espécie de solidariedade. É o caso da Pro Dignitate, que abre com um poema e um belo texto a honrar a pessoa que foi Maria Barroso, mas que tirando isso, não parece viva. 

4) Muitas incluem uma loja online onde se podem comprar produtos e um número de telefone para o qual se pode ligar e doar o custo da chamada. 

5) Fiquei com a sensação que, em quantidade, é uma MAIORIA a não fazer qualquer menção de Donativos em Género na sua página pessoal.
Pergunta que surge: Se a maioria não pretende doações em género, então porque é que o nome da instituição aparece na caixa

O que esperam que as pessoas lhes enviem nas caixas? Notas de 500 euros? 
Querem brinquedos? Livros? Roupas? Arroz? Produtos para o banho? Fraldas? Mobiliário?  Medicamentos? Desta lista, o que não lhes faz falta??

 Dos 25 endereços, penso que alguns podiam não estar ali e dar lugar a outros. Afinal, existem tantas empresas, decerto que algumas ficaram de fora. A Casa do Aposentado dos Correios e Telecomunicações, por exemplo, surge ali porque os CTT, naturalmente, quiseram de alguma forma, ser contemplados com o gesto de ajuda já que estavam a facilitar a ajudar. Mas qualquer outra casa de Aposentadoria de outras profissões poderia beneficiar de actos de solidariedade em género, certo?

Procurei então uma que não está na lista: A Cais. A trabalhar com pessoas nas ruas, seria de supor que necessitassem de agasalhos, cobertas, cobertores, roupas, sapatos... Talvez até precisem. Mas a sua página na internet faz referência somente a donativos monetários. 
A menção a doativos em géneros está lá, mas o que se faculta a seguir não
é um endereço e uma lista de bens necessários.
Outros dois temas brotam deste. Mas não vou agora aflorá-los, só mencioná-los.
O primeiro é que a solidariedade, como alguns sabem, costuma ser usada como fachada para oportunistas tirarem os seus proveitos próprios. Verdade ou não, acho que todos já ouvimos falar da Margarida Martins, que durante 21 anos esteve à frente da presidência da Associação Abraço, da qual, segundo alguns boatos que não consegui confirmar, saiu por suspeitas de corrupção

Outro aspecto é o crescente "mantra" de que a pessoa comum ajuda mais se ajudar alguém próximo de si, que conheça em carne e osso, do que se se puser a ajudar à distância, por intermédio de adesão a campanhas de recolhas de alimentos ou por doação em espécie. Até porque existem muitas histórias a circular que rezam que os alimentos doados ficam a apodrecer em armazéns ou que os voluntários levam muito do que é doado para suas casas, a título de proveito próprio.

E se calhar, levanto até um terceiro: por mais que um indivíduo queira ajudar doando um pacote de fraldas, duas caixas de cereais e seis de leite, uma ajuda da parte de fabricantes ou distribuidores arrasa com qualquer outra. Estes têm capacidade, possibilidade e quantidade. Podem doar centenas de uma só vez. Não será o caso de repensar a metedologia?

Fiquei com uma certeza. Os donativos em género vão acabar. 
Por vários motivos, a solidariedade vai deixar de ser 'aquela' do tempos dos 'avozinhos', para passar a ser encarada de forma mais prática e comercial. É verdade que nem tudo o que é doado encontra uma utilidade para quem é doado. Uma página da cruz vermelha explica-o. É por isso que cada instituição tem listas de bens! E quando não têm, não haja equívocos: não é esse o tipo de ajuda que pretendem receber.

Independentemente disto, vou contribuir.

Mas daqui a diante porém, sinto que vou continuar com os meus métodos. No silêncio, sem sequer o mencionar, aqui e ali. Pouco... muito... Ocasional, impulsivo. O que não excluí, um dia em que me veja com demasiada coisa que poderia ser de utilidade a outro alguém, a pegar noutra caixa solidária e enviar a quem achar que mais precise. Mas por norma, penso continuar como sempre fui. E mais para a frente quem sabe? Talvez um dia queira estar bem perto da acção, talvez um dia seja eu que precise de ajuda!


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Influência dos filmes americanos?

