Maldito pop-up de notícias que aparece constantemente no meu ecran de computador como uma praga! Estou a fazer qualquer coisa, e lá aparecem! Para fechar tenho de colocar o cursor do rato numa área vazia e clicar.
Não vejo notícias, não quero saber de notícias, por um motivo. O mesmo de sempre. O mesmo que, em menina, me fazia sentir triste o dia inteiro e chorar. Nunca pensei que estaria a verter pesadas lágrimas hoje, com isto.
Não sei como é a demografia da escola, mas gostava muito de saber a origem destes adultos. De onde vêm, como foram criados e o que os deixavam fazer nos tempos livres.
É o que mais temo na sociedade: o crescimento etário da juventude em idade escolar não equivale em nada ao de maturidade. Cresce-se muito, hoje em dia, só para as coisas más: sabem tudo sobre sexo, praticam-no. Mas não sabem NADA do resto.
É assustador. Sobre estes homens não quero desenvolver muito. Espero que possam crescer para além da idade cronológica, se ainda existir possibilidades para tal exigente e difícil realidade.
Quero mais centrar-me noutros aspectos. Primeiro: A SOCIEDADE. Que deixa este tipo de coisas ficar impune por tanto tempo. O MEDO das jovens em expor o caso. Até que uma o fez (ou mais que uma) mas apenas um dos pais tomou a acção correcta e foi à polícia apresentar queixa-crime.
NÃO PODEMOS SER TÃO SUAVES E BRANDOS com rumores deste género. É por poderem sair impunes que estes idiotas fazem o que fazem. Se existir MEDO das CONSEQUÊNCIAS, deixa de existir tanta incidência sobre este tipo de crimes. Coloquem os rapazes a trabalhar na lida do campo, a pegar numa enchada a cavar sulcos na terra para plantar batatas! Há que criar carácter. Não pode ser tudo só presentes, vídeos no youtube, redes sociais e impunidade.
Agora as MENINAS.
SEIS FORAM IDENTIFICADAS.
Quantas não vão se chegar à frente para que não sejam marcadas com esse estigma? Para não terem de recordar todo o pesadelo? Não têm ainda como saber que, se não começarem o processo de ajuda agora, com o passar do tempo, esse pesadelo só fica maior, pior, e que vai estragar as suas relações futuras, não só na intimidade mas como em todas as outras situações de confiança.
Quero que essas meninas saibam que aqueles que as violaram são uns infelizes. Uns patéticos, fracos indivíduos, tão mas tão inferiores a elas que precisaram de usar de força e de logro e terem-nas escolhido em tenra idade reflecte exatamente os fracos que são. Porque como todo o predador, não foram atrás de uma vítima que tivesse hipótese de defesa: certificaram-se que recorriam às mais fáceis. Pela ingenuidade que os tenros anos ainda lhes confere, pelos poucos anos de experiência de vida e de conhecimentos.
Não TÊM DE SE ENVERGONHAR ou SENTIR MAL.
Elas não fizeram nada de errado. Se têm de sentir algo é o espírito de SOBREVIVENTE.
Deixar que o que aconteceu com elas não as enfraqueça, mas fortaleça. As torne cidadãs que não cruzam os braços perante a injustiça, que ficam mais atentas ao que as rodeia. E para não os deixarem vencer, continuar a viver as suas vidas não deixando que a violência de que foram vítimas tome prioridade. Seja uma coisa à parte, um episódio. Algo que foi feito A ELAS. Não foi ESCOLHA delas. E por isso, não vai dominar suas restantes vidas. RECUSEM que as deixe emocionalmente incapazes de seguir o seu caminho. Entendem-se como SOBREVIVENTES. Assim como todos os que passaram por traumas, saber-se SOBREVIVENTE é agarrar a boia de salvação para não afundar na sujidade que não é delas, é DELES.
Espero que recebam boa ajuda psicológica para que possam viver suas longas vidas felizes, produtivas e úteis. Na tentativa de ajudar, todos os que têm traumas recalcados, aqui ficam histórias verídicas de autênticas sobreviventes. Meninas que foram abusadas e até vítimas de tentativa de assassinato. Ainda mais jovens, com oito anos. Cortaram-lhes a garganta, foram agredidas e violentadas. Mas sobreviveram! Como é que elas conseguiram viver o resto das suas vidas?
São exemplos INCRÍVEIS. Que ajudam muito a compreender qual o rumo a seguir e qual a mentalidade que se deseja alcançar. Não a de vítima, revoltada, mas a de sobrevivente, lutadora que não deixa mais que a poder dos agressores as continue a prejudicar.
Jennifer Schuett tinha 8 anos quando foi raptada, abusada, e deixada como morta.
A sua capacidade cognitiva e visual excepcional para uma menina de 8 anos, permitiu capturar o criminoso 18 anos depois do crime!
Alison Botha foi raptada, abusada e esfaqueada por dois homens no sul de Africa.
E outra extraordinária história de sobrevivência de uma menina de 10 anos: Crystal foi cortada na garganta enquanto deitada na cama de cima e um boliche, por um assassino em série que tinha acabado de matar sua amiga na cama abaixo. Ela sobreviveu. Nossa! Não se substime uma vida, só porque ela é muito nova. Esta criança foi excepcional. O exemplo que qualquer vítima de crime violento deve conhecer.
Katie: outro exemplo de sobrevivência após uma existência de abusos psicológicos e não só.
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ResponderEliminarCabrões doentes!!