domingo, 31 de maio de 2020

Pessoas de fé?


Algo estranho acabou de acontecer. As minhas lembranças estavam todas a voltar a ele e com isso muito sofrimento o meu coração começou a sentir. Intensa dor, de novo aquela que parece que não passa e dói demais.

Decido fazer uma prece. Mas não peço a deus, jesus, nossa senhora, anjos da guarda... peço a eles. Abro-lhes o meu coração e explico-lhes o que sinto, o que quero que aconteça. Peço que me concedam essa oportunidade, pois se passado um ano ainda estou na mesma, preciso disso. Rogo-lhes por isso.

Instantes depois ele tinha desaparecido da minha mente. Está também um pouco sumido do meu coração. Sei que não vai durar. A questão estranha é que eu orei para ter oportunidade de estar com ele e o que me concederam foi o esquecimento.

Sim, porque algo aconteceu. O estado em que eu estava e como subitamente deixei de estar... depois de orar a eles.

O que não tem de ser, não tem de ser...

Mas eu pedi que me concedam a felicidade de voltar a sentir o que senti e poder viver isso. Foi por ele que o senti e dificilmente (como o exemplifica o post de ontem) vou sequer olhar para outro. Nunca fui de olhar, sempre... aconteceu.

Nao vou conhecer ninguem novo nos proximos tempos, tal como não conheci no ultimo ano. Muito menos alguém que me desperte o que ele despertou em mim. À minha volta ninguém é complicado e integrante como ele era. Eu vi o mundo por um prisma diferente, o prisma dele, e fez-me bem, pois é tão diferente do meu. Eu preciso desse outro prisma pois claramente, o meu veio defeituoso e está preso no set "todo o mundo é bonzinho". Ele tinha uma perspectiva diferente e não queria saber de ninguém. Mas foi doce e atencioso comigo.

Eu tenho tendencia para gajos perturbados, que sao timidos. Acabam por ser simpáticos e mostrar bom carácter para atrair uma presa mas depois sao ciumentos e possessivos. Julgo que não era o caso dele mas fico na incerteza devido a esta tendência do passado.

Orar resultou em esquecimento.
Curioso resultado....

sábado, 30 de maio de 2020

Sociabilidade


Um homem a passear dois cães parou ao lado do banco onde me sentei para ver o mar. Ele demorou-se, estava claramente a empatar e senti--me muito desconfortável com a sua presença. Não por a sentir ameaçadora, mas por me ocorrer que estava a ver se eu metia conversa com ele. Afinal, dois cães, uma pit stop ao lado de uma mulher sozinha num banco... decidiu dar água aos animais. Tambem eu tinha acabado de dar a um pombo os restos de uma maça que comi. Terá ele achado que eu era boa pessoa amiga de animais e se aproximado?

Continuei desconfortável.... olhei para ele umas tantas vezes. Pareceu-me simpático e não um "faz-se a todas"  mas o desconforto só desapareceu quando, sem nunca interagir com ele ou os animais, se foi embora.

E eu percebi algo a meu respeito. Sou um caso perdido. Tinha acabado de concluir que a minha vida como está não me leva a lado algum e merecia encontrar alguem especial. Aliás, só isso poderá trazer algim sentido ao resto dos meus dias. Mas mesmo que Deus ou o que seja providencie essa oportunidade, a verdade é que eu não estou pronta para agir em conformidade. Vou desperdiçar qualquer oportunidade e em breve será tarde demais. Ninguém sentirá mais o impulso de me abordar para me conhecer.

Vim arejar os problemas até uma cidade costeira conhecida pela praia e pela sua comunidade gay. De modo que pude notar que o rapaz com dois cães não tinha nada de gay.


Constato que vou desperdiçar oportunidades, sem sequer perceber quando se apresentam. Sempre fui distraida a esse ponto. Desaprendi as tecnicas básicas e para ser sincera, nunca as aprendi realmente. Sempre fui eu, espontânea, honesta. Jogiinhos de sedução se os fiz, foi naturalmente, fruto de milhões de informações que evoluem pelo DNA. Vemo-lo todas as primaveras... no comportamento animal. O ser humano gosta de se achar mais evoluido, mas faz parte dessa mesma cadeia.

Nota:
Obrigada a todos pelas palavras deixadas no post anterior. Percebi o quanto tenho leitores sensatos. Neste momento estou num fosso de depressão e o meu julgamento pode ser afectado por estas emoções todas. Mas quero que saibam que tudo o que li faz sentido.

Só acho que é tarde demais para "um burto velho aprender linguas". Nunca vou conseguir deixar de possuir certas caracteristicas que são tão inatas em mim e que irão sempre empurrar-me para "debaixo das rodas de um camião". Mesmo não sendo defeitos isoladamente, acabam por ser, pois  perpetuam que vá sempre sujeitar-me aos maus tratos de qualquer um. Acho realmente que é um mal incurável e mesmo que o cure agora, já perdi metade de uma vida. Paciência.

Fiquem bem.
Felizes e com saúde :)


sexta-feira, 29 de maio de 2020

Felicidade num aglomerado de cacos quebrados


Sou muito feliz quando estou a trabalhar. Se o trabalho correr bem e sem pressaltos, fico mesmo de sorriso aberto de um canto ao outro.

Foi assim hoje quando terminei o meu turno as 6 da madrugada. Vinha a andar na minha scooter a cantarolar, a saborear o ar matinal que tanto aprecio e a ver o dia sob aquela luz maravilhosa. Sempre atenta na condução, para nao esbarrar em ninguem. Mas a verdade é que fiquei surpresa por não encontrar nada nem ninguém pelo caminho. Ė como se o mundo tivesse parado e só eu estava a circular pelas ruas. Vim o caminho quase todo com a scooter na velocidade cruzeiro por isso nao precisei estar a controlar os comandos.

Estou feliz.
Mas depois chego a casa.
E a cabeça, o coração, a vida...

😥


Às 18 estava novamente a trabalhar. Saí às 22 e lá vim eu, na scooter, feliz e a cantarolar uma musica que passou numa novela brasileira há muitos anos. Porquê, não sei.

Ė o trabalho bem feito, concluindo com sucesso e sem sobressaltos que me deixa com boa disposição.

Mas depois...
Depois é outra coisa.

Fui ver quartos. Na primeira casa, gostei das pessoas. Só lá estava um rapaz, com a namorada. Gostei do quarto, a cozinha é um cubiculo, mas tem sala e jardim. Guardam bicicletas ali na boa e isso fez-me perceber que aquele não é um lugar com gente esquisita, que se vai por a ditar onde os outros nao podem deixar as coisas mas fazem o mesmo ou pior.

Tambem gostei do quarto na segunda casa mas todo o espaco nao tinha alma. Nao tinha gente e estava decrepito. Sinais claros de que o senhorio está mais focado em receber rendas do que no conforto do espaço. Mostrou-me a casa sem me incentivar a explorar e não desenvolveu nenhuma questão.

Também é a que fica mais longe, por isso acho que esta não entra na equação.

O problema da outra é que as contas sao pagas à parte. Isso pode ser um grave problema.

Mas sabem o que temo de verdade?
Temo não agradar aos outros.

Percebi que estou emocionalmente danificada. A portuguesinha que chegou a esta casa há dois anos nem sequer se preocuparia com isso. Bastava-lhe ser ela própria, achava que a sinceridade e a autenticidade são sempre bem acolhidas.

Dois anos a viver em ansiedade e stress devido às falsidades, que culminaram com uma conspiração cheia de mentiras ao ponto de me deixar de queixo caido no chão.

Resultado? Estou quebrada.

Acho até que já nem sei como agir em grupo dentro deste contexto de partilha de casa. Deixei de saber usar uma cozinha para preparar uma refeição. Perdi o hábito espontaneo de partilhar mantimentos e oferecer comida porque nesta casa recusaram sempre tudo que lhes propus como se vivessemos numa época há muito passada e eu fosse tao repelente e indesejável quanto um leproso. Dialogar normalmente, sem o outro mostrar-se frio ou desinteressado... nao recordo como é  e como se deve retribuir. Desaprendi a conviver nos padrões normais de interacção social.

É como me sinto.
Foi ao que me sujeitei.

Serei eu capaz de estar com pessoas normais? Temo que os danos causados no meu emocional irão comprometer as minhas interaccoes e capacidade para distinguir momentos certos, menos certos... Temo que algo wue faça possa ser mal interpretado e me falte capacidade de acção para erradicar este tipo de situação e o perigo que representam.

Mas terei de ir à luta, bem sei.

Estou fragilizada. Mais do que podia perceber. Talvez mais do que dá para aguentar. As mentiras horríveis, a vontade do senhorio em embarcar nelas e as acções que ele próprio tomou... É todo um embaque emocional intensamente forte.

Têm sido uns atras dos outros. O mais intenso foi a paixonite. Passou quase um ano, ainda doi muito e não passa um dia em que esse aperto na alma não se faça sentir. Isso também fragilizou a percepção de auto-valor. Como podem as pessoas num dia dizerem-me que gostam de mim, que sou tão boa pessoa, que sou especial, para depois serem frias e desaparecerem da minha vida?

Isso machuca.
Isso pode até desiquilibrar uma pessoa emocional e psicologicamente.

Preciso de me rodear de pessoas boas que me mostrem o caminho certo e retornem a normalidade de volta à minha vida.

Mas se vou conseguir, não sei.

Talvez devesse viver sozinha por uns tempos. Se pudesse... mas sozinha aumentaria a solidão, a percepção do vazio e das perdas. Talvez me tornasse numa pessoa realmente estranha, distanciada.

Preciso de aprender e reaprender.