Até pode ser por influência dos filmes americanos, mas gostaria de ajudar a distribuir comida para os pobres este Natal.

Aliás, a vontade surgiu à vários Natais. Pesquisei por instituições que se prestassem a este tipo de evento, mas pouco encontrei. As que encontrei, realizavam os almoços uma ou duas semanas antes do Natal e datavam o último evento de dois anos anteriores. 

Acho que pode ser mesmo influência dos filmes. Mas já que tantos se inspiram em tanta coisa por intermédio da realidade americana, eu cá não me envergonho de ser neste aspecto que uma realidade de lá me influencia.

Quem diz comida, pode ser outra coisa... 

A questão é que gostava de o fazer na quadra natalícia, sem necessariamente ter de me comprometer com nada ou alguém. Não busco me associar ou tornar voluntária. Ainda sou frágil para esse tipo de compromisso.

Será egoísmo ter vontade de ter uma participação mais ativa na erradicação da pobreza e na distribuição de bem estar em particular nesta data? 

Não creio. O Natal sempre me emocionou, desde pequena, de formas que não conseguia explicar. Angústia, tristeza, choro... sem saber exatamente porquê. Mas toda aquela alegria, risos e gargalhadas em família faziam brotar na minha cabeça pensamentos sobre aqueles que naquele instante estariam deprimidos, a contemplar o suicídio. a passar a noite de natal ao frio e à chuva, na rua. Talvez fosse a minha especial sensibilidade que captava outros estados de espírito no ar, não sei...


Até a ilustração teve de ser brasileira - porque a maioria dos resultados
de pesquisa vão dar a instituições do brasil


domingo, 13 de dezembro de 2015

PERTO DE MIM... a calçada portuguesa

Perto de mim...
Os passeios são em calçada portuguesa.

Entristece-me vê-los danificados, com as pedras soltas. E tenho verificado que os causadores desses (e outros) danos são OS VEÍCULOS automóveis. 

Desde que o governo "ameaçou" substituir tudo o que é piso em calçada por outro indefinido, tornei -me mais 'protectora' daquilo que antes tomava como garantido. Temo vê-la desaparecer. E cada vez que um automóvel estaciona no passeio - o que por aqui na zona é amiúde, aflige-me pelas pedrinhas.

E não é só a calçada que é prejudicada pelos MAUS HÁBITOS dos senhores automobilistas. São os pilaretes que vão parar ao chão, sebes que deixaram de existir, a tijoleira dos canteiros e as pedras das beiradas quebradas... tudo, mas tudo, com o peso e más manobras dos veículos, acaba destruído.

Pilaretes de sinalização andam a desaparecer das estradas
E é tão desolador e deprimente ver a paisagem "envelhecer" e deteriorar-se!

Pode não parecer, mas um automóvel é um grande responsável por várias mazelas na cidade. 
Estacionam nos passeios, impedindo a passagem dos peões. Impossibilitando inclusive a circulação de cadeiras de rodas, como verifiquei ainda ontem. E danificam os passeios. Que mais? 


Metros à frente encontrei uma pessoa em cadeira de rodas 
Acabei de ver um veículo subir um alto passeio para estacionar em cima. Como vinha a querer fazer este post, tentei captar o momento em vídeo, para depois ilustrar. Não preciso de identificar o automóvel nem o condutor, mas o flagrante, gostava de dar. Porque falar é fácil, mas ver ajuda - e muito, a compreender que a dimensão do problema não é assim tão pequena quanto aparenta.

Neste caso, o condutor estava numa zona com estacionamento sem parquímetro e ao lado de um centro comercial com duas horas de estacionamento gratuito. A maioria dos lugares na rua até podiam estar ocupados. Mas aquela mania de se querer o carro mesmo dentro de casa ou, como foi neste caso, mesmo à porta do centro comercial para não ter de andar muito, é um ultraje! A inexistência de multas, faz as pessoas acharem que a infracção é legítima e que o seu gesto egoísta não tem mal algum.

O que ia acontecer? Os carros a subir e a descer um alto passeio, danificam a berma, acabando por a partir e soltar. É por isso que se vê tanta berma partida! E as pedras que a berma segura, soltam-se.


