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sábado, 10 de julho de 2021

Um testemunho à quarentena (isolamento) e o que penso do levantamento

Daqui a nove dias, a 19 de Julho, o governo Inglês vai decretar o fim da não-recomendação de viagens a países na lista ambar (Portugal). Também vai deixar de impor uma quarentena de 10 dias no retorno ao UK - desde que a pessoa tenha completado as duas doses de vacinas.

Como é de conhecimento geral, por esta altura, já quase todos estão totalmente vacinados. O governo antecipou a segunda dose da população exatamente para esse fim. Que fim? Dar início à recuperação da economia. Sim, porque se fosse pela saúde, com os casos de COvid a aumentar em flecha e o surgimento de novas variantes do virus ainda mais transmissíveis - como é que alguma vez esta decisão faz sentido??

Antes de mais, quero aqui deixar o meu testemunho sobre o que foi, para mim, viajar cumprindo as actuais regras de imposição de isolamento à chegada. 

E o que penso do facto destas serem levantadas.

1) Fiquei com a sensação que se tratou muito mais de um negócio do que de uma legítima preocupação com a saúde. Se nada mais o provasse, esta decisão de levantamento de restrições numa altura em que os casos aumentam de Covid aumentam bastante em todo o mundo, em particular no UK, dissipam quaisquer dúvidas.

2) Existiu muita intimidação e tom de "ameaça" (bem ao estilo Inglês) avisando das consequências caso as regras de isolamento não fossem cumpridas. Multas elevadíssimas, pena de prisão. Achei isso ridículo - subitamente transformarem as pessoas que só pretendem viajar em criminosas e fazerem ameaças. Para semanas depois - isso já ser irrelevante. 

3) O dinheiro extraído do viajante não foi nada mais do que VERGONHOSO. Faz sentido dizer que nos fazem sentir como se estivéssemos num processo de extorsão.

 * Exigiram um teste PCR até 72h antes da viagem de ida. Custo médio: 100euros
 * Exigiram um teste PCR até 72h antes da viagem de volta. Custo médio: 100euros
 * Exigiram um isolamento domiciliar de 10 dias com dois testes PCR. Custo médio: 200euros

Esta regra de isolamento com a exigência de  DOIS TESTES ao covid é absurda.
Descaradamente uma forma de extorsão. Já não bastassem os 200 euros gastos nos PCRs antes e depois da viagem, o isolamento, ainda era realmente preciso mais dois PCRs? Para quê? Só se for para encher os bolsos aos laboratórios! Depois das máscaras de rosto e do gel desinfetante vendidos a preços exorbitantes, agora vêm os Kits de teste ao Covid.  

Nem pessoas anteriormente DIAGNOSTICADAS com COVID 19 tiveram de fazer testes durante o seu isolamento de 10 dias. Minha amiga, que apanhou em Novembro passado, foi mandada se isolar junto com a família por apenas 10 dias, período após o qual ela, o marido e as filhas puderam sair. Não tiveram de fazer um único teste ao covid depois disso!

Como podia o governo garantir que estas pessoas - sem serem sujeitas a testes - já não tinham o virus e não iam contaminar outras? E o que é pior: na altura a quarentena era suposto durar 15 dias. A dela foi logo reduzida para 10.

Eu vou viajar negativa, regresso negativa, e ainda tenho de fazer quatro testes e pagar do meu bolso! Parece-me que, num caso positivo, é ainda mais URGENTE efectuar testes. Eu sou um caso negativo, isolo-me em casa por 10 dias, e isso não basta porquê?

O que fez o governo impor a obrigação de DOIS testes ao COVID durante o isolamento?
E agora retira-a! 
Que cara-de-pau.

Essa imposição era tão incontornável que, para viajares, tinhas de ter o Kit de teste ao Covid já comprado. A compra fornece uma referência e essa referência é necessárias para completar com sucesso o preenchimento do passenger allocation form (formulário de passageiro), sem o qual nenhuma companhia aérea te deixa embarcar no avião. 

Essa compra foi tão imposta, como se não bastasse por ser obrigatória antes da viagem - como o governo disponibilizava um link no formulário com centenas de contactos de laboratórios espalhados por todo o Reino Unido, encarregues de vender esses Kits. Foi muito fácil encontrar onde comprar. O difícil era saber qual escolher, tal era a dimensão impressionante da "oferta".

Eu carreguei num ao acaso - o primeiro da lista. E até hoje estou à espera que me enviem o Kit de teste ao Covid para o dia 2 e 8 de isolamento. Gastei 155 libras - quase o equivalente em euros. 

Como já revelei noutro post, o custo da deslocação a Portugal foi muito acida do que podia ter sido. 

Para uma viagem de avião de ida e volta - terminei por adquirir CINCO passagens.
Para uma viagem de ida e volta ao UK - fiz QUATRO testes PCR, um antigenio (para não gastar mais 100 euros noutro PCR) e vários auto-testes. 

Se era preciso IMPOR QUATRO PCR testes? 
Acho que não! Definitivamente não. 
Sabiam muito bem que isso implica a compra de QUATRO testes por pessoa. A 100 euros cada teste (preço mais barato), só uma família gasta um ABSURDO para estes testes ao COVID. Parece-me a mim que estavam mais interessados em CASTIGAR a pessoa que persistisse em viajar. Impondo estes gastos absurdos.

E para quê?
Para ao final de três semanas, com casos a aumentar ao nível vermelho, levantarem tudo.