‐-----

Ps: tres da manhã e vou consultar o email. Encontro uma mensagem a cancelar o turno de amanhã. Os cancelamentos e as limitacoes chegaram rápido com o "final" do corona. Há um mes imploravam para ir todos os dias e atebpediamnpara fazer ruenos de 12h. Agora estao a cancelar, a reduzir, a limitar bastante.

Sabem o que é que nós valemos para os outros? Absolutamente nada.

Esta constatação, levando em consideracao tudo o resto... entrei num pranto. Mas nem posso chorar à vontade e em plenos pulmões. Nem o sofrimento poee escoar livremente.

Bom, mas "amanhã" será outro dia.
A ver se depois de dormir (se conseguir), desperto optimista, com vontade de ir a outro round de luta diária, luta essa que estou claramente a perder. Merece a pena??
👶👩‍🎓👮‍♀️💔☠













quinta-feira, 28 de maio de 2020

A young man with a high potencial (filme para ver já!)

Vi um filme maravilhoso do qual nunca tinha ouvido falar. Data de 2018, muito recente. O filme tem uma história incrível, perturbadora em certos aspectos e impressionantemente realista. As interpretações estão fantásticas. O actor principal é tão bom que nem o vemos. Só lá está a autenticidade da personagem.


Traduzido para português o título do filme significa: "homem jovem com alto potencial"

E do que trata a história? Bom, ele é um geek que não sabe socializar, ė estudante e vive num dormitório. Uma jovem atraente pede-lhe para ser sua colega de trabalho num projecto e ele sente-se atraido por ela. Mas carece de experiência na corte. Quando a beija, ela diz-lhe que nunca pensou nele dessa forma. Ele sente bastante a rejeição e quando surge uma oportunidade para satisfazer a sua curiosidade e fantasias, decide aproveitar.

Mas a coisa não lhe corre bem. Vai correr ainda pior para ela.


Pelo meio surge uma senhora que trabalha na cantina que é sagaz e entende o que se passa, ainda assim participa, não se escandaliza nem procura saber a verdade.

O filme está tão bem feito que várias vezes levo as mãos para tapar a boca que abriu de espanto. O mesmo para os olhos. Por vezes até me levantei da poltrona.


Um filme capaz de despertar estas emoções vale mesmo a pena ver, não concordam?

Quando foi a ultima vez que um filme vos provocou isso? Lembram-se de que filme se tratou?

terça-feira, 26 de maio de 2020

Desde que regressei de Portugal que o meu metabolismo funciona de forma diferente. Como em Inglaterra isso sempre aconteceu, atribui a imediata mudanca à geografia e aos diferentes alimentos que por ca se encontram.

Todas as manhas, independentemente da hora a que adormeço, desperto cedo com uma sensacao incomoda. Acabo por levantar para ir ao WC. Uma vez la, tudo acontece por tres etapas. A primeira, é o insucesso. So consigo aliviar-me dos liquidos. Desisto, saio do wc e passados uns 15 minutos, da-me novamente a vontade e sou bem sucedida. Sai pastoso, quase solido. Depois disto sempre me sinto fraca e com sede, pelo que bebo apenas um gole de água. Cansada, regresso à cama para tentar retomar o sono. Mas depois deste ser interrompido, achar que vou ser bem sucedida revela-se sempre uma ilusăo. Ainda não estou totalmente bem. Sinto algo mais nas tripas a querer sair, mas por algum motivo nao conseguiu chegar a tempo da "primeira carruagem deixar a estacao".

Mais 15 minutos se passam e la vem ela: a necessidade indiscutivel de deixar as tripas totalmente vazias. Sai quase liquido, mas sai tudo.

No final sinto-me drenada de energia, embora nao tenha feito esforco algum. A minha respiracao esta acelerada e eu fraquinha, quase a desfalecer, por vezes.

Eu nao costumava ser assim. Isto acontece aqui, no Reino Unido e muito depois daquele mal que me acomodou na passagem para o ano 2019. Aponto a agua como uma provavel causa mas seja o que for que tenha sido, estes momentos de estafa, sejam matinais ou nao, ja estao demasiado presentes e começo a achar que nao Sao meras indisposicoes ocasionais.

Diabetes, anemia e problemas de colon intestinal: é o que me ocorre.

Agora com o Covid19 é que nao da exatamente para ir verificar o que se passa. Se antes os profissionais de saude ja faziam de tudo para evitar ter pacientes, agora deve estar mil vezes pior.

No emprego, quando pedi para deixar de fazer o trabalho pesado, nao se deveu apenas ao esforco muscular. Percebi que algo estava diferente. Cansava-me depressa e nao tinha energia. Comprei a scooter para agilizar esse cansaco mas continuo cansada, mesmo com a poupança de caminhadas diarias de tres horas.

Voltar a meter algo no estomago tem de ser devagarinho e a tentar perceber o que lhe agrada. Ele reclama, tem voz, emite sons de grunhidos, como um leão. Biquei  uma torrada e nao apeteceu mais. Mesmo que quisesse. Foi preciso cerca de uma hora a bicar lentamente a torrada e a beber sopa quente para recuperar, pelos vistos, em pleno. Mas deixa so ate ser preciso fazer outro subito esforco para ver se a fraqueza nao regressa.

A boa saude e o melhor que podemos possuir. Cuidem-se!

27 MAIO ADENDA:
Hoje ja tive successo à primeira, talvez porque ingeri uma destas ontem. Pelo sim, pelo nao, fiz o mesmo esta manha.

Afinal, o que mais me surpreende nesta alteração de funcionamento estomacal é que tudo o que meto para dentro pouco depois quer Sair. Não é suposto os nutrientes serem absorvidos?

Obrigado a todos que se preocuparam, em particular aos que fizeram uma visita ao googledoctor 😂😘


segunda-feira, 25 de maio de 2020

A analogia da rã

Ainda estava a gargalhar do video-apanhado anterior, quando veio a ilustracao do video seguinte, que segue automaticamente.

De imediato o sorriso vira uma expressão séria. A analogia que usei para descrever como desenvolvi sentimentos por ele foi a primeira coisa que me veio à lembranca. E hoje ja me lembrei dele duzias de vezes. Nao sei o que vinha ai, mas adivinhava.


Também posso usar esta analogia em tantas outras coisas que sempre se passam comigo. A minha tolerância, paciência e recusa em entrar em conflito transforma-me numa rã dentro de um tacho com água ao lume. Tolero tudo e depois, quando percebo, é tarde para mudar. Move on.

Vejam, merece a pena.


https://www.facebook.com/jerseydemic/videos/229128051420548/?extid=jnXRlqs8amBl3YMn&d=null&vh=e


domingo, 24 de maio de 2020

Livro lido: dias infinitos

Mais um livro lido.
 E este nao foi na transversal.


Li o primeiro capitulo faz muito tempo. Numa noite da semana passada apeteceu-me apanhar ar. Fui para o jardim. A noite estava morna e agradavel. Uma brisa perfumada soprava, para minha delicia.  Convidava o silencio à leitura. Assim me apeteceu, assim o fiz.

Soube muito bem!
Quando me cansei (provavelmente por ter o rabiosque sentado numa cadeira metalica) fui para dentro e continuei a leitura no quarto.

Finalizei-a em dois dias.
(Confinada durante o dia ao meu cantinho para evitar o dissabor de me cruzar com a malevola intriguista mentirosa gorda e com dois dias sem ir trabalhar,  ler foi um prazer).

A obra ja foi escrita ha 10 anos, mas isso para mim é irrelevante. Podia ter sido há 100, 500...

Menciono-o por nao a conhecer de nome. Não acompanhei nenhuma triologia ou saga sobre vampiros, por isso é natural que fosse uma temática que passou debaixo do radar.


Achei o livro bem escrito. Não pelo palavreado floreado, ou a gramática e síntaxe perfeitas, mas por ter a história bem colada uma na outra, com diálogos  e situações credíveis.

A permissa também é interessante: uma vampira que vira humana 500 anos após a sua morte.

Toda a explicação para esse desejo, para a violencia da morte, voltar a ter sensacoes humanas versus as de vampira...

É lindo.

Menos bem conseguido, A meu ver, esta a historia de amor. Entendo a atracao fisica, entendo a quimica mas na intelectualidade e no emocional fica um pouco aquem. Principalmente o rapaz. Habituado a ser o mais atraente e mais desejado de todo o campus, acho que seria preciso algo mais impactante para essa cumplicidade e paixao surgir.


Outro lado que nem foi explorado e nao é comum em romances, é o momento em que o casal se ama pela primeira vez. Suspeito que, talvez porque se trata de uma historia tambem para o publico infanto-juvenil, com protagonists de 16 anos, nao existe neste livro nenhuma descricao de intimidade ou acto sexual. No maximo temos um beijo, nada muito descritivo e depois a porta do quarto fecha-se com os dois amantes la dentro.

O leitor nao acompanha a intimidade das personagens. Fica um pouco menos facil de acreditar na solidez dos afectos, sem a habitual descricao das caricias, as sensacoes provocadas, os actos supreendentes e a apoteose.

Ja a relacao de amizade dela com o colega "japones" gostei bastante. Chega a ser sofrivel quando os dois se afastam.

Recomendo a leitura deste livro, mas acho que nao vou procurar a sequela. Pelo que li parece-me que pode estragar esta historia.

FICO por aqui.
Este e mais um livro do qual nao me vou desfazer. Vai ficar na minha "estante".


sábado, 23 de maio de 2020

A fruta já não é o que era...


Acreditam que comi estas uvas ontem, dia 22 de Maio e estavam deliciosas?


