domingo, 30 de abril de 2023

Hoje, a musica que me surgiu na mente foi esta: Sei lá porquê!

 Hoje apanhei-me a trotear esta música. 

Ando sempre com melodias na ponta da língua. Nem dou por isso. Quando relaxo, quando estou no duche... Não sou cantora. Não sou de cantar. Mas baixinho, troteio uma melodia. Quando não invento as minhas! 

Hoje, não sei porquê, meu cérebro foi buscar esta: de 1991!!!


Bom, pelo menos deve ter sido por volta desse ano que a escutei. Fez parte da abertura de uma mini-série brasileira. Não há melhor forma de dar uma melodia a se conhecer, nem de a ter a repetir no cérebro, do que enfiá-la numa produção televisiva. 

Agora, porquê meu cerebro recuou tanto, não sei. Vocês? Gostam desta melodia? Gostam de Peter Gabriel?

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Iniciar o dia a chorar com as notícias!

 

Maldito pop-up de notícias que aparece constantemente no meu ecran de computador como uma praga! Estou a fazer qualquer coisa, e lá aparecem! Para fechar tenho de colocar o cursor do rato numa área vazia e clicar. 

Não vejo notícias, não quero saber de notícias, por um motivo. O mesmo de sempre. O mesmo que, em menina, me fazia sentir triste o dia inteiro e chorar. Nunca pensei que estaria a verter pesadas lágrimas hoje, com isto. 

ALVERCA DO RIBATEJO: RAPAZES COM ATÉ 18 ANOS VIOLAM EM GRUPO MENINAS DE 12 a 13 ANO

Não sei como é a demografia da escola, mas gostava muito de saber a origem destes adultos. De onde vêm, como foram criados e o que os deixavam fazer nos tempos livres. 

É o que mais temo na sociedade: o crescimento etário da juventude em idade escolar não equivale em nada ao de maturidade. Cresce-se muito, hoje em dia, só para as coisas más: sabem tudo sobre sexo, praticam-no. Mas não sabem NADA do resto. 

É assustador. Sobre estes homens não quero desenvolver muito. Espero que possam crescer para além da idade cronológica, se ainda existir possibilidades para tal exigente e difícil realidade.

Quero mais centrar-me noutros aspectos. Primeiro: A SOCIEDADE. Que deixa este tipo de coisas ficar impune por tanto tempo. O MEDO das jovens em expor o caso. Até que uma o fez (ou mais que uma) mas apenas um dos pais tomou a acção correcta e foi à polícia apresentar queixa-crime. 

NÃO PODEMOS SER TÃO SUAVES E BRANDOS com rumores deste género. É por poderem sair impunes que estes idiotas fazem o que fazem. Se existir MEDO das CONSEQUÊNCIAS, deixa de existir tanta incidência sobre este tipo de crimes. Coloquem os rapazes a trabalhar na lida do campo, a pegar numa enchada a cavar sulcos na terra para plantar batatas! Há que criar carácter. Não pode ser tudo só presentes, vídeos no youtube, redes sociais e impunidade. 

Agora as MENINAS. 
SEIS FORAM IDENTIFICADAS. 

Quantas não vão se chegar à frente para que não sejam marcadas com esse estigma? Para não terem de recordar todo o pesadelo? Não têm ainda como saber que, se não começarem o processo de ajuda agora, com o passar do tempo, esse pesadelo só fica maior, pior, e que vai estragar as suas relações futuras, não só na intimidade mas como em todas as outras situações de confiança. 


Quero que essas meninas saibam que aqueles que as violaram são uns infelizes. Uns patéticos, fracos indivíduos, tão mas tão inferiores a elas que precisaram de usar de força e de logro e terem-nas escolhido em tenra idade reflecte exatamente os fracos que são. Porque como todo o predador, não foram atrás de uma vítima que tivesse hipótese de defesa: certificaram-se que recorriam às mais fáceis. Pela ingenuidade que os tenros anos ainda lhes confere, pelos poucos anos de experiência de vida e de conhecimentos. 

Não TÊM DE SE ENVERGONHAR ou SENTIR MAL. 
Elas não fizeram nada de errado.
Se têm de sentir algo é o espírito de SOBREVIVENTE. 

Deixar que o que aconteceu com elas não as enfraqueça, mas fortaleça. As torne cidadãs que não cruzam os braços perante a injustiça, que ficam mais atentas ao que as rodeia. E para não os deixarem vencer, continuar a viver as suas vidas não deixando que a violência de que foram vítimas tome prioridade. Seja uma coisa à parte, um episódio. Algo que foi feito A ELAS. Não foi ESCOLHA delas. E por isso, não vai dominar suas restantes vidas. RECUSEM que as deixe emocionalmente incapazes de seguir o seu caminho. Entendem-se como SOBREVIVENTES. Assim como todos os que passaram por traumas, saber-se SOBREVIVENTE é agarrar a boia de salvação para não afundar na sujidade que não é delas, é DELES. 