Vai lá viajar! Não te preocupes!
Vai... agora que os casos positivos estão alarmantemente a aumentar como já estás vacinado - vai. Expõe-te. Precisamos saber se a vacina é eficaz. Vai lá, cobaia. Se morreres saberemos.  

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Isolamento quebrado para ir colocar o teste no correio

 Estou autorizada a "sair" de casa para ir colocar o teste no marco do correio (especial para colheita de testes Covid).  Lá fui, munida de máscara e óculos. Evito as artérias mais congestionadas de gente, vou pelos caminhos com menos aglomerações e nisto, um homem sentado num banco, ao sentir-me passar, levanta o pescoço, abre a boca e tosse duas vezes de propósito para me atingir.
Mas mesmo de propósito. Não lhe apeteceu tossir e fê-lo no momento que ia a passar. Fê-lo porque percebeu que ia passar na sua frente e ele, como um cão que late, abriu a boca e forçosamente tossiu para me atingir. 

Um acto que considero criminoso, nos dias que correm. 

Mas o que fazer? 
O homem pareceu-me ser um desses que andam à deriva. Ainda assim, não é desculpa. Sacana. A espalhar os seus germes em cima de mim. Intencionalmente. 

Isto fez-me perceber que quero ainda mais permanecer dentro de casa. 
Quem diria? Eu, que nunca fiz confinamento nem a ideia pareceu que encaixasse comigo. 

O que vejo lá fora NÃO ME AGRADA.

Eram quatro da tarde e os pubs já estavam abertos, com as suas esplanadas a ocupar metade do espaço. Já não há "mascarados" nas ruas. As ocasionais máscaras que se vêm já nem estão no queixo: estão no pescoço! 

Os mais novos, que ainda nem vacina receberam e que são a faixa etária que mais gosta de aglomerados e festas, já entram nas lojas sem usar máscara. E ninguém lhes diz nada. 

E pessoas ou items deixados pelo chão das ruas? Denunciando que aquele espaço está a ser reclamado por um sem abrigo? Vi tantos!! Igual ao que estava ou ainda pior ao antes da pandemia. 

Uma rápida passagem pela cidade para ir colocar uma encomenda no marco de correio e devo ter visto cinco situações destas.  

Tudo é para mim uma visão triste e não me identifico com o que me cerca. 

A verdade é que a única coisa que me prende a esta cidade é o meu emprego - e o ordenado que consigo tirar dele. O resto não mais me diz nada. Nunca foi um local muito bonito de se viver - mas para quem não tem automóvel para viver em bairros familiares ditos - sossegados - a cidade cumpre bem o seu papel em termos de acessibilidade de transportes. Cidade por cidade, todas no UK são iguais. Têm as mesmas lojas, as mesmas ruas, as mesmas casas... 


quinta-feira, 24 de junho de 2021

O Negócio do COVID


Viajei para Portugal no dia em que se soube que o UK ia colocar o país, na terça-feira seguinte, na lista ambar. O que significa que o meu regresso não seria mais efectuado com Portugal na lista verde. As implicações são grandes - e daí as correrias de estrangeiros em Portugal para o aeroporto. Pessoas que tiveram de encurtar as suas férias porque não poderem dar-se ao luxo de permanecer em isolamento. 

Essa é a condição de ter um país na lista Ambar de viagens. Ao chegar ao UK, tem de se efectuar um isolamento de 10 dias à chegada

Pensam que é só isso?

Não. Não é. As implicações são maiores.

PRIMEIRA FASE

Para embarcar do UK para Portugal, é preciso efectuar, no máximo até 72h antes da partida, um teste negativo ao Covid. Não é qualquer um teste que é aceite, só o PCR. Custam 100 euros.

 Sabendo que no regresso vão exigir outro, calculo que outros 100 euros serão gastos. No total, 200 euros só em testes ao COVID. Um investimento que achei que valia a pena, visto que sentia falta de Portugal. Saudade e necessidade de voltar a estar sobre a luz de Lisboa, já tão distante e a cair no esquecimento. Tirando esta necessidade física e sensorial, outros motivos mais importantes tornaram a viagem essencial. Burocracias que não consegui resolver à distância, como renovação de documentos de identidade e urgências médicas. 

Pisei na minha terrinha com tudo encaminhado. Só tinha de aguardar DUAS SEMANAS para a renovação dos documentos de identidade na loja do Cidadão. Mas era tempo demais. Bóris Johnson ia revelar, dia 21 de Junho, novas medidas. Temi que ele fosse fechar o espaço aéreo, tal como o fez no ano anterior. Bem organizado, podia suportar os 10 dias de isolamento de modo a não me prejudicar com o emprego. Este é oscilante, variável, pelo menos essa realidade permite-me viajar. Escrevi um email ao serviços de Notariado da loja do Cidadão a pedir (a explicar) porque necessitava de antecipar a data para algures antes do dia 21 - altura em que o Boris Johnson, PR do UK, ia anunciar novas medidas. 

Todos têm medo das decisões do Bóris, porque foram sempre não benéficas e põem todos a correr desesperadamente de um lado para o outro, frustrados por terem os seus planos arrasados. No Verão passado, apenas duas semanas depois de ter decidido abrir o espaço aéreo a Portugal, Bóris anunciou que o ia voltar a fechar.  (lembram-se???).

Eu lembro, porque fui uma das pessoas que correu para o aeroporto para comprar um bilhete - que quase não encontrava em lado algum, muito menos um directo para o aeroporto de meu interesse. Lá consegui com uma companhia aerea na qual nunca tinha viajado ou ouvido falar. Foi a minha salvação, e custou-me pouco mais de 200 euros.