Não sei o que se passa com a fruta. Temos esta concepção de que é perecível em 24, 48h, duram uns dias, vá lá. Talvez uma semana. Mas na realidade, desde a concepção à manutenção todo o processo industrial é feito a pensar em maximizar os lucros e reduzir as perdas. Dai que sejam geneticamente alteradas para saberem melhor, aumentarem de tamanho mas principalmente, durarem mais e não serem atacadas por pragas. O resultado é atingido com sucesso, mas em troca geralmente já se tem pouco de fruto. Só a aparencia dele, talvez um ligeiro gosto e, como extras, uma serie de produtos quimicos e geneticos invisíveis que todos ingerimos sem saber bem se nos vai prejudicar.

Por vezes imagino o que terá sido, em tempos idos, colher o fruto da árvore e simplesmente come-lo.

Uma arvore que nao foi geneticamente alterada para produzir mais, para repelir pragas especificas, alterando assim o sabor e o seu fruto.

Se antes existiam perigos, as pessoas também os conheciam. Sabiam distinguir o que era comestível do que nao era, conheciam a época da fruta, quando a colher, quando esperar, como eliminar pragas de formas naturais. Como terá sido comer fruta assim?

Vem-me à lembrança a senhora dos figos, com quem esbarrei na rua ha mais de 10 anos. Apareceu no meu caminho vinda do nada. Um caminho que fazia todos os dias há anos e nunca que me cruzei com ela.

Pediu-me para lhe comprar dois sacos de figos. Nem me lembro quanto me pediu por eles. Mas nao foi muito. Eu é que não o sabia, porque, como lhe disse, não sou muito de consumir fruta. Se não a compro, desconheço quanto vale nos supermercados. Na minha cabeça ela pediu o justo. Comprei-lhe dois sacos que tinham cada um o mesmo peso em quilos (não lembro quanto) mas percebi que ela queria que eu levasse mais dois, porque assim mo pediu.

O que eu ia fazer com quatro sacos de figos?? Disse-lhe que me bastavam dois.

Lembrei-me de uma colega no emprego que sempre me dizia adorar fruta. "Eu como muita fruta. Alias, tenho de ir comprar laranjas que acabei ontem". Umas vezes fomos de carro até à feira local para ela a comprar. Por isso pensei imediatamente nela e decidi partilhar com ela metade dos figos no saco. Eu certamente, não seria capaz de comer tudo aquilo, sou muito esporádica no consumo de fruta. Assim que entrei no escritório, dei-lhe um saco. Fiquei com o outro.

"Porquê estás a dar-me figos?"- perguntou ela desconfiada.

Expliquei que uma senhora mos tinha vendido e eu comprei-os para a ajudar e porque pensei nela e o quanto proclama adorar consumir fruta.

A colega mencionou que hoje em dia era perigoso, alguem podia colocar veneno na fruta, etc.

-"NÃo me pareceu ser esse genero de pessoa. A senhora pareceu-me precisar mesmo de dinheiro mas pretendia obte-lo de forma honesta, não queria esmola".

Digo isto porque ao tentar segurar tudo nas maos, a pequena carteira onde enfiei o passe, o cartao e umas notas caiu ao chao, espalhando tudo. A senhora ajudou-me a apanhar e logo avistou uma nota de cinco euros. Voltou a insistir: "mas tem aqui dinheiro, leve-me os outros figos".

O que ia eu fazer com tantos figos? Nem compro fruta e subitamente estava a gastar mais do que pretendido em algo que nao desejava. Por isso disse-lhe que nao. Agradeci e talvez lhe tenha desejado boa sorte.

Tambem me ocorreu pensar onde ali nas redondezas ela os tera ido buscar. Nunca vi uma figueira e palmeei a localidade toda a pe. Sera que os tirou de uma propriedade vizinha abandonada? Se calhar a árvore estava perto do esgoto ao ar livre que por ali passava e essa ideia repudiou-me. Sabia lá que figo era aquele...

Mas fiquei a pensar se devia ter arranjado forma de lhe dar os meus cinco euros para emergencias. Precisava apanhar a camioneta de volta para lisboa todos os dias e já me tinha acontecido não ter 20 centimos que chegassem. Uma vez, vi um taxi a parar para largar passageiros e decidi entrar. Perguntei ao senhor quanto ficava a corrida e disse quanto tinha comigo. Nao chegava. Garanti-lhe que subia a casa e lhe pagava o devido. Ele foi simpatico, nao levantou problemas e pelo caminho ate me perguntou se eu me importava se ele fosse apanhar a filha pelo caminho.
Conversamos e tudo ocorreu bem. Ele era taxista local e cada vez que me via a subir ou descer a ingreme rua, se pudesse, parava e dava-me boleia aquele bocadinho. Em troca deixei-lhe uma revistas que ele me disse que a filha gostava de ler e uma vez uma embalagens de sumo que me tinham sido oferecidas e nao as ia consumir todas. Pensei ca comigo: se um dia ganhasse o euromilhoes esta seria uma pessoa que ia contactar e oferecer assim, sei la, 100,  500 euros, so por ele ser como era. Atencioso com as outras pessoas.

Este tipo de pessoa e tao rara que, no minimo, merece ser recompensada pela sua forma de estar na vida, por ajudar o proximo e sentir verdadeiramente compaixao.

Bem que desejei, mas nunca mais vi a senhora dos figos. Desejei dizer-lhe que eram deliciosos, os melhores que alguma vez comi na minha vida. Ate hoje, passados 10 Anos, nunca mais comi um figo tao delicioso.

A doucura e o sabor deles fez-me desejar comer fruta desta qualidade o tempo inteiro. Salivei por mais figos daqueles. Queria encontrar a senhora para lhe dizer que lhos comprava todos e que lhe pagava ate mais por eles se quisesse. Era fruta merecedora disso. Ao contrario de muita que encontrava pelas feiras e supermercados.

E agora, por causa destas uvas ainda deliciosas (dentro dos parametros da actual fruta) consumidas passados exatamente dois meses apos a sua data de expirar, tudo isto veio a lembranca.

Gostei de recordar. Ja havia esquecido o taxista. E isso seria um esquecimento lamentavel. A colega a quem dei fruta, veio a mostrar-se de ma indole. Foi por causa dela que pedi ferias do emprego e nunca mais voltei. Ela esgotou-me e torturou-me psicologicamente, foi uma decepcao que ja estava a influenciar outros.

Este tipo de injustica sempre foi o meu calcanhar de aquiles. Devemos nos recordar das boas pessoas que cruzam o nosso caminho. E nos esforcarmos para esquecer as más.


E hoje devo isso a uma uvas!
🌈

Bom fim-de-semana a todos.
Sejam bons uns com os outros.


sexta-feira, 22 de maio de 2020

Dia de negas

Puxa, está difícil passar pelo dia de hoje.

22 de Maio devia entrar no calendário como o dia das negas.


Pela noite soube que o quarto caro mas jeitoso que pretendia agarrar deixou de estar disponível. O barato que tinha marcado para visitar, recebi mensagem dizendo que o anunciante nao o disponibiliza mais (o anuncio ainda está on).

Recebi msg cancelando meu turno hoje. Todos esta semana foram cancelados. Tem contribuído para a minha ansiedade.

Envio msg ao gerente perguntando se devo aparecer. Diz que não.

Envio msg ao gerente da noite que há um mes garantiu-me que sempre nos dava trabalho. Nem respondeu.

Recebo msg da agencia a dizer para aparecer as 18. (Mais um turno reduzido para metade). Das 40h que esperava ter esta semana, fiz 16h. Depois recebo mensagem a reduzir o turno da proxima sexta. Provavelmente ate lá cancelam-no.

E para dar a estocada final, ontem marcaram um turno para sabado e outro para domingo. Uma hora depois ligaram para saber qual preferia fazer, porque nao podia ter os dois. Escolhi o de domingo. Faz minutos, cancelaram o de domingo.

Enviei um email a pedir para me devolverem o de sábado.

Só o trabalho me dá ânimo.
Se o perder sobra-me.... nada

Sem trabalho, sem casa...

Porquê???

Que desanimador.
E nao adianta o "vamos todos ficar bem" ou o "vai aparecer melhor". O desejo e a realidade não se mesclam.

Sobreviver ao dia de hoje - o dia das negas.
Difícil.

.

quinta-feira, 21 de maio de 2020


Why when bad people get inside a house, they never leave?

Falo, claro, no caso de casas com quartos partilhados.

Enquanto estou aqui sentada na relva do jardim,  procuro a paz às aflições que me atormentam.

Primeira fotografia de mim no blogue.
Yeah!
Costuma ajudar. Mas já produz pouco efeito. Tenho de ir para outros jardins, onde o espaço não está carregado de hostilidade.

Na véspera de tudo acontecer (a gorda dizer ao senhorio: "tira-a daqui senão não trago ninguém para morar cá"), trouxe estas flores que colhi de noite, pelo caminho, enquanto regressava do trabalho.


Não são lindas?


Meti-as num copo de vidro alto, despejei água para dentro e coloquei esta jarra improvisada no centro da lareira, para embelezar o espaço.

No dia seguinte, como se qualquer intervenção minha na casa fosse intolerável, chamam o senhorio e enfiam-lhe pela goela abaixo um monte de malévolas mentiras juntamente com um pedaço de bolo pascoal e um cafezinho.

Antes e depois.
  Só desviei dois bonecos da esquerda para a direita 
e reposicionei o ovo.
É preciso frisar que antes do "antes", a jarra
 que vem a esquerda estava ao centro mas foi
rapidamente relegada para dar espaco a isto:

Uma especie de lareira
que vira prateleira de despensa
(Para armazenar paes, bolos e multiplos
ovos de chocolate exclusivos para consumo italiano)

Depois daquele dia comecei a procurar uma nova casa para morar, mas fui hesitante na seleção e nao tive sucesso. A ideia era sair de imediato. Percebi que já estava a demorar demasiado tempo e isso desagradou-me. Quanto mais tempo passar na casa, mais intrigas vão inventar para reforçar as mentiras inventadas sobre o meu caracter e comportamento. Uma coisa que não lhe devia ter dito quando a confrontei, foi que nenhum dos amigos (que supostamente não gostam de mim), me conhecia. Ela ficou espantada. Prestou atenção. Como já a temer que eu pudesse ter encontrado uma brecha na sua história inventada.

