domingo, 24 de maio de 2020

Livro lido: dias infinitos

Mais um livro lido.
 E este nao foi na transversal.


Li o primeiro capitulo faz muito tempo. Numa noite da semana passada apeteceu-me apanhar ar. Fui para o jardim. A noite estava morna e agradavel. Uma brisa perfumada soprava, para minha delicia.  Convidava o silencio à leitura. Assim me apeteceu, assim o fiz.

Soube muito bem!
Quando me cansei (provavelmente por ter o rabiosque sentado numa cadeira metalica) fui para dentro e continuei a leitura no quarto.

Finalizei-a em dois dias.
(Confinada durante o dia ao meu cantinho para evitar o dissabor de me cruzar com a malevola intriguista mentirosa gorda e com dois dias sem ir trabalhar,  ler foi um prazer).

A obra ja foi escrita ha 10 anos, mas isso para mim é irrelevante. Podia ter sido há 100, 500...

Menciono-o por nao a conhecer de nome. Não acompanhei nenhuma triologia ou saga sobre vampiros, por isso é natural que fosse uma temática que passou debaixo do radar.


Achei o livro bem escrito. Não pelo palavreado floreado, ou a gramática e síntaxe perfeitas, mas por ter a história bem colada uma na outra, com diálogos  e situações credíveis.

A permissa também é interessante: uma vampira que vira humana 500 anos após a sua morte.

Toda a explicação para esse desejo, para a violencia da morte, voltar a ter sensacoes humanas versus as de vampira...

É lindo.

Menos bem conseguido, A meu ver, esta a historia de amor. Entendo a atracao fisica, entendo a quimica mas na intelectualidade e no emocional fica um pouco aquem. Principalmente o rapaz. Habituado a ser o mais atraente e mais desejado de todo o campus, acho que seria preciso algo mais impactante para essa cumplicidade e paixao surgir.


Outro lado que nem foi explorado e nao é comum em romances, é o momento em que o casal se ama pela primeira vez. Suspeito que, talvez porque se trata de uma historia tambem para o publico infanto-juvenil, com protagonists de 16 anos, nao existe neste livro nenhuma descricao de intimidade ou acto sexual. No maximo temos um beijo, nada muito descritivo e depois a porta do quarto fecha-se com os dois amantes la dentro.

O leitor nao acompanha a intimidade das personagens. Fica um pouco menos facil de acreditar na solidez dos afectos, sem a habitual descricao das caricias, as sensacoes provocadas, os actos supreendentes e a apoteose.

Ja a relacao de amizade dela com o colega "japones" gostei bastante. Chega a ser sofrivel quando os dois se afastam.

Recomendo a leitura deste livro, mas acho que nao vou procurar a sequela. Pelo que li parece-me que pode estragar esta historia.

FICO por aqui.
Este e mais um livro do qual nao me vou desfazer. Vai ficar na minha "estante".


1 comentário:

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