terça-feira, 30 de abril de 2013

Importância do estado Civil

Eu não ando de aliança. Não me vejo a andar de aliança. Não procuro nos dedos dos outros a presença de uma aliança. Digam-me quem me lê se por acaso é normal procurar olhar disfarçadamente para os dedos das pessoas na busca de uma aliança anelar. Porque a dizer a verdade, não entendo a importância dada a isso. O que significa em termos de estatuto social? Que se é mais que os outros? Que se podem sentir triunfantes e vaidosos com a situação marital? Porquê misturar sentimentos com estatuto social? Uma pessoa casa-se com outra, em princípio, porque a ama, não por querer estatuto social para compensar as suas inseguranças. 

Pergunto então se é normal e está em vós ao conhecer uma pessoa olhar logo para o dedo anelar para lhes descobrir o estado civil. Digam lá: uma aliança no dedo em sociedade é como o aviso numa casa de banho pública? Ocupado com letras vermelhas ou LIVRE com cor verde? Quem as coloca no dedo de alguém pensa: "agora és meu! Estás marcado a ferro quente para o resto da vida."? É ISTO que uma aliança é??

domingo, 28 de abril de 2013

Sabem como sei que não sou racista?



Bom, se nenhum outro caso servisse para o saber, tenho de relatar uma coisa que se passou comigo quando estudava no secundário. Estava a conversar com um colega por algum tempo, até que este se afastou. Fiquei sozinha mas logo outro apareceu e perguntou-me o seguinte:
-"Quem era aquele preto?"
-"Quem?"
-"Aquele preto com quem estavas a falar".

O meu cérebro ficou ali uns instantes sem entender nada até que de repente percebi e disse:
-"Ah! O António! Chama-se António, e foi da minha outra turma".

Bom, eu não sou cega, à que dizê-lo. Mas por nada fui capaz de associar aquela palavra com a pessoa com quem tinha estado a conversar. Agrada-me que a minha mente não fez logo essa associação. Acho que mais puro que isso não deve existir :)


PS: (O tema mais aprofundado fica para outro post)

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay

Lembram-se disto (1/3/2009)?

Pois fui tentar outra vez.
Consultei as páginas amarelas e retirei alguns endereços de consultórios médicos com esta especialidade. 
Muito próximo de um local onde estava sempre a passar existiam dois. Um belo dia decidi ir bater à porta do primeiro consultório. Nada. Ninguém atendeu. "Bom - pensei eu. Deve ser daqueles consultórios em que só trabalham em dias certos da semana". Vai que, como existia um outro na mesma rua, lá atravessei para o outro lado da estrada e entrei. Cheguei à porta, toquei à campaínha. Nem um sinal de vida. "Outro que só trabalha a dias fixos?" - interrogo-me na dúvida. Bah! Dei meia-volta e saí. Ainda existia um outro cuja descoberta foi feita no local mas, após estas falhadas tentativas cansei e receei o resultado do contacto.

Vai que ontem recordei de outra morada bem perto de minha residência. E pensei: "Ótimo, fica perto". Lá vou eu... Ao me aproximar da porta de entrada vejo em letras enormes todas as especialidades que a clínica dispõe. Lá está a que procuro: endocrinologia. Entro, dirijo-me ao balcão, uma jovem moça com ar de aprendiz demora alguns segundos a prestar atenção e é então que isto ocorre:
- "Bom dia, desculpe, quero só uma informação sobre as consultas de endocrinologia..."
-"Endocrinologia não temos".
-"Não tem (um segundo de pausa). Está bem, obrigada." 


E mais uma vez, lá fui eu, sem nada... 
Acho que a surpresa da negação podia ter sido maior não fosse o meu «historial».


É como dizem os Espanhóis:
"Yo no creio en brujas, pero que las hay, as hay!"

(por este andar só conseguirei uma consulta quando realmente já estiver na menopausa...)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Os ANÓNIMOS da breca

Este não é o meu primeiro blogue. Tenho outros, de temáticas específicas, onde, para cada um deles, «arranjei» um Anónimo daqueles que só procuram pêlo em cabeça de ovo. Sabem decerto a que tipo me refiro: aqueles indivíduos que na covardia do anonimato se sentem fortes e comentam só para maldizer.

Pessoalmente nunca me fizeram perder o sono nem me causaram qualquer espécie de coceira. Mas dei por mim agora a reflectir no assunto em forma de post. Isto porque, um os blogues que costumo ler, tem lá um "melga" de um anónimo a quem a autora se dá ao trabalho de responder. Muitas vezes é muito bem respondido, mas cai em saco roto qualquer argumento. É que não vale a pena teclar uma palavra que seja com anónimos de má estirpe. Porque estes não estão ali a espreitar no intuíto de comunicar. Querem provocar, insultar e distorcer as coisas. Por mais que as histórias já tenham sido contadas em vários posts, os "anónimos" só vêm aquilo que querem. Não adianta "abrir os olhos" aos vermes raros, eles são vermes, não têm olhos para ver... Não precisam, insistem na cegueira das toupeiras, outro animal que vive pouco na superfície e muito debaixo do solo.