Desta vez, e tendo ele acabado de meter Portugal na lista ambar, temi que voltasse a fechar o espaço aéreo. Todos os naturais e emigrantes trabalhadores que não podiam se dar ao luxo de 10 dias de isolamento já estavam no país, a contribuir para o PIB. Os que ficaram para trás, naturalmente seriam os reformados, os jovens em férias, os "menos úteis".  

O que ia impedir Bóris de fechar o espaço aéreo, que esteve, inclusive, PROIBIDO a viagens não-essênciais? 

Por isso pedi à loja do cidadão encarecidamente para me anteciparem a data em que me poderiam atender, imaginando que haveriam desistências. A resposta foi imediata e a marcação foi antecipada uma semana antes da data inicialmente prevista. 48h antes da temida terça-feira das decisões: dia 21 de Junho de 2021. 

Foi então que antecipei a viagem de regresso para o dia 20. Teve um custo adicional de 60 euros.

A estada em Portugal foi prolífera: consegui ir ao dentista, tratar de assuntos nos bancos, actualizar os meus dados, recuperar um investimento expirado em certificados de Tesouro que tinha realizado seis anos antes - quando os media fizeram um grande alarido sobre aquele ser o último ano em que as taxas de juro valiam a pena e depois tudo ia mudar. Descobri que o dinheiro seria depositado automaticamente na minha conta - uma conta que entretanto foi fechada - exatamente por volta do ano do investimento. 

Quis então saber para onde foi o dinheiro - já que não o recebi. O assunto pareceu-me complicado - com a pessoa a me dizer que o dinheiro foi transferido. Eu já a pensar que a Caixa Geral de Depósitos aceitava dinheiro em contas inexistentes, a imaginar a burocracia que daí advinha, mas tudo se resolveu em segundos. Assinei uns papéis e aguardo que a quantia seja depositada na conta - que convenientemente é nos correios. Não sei se é por isso que facilitaram, não entendo as implicações. Mas posso dizer-vos uma coisa: estou satisfeitíssima com o banco CTT. Nunca nenhum outro banco foi tão simplista e menos inconveniente. Não só não me enchem de marketing, não tentam impingir-me este e aquele serviço, seguros de saúde, investimentos de poupança - NADA. Talvez o facto se explique com quantia baixa que lá tenho. Ainda assim, não me massacram.

O mesmo não posso dizer com a Caixa Geral de Depósitos ou o Santander - que exatamente por não verem grandes números na conta, arranjaram maneiras de me fazerem pagar extras. O Santander então foi asqueroso. A mulher que me atendeu, irascível e abrasiva no trato, chegou mesmo a dizer-me que não tinham interesse em manter contas de clientes como eu.

Uau! 

Voltando ao tema central: O custo de uma viagem de ida e volta do UK para Portugal tendo o Covid como restrição. O que eu não entendi bem nas regras de Portugal ser colocado na lista de países AMBAR, significando que 10 dias de isolamento serão exigidos - é que TINHA DE COMPRAR ANTECIPADAMENTE um outro teste ao Covid-19 para o dia 2 e dia 8 após a chegada. 

Três dias antes da partida para o UK fiz um teste PCR ao Covid. Custo? 100 euros.

Na manhã da partida, não me deixam embarcar. Faltava-me o papel de passageiro. Tinha-me esquecido disso! Como? Não sei. Pensei ter passado tudo a pente fino. Mas não seria difícil preencher um na hora. Afinal, considero-me PIONEIRA, pois o ano passado, cumprindo à risca o que o site do Governo dizia, preenchi às pressas um desses documentos, na altura do êxodo antes que o espaço aereo fechasse, e depois ninguém mo pediu! Fui eu que o mostrei aos serviços de Fronteiras ao chegar ao UK, perplexa que ninguém mo tivesse solicitado em todas as etapas anteriores.

Anyway...

Desta vez, sem esse papel nem embarque fazia. A Easyjet foi bastante clara. 

Passager location form

Seria rápido preencher e poderia mostrar o comprovativo online. (Graças a deus pela internet, a tecnologia e os smartphones). Estou no aeroporto com o check in feito dias antes, pronta a deixar a mala de porão e já a ter de correr para embarcar a tempo.... tendo que passar pela morosa segurança... e perder tempo caso me separem as malas depois de passarem pelo raio-X...

Mas ainda dava tempo. Comecei a preencher aqueles infindáveis dados... até que chego à realização de que se não comprasse um KIT ao teste ao Covid simultaneamente, o passager location form não seria concluído e finalizado

E sem este preenchido, não me deixavam embarcar!

Era obrigatório a compra antes da viagem. 

Não sabia. Pensei que ia comprar o kit à chegada no aeroporto. No mesmo laboratório onde fiz o teste para partir, que fica, convenientemente localizado a dez passos da saida de passageiros. Às pessoas que perguntei informações antes de viajar, só me souberam dizer que não sabiam, que tinha de consultar o site do governo. O que fiz. Mas de alguma forma, esta noção de compra antecipada ou simultanea não surgiu. Para ser sincera, acho que não está bem explicada. Porque poderia tê-la comprado antes mesmo da viagem, caso soubesse que não podia comprá-la no regresso. 

O site do passanger location form fornecia um link com inúmeros, centenas na realidade, de nomes de LABORATÓRIOS que providenciavam o KIT. Carreguei no primeiro existente, estava com pressa. Tanta pressa.... E muito calma para a urgência com que deparei. Depois de colocar os dados do número de cartão de Débito, etc, etc.. carrego para finalizar e não é permitido. 