Deve ter pedido a uns para confirmarem a sua versão com o senhorio. Isso justificaria a presenca de uns deles na casa, ontem, anteontem e noutro dia. Deixando moedas e mensagens como que encantamentos.

Mas a verdade é que nunca fui mal educada. Eles traziam pessoas cá para dentro sem nunca partilharem comigo essa informação. Eu ficava a saber por esbarrar nas pessoas, geralmente quando tentava aceder à cozinha. Convivios, jantares... Nada me foi dito. Era propositadamente colocada de parte por eles e depois davam a entender aos convidados que era eu que me excluia.

Tudo manipulação. Sempre falsos, sempre alertas à percepção dos outros.

Naturalmente, sou surpreendida quando entro na sala e encontrou um bando de gente. Digo "hello" e meio que fico à espera de uma apresentação. Mas não me diziam o nome, não se apresentavam, não me apresentavam a ninguém.  Muitos nem me olhavam na cara quanto estabelecia com eles contacto visual e lhes dava um timido mas genuino sorriso, quanto mais me falar.  Nem uma curta interacção, uma pergunta, nada. OK, não me querem junto deles. Fazem-me sentir uma intrusa na propria casa onde pago para morar, pelo que faço o que tinha ido ali fazer e deixo-os sossegados.

A ela só lhe disse que muitos nem um "hei" diziam e respondi à resposta dela sobre os colegas "ninguém nesta casa gosta de ti" com:

-"isso é porque tu dizes a todos que aqui entram "que terrivel portuguesa mora aqui!"

Voltando aos malmequeres, ao fim de algumas noites, reparei que continuavam resplandecentes. Deixei-os ficar. Não pensei que durassem tanto. Mais uns dias se passaram, a busca por um novo quarto atingiu uma percepção de calamidade e desânimo. Os malmequeres continuavam visosos. Contudo, comecei a associar a presença deles com o início deste novo tormento.

Será que, enquanto ali estivessem não ia arranjar um novo lugar para morar?

Se nada aparecesse dentro de dias, ia deita-los fora.

 Assim, 18 dias depois de os ter colhido. Removi-os, para ver se me trazia sorte.


Passaram-se mais quatro e até agora, nada.

Só mais uma epifania:
Quando no pico do medo e pânico comparas um virus mortífero como o Covid29 com os teus colegas de casa e concluís que este é uma ameaça menor, ficando feliz por poderes sair de casa todos os dias para ir trabalhar, isso devia ter servido de pista.

Estou só a tirar estas coisas dentro de mim.
I was blind but now I see!
(Will I ever, really?)

Gangster style

Pois é, meus amigos.
A minha situação nesta casa continua na mesma. O senhorio esteve cá, ficou meia hora na sala a falar baixinho com a gorda e nem é preciso uma bola de cristal para adivinhar qual o tema. Argh! Gente mal formada. Não quero mais saber da gorda e do senhorio. Doos dissimulados, falsos e maldizentes!

Malditos sejam para toda a eternidade.

 Gente boa no coração não consegue lançar pragas. Ainda assim, espero que grude neles toda a espécie de pustulas, incomodos, desconfortos, deformações e que os outros se sintam repugnados não pela aparencia mas pelo mau caracter que se esconde na falsa simpatia que usam para seduzir e manipular. Que lhes vejam sempre essa faceta e que dela queiram distancia.

A conversa deve ter corrido muito bem. Pois ela deixou outro "recado" no quadro. Outra provocação, outra mensagem indirecta, de vitoria já comemorada. Não vou mais ser discreta, vou revelar aqui:


Comecou ontem por isto: 
O ponto de interrogacao e a palavra "em beleza" ja é herança da primeira etapa da tramoia. Surgiu no dia em que fizeram a cabeça ao senhorio.

Ontem adicionaram um sinal de extrema confiança na Vitória: um coracao com a palavra "nós".

Ora, qualquer pessoa subentende que se estão a referir a eles mesmos, nós "italianos". Versus quem? 
Fica subentendido.  


Hoje quando chego a casa ela deixou isto no quadro. O nome de todos aqueles que conspiram para me tirar desta casa, que ela acha que é legítimo que seja somente para "us". Atencao que o nome DELA não está cá. Tipico dos manipuladores. Deixam-se de fora. A menos que tenha dado para o abreviar. Mas duvido muito porwue uma vez contou-me que detesta que lhe confundam o nome ou a chamem por diminutivos. É tipico do narcisista purista. Ofende-se e chega a niveis de ira elevados só porque alguém não a trata pelo nome formal.

 Finalmente conseguiu agradar todas estas pessoas. Já as deve ter contactado para celebrar. Dois anos de tramóias, conspirações, atitudes francamente reprováveis de segregação, ridicularizacao, sempre encobertas por um manto de hipocrisia. Deu frutos. Melhores do que esperados. Não só me remove da casa, como me rotula de desiquilibrada. Isso é que me dói. Isso e saber que, apos tantas esperancas de ter alguém decente a vir para cá morar, provavelmente agora wue quero sair é que vão entrar um ou outro. E serão todos para ela. Sao todos homens. Um, talvez ainda um rapaz. Foi aquele que escutei hoje a falar pela porta e simpatizei de imediato. Pareceu puroz honesto, sincero, transparente. Tudo o que desejei que aparecesse por aqui!!!  E gostei do sotaque ingles. (Ps: afinal aquele que se mudou psra ca no dia 18 é inglês, ainda nao se deu a conhecer, nao tem nada na cozinha, nem no wc, nao come em casa, nem sequer o ouvi a tomar um duche. Só o escuto a ir ao wc, e a falar ao tm no quarto). Por tudo isto é  que considero que possa ser um inquilino falso, que apareceu só para vigiar e proteger a"pobre" gorda da "desiquilibrada" portogeise. Ai, a quantidade de auto-projecções que esta tipa faz nos outros!! Acho que deve ser mais fácil e dar melhores resultados quando se fala mal de alguem estando a falar de si mesmo.

Bom  mas eu também tenho uma mensagem no quadro para lhe deixar. Vai ser a ultima coisa que vou fazer ao sair. Colar as suas proprias palavras que deixou no quadro e fazer com wue as engula, escritas na propria caligrafia.

"Querida colega, o que fizeste em casa durante a quarentena"? - vai perguntar-lhe alguém quando regressar à escola onde lecciona (sim, a bruxa dissimulada arma-se em professora de... italiano. Que mais podia ser, não é mesmo??)

Ela vai lamentar-se e dizer que foi aborrecido. Mas na realidade dedicou-se em pleno à sua atividade predilecta, pela qual estava obsecada: tirar a portogeise da casa! Tirar a portogeise da casa!

E não esperou muito: aproveitando o espirito pascoal, enfiou na garganta do senhorio um pedaco de bolo "folar" e munida deste espirito caridoso aniquilou-me. Em plena quarentena, conspirou com o comparsa e o senhorio para me removerem da casa. Sem problemas em meterem na rua uma senhora sem familia, sozinha no reino unido, na meia idade, com emprego instável.

É isto que tem dentro dos corações.

Eu jamais seria capaz de.tamanha crueldade.

Mas é por isso mesmo, por ser incapaz, que me vejo nestas situações . Nao fui capaz de a expor quando soube que falava mal de mim a todos que entravam na casa. Não a denunciei quando malevolamente apagou todas as gravacoes da box assim que eu viajei para fora. Não a denunciei quando armou um esquema para substituir a velha box à qual ligava o meu dvd através de cabo scart por uma moderna, sem essa possibilidade. Não a confrontei quando passou dois meses a acordar mais cedo só para ocupar primeiro o wc do piso superior que fica ao lado da porta do meu quarto. Porque sabia que eu acordava e ia trabalhar em apenas meia-hora. E ela demorava esse tempo só para ficar sentada na sanita a ver programas no telemóvel. Por altura em que eu metia a chave a porta e saia, ela puxava o autoclismo. Só depois ia para o duche. Eu saia de casa as 7am para comecar o turno as 8am. Ela saia as 8am, 8,30am.... para apanhar o comboio e ir trabalhar num colegio noutra cidade. Não gosta desta, nem dawuela, nao gosta de nenhuma... mas nao abandona esta casa. Nem que tenha de trabalhar nos quintos dos infernos da lonjura. Como todos os italianos que já conheci, sao todos maos de vaca, não gostam de gastar. Tentam economizar tostões  impondo a sua presença a outros. Tentando arranjar uma estada gratis aqui e ali, trazendo dos hotéis onde a companhia aerea os instala aguas, papel higienico, snacks, mini shampoos e outros utensílios uteis.  Gastam somente para se mostrarem. Para causar boa impressão.

AParencias, sempre as aparencias. O que os outros vao ficar a pensar de si. É só o que lhes importa.

Salvar face.

Mas tudo isto não vai ser em vão. Ontem surgiu-me uma ideia de como posso tentar usar isto para escoar um pouco esta revolta.

Vai levar tempo. Talvez não resulte. Talvez desista. Mas assim wue reunir condicoes pretendo faze-lo.

Já tomei um pequeno passo. Decidi criar um blogue só para relatar esta experiencia. Mas visando ajudar. Procurando tirar uma aprendizagem de cada acontecimento e avancar com alternativas para solucionar. Um blogue negativo, mas positivo. Reflectivo. Diferente da forma como escrevo aqui. Só me faz falta realmente é, um computador. Não dá para escrever no telemóvel.