É do género: O bloguista escreve:
Este ovo tem gema amarela.
Comentário do anónimo: és racista!

Sem lógica alguma... 
E para quê perder tempo com essas melgas? (Melga é elogio, tendo em conta que em comum com elas os anónimos desta má estirpe só têm a preserverança e a capacidade de enervar). Se uma lhe anda a povoar  demasiado o blogue, pulverize-a com Dum-Dum. Eheheh!

sábado, 20 de abril de 2013

Telefonemas de vendas agressivas

Certamente todos já passaram pela situação de terem o telemóvel a tocar a tardes horas do dia e do outro lado não se escuta a voz de nenhum conhecido mas a de um vendedor que insiste em falar de uma promoção qualquer grátis à qual se tem de aderir de imediato.

Esta semana foi prolífera em telefonemas destes. E eu me pergunto COMO têm eles acesso ao meu número de telefone, se ultimamente não o tenho facultado a ninguém para este ter virado tão "popular" de às uns dias para cá. E então entendi: anúncios. Aos quais respondemos na tentativa de encontrar uma ocupação melhor,  um curso qualquer... Mas isto é só uma suspeita. Que acho credível. Afinal, nunca dão resposta alguma aos contactos, deve ser porque nunca foi essa a intenção desde início.

No meu caso telefonaram-me TRÊS vezes do mesmo banco para me vender um cartão de crédito «grátis» e de aderença imediata.  O primeiro telefonema foi numa altura bem inconveniente. Era a voz de uma jovem, a meio da tarde, que me quis «dar gratuitamente» um cartão de crédito cheio de "vantagens". Esta voz pareceu-me pouco experiente e algo insegura. Disse-lhe que não estava interessada. Existiram breves pausas na sua resposta, que me fizeram crer que estava a começar naquela função. Isso e não saber bem o que dizer e engolir algumas palavras. Mas tendo rejeitado a «oferta», pensei que o tal banco não ia me oportunar mais. 

Passados poucos dias, novo telefonema, um pouco mais tarde, a mesma voz. Reconheci de imediato. Ainda insegura mas a esforçar-se por fazer melhor, instruída e ainda crua, repete mais que uma vez:  "Posso saber Dona XX, porque é que não está interessada num cartão se é totalmente grátis para si e não tem custos"? - pergunta ela, bem instruída, mas sem entender que uma pergunta deste teor algo "intimista" pode ter revezes desagradáveis. Voltei a reforçar que não estava interessada. A rapariga ainda não tem estalica para continuar a insistir (e ainda bem, é feio). 

E pronto: tentou duas vezes, se calhar esta segunda foi instrução da supervisor/a que lhe disse para tentar novamente com um cliente "difícil" (que tenha rejeitado sem grandes explicações a oferta). E então, paciente como sempre, deixo as pessoas falarem e explicarem-se. Afinal, estão a fazer o seu trabalho, ainda que a horas que atrapalham o meu tempo e afazeres. Mas quando insistem demasiado e começam a entrar no campo das perguntas demasiado pessoais às quais não têm nada a ver com isso, sinto-me com vontade de ser mais áspera. Nunca sou. Aliás, a «nega» mais rápida que dei foi esta que estou a relatar. Sempre educada, "boa tarde", "para si também", etc. Tenho boa educação e não há porquê escondê-la. Dela não tenho vergonha.

Bom, e fiquei LIVRE deste banco e suas tentativas de me impingirem, por duas vezes e em questão de dias, o mesmo cartão, usando a mesma vendedora. Certo?

ERRADO. Hoje recebi outro telefonema. Muito mais tardio, eram já 21h. Desta vez a voz é masculina, um pouco mais segura que a rapariga e mais capaz de articular respostas a "curvas e contracurvas" inesperadas, mas ainda assim possívelmente cru. E quando lhe disse que estava a fazer o seu trabalho e que não tinha de se desculpar por isso, eu é que já havia recebido chamadas demais por causa daquele cartão que já havia rejeitado, pareceu-me escutar um tom de contentamento na sua voz, como se tivesse acabado de passar num teste e dado uma risada. Imaginei que também ele estava a ser posto à prova e que tinha ali a supervisor/a a monitorizar o seu desempenho. 


Foi então que percebi. "Mas eu sou o quê para esta gente?" Um «case study»?
Do género: Temos aqui um contacto (provavelmente uma lista) de pessoas que declinaram a oferta. "Clientes difíceis". Vocês vão TREINAR as vossas capacidades telefonando para estas pessoas.