Fico atónita. Tento cinco vezes mais. Os minutos a passar, a consciência de que teria de correr para a porta de embarque... Até que li com atenção a mensagem que surgiu cada vez que tentei comprar o Kit e não deu resultado: "NÃO PODE COMPRAR O KIT NO MESMO DIA DA VIAGEM".

A sério???
Então era inútil. 

Nunca que alguém que não preencheu o formulário antecipadamente ia conseguir viajar. Estava eu mais outras três pessoas, estrangeiras, inglesas, na mesma situação. Agachados no chão do aeroporto, encostados num pilar, a tentar finalizar aquela operação. 

Para quê? Se não se podia COMPRAR o kit sem o qual não se completa o formulário?

Falei com o funcionário da Easyjet que me respondeu para continuar a tentar, porque antes de Portugal ser colocado na lista Ambar, pelos vistos a compra de kits de testes era possível no próprio dia. Eu tomei como verdadeira as palavras escritas no formulário. Ainda assim decidi fazer batota. Ao invés de dizer que ia viajar naquele dia, coloquei a data do dia seguinte. E assim procedi com todo o preenchimento do formulário novamente. No final, após preencher pela sexta vez os dados bancários, pareceu-me que as etapas seguintes continuava sem ter sucesso. 

Desisti. Perdi a viagem. Faltavam 30 minutos para a porta de embarque fechar. Mesmo sabendo que eles nunca cumprem esse horário, pareceu-me absurdo ter esperança, visto que não me permitiam viajar sem o documento e este estava dependente de uma compra de um teste ao COVID, que só podia ser realizada até 24h antes.

PORQUE NÃO INFORMAM AS PESSOAS DISSO??

Porque o que interessa é FAZER DINHEIRO. 

Mesmo à custa de uma pandemia mundial.


Não foi fácil ouvir as reprimendas da minha família que, naturalmente, culparam-me pelo desconhecimento. 

Em casa, comecei o processo por etapas - todas pescadinha de rabo na boca - para adquirir nova viagem. Teria de fazer outro teste ao Covid para embarcar. (100 euros!) Porque - estupidamente, fiz o anterior exatamente três dias antes da suposta viagem. Tivesse eu feito um dia depois e ainda estaria válido por mais 24h. Tanto o formulário do teste ao Covid como para completar o Passenger location form precisava de ter o número de assento e de voo. Mas não ia comprar a passagem sem antes ter o Kit e certeza de que iria conseguir realizar com sucesso um outro teste ao Covid. E o Kit era comprado ao preencher o Passager allocation form.

Sorte ou azar meu - a realidade é que, naquelas muitas tentativas efectuadas no aeroporto, acabei mesmo por fazer a compra. Talvez aquela com a data de partida alterada foi a que teve sucesso. Mas poderia eu viajar com uma data diferente da usada durante a aquisição do kit, tendo fornecendo dados de voo de uma viagem não realizada? Teria esse Kit informações anexadas a ele tornando-o de uso exclusivo?

Precisava saber. Já havia gasto 160 libras, que foi o custo do KIT. Não poderia sequer imaginar que me iam pedir para comprar um novo Kit porque perdi uma viagem, indo realizar outra. Não iam pedir para também comprar um segundo Kit, ou iam?? 

Depressa percebi que, tendo recebido o código de compra, podia utilizá-lo quantas vezes quisesse. O que achei estranho. Para isso bastava-me obter o código de um outro passageiro qualquer, provavelmente nem iam comparar dados e descobrir o acto. Ou quem sabe, poda até ter inventar um. Pelo menos para conseguir embarcar. Depois, à chegada, lá comprava um Kit de verdade, que ainda ia cumprir o dia 2 e 8 exigidos. Mas eles não colocam a possibilidade de se fazer testes à chegada, caso não se consiga na partida. O que acho de mau tom. Deviam equacionar esta hipótese, principalmente durante as primeiras viagens.

Sabendo que tinha todos os dados comigo, comprei uma passagem na TAP para a manhã do dia 22. Acabei por preencher o formulário de viagem com o código de compra desse kit, marquei um novo teste ao Covid para essa mesma tarde - tendo optado (e descoberto) que podia realizar um Antigénico, com um custo bastante inferior (30 euros).

Mas algo não estava bem. Algo não batia certo. Não consegui relaxar. A ideia de partir no DIA A SEGUIR às medidas anunciadas por Bóris Johnson deixavam-me apreensiva. Ele podia optar por fechar o espaço aéreo com efeito IMEDIATO. Nas noticias estava claro que Lisboa e outros concelhos estavam a escalar rapidamente em casos Covid e nesse mesmo dia, Lisboa passou para o Estado Vermelho. Tudo ia fechar novamente. A reacção de um país estrangeiro diante dos números não é nenhum quebra-cabeças: para mim fecharem o espaço aéreo ia ser a consequência.

Nunca tive dúvidas de que um novo lockdown vai ser implementado. Gostaria é que essa constatação fosse mais gradual. No meu entender, mal se "abrem as portas" e se deixa as pessoas sair, logo os números começam a aumentar imenso. 

Para mim o que os governos fazem é abrir uma pequena janela por esta altura das férias de Verão e tentam esticá-la o máximo possível. Mas o Covid, a propagação do virus - que nenhum especialista consegue controlar - nunca vai permitir que a normalidade regresse tão depressa. 

A vacinação não é uma solução, nem sequer funciona para o desconfinamento. Bastaram duas, três ou quatro semanas após a abertura dos comércios para os números escalarem ao que, segundo li, só tem comparação com a primeira fase de confinamento. 

