Não consigo fugir dela. Mas qual praga? Falo da música portátil. Dos muitos e muitos ouvidos onde espetam os auscultadores e daí sai um ruído irritante, um zumbido pouco pacífico, que nos é impigido. Os infractores deste acto danoso, sentem-se imunes, escudados que estão pelo equipamento que os esconde. Apetece-me cortar-lhes os fios. Puf! Terminava o acto doloso.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
A praga tecnológica
domingo, 18 de janeiro de 2009
Caridade: Como a sociedade a vê?
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O muito criticado "rendimento mínimo", serve de exemplo para isso. Famílias inteiras a viver à custa do subsídio do Estado Português, dos descontos dos impostos de quem trabalha admitindo entre risadas, não pretender trabalhar. A entrega de casas em bairros sociais. Os cursos financiados pelo Estado, para dar equivalência ao 12º ano, frequentado por jovens que ali vão pelo dinheiro e não têm qualquer intenção de ouvir o formador, quanto mais pôr em prática a aprendizagem.
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Não deixa de ter um tanto de razão, porque na verdade, as pessoas bem intencionadas e pacifistas acabam por sofrer mais e são mais injustiçadas na vida. Mas decerto que isso não é razão para um "vale tudo" sem compaixão.
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Distribuição de Gratuitos
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Andar em Lisboa de... BICICLETA!
Apanhou-me um tanto surpresa, a notícia que vi no noticiário da Tv. Alguém fez uma tese fundamentada e chegou à conclusão que Lisboa é uma cidade onde é perfeitamente possível andar de bicicleta.
Quem concorda com isto?
Não costumo descartar com rapidez nenhuma espécie de ideia nova, por mais estapafúrdia que possa parecer. Mas esta não acolhi com grande credibilidade. A razão é simples: adoro andar de bicicleta. Como "alfacinha de portugal" que sou, não há outro lugar onde o possa fazer. De modo que penso poder afirmar que, andar de bicicleta em Lisboa é totalmente INVIÁVEL.
Bem que gostaria que não fosse! Ficaria satisfeita se a hipótese insinuada por este indivíduo me parecesse válida. Se a (muito) endividada Câmara de Lisboa fôr gastar dinheiro na criação de de ciclovias, gostava de acreditar que é porque vão ter utilidade. Mas não acredito. As que conheço, no Campo Grande, estão às moscas. E não podia ser diferente. Não é convidativo circular de bicicleta ali, junto à tão movimentada estrada. Há um cruzamento onde os carros não se entendem. Costumam fazer um amontoado, até decidirem quem avança primeiro. Muitas vezes buzinam, outras dão-se mesmo acidentes. Não é, convenhamos, o mesmo que andar na via para bicicletas no Estoril...
O próprio jardim anda "às moscas", tendo perdido por complecto a actividade de outrora: os piqueniques familiares, os passeios de barco, o ringue de patinagem, os passeios de bicicleta e jogos de futebol... uma pérola Lisboeta desperdiçada. Resultado de sucessivas e insatisfatórias gestões da Câmara. Como dar de volta vida a um espaço de onde a apagaram??
Além disso, o jardim parece ser mal frequentado. Quem para ali vai andar de bicicleta, sentir-se-à confortável? Além disso, é perigoso. Não só devido aos carros e à sua proximidade e capacidade para produzir ruído, como também pelos peões. Não existe ainda a consciência que é necessária ao peão para o bom funconamento das ciclovias. O trauseunde não está acostumado com esta actividade. De modo que, ás vezes transforma-se numa barreira móvel. O resultado é uma atribulada viagem para o ciclista que se arrisca, inclusive, a bater num peão distraído que, à última da hora, bloqueia com o seu corpo o caminho que estava livre. Não temos ainda, na capital e nesta zona, o culto ritual da caminhada de bicicleta.
Mas voltando ao indivíduo que chegou a esta conclusão, parece-me errónio referir-se às sete colinas de Lisboa como um "Mito". E depois vêmo-lo, de bicicleta, naquela que é a única zona de Lisboa verdadeiramente plana: o Terreiro do Paço. Aí também eu sei dar umas voltinhas de bicicleta! Mas Lisboa e muito maior que isso. Creio que o Segway, no caso, é a aposta que a Câmara de Lisboa deve fazer... isso e os eléctricos. Melhor não há! Imagine-se uma subida de uma rua nos bairros de Alfama, Mouraria, Chiado... de bicicleta! Nem no tempo das carroças abandonaram a sensatez de criar o elevador de Santa Justa!
Lisboa não é receptiva a bicicletas. Gostaria que fosse. É o meu meio de transporte preferido. Como tal, houve uma altura em que não consegui mais adiar e, cheia de saudades, decidi tirar a bicicleta que usava noutros locais, para circular em Lisboa. Foi muito giro, mas muito diferente. Senti o risco de ser colhida por um veículo aumentar consideravelmente. Optei pelos passeios e por cortar caminhos pelo meio de prédios e jardins. Ainda assim, os desníveis do piso exigem um grande esforço. Num desses, atingi subitamente uma situação de risco. Ainda hoje não sei bem porquê, mas foi um grande susto!
Quanto ao senhor da tese, eu também já tive este tipo de optimismo juvenil... mas nunca tão sem pés no chão! Tomara que esteja equivocada, e seja possível andar em Lisboa de bicicleta. Porém, volto a repetir: Lisboa não é só as zonas planas. Muito menos em locais sem trânsito, em dias de feriado! Por isso, deixem-se de histórias!