Espero que recebam boa ajuda psicológica para que possam viver suas longas vidas felizes, produtivas e úteis. Na tentativa de ajudar, todos os que têm traumas recalcados, aqui ficam histórias verídicas de autênticas sobreviventes. Meninas que foram abusadas e até vítimas de tentativa de assassinato. Ainda mais jovens, com oito anos. Cortaram-lhes a garganta, foram agredidas e violentadas. Mas sobreviveram! Como é que elas conseguiram viver o resto das suas vidas? 

São exemplos INCRÍVEIS. Que ajudam muito a compreender qual o rumo a seguir e qual a mentalidade que se deseja alcançar. Não a de vítima, revoltada, mas a de sobrevivente, lutadora que não deixa mais que a poder dos agressores as continue a prejudicar. 






 


domingo, 23 de abril de 2023

Portuguesinha, o que queres de presente?

Portuguesinha, o que queres de presente?

- Uma boneca. 



Uma simples boneca!!!


Que gira o pescoço.


Alguém quer me oferecer uma?




sábado, 22 de abril de 2023

Gosto de me ver grisalha (mas ainda nao estou)

 Nunca havia experimentado shampoo em spray. Faz-me ate confusao, se for a pensar que, supostamente, limpa-se o cabelo "sujando-o".

Mas depois de me entreter a ver videos sobre formas de cuidar do cabelo desde tempos em que a água era escassa e o "banho" regular um conceito desconhecido, dá que pensar: como é que aquelas pessoas se mantinham?

Dizem as linguas simplórias que cheiravam todos mal. No fundo andavam sujos e disfarçavam isso com perfumes e pó de cheiro.

Julgar que toda a humanidade que nos antecedeu era estúpida e ignorante é algo que nao cai bem comigo. Provavelmente é mais o contrário.

Existem fotos antigas de mulheres com cabelos lindos, com um comprimento a arrastar pelo chao. Entao, me desculpem, mas a ignorancia esta naqueles que hoje nem fazem ideia como alcançar essa proeza! Porque, mesmo que tentem, o cabelo nao vai permitir, cai, parte-se, seca. 

Cansada e a precisar descansar, a duas horas de ter de estar no emprego e sem energia ou tempo de ficar de pe debaixo do chuveiro, lembrei-me do shampoo em spray.

A ida ao supermercado ja era necessaria para outor bens, entao trouxe o shampoo, que vem numa lata compressada em spray.

Apliquei no cabelo seguindo as instrucoes. Uma nuvem branca atinge os fios. E meu cabelo ganha um tom mais uniforme de grisalho.

Gostei muito de ver. Acho que me cai bem. Se bem que, ainda ha horas, estive a arrancar tres fiozinhos brancos que brilhavam entre meus outros cabelos como prata ou o reflexo da luz no mar. Destoam. É isso. Tive pena de arrancar o mais brilhante. Porque o fio era espesso! Nossa. Ja nao tenho muitos assim. Fazia tres vezes a espessura da maioria. 


Adiante: ver as minhas raizes polvilhadas de branco deu-me um insite para o que pode estar para vir, muito em breve, talvez daqui a 10 anos, ja tenha o cabelo quase todo cinza.  Por agira, os meus branquinhos sao muito poucos e alguns ainda esta com ar de loiro. 

Nao me assusta o grisalho. Sempre foi uma cor que adorei. Por mim tinha-o pintado dessa cor aos 20 anos. Adoro ver um rosto jovem, sem rugas, com cabelo grisalho. Uma boa turfa de cabelo cai bem em qualquer idade. Qualquer cor cai bem a quem tem muito cabelo. Mas quando se tem pouco, ja sinto que a pessoa, com a idade, fica menos apelativa. Nao que o acha mas acho que nao olhamos com olhos de curiosidade e querendo conhecer as pessoas de mais idade. 

Vejam este relato aqui, de uma ex modelo que notou wue os homens deixaram de lhe dar "aqueles olhares" e deixou de receber convites porque, no seu entender, atingiu a idade cinza. A mulher e estonteante e bonita, conservou isso. Mas de alguma forma a sociedade ja nao responde a essa beleza. No entanto, passa uma miuda de 13 anos e todos olham. Ate de forma inapropriada.

Ha que mudar a mentalidade. E comecar a olhat para mulheres maduras como se olha para o George Clooney. Ou qualquer outro homem qur foi sexy quando jovem e ninguem o repele por ja nao ser jovem. 

Se o shampoo seco resultou?