Aqui em inglaterra, onde sempre achei que a maioria da população não cumpre NADA das regras de precaução, as vacinas estão bem mais adiantadas. Enquanto estive em Portugal, recebi mensagens diárias para marcar a SEGUNDA dose. Esta já estava marcada, pelo que a mensagem fez-me confusão. Tal como ditava a lei, ficou automaticamente marcada para umas tantas semanas após a primeira dose - que tomei em Abril. Em Maio telefonei para o número facultado caso quisesse alterar a data porque pretendia viajar já com a segunda dose. Foi-me dito que era IMPOSSÍVEL ANTECIPAR a vacina. Porque não podiam ir contra o sistema informático, que só permitia alterações após quatro ou seis semanas da data da primeira dose. 

Por isso muito me surpreendeu que, chegando exatamente essa data, me andassem a telefonar - porque além de mensagens também me telefonaram, para que fosse tomar a segunda dose de imediato. Ora... estando eu em Portugal, dificilmente poderia receber a segunda dose. E tendo que ficar em isolamento por 10 dias, mais adiada essa dose teria de ficar. 

Se me tivessem dado ouvidos... 

O Bóris, assustado com os números de infeções, decidiu vacinar todos rapidamente. Mas é tarde... e não vai surtir os efeitos desejados. A vacinação não é a cura. Não impede a contração do virus. Existe uma maior ameaça de momento: a variante Delta, 60% mais contagiosa e impossível de rastrear a origem.

Isto é assustador.

Pelos factos, estamos PIOR AGORA  do que durante a primeira fase, sem a vacina, sem o teste. Pelo menos no que respeita à propagação do virus. Essa ganhou mais força. Embora tenhamos alguma arma para o combater - a vacina, é quase como ir para uma batalha munido de uma agulha, quando o inimigo tem espadas.

Resta-nos a vantagem de saber que, com apenas água e sabão, se destrói a sua armadura. 

Mas quem diz que a população gosta de se munir dessas armas??

Por alguma razão a peste Negra afligiu toda a Europa lá em séculos passados...

Limpeza e Higiene era algo pouco importante.

Percebi que estaria em permanente angústia nas próximas 48h, por ter comprado uma passagem na TAP para o dia 22. Decidi então antecipar a viagem para o dia 21, sabendo que tinha de correr com a papelada, pois iria viajar dali a 16h. Alterar a viagem do dia 22 para o dia 21, mesmo tendo adquirido a passagem há menos de duas horas, ia custar mais 100 euros. (Dá para acreditar?). Por causa dos CUSTOS que a TAP cobra por alterações. Ao contrário da Easyjet, a companhia não tem uma isenção de 24h, caso queiras mudar de ideias. Comprar a passagem novamente, custaria cerca de 85 euros. É muito... mas subitamente, quando fui online, o preço desceu novamente para os 65 euros - valor que estava apresentado pela manhã, apenas horas antes. E então decidi comprar. 

Acabei por comprar TRÊS passagens de regresso ao UK, só podendo usar UMA. 

Nisto, chega o dia 21, aterro em Londres, e o Bóris fica MUDO por mais UM MÊS.

Ora, ora!

Ele sabe muito bem o que terá de fazer: fechar tudo. 

Mas como isto mal abriu, e para não ficar mal, por um mês ele vai deixar as pessoas se contaminarem umas às outras, achando que já estão livres para passear e ir onde quiserem... depois, daqui a um mês o verão já terá tido algum tempo para ser gozado, ele vai fechar as portas. Porque se pensa que a vacinação vai ajudar, eu tenho dúvidas...

RESUMO:

Viagem: easyjet: 140euros TAP: 140 euros

Testes ao Covid: 100 (ida) + 100 (volta) + 30 (volta 2)  + 160 (isolamento dia 2 e 8)  = 390 euros

Renovação de documentos de identidade: 100 euros

Consultas médicas: 40 euros

Tudo por duas semanas em Portugal.

Se valeu a pena?
VALEU!

No fundo... é só dinheiro. Este vai e vem.

Mas a possibilidade de estar onde desejo - a liberdade de movimentos - essa vale ouro.

sábado, 22 de agosto de 2020

A ida ao centro de testes Covid19

A maior dificuldade que encontrei foi encontrar alguem com carro disposto a me levar ate la.


O acesso ao teste para o Covid-19 so esta disponivel por Drive trough. 


Marquei um teste para mim, outro para a minha amiga. Ja que estava a ajudar-me, perguntei se tambem o queria fazer e ela, claro, disse que sim. Mais por a oportunidade ter surgido que por receio de ter vindo a ser contaminada. Ela é daquelas que diz "Deus ta no comando", nao vê utilidade em usar mascara, nem em ficar fechada em casa. Viaja, passeia com a familia, tudo sem mascara e sem levar desinfectante consigo. A distancia social tambem nao a preocupa no contexto laboral. "Se tiver de ser nao ha nada que voce possa fazer. E entregar a Deus!".- diz.

Ao chegar somos informados das regras de funcionamento. Uma mulher de luvas e mascara, atraves do vidro da janela do carro, que tem de permanecer fechada, explica que e proibido ter "dash cam" (camera de tablier), e proibido fazer videos, nao se pode abrir as janelas do carro ou sair da viatura, so se pode conduzir a 5Km à hora e se precisassemos de ajuda, durante o percurso colegas dela explicariam o que fazer. Depois quis nos identificar e fe-lo atraves da matricula do carro. Havia a registado no site meia hora antes.  Todo o registo e marcacao e feita online, no proprio dia. (Bem diferente do serviço telefónico). 