O senhorio, decerto só para eu saber, cumprir uma formalidade ou já com um esquema montado, enviou uma mensagem a dizer que no dia 1 Já temos a lotação da casa cheia. ( Como se nao quisesse expulsar-me de cá. ). E que vai redigir um novo contrato dizendo que tem de dar um mes de aviso. (Que parabtodos os efeitos já dei, não quero saber. Eu enviei um sms para o efeito, mas enganei-me no numero. E no dia seguinte disse a gorda que para mim esta casa era veneno e nao ficava nela nem que o senhorio aparecesse a dar-me a chave para ca morar sozinha. Todos os cantos, tudo o que possa fazer, cada gesto e decisao que tome, vai trazer há tona uma amarga recordação. Foi quando percebi isso que entendi que não podia ser eu a ficar na casa. Esta tinha sido corrompida. O que me fizeram passar dentro dela sabotou a forma como dela podia usufruir.



terça-feira, 19 de maio de 2020

Dois filmes em análise

Acabei de assistir Late night (Programa da noite em português), um filme que vale a pena ver.


Retrata um ambiente de talk show e, na minha opinião, espelha-se um tanto no Tonight Show na altura apresentado por Jay Leno que veio a ser substituido por Connan Obrian. Mais tarde demitido da NBC por... ser o que sempre foi.

É um filme bem construido que espelha bem o ambiente que retrata.

Como todos os filmes de Hollywood, nao deixa de incluir a parte "estagiaria/nova assistente sem experiência  que entra na equipa, é ostilizada mas cujas ideias refrescantes acabam por resultar. É demitida mas a chefe vai pessoalmente atras dela para lhe pedir que regresse" - essa parte já se tornou um clichê. Mas continua a ser um bom filme para se assistir, ainda que seja pela sempre brilhante interpretação de Emma Tompson.

John Leroy também está presente, num papel algo estranho, que parece mesmo adaptado a uma condição fisica que o ator possa ter. Fiquei na duvida. Mas foi a parte da relacao entre ele, o esposo de Katherine, a famosa host show de um late night, e ela que me levou as lágrimas.


Segundo filme:
Brightburn - o filho do mal, foi outro filme a que assisti no Telecine Top.

Basicamente pegaram na historia do surgimento do super homem à terra mas nao lhe incutiram uma natureza protectora pela humanidade.



Quando o filme começa é difícil atribuir credibilidade ao casal de atores escolhidos para retratar os camponios que nasceram e se criaram numa quinta. São demasiado citadinos. A historia nao se preocupa em mostrar e o que produzem nem se ve que tipo de dificuldades ou tarefas tem de executar. Basicamente vivem numa grande quinta relvada ate onde o olhar consegue ver, com um grande celeiro abandonado onde, numa area menor de 3 por 8m e sem capoeiras, criam galinhas.

Uma noite quando tentam fazer um bebé (sem qualquer paixao), algo cai dos ceus. É uma esfera pontiaguda metálica- sabe-se mais tarde. Até na nave que trouxe a crianca à terra os argumentistas/executores tiveram de imitar a geometria da "estrela" na historia do superhomem.

A crianca, já em idade de poder falar, claro, comeca a escutar vozes e a ter comportamentos estranhos. Um dia sai da cama e tudo o que se ve é o pijama e uma especie de capa vermelha. Depois salta pela janela.

Acaba por soltar raios vermelhos dos olhos, tem super forca e consegue voar.

No final  mata todos e é uma ameaça mundial.

Mas também foi um bom filme de assistir.





segunda-feira, 18 de maio de 2020

Atração nua

Por vezes quando ligo a televisão está a passar o programa Naked Atraction. Penso que também passou em portugal, num dos canais da Sic.

Nao me incomoda nem um pouco  ver corpos nus. Admiro a coragem destas pessoas. A unica coisa que me aborrecia imenso era o programa ajudar a objetificar as pessoas, que sao escolhidas pela vagina, testiculos, umbigo, pernas, rabo, seios... e por ultimo, o rosto.



Mas depois compreendi. É apenas um elemento de exclusao para se chegar a uma escolhida/o. Ainda assim, faz mais pela superficialidade de uma relacao  do que pela emocional. E é essa que todos dizem procurar, desesperadamente.

Entendo o principio: tira-se a nudez do caminho. Assunto arrumado. Nao se fica a pensar "como será que ele/ela é?" E nao se fica a avaliar e a fazer comparações com preferências pessoais ou as caracteristicas favoritas de ex amantes. Tudo isso acontece no programa e depois o casal sai junto para se conhecer  melhor e geralmente tem logo sexo. Dali a um mes tem de se juntar diante das cameras para contarem como está a relação.



O programa que estava a passar hoje de noite quando liguei o televisor, mostrou pela primeira vez candidatos masculinos a serem escolhidos por uma mulher. Já estava na reta final, ela aparece e tem de escolher entre um tipo velho cheio de musculos falsos e bronzeado forcado, um tanto armado em bom que para mim é inseguro porque mantem as maos a tapar o pirilau, e um rapaz circense, escazelado e magro, mas que parece genuinamente simpático.



Ela faz a sua escolha, tem sexo no primeiro encontro e depois, nada...



Mas o que me surpreendeu e admirei nela e em todos que la vão, é que expoem os seus corpos sem se preocuparem com os defeitos. Esta mulher tinha os seios muito descaidos. Quando os vi comecei a gostar muito dos meus como estao agora. E como sabem, já me queixo do mesmo mal.

Se ficarem como os dela vou ficar pior. Outras mulheres, bem mais novas que eu, já exibiam essa mesma caracteristica. Até mesmo mulheres na casa dos 20 anos. Só uma de 19 tinha-os em cima, como os meus costumavam estar.



E nossa... como o órgão masculino é feiiiiinho.... se formos a pensar nisso, as partes intimas de ambos os sexos nao sao de nenhuma beleza estetica. Por isso e que nao nos deviamos focar tanto no corpo, e sim na mente. Porque quando se ama alguém toda a pessoa é bonita. Para mim, ele, escazelado, magro, com olhar psicotico mas que eu conseguia fazer rir, era tudo. Nao importava o pacote, este era atraente porque o vi de forma afectuosa. Ate pensei, da primeira vez, em ir tomar um banho que bem estava a precisar e ele também, decerto. Pensei em dizer-lhe que tambem podia tomar um se quisesse.

Separadamente, claro. Mas se ele quisesse ate o faziamos juntos. Mas como amigos, porque na altura nao me passava pela cabeça o que ia acontecer emocionalmente.  Sentia-me confortável a esse ponto. Isso devia ter servido de pista, já que sou uma pessoa que nem na praia mostra o corpo. Mas não me ocorreu. Fui a ultima a saber.

Se o tivesse feito - vamos imaginar - essa parte estaria posta de parte. Acho fantastico! Nao teres de imaginar, de ficar a avaliar, julgar... temer o que o outro pode achar de ti... se gosta ou ve os teus defeitos fisicos que tentas esconder usando certas pecas de roupa...  ves o corpo nu de uma forma inocente. Antes do desejo.

Gostava de voltar a sentir o que senti, mas por alguém que retribua e seja merecedor. Sem jogos, com toda a avassaladora intensidade que emiti e toda a soltura que a felicidade de amar nos traz.

Ao mesmo tempo, ainda agora comecei a relaxar... antes da paixonite vivi anos sozinha, celibataria que aceitou e, semanas antes, acolheu em pleno essa condição .... o destino sempre foi sádico comigo.








domingo, 17 de maio de 2020

Não consigo sair desta casa!!!!

Não consigo sair desta casa.
Não há um único anúncio de um quarto disponivel nas redondezas que preencha um mínimo de requisitos.

Devia ter contactado o Ami, o tal senhorio que me quis na sua casa e estava a disponibilizar um quarto. Agora é tarde, porque assim que o anuncio sai do site a pessoa fica incontactável.

Ontem entrou outro inquilino cá para dentro.

Nao sei quem é, não sei o nome, ainda nao o vi sem ser quando espreitei pela janela e vi um homem encorpado e careca a sair de dentro desta casa, carregando as chaves na mão.

Entrou como um rato, fazendo-se despercebido. Nem sequer pareceu transportar malas, tal foi a forma subtil com que arquitectaram esta chegada. Sei que é italiano, porque ouvi-o a falar.

E é só o que sei. Que é basicamente nada. Vai bastantes vezes ao WC, nao abre uma torneira nem puxa o autoclismo. O que me deixou desconfiada e para nao ter surpresas desagradáveis, preferi usar o WC no andar de baixo.

Nao pareceu ter grande interacção com a gorda - pelo menos não certamente aquela que ela desejaria: bajulação, união nacionalista, companhia diaria e conversa constante.

Mas não vou deixar-me levar pelas aparências. O senhorio bem disse que seria capaz  de enfiar cá dentro gente bruta sem lhes cobrar renda só para expulsar-me.

E este veio cá parar da,mesma forma que todos os outros: foi escolhido. Não foi colocado nenhum anuncio para qualquer um dos três quartos vagos. E eu queria que tivessem sido quatro!!!

Iludi-me com a possibilidade da casa em obras ficar disponivel a tempo e nao agarrei aquela que estava garantida se mostrasse interesse por ela. O senhorio até baixou o preço e tudo. Sim, não adorei o quarto e suspeito que ele é outro senhorio intrometido. Mas a casa era partilhada so por 3 pessoas no total- o que é uma raridade que procuro agora mais que nunca. E tinha um jardim e um wc razoavelmente decentes.