Nao sei bem dizer.

O que sei e que ja posso sair de casa mais sossegada e trabalhar, sem temer que me estranhem a oleosidade das raizes. 😊

Bom, lá vou eu!

sexta-feira, 21 de abril de 2023

O meu novo vício: coleccionismo

 Ainda não é um vício, mas pode vir a ser. Uso o Ebay para algumas compras online. Mas nunca tinha comprado através de Leilão. A primeira vez foi há cerca de dois meses. Ainda não consegui parar. 

É uma experiência totalmente diferente. Sente-se o nervosismo, o receio das licitações serem ultrapassadas. Corro o risco de ficar agarrada, porque, desde então, acho que não tem passado uma semana que não tenho comprado algo. Procuro não pagar um preço muito elevado, daí os leilões serem tão apelativos. 

É que eu gosto de coisas antigas. Encontrei umas figuras em porcelana que adorei. Mas estas não estavam à venda com um preço fixo. Estavam em leilão. Licitei. Perdi todas. Há última da hora, mesmo quando esperei pelo último segundo para licitar mais, outra pessoa ficou com o objecto. Concluí que era um algorítmo e existia uma forma de colocar a licitação em automático. Só isso explicaria as minhas derrotas. 
 

Tudo começou realmente depois, quando vi umas miniaturas de que gostei muito. Licitei e ganhei. Pedi muito ao vendedor para ter cuidado na hora de enviar. Chegaram em cacos. Fiquei desolada. Decidi comprar outras idênticas. E nesta busca, verifiquei que haviam muitas, em estados diferentes e nem todas me agradavam. Outras não descreviam fielmente o objecto. Encontrar as correctas, para substituir as partidas, tem sido uma odisseia. Que acabou por sair mais caro. Fiz a última aquisição para completar o set de três esta semana. Aguardo que cheguem. (Inteiras).  

Em suma: tenho comprado artigos em porcelana, porque praticamente já não se fazem, pelo menos como "antigamente". E eu sou toda do "antigamente". Os meus gostos são tão modernos, como apreciam um "bom vinho" - por assim dizer. Tenho comprado porcelanas de uma fábrica que já fechou as portas aqui no UK. O equivalente português à "Fábrica de Sacavém". A diferença é que aqui encontra-se com facilidade, vende-se com facilidade e podes ter sorte em comprar a um preço acessível. 

Basta abrir um OLX para perceber que os valores exigidos pelos compradores são três vezes superiores, por artigos com defeitos ou mesmo partidos, só porque foram feitos por uma "marca" de prestígio. Gente, um recado: se está partido, o valor desaparece! Vira lixo. Mesmo que seja vintage, é lixo. Encontrar alguém que aceite ter algo partido e danificado em sua casa, que só traz mau feg-shui, não é fácil. Não tente lucrar, tente se desfazer das coisas. Seja justo, não seja ambiciono ou delirante. 

Actualmente estou a inclinar-me para a compra de figuras de acção a representar um momento de um filme famoso, ou uma série. Deve existir um nome próprio para isso, talvez NECA. Não é MANGA, porque não se trata de cartoons japoneses. Mas vos digo: existe um grande negócio em torno de artigos relacionados com filmes e outras figuras célebres. Lembram-se do Alf? 

Para terem uma ideia, encontrei no Aliexpress vários kits do Alf, iguais aos de cima, à venda por 15 libras. Não comprei logo. Resultado: já não existe nenhum disponível. Retiraram todos. Agora estão todos à venda por volta das 40 libras!

É este o negócio, gente. Compram por um valor sabendo que vão vender por três vezes mais. Isso não gosto. Mas devo dizer que tinha limites bem baixos quando comecei as minhas aquisições e agora, já gasto mais achando "normal". No Domingo, após regressar do trabalho, aguardava o resultado de um leilão de uma figura de porcelana que adorei. Mais uma vez, vintage, de uma marca com boa reputação. Existiam muitas outras iguais também à venda, mas, eu gostei daquela. E vendo todas com atenção, é fácil perceber que nenhuma é igual à outra. Ora são desbotadas, ora têm menos detalhes, ora têm muito detalhe e parecem ser de fabrico mais recente. Acabei por ganhar o leilão. O único outro interessado não foi acima das 20 libras. Eu fui. Comprei duas estatuetas. Com os portes de envio, gastei 50 libras. 

Ainda bem que fiz 11 horas de trabalho naquele Domingo! Só gastei metade do meu ordenado daquele dia. Ahaha.  

Agora estou de olho nesta figura aqui. Aposto que o ator que deu vida ao Quin, no filme "Tubarão", nunca na sua vida imaginou que ia virar uma figura de acção! Muito menos por um filme onde é comido por um tubarão. Mas aqui está: não é lindo?