A senhora pede-nos um documento de identificacao e, atraves do vidro, cada uma de nos lhe mostra o passaporte.



Seguimos em frente, passando por muitas lombas. Uns homens de mascara no fundo da estrada gesticulam a direção a seguir. Acenei-lhes em reconhecimento e o carro virou à direita. Nova paragem e outra mulher de luvas e mascara (sem a viseira, bata ou megafone como a da imagem) desta vez posicionada do meu lado, o do passageiro (que no Reino unido é à esquerda) nos pergunta se trouxemos desinfectante para as maos, luvas ou lenços de papel. 

Minha amiga abre a janela do carro para ouvir melhor e e-lhe dito para a fechar, so pode abrir um dedo de espessura (o que me fez entender a força de contagio deste virus, pois nem o ar que vem do interior dos carros aqueles profissionais querem arriscar respirar).

Minha amiga nao tinha esses itens consigo mas eu, prevenida, respondi que tinha. 
- "nossa, voce esta mais que prevenida" - diz ela, sempre achando que é demais.



Desinfectamos as maos com gel e a funcionaria, que tambem pergunta se ambas vamos fazer o teste, entra dentro do casebre do qual tinha saido à nossa chegada, voltando a sair trazendo dois sacos plasticos. De um deles remove do interior um outro saco, que por sua vez, contem outro saco com o kit em si: um cotonete medio e um frasco com um pouco de um liquido avermelhado no interior.



Explica como funciona a colectagem e diz que existem instrucoes no interior. Se tivermos dificuldades ou nao conseguirmos fazer o teste a nos mesmos, eles ajudam.

Tanto esta mulher como a da portaria começou por perguntar se haviamos estado ali antes. Como a resposta foi negativa devemos ter recebido a explicacao completa, destinada a estreantes.

Seguimos caminho. Mais distancia, mais lombas a cada 3 ou 4 metros, mais uma curva à direita, seguida por outra à esquerda. No final desse caminho improvisado por divisorias, outra curva à direita, seguida de estacionamento. 

O carro parou onde uma placa dizia que era para parar. A uma boa distancia mesma à nossa frente, no que seria uns quatro a cinco carros de cumprimento, estavam mais funcionarios. Estes nao se proximaram e percebi que era ali que deviamos fazer o teste.

Passageiro 1 e passageiro 2. Era assim que vinham identificados os kits. Entreguei o 1 à minha amiga e fiquei com o outro. Ela abriu o saco e procedeu à leitura das instrucoes em voz alta, naquele seu ingles meio partido, mas que nao a impede de se fazer comunicar claramente.




Ela despachou-se primeiro. Eu comecei a fazer o teste depois dela terminar o seu. Li as instrucoes para nao cometer erros. O mais facil de se cometer acidentalmente, a meu ver, é tocar com a cabeca do cotonete na mao, na roupa, no saco, em qualquer lado, ja que o teste e feito dentro do carro. 


As instrucoes diziam para comecar por raspar os cantos da boca ao lado das amigdalas por 10 segundos, e depois, com o mesmo cotonete, escolher uma narina e proceder a colecta, enfiando o mais possivel cotonete no interior, mas parar se sentir resistencia. Um movimento de rotacao era necessario, entre 10 a 15 segundos. Optei pelo tempo maximo, concentrando-me na profundidade e contando os segundos na minha mente.

Acho que a minha amiga nao ligou a isso.



Tossi duas vezes apos tirar o cotonete raspador da garganta. É um sitio onde se sente vontade de tossir. Minha amiga tossiu durante e depois. 

No nariz a dificuldade nao foi tao grande quanto a esperada. Ja vi colectores mais longos que aquele, que era do cumprimento de uma caneta.

Segui as instruções conforme as figuras. No final da colecta, enfiei o cotonete no frasco vermelho, fechando bem. Foi enfiado no saco transparente com zipper do qual nenhuma de nos retirou o lenço de papel. Por sua vez esse saco foi enfiado noutro, onde a minha amiga escreveu o seu nome. 



Estava a tirar uma caneta da mala quando me lembrei que a senhora que nos entregou os kits disse para nao fecharmos o ultimo saco. Minha amiga tinha fechado. Então ela fez sinais de luzes com os farois do carro, para chamar ajuda. Um dos homens no toldo em frente apareceu diante da janela dela.

-"Eu fiz asneira e fechei o saco, e agora?"

Num ingles pessimo, quase imperceptivel, o homem explica que mais à frente ajudam.

-"Poe seu lixo no saquinho e leva consigo" - diz minha amiga.

- "ja tenho tudo na mochila" - respondi.

Seguimos caminho, sempre sem sair do carro, sempre a 5km à hora. Curva à esquerda seguida de uma direita. Avista-se outro casebre com uma funcionaria fora, outra dentro. Minha amiga acelera, querendo quebrar a chatisse dos 5km por hora. 

Ela trava mesmo diante da mulher. Explica que selou o saco, mas ouve como resposta que tem de mostrar o conteudo. Depois de verificar o conteudo de ambos os sacos (suspeito que era suposto verificar de outra forma), informa que no faz mal o saco estar fechado e procede a nossa identificacao. 