No meu ponto de vista, a polícia pode até ser exagerada quando passa multas por excesso de velocidade, quando coloca radares, etc. Mas que em Portugal ninguém seja MULTADO por estacionar nos passeios, acho muito mal! Não só deviam ser multados como forçados a pagar do próprio bolso o dano verificado no local. Já estivesse assim quando estacionou ou não. Se o automobilista tivesse de pagar uma PEDRA do próprio bolso, ia conhecer-lhe o valor. Aposto que jamais se esqueceria do custo!!

Exemplo observado ontem: pelo caminho pedonal calcetado (quadrado canto inferior direito)
desce um veículo automóvel para estacionar em frente à sua loja (círculo vermelho).
No parque de estacionamento à frente existia UM lugar livre (assinalado pela seta vermelha).

Update: Nem a propósito!
             (motorista entala veículo em caminho pedonal - 15/12/15)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Acreditam em milagres?

Gosto de histórias de mistério e sobrevivência da vida real.

Durante anos assisti a várias na televisão. Reportagens e documentários com testemunhos na primeira pessoa. Uma das histórias que mais me surpreendeu foi a da escola primária de Cokville

Foi agora lançado um filme sobre esse acontecimento. 

E o que aconteceu em Cokville? Em 1986 um casal com armas de fogo e uma bomba de fabrico caseiro, tornaram reféns as pequenas crianças, professores e funcionários da escola, totalizando 154 almas. A bomba detonou na pequena sala onde se aglomeravam. Contudo, todas as 154 almas saíram vivas da explosão que, de acordo com os especialistas, teria de ter derrubado o edifício. Morreram duas pessoas: os raptores, de tiro de bala. 

Quando se vai tentar perceber o que aconteceu, existem uma série de coincidências e factos por explicar. O que o nosso cérebro sabe é que a probabilidade de uma bomba tão potente detonar num pequeno espaço com mais de uma centena de crianças e não matar nenhuma é muito impossível. A sala incendiou-se, os cartuchos continuaram a explodir e, no entanto, nenhum foi fatal para ninguém.

A sala onde se deu a detonação

Um estudo pós-acidente revelou que a bomba era mega destruidora mas, por alguma razão, quatro dos cinco detonadores falharam. A direcção da própria explosão tornou-se enigmática, pois grande parte dela elevou-se ao teto, ao invés de expandir para os lados. O que aconteceu, na opinião até dos cépticos e cientistas, foi uma daquelas situações inexplicavelmente milagrosas.


E foi então que, com o passar dos meses, as crianças que sobreviveram começaram a relatar que anjos vestidos de branco lhes tinham dito o que fazer e que tudo ia correr bem. Mesmo antes da explosão ocorrer, os anjos cercaram a bomba e no instante em que esta explodiu, elevaram-se em direção ao teto. Uma menina foi conduzida até à entrada da escola mas a pessoa que lhe deu a mão «sumiu» assim que ela chegou à porta. Mais tarde, ao ver umas fotografias de família, ela reconheceu uma tia, há muito falecida, como tendo sido a pessoa que a ajudou. Outras crianças também identificaram os seus anjos como sendo familiares falecidos, pessoas que nunca chegaram a conhecer.


Eu sou céptica. Ou melhor, sou uma cética-crente, na realidade, não me defino nestas categorias limitadas. Acredito em Energia. Em princípio, tudo pode acontecer, mas não me apanham a acreditar instantaneamente. Gosto de analisar cada coisa e chegar às minhas conclusões, mas não precipitadas. 

Outra história que me ficou na lembrança foi a seguinte: uns tios levaram a filha e a sobrinha a passear no Grand Canyon - uma região montanhosa algures nos EUA, zona remota cheia de perigos e com penhascos vertiginosos. 

A sobrinha, que tinha ganho uma câmara de fotografar nova, quis tirar fotos realmente bonitas e por isso passou para o outro lado daquela barreira que fica à beira da falésia. Nisto escorrega e cai, indo a deslizar pela falésia abaixo. Diz que ficou imobilizada algures a meio, não sabe bem como. Cá em cima, em pânico, os familiares gritavam pelo nome dela, mas mal se escutavam as suas vozes. De costas para a falésia, ela não tinha como se mexer, muito menos como escalar e sair dali. Em cima, não conseguiam sequer vê-la, tão fundo caiu. O que aconteceu de seguida não tem explicação. Sem se lembrar DE NADA, a adolescente estava de volta à berma da falésia. Não se recorda de ter subido, até porque a distância era muito grande e não tinha como. Mas acha que foi transportada nos braços de um anjo.