Se existe um momento que encapsula todo o filme, talvez seja este. E é por isso que sinto atracção por este tipo de produto. Olha-se e sabe-se logo o que significa. É engraçado. O Leilão já vai em 11 libras. Fora portes de envio. A ver no que dá. Aqui está uma variedade de preços: 

Outras figuras semelhantes encabeçam a minha lista de desejos. A dizer a verdade, devo ter começado antes. Talvez em 2018/19, quando comprei a Figma "O Grito". 


O ano passado, quando comprei Conan. 


Agora tenho o Predador na lista, Alien, enfim... 
Não vou levar nada disto comigo para a outra vida. Mas quando morrer, vou deixar uma série de "lixo" valioso! Ahahah. 








quinta-feira, 20 de abril de 2023

Urinas-te no lava-louças? Ah, cuspis-te. Sua herege! Pecadora! És expulsa da nossa comunidade! Queremos perfeição.

 Ainda no descarrilar das notícias automáticas no computador, descobri que o Cláudio Ramos não cospe no lava-louças. "Os filhos são o que são, a sua cospe no lava-louças" - um comentário desnecessário e infeliz, dirigido a uma mãe ausente, dito em televisão em tom de superioridade e reprovação.  

Senti dó pela filha do Cláudio. A quantidade de coisas que esta não poderá fazer. Tem de ser uma santa. É um patamar muito alto para alcançar. É muita pressão. Será que tem de medir a altura da mini-saia com uma fita métrica antes de sair de casa? É muita pressão, estar ao nível das expectativas de um pai que recrimina de forma tão superficial a educação dada por outros pais aos seus filhos. Ela que nunca cuspa no lava louças, que pecado!

Numa semana em que uma mulher é esfaqueada e assassinada, e a polícia é apedrejada, o grande "crime" de uma concorrente de um reality-show foi cuspir no lava-louças. A moça foi expulsa. 

"Os filhos são o que são, a sua cospe no lava-louças". Assim fica-se a saber que o Cláudio Ramos só pode ter sido um filho exemplar, o orgulho da mãe e do pai. Nunca cuspiu no lava-louças. Esse filho exemplar, que deve ter deixado a mãe e o pai sempre tão orgulhosos. (not). Pode-se por aqui concluir que o Cláudio Ramos nunca fez xixi no duche. Ou no mar. Muito menos numa piscina! Ele pára sempre nas passadeiras para deixar o peão passar. E, conforme se recorda do seu historial para atingir a tão ambicionada fama, nunca abre a boca para falar mal de ninguém de forma calúniosa. Jamais. 

São sempre estes, meus caros, que abrem tão facilmente a boca para atirar pedras de alta moralidade. 


quarta-feira, 19 de abril de 2023

A policia na Amadora e a polícia em Albufeira: os mesmos criminosos

 Abri o microsoft chrome e com ele vem o pop-up com as notícias. As mesmas que ignoro e nao procuro. É irresistivel espreitar alguns dos titulos. Outros, claramente click bate, nem tento.

Foi assim que fiquei a saber que uma mulher foi esfaqueada a frente de uma discoteca no algarve. Vi o video que mostra apenas umas pernas a cair horizontalmente no pavimento e a deslizar, como se o peso do corpo facultasse movimento extra. Nada parecido com os filmes. Nao era um filme. Foi real, o fim de uma vida. Esfaqueada no pescoço e peito, numa zona rodeada de umas 20 ou 30 pessoas. Todas aparentemente jovens - cronologicamente com idade para demonstrarem melhor discernimento, mas com uma gritante falta de boa criação. 

Depois surge os comentarios de comentadores televisivos a um video de uma intervencao da PSP na Amadora. A policia foi chamada por locais que se sentiram incomodados com ruidos e outros problemas. Ao chegar foi agredida com pedras e garrafas de vidro. Insultada, expulsa. Mas quem é esta malta que pensa ser dona da Amadora? Manda e desmanda acima de todos? Holligans! Criminosos. Escumalha. 

A policia teve de regressar adequadamente preparada para cumprir o seu dever de repor a ordem. É aí que é filmada. O video é publicado no Tic-toc, o que de si ja diz muito sobre as idades destes individuos que desacatam a autoridade e causam medo e incomodo noutros residentes. 

Deve ser horrivel viver num local a vida toda e ve-lo transformar-se de uma boa vizinhança para um gueto, cheio de malta preguiçosa que nao quer acordar cedo pela manha para ir trabalhar. Prefere andar a assaltar aqueles que o fazem. 

Me desculpem se vou colocar o dedo na ferida. Mas alguém tem de o fazer. O que ha em COMUM com estes dois casos??