Como minha amiga escreveu seu nome no saco perguntei se tinha de fazer o mesmo. Mas nao obtive resposta, porque a funcionaria estava a pedir pela identificacao, um codigo QR enviado por email. Como minha amiga nao me providenciou uma conta de email na altura em que registei, mostrou o SMS que eles tambem enviam, supostamente tambem aceite. Mas foi a placa do carro que foi sempre usada para dar inicio ou apressar todo os procedimentos. Com a matricula do carro os funcionarios sabiam os nossos nomes e tinham acesso ao resto das informacoes disponibilizadas online. Entre elas as nao perguntadas: nao apresentavamos sintomas e trabalhamos numa funcao considerada profissao essencial. (O que quer dizer que nao paramos de a exercer durante o lockdown, nos mesmos moldes necessarios antes do Covid). 



A funcionaria pede à minha amiga para encostar o codigo de barras contido no saco plastico junto ao vidro da janela do carro e passa um leitor de scanner. De seguida, pergunta-nos a nossa data de nascimento e pede a identificacao. Os passaportes, à vez, tambem sao encostados na janela. 

Por esta altura ja me tinha dito para selar o saco com o kit, que tambem foi encostado ao vidro e lido pelo scanner. A funcionaria foi para dentro do casebre e trouxe um caixote preto forrado com um saco branco. Pediu para abrirmos a janela so um pouco e atirar-mos os kits para dentro do caixote.

Assim foi feito.

Minha amiga desejou-lhe um bom fim de semana e seguimos caminho.

Todo o procedimento, desde a chegada na portaria, onde nos pediram identificacao (antes da primeira descrita aqui) ate este ponto, levou 23 minutos.

Os resultados sao enviados por email ou SMS em 48h.







segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Outro teste: O de Kinsey


Andei pelos post no blog um jeito manso e deparei-me com a autora a dizer que fez o quizz de Kinsey cujo resultado deu "certinha que nem uma flecha". 

Ora, tendo eu visto o filme sobre Kinsey dezenas de vezes, não precisei de introdução ao que se tratava. Um estudo sobre a sexualidade humana. Por curiosidade, fui fazer o teste. E gostei do que deu. Acho que é verdadeiro.

ESCALA: entre 1 a 2.

CONCLUSÃO: MENTE ABERTA


Você está entre um 1 ou um 2 na escala de Kinsey. Isto quer dizer que você sente-se predominantemente atraída por membros do sexo oposto, mas têm existido ocasiões em que a ideia de um encontro entre o mesmo sexo a intriga. Independentemente de já ter agido sobre esses pensamentos ou não, isso mostra que você tem a mente aberta e é tolerante perante as preferências das outras pessoas. Ainda bem para si!


AMEI!
Sou tolerante e compreensiva desde que nasci e desde que me conheço como gente que algumas pessoas acham esse traço admirável. 

Capaz até de ser tolerante com coisas que ainda estão classificadas como indecentes. Tudo depende, claro, do contexto

Faça aqui o teste de Kinsey.
(O tamanho das imagens no monitor podem influenciar o resultado)


Nota: A dizer a verdade, achei-o pouco fiel ao que imagino poder ter sido os reais testes. É fácil de perceber que tudo o que basta é detectar um corpo humano para que o resultado jamais possa ser idêntico ao da nossa comadre Um jeito Manso. 



sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Experiencia... vou conseguir comentar isto?



Cada vez gosto mais da rapariga que se vai embora. É frontal sem ser agressiva e reage normalmente às coisas. Acabou por ser "tramada" pelas pessoas a quem recorreu e confiou. Porque ao invés de se esforçarem para encontrar um ocupante para o quarto que pudesse ocupá-lo já, foram cá meter uma que vai aparecer quase a meio de Janeiro!

Forçando assim a que a rapariga tenha de pagar a renda do mês que estava a tentar poupar. 


Não achei bonito. Principalmente por toda a "pressa" em meter cá aquela nova italiana. Nunca vi tal coisa acontecer. Já assinou contrato e tudo. 42 dias antes! Após deixar de pensar no assunto, concluí que o rapaz aproveitou a oportunidade e deve ter pensado com aquele "cérebro" que só os homens usam... 

Porque ele não trouxe pessoas para ver a casa. Ele trouxe aquela rapariga. E para ser honesta, não me pareceu que ela estivesse com vontade de se mudar. A sensação que deu foi que estava a ver por ver, como gesto de cortesia após a insistência de que foi vítima. Aceitou vir espreitar mas não precisava mudar-se. Tanto assim é que só deu um mês de aviso onde quer que seja que está, depois dele a convencer. Ela nem espreitou a casa. Foi ele que a persuadiu ao sublinhar as dimensões dos espaços (a gaja é daquelas que tem uma tonelada de cangalhada), tentou aliciá-la com o facto do WC ser na praticamente todo para ela. E falou do armário. Ora, qual é a mulher que adora estar rodeada de porcarias de beleza e moda, que não se sentiria atraída por um quarto maior, melhor, com WC exclusivo?

É possível que ele já tenha dormido com ela e gostado da experiência. Já existiram umas tantas que foram cá metidas sorrateiramente e na manha seguinte deparei-me com duas desconhecidas a usarem a casa, a descerem dos quartos para a sala, a pegarem os seus pertences ali deixados... Enfim, de facto não é muito bonito não avisar que se vai trazer pessoas para passar a noite.

Por cortesia. O que fazem nada me diz respeito mas fazerem-me passar pela experiência de nao saber que vou acordar com estranhos dentro de casa não é simpático. Esta é uma casa de "ocupação única" - que é o que os senhorios escrevem quando não querem casais. Na prática devia ser assim, mas depois os respectivos - temporários ou permanentes - sempre aparecem. Mas é bom que assim seja,  porque a maioria (os decentes) não abusam e não se transformam numa carga extra que os outros têm de suportar.