Nada do que houver por ai vai comparar-se ao espaço nesta casa. Sei disso e não me incomoda. Mas tambem nao queria ir para algo muito decrépito. Os anuncios que tem aparecido deixam-ne deprimida. Tudo caro, em troca de uma localizacao menos favoravel, num espaco menor e menos pratico. Sem arrumação decente ou em casa onde vicem 5 ou 7 pessoas.

Rezo para ir parar num lugar decente. Mas já se passaram 12 dias e não surge nada. Tudo o que aparece é porcaria. E está à tanto tempo a ser anunciado que se percebe de imediato que nao há interesse por parte dos actuais ocupantes em ter outra pessoa por perto. Ninguém lhes pega por algum motivo.

Esta casa quer-me ca dentro. É ela que sempre me acolheu. É-me familiar. Encaixa na minha pessoa. Foi feita por outras pessoas que devem ter sido boa gente. Nota-se nos detalhes.

O senhorio só a adquiriu.

 Tem trazido só rapazes para vir ver os quartos e isso nao é coincidência. Antes eram só raparigas mas depois isso mudou. Uma mulher a viver aqui só se encaixa  se for italiana. Porque a gorda age como dona da casa e detesta interferências femininas na decoração, na cozinha, na compra de utensílios e mesmo na compra de produtos de limpeza. Tem de ser ela a decidir essas coisas. Nao gosta do que os outros cozinham, critica os odores das comidas que não é ela a fazer e incomoda-lhe ter outra mulher na "sua" cozinha. Age como se mais nenhuma soubesse estar à sua altura. Altura essa bastante inflacionada pelo próprio ego.

Novos anuncios de quartos apareceram hoje. E logo o primeiro, era deste senhorio, a respeito de uma outra casa dele. Pelo paleio percebi logo. Mas ainda tinha esperancas. .. para aquela casa procura uma mulher..   ja tem duas e um rapaz. Porquê impor o domínio feminino e aqui quer cordeiros masculinos?

E italianos. Porque se os quisesse de qualquer outra nacionalidade, punha anuncio. Sao 3 quartos vazios que ele não está a anunciar.

Acho que terei de ir ao chat no grupo para ver se o novo inquilino foi adicionado e assim descobrir-lhe o n de telemovel, já que o nome nao deve aparecer.

Este tem-se mantido no quarto. Por enquanto. Pouco interesse em socializar. Aparentemente. Está optimo assim.


  • A crise ao inves de fazer brotar quartos baratos, esta a mostrar o costume: senhorios ambiciosos, gananciosos, que mantem o preço das casas nas alturas.

sábado, 16 de maio de 2020

Imaginar um momento

Quando sentada no banco do jardim olhei para o relvado reparei que um pedaço de um ramo com uma flor já seca tinha sido enfiado na anilha de uma lata de refrigerante.

E enterneceu-me o coração.


Imaginei que estava a olhar para o que tinha sido um gesto de intimidade entre um homem e uma mulher.

O local estava cheio de vestigios de presença humana: cheio de detritos como latas de cerveja vazias, guardanapos de papel, cascas de pevides por todo o chão e porcaria no geral.

As pessoas que avistei
Junto ao banco na vespera


Mas entre esta porca realidade que espelha muito bem o tipo de habitante inglês presente em maior numero nesta cidade, existiu quiçá um belo momento de romance.

Em que um cavalheiro arrancou uma flor de um arbusto, prendeu-o numa anilha e colocou-o nos cabelos da sua amada.

Ou é apenas lixo.
Pelo menos foi assim que imaginei ter acontecido ao reparar na ramada enfiada na argola da anilha.

Dividir teto com alguém

Sei que nao devia preocupar-me com este assunto. Mas ė o que não me deixa sossegada. Supreende-me sempre que os vilões nas histórias da vida real consigam enganar o mundo com as suas mentiras. Entristece-me que pessoas boas se tornem vitimas de diabólicas intrigas, histórias inventadas e vejam a sua personalidade posta em causa.

No meu caso, tenho sido retratada como uma pessoa desiquilibrada. Dada a mudanças extremas de atitudes e fui chamada de bipolar.

Com tantos a serem falsos comigo, manipulados por uma mente esta sim verdadeiramente doente, chego a questionar se sou realmente desiquilibrada. Sera que o desconheço? Seraque algo em mim pode ser levemente interpretado dessa forma? Será que tudo o que relatei aqui e sei que aconteceu, não aconteceu porque todos os outros o negam? Será que as gravações deles a maldizer-me em italiano não existe? É que são tantos contra um!

Porém,  sei que na vida real e assim que acontece. Temos muitos exemplos de massas que seguiram os seus idolos, pessoas carismáticas e poderosas, amadas por todos, defendidas calorosamente contra qualquer insinuação menos favorável. Temos pastores de igrejas, politicos como hitler e mussolini.

É nisto que dá não fazer frente a bullies.

Não houve uma pessoa decente que tivesse enfrentado o bando de intriguistas. Que se tivesse revoltado ou mesmo repugnado por se ver enfiado naquela situação e forcado (ou não) a ser um co-conspirador.

Todos entraram no jogo e começaram a jogá-lo confortavelmente. Como se não tivesse qualquer importância destruir e arruinar o caracter e espirito de uma pessoa.

O que lhes interessava era tirar-me daquela casa para lá poderem enfiar quem lhes agradasse mais. Um amigo de um amigo, se preciso fosse, mas tinha de ser Italiano. Porque essa é a unica raça perfeita e intocável.


Imagem retirada do facebook da gorda


Mas não é sempre assim que se dá a realidade ?

Talvez um dia, um dia a verdade venha à tona. Mas quantos sairão prejudicados até lá?

Estava a ver um programa documental e subitamente  comecei a reconhecer semelhanças entre o que aquela pessoa dava importância  e o caracter daquela que divide o mesmo teto que eu. Quantas memtiras já não terá espalhado a meu respeito desde que sabe que sei muito mais daquilo que andou a fazer do que alguma vez dei a entender? Nem preciso de escutar uma gravação para saber que a mentira mais provavel de estar a ser espalhada agora é dizer-se com medo de estar sozinha em casa comigo. Sugerir que teme qur possa ser violenta.

Exatamente o que ela seria capaz de fazer caso nao se comprometesse socialmente e pudesse incutir a responsabilidade a outros. Algo que certamente faria se conseguisse manipular outra pessoa a fazê-lo.


Neste documentário retratavam uma família aparentemente perfeita. Ela, enfermeira, ele, pintor de casas. Ela ex miss Texas, adorada por todos, amada pelos vizinhos, admirada pelas suas qualidades como mãe até pelos amigos dos seus dois filhos.

Esta pessoa que todos amavam, começou a dizer que o filho mais novo, já com 29 anos, depois de ter batido com a cabeça tornou-se violento e adquiriu problemas mentais.

Era o único filho que ainda vivia na casa mas depois do acidente, ao receber uma pensão pelo acidente e ao ser empregado pelo proprio pai, ficou com dinheiro suficiente e mudou-se para um apartamento próprio.

Nisto o pai, que os filhos adoravam piora ee saúde e ao fim de 12 dias no hospital, vai para casa para receber cuidados da esposa enfermeira.

Em menos de 24h morre.

Como foi morte em casa e oficialmente não estava sobre cuidados paliativos, um medico legista teve de ir verificar o óbito e certificar-se da medicação levada do hospital, já que consistia em dois frascos de morfina.

Um tinha desaparecido. A esposa diz que deve ter sido o filho mais novo, que tinha problemas mentais e era suicida.

Este escuta, revolta-se e acusa a mãe de ter matado o pai. A mãe diz que é a doença do filho a falar e como sempre foi sugerido que a falta de concentração e impetos de furia eram de facto, problemas mentais, todos acordaram em internar o homem, agora com 32 anos, num hospital psiquiátrico.

Mas ele nao ficou lá muito tempo, porque a mae, preocupada com o que a vizinhança podia achar dela, toenou-se guardiã do filho e foi buscá-lo. Agora este era legalmente forçado a ter de viver com a mãe.



Os dois  discutiam muito, principalmente porque a mae queria mudar-se de volta para o Texas e o filho recusava-se. Ela nao podia ir sozinha, porque isso significava deixar para traz o filho mentalmente perturbado. O que ninguém sabia é que a sua vontade em partir era muito forte, movida pela ideia de se juntar ao namorado do liceu, que tinha reencontrado meses antes e com quem mantinha contacto telefónico diário.

Um dia a mãe entra na esquadra e diz que o filho não voltou para casa. Resumindo, ,porque já devem ter percebido, ela matou-o.  Esta mãe perfeita, admirada pela comunidade, enfermeira...

Matou o filho e tinha morto o marido também. Para ficar viuva e juntar-se ao ex namorado.

Mas ela nao o matou simplesmente. Antes disso ja tinha tentado incendiando a casa com o filho lá dentro, drogado. Ateou o fogo mesmo ao lado da sua cama e ainda disse que a origem deve ter sido ele mesmo, o que tinha problemas mentais e fumava cigarros.

Desta vez ela voltou a droga-lo e asfixiou-o. Depois cortou o corpo do filho em 12 pedaços e foi espalha-los a 60 km de distancia.

E todos diziam que era uma maravilhosa pessoa. O único a suspeitar da sua verdadeira faceta era o filho que dividia o teto com  ela.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A porcaria do A50

Pois estou novamente frustrada com o desempenho do telemovel. Seguindo uma sugestao de um blogger, fiz a actualizacao de software.

O que aconteceu?

Fui jogar o meu jogo de relax e aquilo crachou duas vezes. Agora fui ver um video no YouTube e aquilo nao mostra nada abaixo da imagem. Da mensagem de error 400. Sai, voltei a entrar e fui ao historico, que muito me apraz consultant.

Mais error 400.