Nunca fui mal educada mas não estou para me prestar a cobaia. Essa de "chatear" a pessoa tanto que ela para se ver livre do emplastro aceita logo o que lhe propõem não pega comigo. Se receber mais uma chamada que seja deste malogrado banco e escutar o nome do cartão, desligo na cara. Já nem me vou dar ao trabalho de escutar, porque a pessoa está a fazer o seu trabalho, porque é da minha educação, porque sou paciente. Chega. Já ouvi, já expliquei, já declinei TRÊS VEZES o cartão. Façam mais uma chamada, não vão receber nem a cortesia de escutar a minha voz (Será que vou conseguir ser assim rude?).  Agora usam-se as pessoas assim, para treinar os novos funcionários? Francamente.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Malícia gratuíta


Já vos aconteceu de estar a falar com alguém que não conhecem usando de toda a educação e subitamente a resposta chegar agressiva? Pois comigo aconteceu, numa conversava online. Fiz um comentário totalmente inofensivo. Sem qualquer ponta por onde se «embirrasse». Recebo uma resposta dúbia. Diria que o tom usado era de ofensa e agressividade, mas não sendo assim eu mesma, decidi dar o benefício da dúvida e pensar que a pessoa foi infeliz e se expressou mal. Vai que o comentário seguinte reforça a insinuação do primeiro. Aí senti necessidade de corrigir. O que havia escrito só mencionava uma opinião pessoal (na realidade, partilhava apenas um gosto) e não visava nada com sentido oculto. Como resposta obtenho algo do género: "Sabe muito bem o que fez! Não brinque comigo!".


Como se diz em bom americano: 
WTF??
Mas caí na quinta-dimensão?



É muito triste (eu pelo menos sinto-me assim) quando lidamos com pessoas ávidas para ver maldade na inocência dos outros. Desaponta-me realmente que existam pessoas destas do mundo. São aquelas para quem a bondade da Madre Teresa de Calcutá é sinónimo de pessoa sonsa. E vão para o universo Online talvez até porque lhes facilita o insulto e a provocação como nenhum outro meio de comunicação. E também permite a IMPUNIDADE.


Ora, boa pessoa como (sei que) sou, continuei a troca de impressões naquela do entendimento. Reforcei as palavras que escrevi apontando-lhes a total inocência em relação ao acto que agressivamente me acusavam de estar a cometer. Claro que a resposta não foi "peço desculpa, interpretei mal" - resposta que alguém como eu teria dado sem grandes hesitações. Foi mais uma enxurrada de ofensas. Ás quais ainda me dei ao trabalho de responder! Respondi... Com seriedade, tentando passar alguma correcção para aquela mente claramente retorcida que num simples e inocente frase dirigida a uma variante de um produto, decide ver implicância e responder com malícia, arrogância e acusações. Acabei por desistir. Mas fiquei incomodada. Não por mim, que nada fiz de mal e fiquei na boa, mas por existirem pessoas assim. 

Fico a pensar nos PAIS destas pessoas. Que desilusão devem ter! Eu não ia gostar de ser mãe de uma criatura destas... Anda uma pessoa a tentar passar boa educação e bons valores (so they say...) para cair em saco roto. E o pior é que estas «crianças mimadas» crescem e já não são mais crianças e sim adultos ácidos e maliciosos. Falta-lhes no entanto, capacidade argumentativa. Porém, de que adianta debater conceitos com quem sempre responderá com malícia e sairá em desvantagem se a pessoa nem tem capacidade para entender seja o que for?


Tenho pena. Muita pena. É gente desta estirpe que anda a colocar bombas explosivas em locais públicos porque não têm capacidade de discernimento, de entendimento e gostam de actos vis de maliciosos. Ofensas online ou agressões pessoais, a distância não é assim tão curta quanto isso. É mais uma questão circunstancial que é a barreira. Não a moral nem o carácter, e isso é que é perigoso.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Telefones... para que vos quero!


Já foram inventados à bastante tempo, os telefones. E a partir desse instante todas as sociedades mudaram. E de que maneira! Pensem só nisso, o quanto a comunicação entre pessoas ficou diferente. Menos "recadinhos", o fim dos «moços de recados», menos cartas escritas... O telefone permitiu transmitir um recado com o imediatismo necessário.


Pois é por esta razão que não entendo e não aceito que numa sociedade como a nossa, sejam as empresas que não saibam para que raio um telefone serve! Empresas que prestam serviços, que expandem para loja online, que divulgam os seus contactos e fazem questão de explicar que para qualquer esclarecimento é favor ligar para aquele número das 10h às 18 horas e depois... nunca atendem o raio do telefone!