A forma para contornar isso que o casal anterior arranjou, foi arrendar um outro quarto. Será que a intenção deste passa por algo parecido? Passo a explicar: pelos vistos enquanto estive de férias em Portugal, existiram conflitos. E todos tiveram origem nele ter dado uma festa em que as pessoas ficaram bêbadas e foram barulhentas. 

A rapariga que vai sair mostra-se compreensiva. Mas a italiana que entrou com ela foi bem clara desde o início: não quer que metam pessoas cá na casa e quando estas ficarem cá a dormir ela quer saber. Não está para acordar e deparar-se com um estranho no meio da sala - entendo-a perfeitamente e nisso fico do lado dela. 

Então uma rapariga dormiu no quarto com ele...

Ora, a italiana que chegou com esta que se vai embora, foi clara desde o início: se alguém passar cá a noite, ela quer ser informada, não está para se deparar com um estranho dentro de casa. E eu concordo. Mais que não seja por respeito. Ninguém quer privar os outros de ter a sua vida privada. Mas a vida privada dos outros também não deve ser a que sofre golpes. Tem de ser meio-meio.

Outra coisa que essa italiana disse foi que nos dias em que trabalha, não quer barulho. Não quer festas, precisa de acordar cedo. E o que ele fez (assim que eu virei as costas, vou frisar) foi exatamente isso. Esta italiana não tem papas na língua. Só peca por pensar muito na forma como os outros a incomodam e não o inverso. Mas admiro-lhe a frontalidade e a forma como expõe a sua perspectiva.

Espero que estas palavras não me venham morder, ehehe.
Bom, mas sendo assim como é, sendo um obstáculo à vida boémia que o tipo quer discretamente levar, mesmo sendo italiana, eles aguardam que ela vá embora de vez. Tenho a certeza disso. A que vai sair diz que não é culpa do rapaz, se as pessoas ficaram bêbadas e fizeram barulho, ele não podia mandá-las embora...

A primeira coisa que ele fez quando esta nova rapariga veio para ver o quarto foi levá-la para a cozinha, abrir o congelador de onde tirou uma garrafa de álcool e quis que ela bebesse, dizendo que era coisa "muito forte" e muito boa.

Bom... se vais embebedar os teus amigos, então tens responsabilidade sim.
Há que saber dar festas e fazer convívios sem ser preciso fazer algazarra e chegar à bebedeira.

Compreendo o descontentamento da outra.
E não me passou despercebido o sorriso e interesse no olhar que o rapaz exibiu quando me ouvi, com esta outra italiana, a trocar umas palavras mais rápidas. É que eu aproveitei que não havia ninguém na sala às 8h da manhã para passar um programa de TV para o computador (programas antigos não têm o privilégio de poder andar atrás no tempo, replay, etc. Podem apenas ser gravados). Passados uns 25 minutos oiço ela descer à sala mas nunca pensei que ia querer ver TV tão cedo, sendo a primeira coisa que lhe apetece fazer. A forma como me abordou foi dizer-me para não deixar as coisas ali porque ela quis ver TV e não tinha como. E eu agitei-me, porque nunca ocupo a TV quando outras pessoas estão na sala e se aparecem, sempre pergunto insistentemente se querem que desligue para serem elas a ver TV.  A forma como ela fala é agressiva e até radical. Mas não creio que tenha maldade no coração e isso para mim é mais importante que uma personalidade forte.


AGORA, depois deste looongo texto, vou tentar comentar!
Consegui fazer o log-in através de outra conta. Acho que pode resultar, porque outras coisas que não estavam funcionais noutras plataformas pareceram "curar-se". Aconselho vivamente a quem usa os seus computadores, a terem pelo menos outra conta de log in. Assim, se algo acontecer que vos impeça de usar o computador, usar uma conta diferente pode ajudar. Claro que os conteúdos de uma e de outra são exclusivos. Pelo que aquela "foto ou video"... esquece.

Um abração e obrigado pela paciência
(devem estar cansados de relatos sobre estes dramas domésticos)


quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Relaxar com um teste


Há muito tempo que não publicava aqui um teste 'descubra'. 
Andava a viajar por blogues, quando deparei-me com este no escrita desajeitada


O meu resultado foi este.
Divirtam-se!


sexta-feira, 10 de julho de 2015

Mais um teste da internet - fod....se!


«Fodásse!» 

Foi isto que internamente exclamei depois de ler o resultado de mais um teste daqueles que aparecem no mural do facebook. (o outro post aqui)

"Que tipo de animal é quando você está zangado?". Antes de carregar no link pensei na questão colocada: «Nunca me zango realmente. É mesmo preciso muito para me zangar, e mesmo quando me zango, em segundos passa. Quero só ver que resultado é que eles vão dar. Não devem acertar. Se disserem qualquer coisa fora disto não é muito verdade». 

E o resultado foi este:


Compreendem agora o motivo da exclamação palavrosa?
Quais as probabilidades? Encaixou na perfeição. Principalmente na última parte.

Assim começo a assustar-me. Como é possível? 


É raro enfurecer-me, é verdade. Mas no fundo, lá no fundo, 10% de mim é tubarão... Tal como um vulcão adormecido, existe a capacidade de explodir e arrasar com tudo. Simplesmente existe uma paz e uma decisão consciente da desnecessariedade* de tudo isso :)

*palavra inventada (porque me apetece e fica bem)



AGUARDO CONHECER OS VOSSOS RESULTADOS! ;)