A origem dos deliquentes. 

Tanto num exemplo como no outro o que vi foi jovens com raízes vindas de outros países, provavelmente ja terceira geracao, com aquele comportamento de gueto. Um distinto estilo comportamental que se instalou, propagou e dissiminou com um cancro.

Culpo tambem hollywood, que faz filmes atras de filmes a glorificar o gang-style. É o palavreado, a maneira de andar copiada das piores prisões americanas, o vestir à rapper, os palavrões e meias-palavras, os gestos de "grupo" exclusivo - tudo extraído do mundo do crime.  É a saída mais fácil, mais cobarde, assumir-se desencantado com a vida e desistir da ideia de se tornar um cidadao que colabora. Típico de cobardes. Pensam que por terem armas e as usarem, são fortes. Não. A força está exatamente em ser "normal". A força estaria no virar as costas para isso e encarar a vida com honestidade e luta. Criar carácter. Aceitar desafios, derrotas, frustrações. É mais fácil viver a vida se vitimizando, dizendo que lhe devem tudo e mais alguma coisa e tornar-se aquele que acusa, exige, se vitimiza, provoca, mente, agride, roba e facilmente mata.

Isto é ser cool? Ganhar estatus entre os patéticos amigos que mais tarde ou mais cedo, ou morrem ou vão presos? Nao. Isto è ser covarde. A vida tem parametros para ser seguidos de varias maneiras sem ser a criminosa. Mas essa coragem falta-lhes. O MEDO, pavor e quase certeza absoluta que nunca as suas aspiracoes de vir a ser "alguem" vao se realizar. Essa é a realidade da qual se escondem. Não são bons o suficiente para os seus sonhos. Ao invés de buscarem ser, preferem tirar de quem não é cobarde e está a esforçar-se para criar um mundo melhor. 

Estes dois casos se complementam em mais que um sentido. Se não existir polícia, o que acontece? Matam-se pessoas. Simples. REAL. Tomara a família da mulher assassinada em Albufeira, no Algarve, que a polícia tivesse sido chamada e aparecido munida de armas de defesa a tempo de evitar a tragédia.

Estes dois casos são importantíssimos. 

Agora gritam: "Onde estava a polícia?"

Temos de apoiar mais a nossa polícia. Ela tem um papel a desempenhar e tanto quanto sabemos, está a cumpri-lo cada vez que precisamos. Se existir uma excepção, que se lide com a excepção. Se abusar ou for impópria, faz-se uma denúncia e uma investigação. Mas não estamos num filme de hollywood, onde toda a polícia é corrupta e os criminosos, uns Robin Wood. 

Tenham descernimento. 

terça-feira, 11 de abril de 2023

O Dalai lama pediu a um menino para lhe chupar a língua?

 

É, por acaso, um costume tibetano?

O Dalai Lama, assim como o indiano Mahatma Gandhi e até mesmo a Madre Teresa, ou o Papa João Segundo, gozam de um estatuto praticamente equivalente ao de santidade. Descobrir que são humanos e pecadores pode ser um choque. Não muito para mim. Porque acho que, muitas vezes, é em vestes religiosas e com ambições de receberem devoção que vão parar as "piores" peças. Isso ou nas artes e em cargos de uniforme e autoridade. 



Mas não vou precipitar-me em julgamento. É fácil fazer isso e cair a "matar". A imagem acima já está a distorcer os factos, porque ele não chupa, ele dá a chupar. 


Agora se fez isto em público, imaginem o que pode solicitar a uma criança no privado. 

Chupa-lhe o quê? 


sábado, 8 de abril de 2023

Sexta-feira santa - feriado com sol entre semanas de chuva

 

Que bom que é quando podemos realizar uma vontade. E aquela que vinha a ter era passear, conhecer outros lugares. Para espairecer daquele onde estou. 

Estava decidida a ir fazer uma caminhada muito longa, de cidade para cidade costeira, por verdejantes colinas. Tinha tudo planeado mas, no último minuto, descobri que me equivoquei e tudo desmoronou. Fiquei sem chão, a querer desesperadamente cumprir a minha missão: IR A ALGUM LADO ONTEM, sexta-feira Santa. 

Não só por ter existido o "milagre" de ter o meu serviço dispensado por ser feriado - mas porque, segundo todas as previsões sobre o tempo, seria o único dia com SOL para esta e as próximas semanas. 


São sete da manhã e desde que amanheceu que vejo nevoeiro e o céu carregado lá fora. Sente-se um frio gelado e vento. Portanto, se fiz bem sair do trabalho às 6.30 da manhã diretamente para o autocarro, para depois não ir para casa e comprar uma passagem de comboio para Londres?

Claro que fiz. 