Epa o telemovel e uma besta!
A actualizacao e suposto melhorar a performance, nao tornar tudo imprestavel.

Nunca mais vou em cantigas.
Este tm e caca e ponto final.
😡

Adenda:
Esperem so ate ouvir esta: ontem actualizei o software e hoje (depois de nao conseguir entrar no site de quartos para alugar por mais tentativas que fizesse o que me deixou ansiosa e enervada) enviam outra mensagem de actualizacao. Esta datada de 1 de Marco. Lembro-me que a de ontem era de Fevereiro. O problema é que estamos em Maio e eu nao estou para fazer actualizacoes a cada minuto. Sinceramente duvido muito que os fabricantes se importem com a melhora de performance de um aparelho comprado. Querem mais e que deixe de funcionar depressa para lhes comprarem outro.


quinta-feira, 14 de maio de 2020

O primeiro livro lido na transversal

O dia no trabalho estava a ser monotono e enfadonho. Os minutos nao passavam. Meteram outros na funcao que eu estava a desempenhar tao bem e nao tinha nada para fazer por mais que me esforçasse para fazer tudo o que me fosse permitido. Perguntei a outros gerentes se precisavam de ajuda. "Nao, eu nao preciso de ninguem" - disse um com a arrogancia do costume.

Estava a exasperar. Estava irritada. Decidi perguntar ao gerente que me deixou à toa horas antes, se podia ir para a segunda pausa.

"Se nao me sabem aproveitar para trabalhar, entao vou valorizar o descanso".

Em boa hora o fiz.

Sentei na biblioteca, puxei de um livro de cores vibrantes e ar de novo que ali surgiu e li a sinopse. Saltei ao calhas para o meio da historia e para meu espanto, estava a descrever o momento em que a historia realmente começa.


Pensei ca com os meus botoes que outros escritores colocam esse instante logo no inicio, para agarrar o leitor. "Que monotono deve ser a,leitura das paginas anteriores. Todas dedicadas à apresentacao e contextualizacao de personagens e ambientes" - pensei.

Lido o capitulo em que tudo acontece (uma crianca é encontrada inconsciente num jardim comunitario durante uma festa) decido saltar mais uns tantos.

E que bem que o fiz!
Fui parar a outro momento chave, que resume tudo o que foi arrastado na fase de suposicoes e suspeitas. Uma das vizinhas estava a falar com uma das crianças sobre o ataque no jardim e nesse capitulo definiu-se tambem tracos de personalidade de maridos ate entao ausentes, sogro, historias do passado, irmas que nunca foram....

Saltei mais um pouco mas quando fui ver as horas, ja tinha passado 10 minutos do tempo dado para a pausa. Larguei o livro deixando a pagina marcada e regressei ao trabalho.

No dia seguinte, ontem, cancelaram-me o turno. Fiquei de rastos mas decidi deixar passar essa sensacao devastadora. É o trabalho que ja comeca a ser cancelado, é a busca de uma nova casa que se revela uma tarefa com poucas chances de dar certo.

Nisto chamam-me para fazer um turno das 1800-2200. Fui. Cheguei cedo e por isso fui directa à biblioteca, cheia de colegas a conversar e a beber. Peguei no livro e fui para uma zona mais reservada. Salto para a parte em que a vitima ja recuperou a consciencia, fala com a irma que a descobriu insconciente e com "tudo à vista" e recorda-se daquilo que fez com o namorado.


A reacao de uma amiga é descrita, assim como o que fez enquanto esperava pelo namorado no jardim, ate ao momento em que se sente a desfalecer.

Dai salto para o momento em que a policia quer falar com as filhas da vizinha que se pos a investigar e nesse instante sabe-se quem é o atacante porque as motivacoes indicam o suspeito.

No final, tudo ę encoberto, a vitima quer esquecer o assunto, o casal que sabe a verdade arma-se em bom samaritano.

E a historia acaba assim.


Fiquei muito agragada com a forma como li este livro. Percebi mesmo que apanhei todos os momentos chave. Foi uma leitura transversal perfeita. E fez-me muito bem.

Ja vos aconteceu algo assim?

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Dia de Nossa senhora do Rosário


Ainda é  dia de nossa senhora de Fátima e apeteceu-me fazer referência a isso.


Que ela interceda sempre pelo bem estar de todos nós e escute as nossas súplicas, orientando os nossos passos e aliviando as nossas preocupações.

Oremos.



Vlogas?

Ha algo que ja estaria a fazer,  caso soubesse como. Assim sendo, pergunto aqui:

Alguem sabe vlogar?

Queria estar a transmirir ao Vivo mas ao mesmo tempo gostava de acrescentar outros videos, audios e imagens a esse directo. Ou ter a possibilidade de o fazer  posteriormente.


terça-feira, 12 de maio de 2020

Gostava de voltar aos meus 25 anos


Gostava de voltar a ter 25 anos apenas pela quantidade de tempo que ainda ia ter para colocar a minha vida nos eixos.

Sabendo o que sei hoje porque a experiência de vida mo fez vivenciar, gostava de poder "recomecar". Acho que esta ideia deve passar na cabeça de todos nós. Até mesmo na cabeça dos que estão felizes e não mudariam nada nas suas vidas.

Não que queira mudar. É mais querer viver com mais controlo da minha vida e, em situações pontuais, fazer outras escolhas. As que queria fazer o tempo todo e não fiz, por dar ouvidos às opiniões alheias e ceder a pressões familiares.

Uma das coisas que mais me disseram da pré adolescência ate os 25 anos, foi a frase: "Tens tempo".

"Deixa-te estar, tens tempo".

O que significa, adia, fica passiva, espera... tens tempo.

Pois o maior pecado que se pode cometer é desperdiçar tempo. Se tens em ti algo que precisas ver acontecer, não adies. Vai atrás.
Não é por teres 18 anos que "tens tempo". A vida são momentos. Se os deixarmos passar porque "outros  certamente virão", comete-se o pecado do desperdício.


No fundo, sinto-me confortavel com quem sou e não desejo voltar a passar pelas lutas que travei. Mas gostava de emendar algumas coisas. Talvez numa segunda chance, saísse vitoriosa?

Mal a outros nunca fiz, pelo menos intencionalmente. Se soubesse que, involuntariamente, tinha magoado profundamente alguém, ia resolver a situação. Não há necessidade de nos estarmos a odiar uns aos outros, a maior parte das vezes sem motivo ou com base em difamações injustas.  Sei o que é ter o nosso estado de espírito magoado por injustiças ou mal entendidos.  Morre-se por dentro. Dói. A minha natureza é desejar ir logo esclarecer tudo, deixar tudo bem. Tirar aquele "peso dos ombros" e sentir como subitamente o bem estar regressa em pleno.

Há  tanta gente que me deixou com mágoas que até hoje se fazem sentir. Pergunto-me quantas o fizeram sem perceber.

Voltava atrás no tempo para poder  ter a filha que sempre desejei. Que hoje já estaria a dar-me netos.

Estas fantasias... sinto-as como algo que era suposto ter acontecido. Estavam no meu caminho. Algo me desviou dele.

Lido bem com isso, apenas tem alturas em que se fica a imaginar o que teria sido a vida com diferentes escolhas.


sábado, 9 de maio de 2020

A quererem passar-me por idiota

O senhorio deve achar que eu sou besta. Colocou uma mensagem no grupo da casa a dizer que vai mostrar os 3 quartos vagos (e assim ficas a saber que mais um dos italianos deu de frosques hoje, pela calada, sem sequer dizer um tchauzinho à "portuguesa") a uma pessoa amanha, pelo meio dia e devemos praticar a "distancia segura". 

Lol.

Vai mostrar a casa a um "candidato" igual also anteriores: arranjado pelos italianos. A mensagem no grupo e so para despistar. Como se fosse resultar sempre.

Ate se esquece que nao colocou anuncio. E sem anuncio, so conhecidos sabem dos quartos vagos.

Quando a distancia Segura, nunca se preocupou com isso antes. Soube que eles trouxeram uma pessoa para jantar ca na sexta-feira de pascoa e nao se importou com a quebra da quarentena. 

Isso e so para eu ficar afastada o suficiente para nao perceber que a "pessoa" e italiana ou o tal ex namorado de uma italiana. Seja quem for, vem por encomenda. Como tem sido o caso no ultima ano e meio, desde que a unica rapariga que nao era italiana saiu desta casa, pelo natal de 2018. De la para ca  nunca mais existiu transparencia e tudo foi arquitectado.

Ainda acham que eu caio nisso.
Sera que acharam sempre que nunca dei por nada???

Francamente!
Ao inves de 3 quartos vagos, deviam ser 4.

O meu so nao fica vazio ja porque nao encontrei outro lugar que me agrade minimamente ou reuna condicoes geograficas vantajosas.

A casa que fui ver nao esta a ser finalizada. Numa semana, ninguem la esteve a limpar ou arrumar. E era suposto estar pronta a habitar na seguida feira. Certo!!!

Por muito que gostasse de me mudar para uma casa sem nenhum inquilino a la viver ha tanto tempo que se julga dono, tenho de estar atenta ao rol de mentiras.

Ha muita trafulha no aluguer de casas.

O engracado e que, quando pretendi mudar de casa ha dois anos, encontrei um quarto e um senhorio que me disse que gostava de mim, que eu era exatamente o tipo de pessoa que ele procurava para as suas casas e que me guardava o quarto ate a tarde seguinte, quando fiquei de lhe dar a resposta.

Aflita, pela manha liguei-lhe e disse que queria o quarto. Ele disse que o tinha dado a outra rapariga.