A parte que não relatei sobre estes dois acontecimentos é que eles ocorreram entre pessoas de MUITA FÉ. 

Na escola de Cokville, as crianças espalharam entre si a seguinte opinião: "O nosso Pai Celestial não nos vai deixar morrer. Não fizemos nada de errado". Momentos antes da explosão ocorrer começaram, por iniciativa delas mesmas, em grupos, a fazer uma oração. Cá fora, pais preocupados, desesperados, faziam o mesmo. Afinal, numa situação limite destas, de impotência tamanha, o que mais nos resta senão orar e rogar por ajuda a Deus? 

No caso da adolescente que escorregou pela falésia, foi a mãe dela, em casa, a quilómetros de distância, que se sentou a ler uma passagem da bíblia, quando subitamente sentiu que a sua filha estava a correr perigo de morte e rogou a Deus e ao seu anjo da guarda que a salvasse. Orou muito, sem parar. 

"Ah, isso são histórias fabricadas" - podem alguns em algum instante pensar. "Quem disse que a rapariga caiu mesmo da falésia? Quem diz que a mancha na parede na escola é prova da presença de anjos e não é só porcaria? Quem diz que as crianças não foram instruídas a fabricar a história dos anjos?" - Muitos avançaram com estas possibilidades. A cepticismo estudou muita coisa, e encontrou perguntas sem resposta lógica. Nem a ciência forense foi capaz de explicar a direcção da detonação. Neste caso fica difícil não acreditar. E é igualmente difícil afirmar que tudo foi inventado, ou mesmo deduzir que existe uma explicação lógica, só ainda não se possui conhecimentos suficientes para a explicar. 

Existem outros casos milagrosos que me espantaram, onde o poder da oração pareceu resultar, nomeadamente na cura de doenças fatais. 


Alguns se perguntam: então se Deus pode interferir, porque não interfere sempre? Porquê permite que uns sofram tanto, morram doentes, em sofrimento? Porque não protege todas as crianças do mal do mundo?

Porque não é assim que funciona, penso eu. O que seria do mundo sem a dor? Em que seres nos transformaríamos se não existisse a sensação física de um problema, o tormento espiritual quando algo nos faz sofrer? E o que cá andamos a fazer, se não for para aprender com os erros? Com a experiência? Se tudo fosse facilitado, estaríamos no Paraíso, não na Terra.

Tudo tem um propósito. Este mundo tem sofrimento porque é ele que nos faz melhorar como seres humanos. Sem dor e sofrimento, o ser humano teria pouca empatia para com o semelhante, não passaria de um assassino selvagem. Talvez por isso existam assassinos selvagens no mundo. Para nos lembrar no que facilmente nos tornamos quando não se escolhem caminhos mais iluminados. Caminhos nos quais o certo é desejar e fazer o bem aos outros.


Não venho de uma família religiosa. Pouco entendo de rezas. Acredito em correntes de pensamento positivo. E a reza, no fundo, traduz-se nisso: várias pessoas a enviar pensamentos positivos para outra(s). Acredito na força, no poder dessa fé. Muita fé gera energia. Quando legítima, quando autêntica, acredito que possa mover montanhas. 


Gostaria muito de ser abençoada por uma reza assim, pelo meu bem estar. 
Mas cá está: não é o tipo de coisa que se possa pedir. 
Ela simplesmente, tem de acontecer. A vontade tem de brotar do coração.

Já rezei assim uma vez, pela alma de uma pessoa que nunca conheci.
E acho que fez a diferença.


Dos muitos mistérios e reportados milagres que existem por aí, talvez muitos sejam logros. Mas por vezes deparamo-nos com histórias como estas que não deixam muitas alternativas para a lucidez do cepticismo. O Santo Sudário é logro. Mas isto? Ao que tudo indica, parece que foi um pedido atendido.