O tempo esteve muito bom (para os parâmetros daqui). Sol o tempo todo. Com excepção de quando me encontrava sentada na ainda meio enlameada colina de Primerose Hill, perto do Zoo de Londres, a avistar a vista da cidade recomendada por um colega. Foi aí que, não suportando mais o calor, enfiei a T-shirt que trazia comigo pelo pescoço abaixo, conseguindo a primazia de o fazer sem despir a camisola de pelúcia vermelha que uso como "uniforme". Enfiei pela cabeça a baixo, depois tirei o braço da manga da camisola vermelha e enfiei o braço em duas laçadas: a t-shirt e a camisola. Repeti o processo do outro lado e pronto: tinha duas vestidas, despi a de fora. 


Nesse preciso instante as nuvens cobrem o sol e a colina ficou à sombra. Enquanto me mantive sem o kispo e apenas de T-shirt, o sol abrasador que vinha a sentir desde que iniciei viagem, não deu ares de si. Andei colina abaixo, em direcção ao Zoo, atravessei a ponte para o outro lado do Regents Park, na esperança de encontrar a beleza que vi outrora, mas depois de muito caminhar, meus pés de pé desde as cinco da tarde do dia anterior, queriam descansar. Vi uma tábua lisa a servir de banco e sentei-me. Puxei de um livro que comprei e pus-me a ler. Só que as costas precisavam de apoio, por isso deitei-me na tábua, mochila a servir de almofada e li. Quando me cansei, decidi caminhar para o mercado de Camden, um local que gosto e onde me sinto confortável. Tive de voltar para trás e decidi seguir pelo rumo do traçado do canal - existe um canal de água com passeios de barco que liga Camden ao centro de Londres. Decidi que era por ali que queria fazer o percurso. E foi maravilhoso. 


Este passeio não podia ser adiado "para outro dia". A previsão do tempo só indicava ontem, sexta-feira santa com sendo um dia com sol e boa temperatura. Pode já ser primavera, mas o tempo ainda insiste que é inverno. Chove praticamente todos os dias. Era ontem ou nunca. 

Quando notei que fazer a caminhada costeira pelas colinas das seven sisters - o meu plano inicial, tinham saído logrados, fiquei de rastos. Até me vieram lágrimas aos olhos. É tão difícil saber o que fazer com os recursos limitados que tenho e na condição em que estou (sozinha). Tinha encontrado uma actividade que me entusiasmava. Mal podia esperar por a fazer. Fui trabalhar sabendo que, logo à saída, ia começar a minha aventura. Não ia dormir, ia aproveitar o sol. 

Mas o colega que ficou de me dar boleia desapareceu. E com isso os meus planos foram por água a baixo. Ele ia levar-me até Brighton - uma cidade costeira que é um ponto de ligação com outros locais, e daí eu apanharia um autocarro para as colinas brancas de nome Seven Sisters. 

Sem a boleia, teria de apanhar um autocarro até a cidade e daí outro para Brighton. Este leva duas horas no percurso. O propósito da boleia era somente esse: encurtar consideravelmente o tempo dispensado para chegar lá, a metade do caminho. Saí do emprego às 6.30 da manhã. O primeiro transporte para Brighton só estava disponível às 10:30! Nem tinha percebido que dependia tudo de uma boleia, era apenas para me facultar mais tempo para usufruir do local sem ter de olhar para o relógio. Sempre existem autocarros com partidas matinais. Mas como foi sexta-feira santa, feriado, os horários também deixaram de ser disponibilizados na sua amplitude habitual. Em vez de partir cedo, o primeiro horário passou para as 10.30 da manhã! Mais o percurso de duas horas para Brighton seriam 12h30. Chegada lá, teria de apanhar outro autocarro em direcção às colinas: hora e meia. Na melhor das hipóteses, seriam quase 2 da tarde quando ia poder ser possível começar a caminhada. Como o último transporte de regresso era as 17h, em Brighton, e das colinas até lá levaria outra hora e meia- na melhor das hipóteses, não me sobraria nem uma hora - que é o que leva para caminhar até a falésia. Na prática, não tinha nem um minuto disponível para fazer o passeio. 

Fiquei de rastos! Até me vieram lágrimas aos olhos. Estava convicta de que ia ter o prazer de renovar as minhas energias naquela caminhada. Trabalhei desde as 5 da tarde até aquele instante, motivada por aquela actividade pós-trabalho. Tanto planejamento, tudo por água a baixo. Fiquei decepcionada por ter sido roubada disso por um colega que podia, facilmente, ter-me dado a boleia. 