Depois ligou-me passado uma semana, a dizer que tinha salgado um quarto noutra casa e que se sentir mal por nao ter cumprido a palavra. EU agradeci, mas disse-lhe que ja havia encostado um. Foi aquele que assinalei quase coagida pela senhoria e depois quando mudei de ideias dias depois ela nao quis devolver o dinheiro.

Acabei por ficar na mesma casa, apenas uma semanas, ate ter percebido que nao dava. E dai a sair nao custou nada. Foi praticamente de um dia para o outro. E vim para aqui.

Ness altura vi que o mesmo senhorio tinha outro quarto vago e ate lhe escrevi, dizendo que era uma tremenda coincidencia, cada vez que preciso, ele tinha um, mas eu acabara de encontrar outro.

Foram 3 as vezes que que mudei para uma das suas casas.

E agora ele tem outro quarto vago.

A casa nao e nada de especial. Tudo muito morto, simples. Nota-se que ele e poupadinho no mobiliario e na qualidade do mesmo. Ele forca todos os inquilino a descalcarem os sapatos a entrada. Nao quer ni guem calcado dentro da casa. Quer sempre ver tudo um brinco e suspeito que tambem faz o tipo de meter a chave a porta e entrar, sem aviso ou cerimonias.

Acho que e outro que aparece para controlar, bisbilhotar. Com pretextos que nao enganam ninguem.

E por isso ainda nao o contactei. A casa tambem fica muito mais longe. Embora ele tenha baixo o preco do quarto, tal e a vontade de o alugar com esta crise.

Alguem disso, insiste em contratos de 6 meses. Suspeito que e por isso que os seus quartos vagam amiude. A pessoa mal pode esperar que aqueles 6 meses passem depressa.




Ando a dormir muito mais


A minha mae esta preocupada com a minha saude. E da opiniao que eu nao me alimento bem.

Ela conhece-me.

De factor, tenho passado semanas a bolachas, bananas, chocolates e, ocasionalmente, uma sopa instantanea.

Tenho passado os meus dias de.folga a dormir. Mas ja senti que nao e para recuperar de um cansaco normal. É por estar carente de nutrientes. O organismo, antes de te apresentar o problema, envia os sinais. E o meu é dormir, porque assim é como colocar um aparelho em standby. Consome menos energia e dura mais tempo com a que recebe.

Nao é como se eu nao quisesse alimentar-me melhor. Nao faco de proposito. Acaba acontecendo. Com os problemas e a falta de tempo mas, principalmente, por estar sempre a ser.observada sobre o que faco ou deixo de fazer, ate quando pretendo cozinhar. A intriga, o controlo, maledicencia e o estar sempre alguem na cozinha nao importa a hora em que la apareca para tentar "despachar" rapidamente algo.

Os meus horarios sao sobejamente conhecidos pelos restantes. Estao mais atentos a estes do que eu. Entao quando sabem que so tenho 10 ou 20  minutos para estar na cozinha e preparar algo  rapidamente e aparecem nesse exato momento em que acabei de entrar para tambem se porem a cozinhar, isso diz-me que nao tenho sequer poucos minutos com a cozinha so para mim. Se aparecer duas horas antes, o casal apare de seguida. Essa falta de cortesia em permitir uns minutos aos outros para se moverem a vontade, acabou por eliminar o ja pouco habito que tinha.

Sei que tudo isto esta a fazer-me mal, porque ocasionalmente sinto uma quase tontura e tenho a visao alterada.

Ando a colocar a minha saude em risco. Estou a fazer isso desde o inicio, assim que permiti o pimeiro abuso psicologico e fiquei calada. Foram mais de 1000 desde entao. Sempre a manter a angustia toda ca dentro, com excepcao para as vezes em que desabafei aqui.

Desde que lhe falei na cara, a gorda mudou de postura. Esta a vitimizar-se. Fica horas no quarto quando nestes 2 anos so o fez quando o senhorio estava pela casa ou um dos deles quis a sala para cortejar uma mulher. Nao me espantaria se andasse a espalhar que tem medo de mim, que receia que eu a ataque ou algo do genero. 

O casal esta prestes a abandonar a casa - embora nao saiba quando. Mas se eu nao tive cuidado assim que Estes sairem ela vai montar um esquema de mentiras bem arquitetadas para se vitimizar e me transformar num monstro.

A verdadeira faceta dela e que nao pode vir ao lume.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

O bom humor da gorda


A mais-gorda está bem humorada hoje. Não preciso de mais nada para saber que a conversa com o senhorio correu-lhe muito bem.

Ele esteve cá ontem, antes de ontem, no dia antes disso, etc. Mas sempre comigo ausente. Pura conspiração. Conversar comigo, comonlhe pedi, isso não lhe interessa. Fez a sua escolha: escolheu dinheiro sobre princípios.

O que não vos contei é que, antes de ontem, no dia 5, confrontei-a.

Ela enviou-me uma mensagem a avisar que deixei cair uma luva no WC. Ou eu ignorava ou reagia. Não à luva, mas ao descaramento de interagir comigo como se nada se passasse quando na vespera disse ao senhorio para me remover da casa.



Desci e disse-lhe:
Olha, vou fazer contigo uma coisa que tu nunca fizeste comigo: vou falar-te na cara.
Tu pediste ao senhorio para me tirar desta casa.

Negou. Disse que lhe disse que nenhum amigo dela quer viver nesta casa comigo, porque eu era estranha.

Ao dar a entender ao senhorio que eu era o entrave para ele encontrar pessoas para os outros quartos, ela deu o golpe certeiro, foi diretamente ao bolso deste, que é onde ele tem o coração.

Muito manipuladora. Mestre.

Sei agora que não devia ter-lhe falado, porque ela ficou a ruminar em cada aspecto do que lhe disse e tratou de anular cada argumento com outra armação. O espetáculo deve se ter dado ontem de tarde,  quando a plateia/senhorio chegou.

Este enviou-me um sms a perguntar quando era conveniente ou inconveniente entrar no meu quarto para tirar fotografias as alteracoes feitas. Sei muito bem o que pretendia. Nao me ter por perto para combinar uma nova estrategia diante dos novos acontecimentos. (Eu estar a par da tramoia).

Ela disse-me que nenhum dos amigos dela gostam de mim. Ao que lhe respondi:
-eles não me conhecem.

Ela ficou com um ar pensador.

Alguns nem dizem "oi". - acrescentei.

No meu entender para se gostar oh nao de alguem ao menos alguma interacção deve existir. Assim a implicância de todos eles, sejam 2, 20 ou 200, foi-lhes implantada no cérebro por ela. E disse-lhe assim:
-"isso é porque a todos eles falas da terrível portuguesa que vive nesta casa".

Tenho a certeza que ela viu uma "abertura" para a razão penetrar pelas suas mentiras e tratou de arquitectar alguma coisa para refutar este meu possível argumento com o senhorio. Porque ela ainda temia isso.

Mas este está conquistado.

Tenho a desconfianca que ligou para o único amigo que realmente é dela  (os outros vieram com os outros italianos e ela apropriou-se) para que este confirmasse com o senhorio, em inglês  a terrível portuguesa que cá vive.  O tal Pedro, que apagou do quadro da cozinha o meu desenho e mensagem de amor e compreensão deixando no seu lugar um falo.

Só classe!!!

"Ele também me disse que eu também teria de sair" -mentiu.
"Acredito mesmo nisso, fulana"- respondi-lhe.

Acabei a conversa a dizer que mesmo que o senhorio me disesse que a casa estava vazia e me pedisse para ficar nela, não ia querer. "Para mim a casa é veneno"- concluí.

Este diálogo aconteceu na presença dos dois italianos que restam. Que fingiram nada ter a ver com nada.

E nao foi dito aos gritos, nem com violência. Nao foi prolongado. Também me queixei de me colocar à parte em particular nos momentos especiais, como pascoa e natal.

"Eu nao estou cá no Natal"- respondeu.

Pois... para ela o Natal é o dia 25. O que faz Antes e depois não conta. Montar a arvore de natal so entre italianos, comigo em casa, tendo mostrado interesse em participar, não conta. Pendurar meias de natal na lareira com presentinhos para todos menos para mim - Não conta. Desprezar a fatia de bolo de rei que lhe dei, deixando-a por dias em cima da mesa.... Não conta.

Querem-me dizer que todas estas atitudes contribuem para a harmonia e bem estar numa casa partilhada?

O meu erro foi ter ignorado/relevado TODAS.
Agora é tarde.
Toda a razão que tenho foi substituida pela intriga, que foi bem orquestrada, semeada com cslma, como quem planta sementes para verem germinar mais tarde.

Eu vi, pressenti e entendi isto tudo, sem nada fazer. Só esperando que melhorasse finalmente, um dia, por eu não ser má pessoa. E talvez alguém lhe fizesse frente e a visse por aquilo que realmente é.

A conversa que tive com ela foi gravada. Mas de que adianta? Se ela contar a sua versão, dizer-se assustada e com medo dos meus rompantes violentos, e escudar-se no apoio dos colegas italianos nem uma gravação importa.

E foi isto. Agora o que realmente me preocupa é o emprego. Já estão a cancelar todos os turnos. Não vou conseguir sustentar-me assim. A renda  vai subir, os empregos vao escassear.

E ela escolheu expulsar-me desta casa com as suas armações logo a seguir à pascoa e em plena quarentena de um virus que paralizou os serviços e a economia.

Está neste instante ao telefone a rir muito. Está de bom humor. A arquitectar o que se segue. O senhorio deve ter-lhe dito tudo o que ela queria ouvir.

E por esta altura ja deve ter percebido que os meus dias de ir trabalhar todo o dia ja  terminaram. Sabe que voltei a quase nada.

Deve estar ainda mais feliz.

O que é que este tipo de pessoas merece?
E porque nada lhes acontece para as punir pelo mal que espalham?