Continuo sem computador o que me faz muita falta para escrever aqui.

Quero vos visitar, mas navegar sem rato e sem poder abrir multiplas janelas torna isso mais complicado.

Se estava cega, finalmente abri os olhos.
Tomei a decisao que precisava e que ha tanto tempo a querida Elvira e outros queridos bloggers vinham a dizer para tomar.

O veneno daquela gaja  é altamente contagioso e revelou um senhorio ha altura dela. Telefonei-lhe, pedindo para lhe falar. Disse-lhe que ele ouviu um lado da historia e devia ouvir o outro tambem. A minha reputacao estava a ser arrastada para a lama e eu nao merecia. La concordou em se encontrar comigo hoje longe dos ouvidos  espioes, mas com muita relutancia. Desliguei a chamada. Liguei-lhe de seguida para lhe pedir para manter isto entre nos. Nao tive oportunidade de lho pedir. Ele respondeu:

para de me oportunar. Ja disse que falo amanha.

"Stop pestering me", repetiu mais vezes. Oportunar? So estou a tentar estabelecer um dialogo e... "stop pestering me" dizer que nao... Voce ja tomou uma decisao, nao é?

Fui tomar um duche. Vesti-me e sai de casa. Ja tinha decidido falar tudo em video porque era obvio que ele nao ia deixar-me contar nem 1/3 daquilo por que passo nesta casa. E eu precisava desabafar tudo!

Tambem sinto que preciso rodear-me de boa gente.

Telefonei a um ex colega de casa que me Parecia andar a evitar cada vez que o tentei contactar. Desta vez atendeu a chamada mas depressa disse que me ligava depois. Momentos depois envia uma mensagem: desculpa nao posso falar. A minha namorada e ciumenta.

Wtf???
E eu com isso?

So queria falar, mais nada.  Entao deixei-lhe uma mensagem de voz. Honesta, como eu sou.

Ligou-me.

Falamos meia Hora, o que para ele e um record. Sentiu-se mal quando o lembrei que eu estava la para ele no pior momento da sua vida e quando lhe pedi ajuda, respondeu-me que tinha uma namorada e nao manteve o contacto.

Entao meio que redimiu-se. Na realidade, fez-me bem. A ideia de sair para outro lugar pareceu-me refrescante. Mal posso esperar!

Na verdade, se eu ficasse nesta casa sem eles, as marcas de todas as provocacoes, falsidades, mentiras, sabotagens, actos maliciosos seriam uma constante lembranca. Nao Iam desaparecer, iam fazer-se lembrar constantemente, como acontece com todo o sobrevivente.

O quarto que tanto adorei deixou de me agradar. Porque o senhorio adiou tanto compo-lo, que finalmente a ausencia de cortinas e todos os apetrechos ha tanto tempo guardados passou a ser insuportavel.
Aquele buraco... que costumava ser a banheira.... insuportavel de olhar.

O bem estar desapareceu. Ate o Jardim que era o meu lugar predileto deixou de ser um lugar onde consigo ficar por muito tempo.

Rezei muito para que afastassem de mim as mas pessoas mas nao necessariamente eu delas, se eu estiver onde quero estar. Mas agora? Ter de mudar de endereco novamente em tudo o que e instituicao nao me incomoda.

Tenho e de ver como isto e possivel com o lockdown instalado. Ja andei a ver o que esta disponivel. Nada muito bom, NADA a altura desta casa. Mas o que importa uma casa?

Va para onde for, tenho e de mudar de atitude e nunca mais deixar algo por dizer ou permitir que me mostrem attitudes reprovaveis sem as reprovar.

Nisto achei que seria inutil falar com o senhorio. Perder a minha paz de Espirito que tinha ganho com as palavras de esperanca do italiano com quem partilhei casa.

Esperei ate que viesse uma hora aceitavel ja que despertei as 5.30 com a gorda a batter com a porta do quarto, e enviei-lhe uma msg, tentando ser curta. "Estou muito Cansada e talvez va trabalhar. Por isso vou adiar o nosso encontro para outro dia".

"Esta bem portuguesinha. Diz-me quando estiveres disponivel para combinarmos."

Esta mensagem NUNCA apareceu. Teria aparecido se ele fosse o senhorio do inicio. De um ano para ca deixou-se de delicadezas e passou a ter "particulares" com os restantes, combinando entre eles quem meter ca dentro sem mo comunicar, como e normal de se fazer numa casa partilhada.

Ele nao me respondeu.

E tao sacana como os outros.

Esta muito longe de ser o homem justo e correcto que confidenciou gostar de ser, a semelhanca do seu pai.