 No meio desta desilusão, pensava nas minhas opções. Ir para casa? Não! A casa não é um lar. É um sítio onde sei que vou me deparar com uma pessoa má, que me segue por todo o lado, que faz joguinhos, que me impede de ser quem sou e me força a estar demasiado centrada na sua existência. Mais que tudo, queria exatamente FUGIR disso. Daí todo o propósito de precisar de passear. 

Quando o autocarro até casa me largou na cidade, continuei a andar em frente até a estação de comboios. Supresa por já estar activa, entrei, falei com um bilheteiro que revelou estar cansado de responder a perguntas e lidar com pessoas. Depois de saber que um bilhete de ida e volta para Londres custava 20 libras (por ser feriado é que SÓ custa 20 libras - disse-me ele com ar de quem não aguenta mais a reacção do público) segui o meu instinto de «fugir» para outro lugar para que a pessoa que ainda tenho dentro de mim possa se satisfazer e ficar menos condicionada pelo que me rodeia. 

Nuns impressionantes 50 minutos, estava em London Bridge. Ia sem destino e sem propósito. O que inicialmente me causou receio. Receio de não me apetecer estar em Londres e de não sentir qualquer prazer nisso. Mas o tempo - ensolarado, ajuda a levantar os ânimos. Não acham?

Caminhei na direcção que o meu instinto e curiosidade me quis levar. Mas primeiro, um WC. Não vi placas a indicar nenhum, pelo que tive de perguntar a um funcionário que controla as passagens pelos portões de entrada com bilhete. Uma coisa tem de se dizer de Londres: AO CONTRÁRIO do bilheteiro da estação de comboios local, todos os funcionários Londrinos são exímios a dar informações. Fazem-no sempre com aparente gosto em ajudar. Simpatia, boa informação. Uma delícia. E olhem que eles são bombardeados por centenas de pessoas. Alguns de segundo a segundo. Não pára. Dirijo-me a funcionários com uniforme que pareciam estar fora de serviço, a aguardar algo. Ainda assim, escutam, prestam atenção, consultam os horários e informam bem, aconselhando e indicando a melhor escolha, e desejando um bom dia cheio de simpatia. 

Gosto de Londres por causa disso. Vejo pessoas normais, a agir de forma normal. Que não "esquentam" quando uma brisa passa. A maioria culta, interessada, educada. Para mim o cartão de visita de Londres são estas pessoas, a normalidade dos comportamentos. As conversas com que esbarro são normais, também. Onde vivo tudo é mesquinho. É curioso, que era isso que o bully da primeira casa sempre me repetia: "Sai desta cidade, aqui todos são mesquinhos. A mentalidade das pessoas. Ninguém presta. É tudo lixo." - dizia ele. Só que ele também era mesquinho, com uma mentalidade egoísta e vingantiva. Tinha como propósito de vida alcançar status superior, por enquanto só o aparentava dentro do local de trabalho. Talvez devesse ter-lhe dado mais crédito neste patamar. Afinal, é preciso um para reconhecer todos. 

Adiante. 


A ida improvisada a Londres proporcionou-me a serenidade que procurava. O tempo estava bom e quente. A normalidade dos comportamentos serenou o absurdo que constato no dia a dia, principalmente dentro de casa. Pessoas a fazer jogging, turistas, tudo parece normal. 

Quando me mudei para Inglaterra, não quis viver em Londres. Farta de cidade grande estava eu. Senti prazer na ideia de morar num lugar mais tranquilo, pequeno, com casinhas e jardins. Não conhecia era a realidade social destes locais. Talvez não deva julgar todos os locais pequenos, vilarejos etc, por esta amostra. Mas a verdade é que FANTASIAMOS os vilarejos como locais idílicos, cheios da beleza da natureza, com algumas pessoas a viver nele, que são pacíficas, amistosas, hospedeiras, humildes, bem educadas, cheias de valores, justas, amigo do amigo. 

Não é bem assim. Muitas vezes são fechadas no seu próprio mundinho, que é pequeno, tal como é a visão e percepção das coisas. Podem ser mesquinhas, aversas a estranhos, dados a fofoquice constante porque é isso que consideram a actividade social habitual. 

Cidade grande tem fama de ser fria. Pessoas indiferentes umas às outras. Isoladas. Concentradas nas suas vidas, com pouco tempo para olhar em redor. 

Mas olhem: aqui nesta pequena quase-cidade, as pessoas são indiferentes também. Existe muito sem abrigo. Passam por eles como todos na grande cidade passam. Existe muita juventude demasiado agarrada a charros, drogas, bebida.  

segunda-feira, 3 de abril de 2023

Todas as cidades sao iguais

 Estou a precisar quebrar a rotina aqui em Inglaterra. Apetece-me conhecer lugares novos. Um autocarro dizia ter como destino Sutton e decidi pesquisar a cidade no google. 

