Why when bad people get inside a house, they never leave?
Falo, claro, no caso de casas com quartos partilhados.
Enquanto estou aqui sentada na relva do jardim, procuro a paz às aflições que me atormentam.
Primeira fotografia de mim no blogue. Yeah! |
Na véspera de tudo acontecer (a gorda dizer ao senhorio: "tira-a daqui senão não trago ninguém para morar cá"), trouxe estas flores que colhi de noite, pelo caminho, enquanto regressava do trabalho.
Não são lindas?
Meti-as num copo de vidro alto, despejei água para dentro e coloquei esta jarra improvisada no centro da lareira, para embelezar o espaço.
No dia seguinte, como se qualquer intervenção minha na casa fosse intolerável, chamam o senhorio e enfiam-lhe pela goela abaixo um monte de malévolas mentiras juntamente com um pedaço de bolo pascoal e um cafezinho.
Uma especie de lareira que vira prateleira de despensa (Para armazenar paes, bolos e multiplos ovos de chocolate exclusivos para consumo italiano) |
Depois daquele dia comecei a procurar uma nova casa para morar, mas fui hesitante na seleção e nao tive sucesso. A ideia era sair de imediato. Percebi que já estava a demorar demasiado tempo e isso desagradou-me. Quanto mais tempo passar na casa, mais intrigas vão inventar para reforçar as mentiras inventadas sobre o meu caracter e comportamento. Uma coisa que não lhe devia ter dito quando a confrontei, foi que nenhum dos amigos (que supostamente não gostam de mim), me conhecia. Ela ficou espantada. Prestou atenção. Como já a temer que eu pudesse ter encontrado uma brecha na sua história inventada.
Deve ter pedido a uns para confirmarem a sua versão com o senhorio. Isso justificaria a presenca de uns deles na casa, ontem, anteontem e noutro dia. Deixando moedas e mensagens como que encantamentos.
Mas a verdade é que nunca fui mal educada. Eles traziam pessoas cá para dentro sem nunca partilharem comigo essa informação. Eu ficava a saber por esbarrar nas pessoas, geralmente quando tentava aceder à cozinha. Convivios, jantares... Nada me foi dito. Era propositadamente colocada de parte por eles e depois davam a entender aos convidados que era eu que me excluia.
Tudo manipulação. Sempre falsos, sempre alertas à percepção dos outros.
Naturalmente, sou surpreendida quando entro na sala e encontrou um bando de gente. Digo "hello" e meio que fico à espera de uma apresentação. Mas não me diziam o nome, não se apresentavam, não me apresentavam a ninguém. Muitos nem me olhavam na cara quanto estabelecia com eles contacto visual e lhes dava um timido mas genuino sorriso, quanto mais me falar. Nem uma curta interacção, uma pergunta, nada. OK, não me querem junto deles. Fazem-me sentir uma intrusa na propria casa onde pago para morar, pelo que faço o que tinha ido ali fazer e deixo-os sossegados.
A ela só lhe disse que muitos nem um "hei" diziam e respondi à resposta dela sobre os colegas "ninguém nesta casa gosta de ti" com:
-"isso é porque tu dizes a todos que aqui entram "que terrivel portuguesa mora aqui!"
Voltando aos malmequeres, ao fim de algumas noites, reparei que continuavam resplandecentes. Deixei-os ficar. Não pensei que durassem tanto. Mais uns dias se passaram, a busca por um novo quarto atingiu uma percepção de calamidade e desânimo. Os malmequeres continuavam visosos. Contudo, comecei a associar a presença deles com o início deste novo tormento.
Será que, enquanto ali estivessem não ia arranjar um novo lugar para morar?
Se nada aparecesse dentro de dias, ia deita-los fora.
Assim, 18 dias depois de os ter colhido. Removi-os, para ver se me trazia sorte.
Passaram-se mais quatro e até agora, nada.
Só mais uma epifania:
Quando no pico do medo e pânico comparas um virus mortífero como o Covid29 com os teus colegas de casa e concluís que este é uma ameaça menor, ficando feliz por poderes sair de casa todos os dias para ir trabalhar, isso devia ter servido de pista.
Estou só a tirar estas coisas dentro de mim.
I was blind but now I see!
(Will I ever, really?)
E eu passei por aqui para escutar os seus desabafos.
ResponderEliminarE desejando que a sua hora de sorte chegue rápida. Ninguém merece semelhante vida.
Abraço e saúde
❤
EliminarOuvi e senti o teu desabafo e como hoje é dia do abraço aconchega-te no meu sincero e verdadeiro.
ResponderEliminarTudo se irá resolver e em breve saíras dessa trituradora.
Estive a ler os 2 posts. Viver dessa forma é muito complicado, mas tenho a certeza que algo vai aparecer para que possa sair dessa situação.
ResponderEliminarBoa noite.
Calma, é preciso calma.
ResponderEliminarBfds
Tenho-a em demasia. É uma das causas de ter chegado a este ponto.
EliminarMuito complicado. Queres um conselho: livra-te dessa gente. Sai, procura melhor. Com o COVID os preços esfriaram. é uma boa altura para mudares.
ResponderEliminarOs preços esquentaram. Aqui sempre existiu muita ganância. Basta meterem um quadro na parede do quarto e dizerem que é "double" para tentar tirar mais. Tenho visto muitos online. Já subi a fasquia do que estou disposta a gastar. Mas mesmo assim... ontem vi um ideal, o senhorio depois respondeu-me que já nao estava disponivel. E eu estou a ver quartos mal eles sao anunciados. Não dá tempo de haver muita concorrência. Ofereceu-me outros, todos muito mais caros.
EliminarO que fazem é apelida-los de luxuosos so porque tem uma merda qq lá dentro e depois cobram-te caro por isso. Muitas vezes a casa por fora nem é espacosa e tens de a dividir com 5 ou 7.
Tudo tem de ser levado em consideracao. Mas nao desceram os precos nem um pouco. Pelo contrário. Talvez este aqui onde estou o faça para ganhar logo inquilinos. Mas dele só quero que se oblitere da minha vidantal como demonstrou pretender fazer comigo.