Ah! Mas a secretária electrónica está lá para contabilizar a chamada. Fala em mau português algumas coisas pouco úteis e depois desliga a chamada. Na cara da pessoa! Resultado: não adianta coisa alguma telefonar. Serve apenas para aumentar a despesa telefónica.

Raios partam os atrasados deste país!

Chose PEACE!


Os Americanos são exímios experts em fazer propaganda. (basta ver uma campanha eleitoral - um enjoativo vómito -). Neste caso acho adequado usarem (e abusarem) desta imagem para frisar o apelo à PAZ. 


Este menino viu a sua vida terminar nas explosões da maratona de Boston, esta semana. Não viu a vida passar para além dos 8 anos. E apesar da idade, ele sabia que guerras magoam e o caminho é a PAZ.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

É mesmo à TUGA!!


Não sei como é com vocês que me lêm (sim, vocês os dois eheh), mas eu sou uma pessoa paciente. E quando marco um encontro com alguém à hora tal, tento ser pontual. Quando chego ao local e a pessoa ainda não chegou, tolero bem os primeiros 5 minutos. Daí adiante começo a ficar nervosa. Ao fim de 10 minutos já acho que a pessoa pode não aparecer. E finalmente, no 15º minuto, 900 segundos portanto, vou embora, com a certeza que a pessoa não aparece.

Agora vem a parte chata. Que é a parte em que a pessoa que não foi pontual, falhou avisar que não ia comparecer ou que se ia atrasar, fica chateada e indignadíssima. Já me aconteceu em alturas distintas da vida: enquanto estudante e mais recentemente. A pessoa que se atrasa vem sempre com a história dos 20 minutos. Fica indignada porque chegou ao local de encontro e já não encontrou ninguém e mais indignada porque, segundo ela, o correcto é esperar 20 minutos.

Ora, pergunto eu: o correcto não seria, chegar a horas?
Quem são estas pessoas para estipular os minutos a seu belo prazer? Uma pessoa aguarda o tempo que conseguir aguardar. De todas as vezes em que consegui estender a minha paciência por "blocos" de 5 minutos, conseguindo aguardar alguém por 30 minutos, essas pessoas NUNCA apareceram. Porquê então perder tempo? A hora é divida em quartos por algum motivo! Fica muito mal a uma pessoa que não cumpriu a sua parte da palavra vir criticar a outra. É mesmo a tuga! A pontualidade é coisa para 20 minutos de espera...

Da última vez que falhei à hora marcada, falhei por segundos. Era eu a descer as escadas e a pessoa a descer outras na direcção oposta. Foi o tempo de receber um SMS e abrir o telemóvel para espreitar. Antes que pudesse retornar, a pessoa foi embora. Não aguardou sequer 5 minutos. E o que fiz eu? Expliquei a situação e dei-me como "culpada", porque de facto tinha chegado atrasada. 

Ora imagine-se se fosse começar a mandar vir com a pessoa porque não soube aguardar mais que 5 minutos até se por na alheta! Que raio de pessoa me tornaria? Já apanhei GRANDES SECAS com pessoas que não aparecem e avisam à última da hora por email. Está certo que a tecnologia é portátil hoje em dia e está por todo o lado, mas ainda não para todos. Acho bem mais inadmissível essa presunção de que as pessoas podem ser avisadas em cima da hora, quando muitas vezes a própria deslocação implica uma perda de tempo considerável.

Devo dizer que da primeira vez que aguardei 15 minutos por uma pessoa e ela não apareceu, quase fui linchada. A pesar de me ter jurado que não se atrasaria e de saber isso, a pessoa fingiu-se tão indignada por não me ver à sua espera feita tola que foi forçada a entender que também fez a viagem em vão e por malícia teve a triste ideia de armar uma grande confusão e levar outras pessoas a tomar o seu lado, para que todas em conjunto pudessem vir criticar a minha atitude. (manguito a introduzir aqui, sff). Ela diz que apareceu passados 20 minutos e era obrigação aguardar. Diz ela que chegou, mas o tempo que levei no retorno dava para ver se alguém se aproximasse. Pelo que também mentiu no tempo que levou (se é que levou) a chegar ao local combinado. Ora nos transportes, tentem lá apanhar o comboio das 7.00h às 7.20h... Para chegar nos empregos 20 minutos atrasados. Não descontam no ordenado nem será despedido/a. O patrão tem a obrigação de esperar, não é?

Mas isto tudo que escrevo tem como finalidade um «pequeno inquérito» ao leitor (sim, vocês os dois). Digam lá: tem alguma lógica esta história dos 20? Isso ficou implantado em alguma declaração verbal social que me tenha escapado? Digam de vossa sincera justiça, vá lá!