Surge um conjunto de imagens que se renovam a cada tres segundos. Claro, sao imagens que reflectem o melhor que a cidade tem para oferecer. Surge uma fotografia aerea da topografia e quatro ou cinco imagens de diferentes parques relvados.

A vontade de visitar o lugar desaparece. Nada de diferente. Nem um museu, um restaurante, uma loja pitoresca, uma igreja. 

Só reforça a minha impressão que todos os locais aqui em inglaterra sao identicos. Nao existe singularidade. Quem visita um basicamemte vai encontrar o mesmo em todos os outros. As mesmas lojas, a mesma toponimica, as mesmas casas construidas com os mesmos materiais e com a mesma arquitectura.

Depois lembrei-me do comentário que escutei de um colega ingles noutro dia. À saida do trabalho, lamentei estar a chover e disse: "Mas o que se passa com este tempo britanico que nao para de chover?"

-"ENTÃO O QUE É QUE ESTÁS AQUI A FAZER?" - disparou ele, com reprovação na voz e denunciando um pouco de aversao a estrangeiros.


Como se um simples lamurio sobre a chuva não fosse um comportamento curriqueiro comum a todos por toda a parte. Principalmente quando nao se ve um raio de sol faz mais de um mes (e ja e primavera).  Reagiu como se fosse um ataque ao seu pais. 

Subitamente, tive a resposta aquela "pergunta" dele: "O que estás aqui a fazer?", ao constatar que todas as cidades em inglaterra sao iguais. 

Estou aqui pelo mesmo motivo que ele. Para trabalhar com o status de colarinho preto. Só que ele nasceu aqui e nao conhece diferente. Eu nasci noutro lugar e conheço. 


Estou aqui - percebi, porque Inglaterra nao passa de uma grande fábrica industrial. Estou aqui para trabalhar nessa fabrica, como quem muda para os alojamentos providenciados por uma unidade laboral. Inglaterra ser tao e somento isso, está nestas cidades uniformizadas, na ausencia de diversidade de produtos (como os meus iogurtes prediletos cujo sabor nao existe aqui), nos parques todos iguais para criar a ilusao de escape que nao esta realmente ali. Barato e quase sem manutencao. Para manter os operarios felizes nos seus curtos minutos de lazer. 

Cinco anos e ainda não se vendem estes iogurtes em inglaterra. Pelo menos eu não os encontro. Os ingleses estão limitados a um número mínimo e repetitivo de sabores. 

Inglaterra e uniformizada. Pelo menos para as massas. Tratam o povo como se nao merecesse melhor. Fazem pior que isso: nao os deixam SABER que ha melhor. Wue devem solicitar melhir. A srmelhanca dos EUA, dizem-lhes wue estao na melhir nacao da livre europa e por isso devem agradecer suas bencaos.

Nada podia estar mais longe da verdade. Por vezes, a proclamada liberdade em paises livres e tao condicionada e a realidade ocultada tanto quanto em paises rotulados de tiranos.


domingo, 2 de abril de 2023

Cheated of my life

 

Foi um comentário no youtube que me fez repensar tudo. Meus pais são vivos. Se a ordem das coisas for a usual, irei os perder antes da minha vez também chegar. Não sei como será quando isso acontecer. Comecei a temer essa altura. 

Mas depois de ler aquele comentário, comecei a pensar noutra perspectiva que tal mudança traz para as nossas vidas. Ficará mais solitária? Sim. Mas terminará também uma co-dependência. 

O comentário foi o desabafo de uma mulher que, no leito de morte da mãe, a ouviu dizer: "Agora vais poder COMEÇAR A VIVER". 

Essas palavras, e a admissão da própria que, a pesar da dor, nesse instante foi exatamente o que aconteceu, ressonou dentro de mim. 

Em vez de focarmos-nos na perda, deviamos focarmos nos ganhos. 
A nossa vida re-começa. Não temos mais aquela pessoa ali que, pode parecer para bem mas, se calhar, também é para mal, está disponível e nos exige disponibilidade. 

Achei muito interessante aquela mãe saber que estava, de certo modo, a impedir a filha de viver e dizer-lhe que a sua morte significava liberdade para ela. Mas que coisa linda de se dizer. Talvez o derradeiro gesto realmente altruísta de mãe. 

Porque, sejamos sinceros, altruísmo em mãe está muito sobrevalorizado. A maioria é capaz de actos altruístas mas tem sempre uma base egoísta. Acho até que o egoísmo pesa mais na balança dos pais que outra coisa. Pelo menos a minha experiência assim o diz e, até hoje, é algo que constato diariamente. Eles, contudo, estão alheios a essa realidade. Preferem interpretar as coisas com a conotação tradicional. É mais cómoda e soa melhor. Porém, não é a realidade.