Metereologia 24 h

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sábado, 8 de abril de 2023

Sexta-feira santa - feriado com sol entre semanas de chuva

 

Que bom que é quando podemos realizar uma vontade. E aquela que vinha a ter era passear, conhecer outros lugares. Para espairecer daquele onde estou. 

Estava decidida a ir fazer uma caminhada muito longa, de cidade para cidade costeira, por verdejantes colinas. Tinha tudo planeado mas, no último minuto, descobri que me equivoquei e tudo desmoronou. Fiquei sem chão, a querer desesperadamente cumprir a minha missão: IR A ALGUM LADO ONTEM, sexta-feira Santa. 

Não só por ter existido o "milagre" de ter o meu serviço dispensado por ser feriado - mas porque, segundo todas as previsões sobre o tempo, seria o único dia com SOL para esta e as próximas semanas. 


São sete da manhã e desde que amanheceu que vejo nevoeiro e o céu carregado lá fora. Sente-se um frio gelado e vento. Portanto, se fiz bem sair do trabalho às 6.30 da manhã diretamente para o autocarro, para depois não ir para casa e comprar uma passagem de comboio para Londres?

Claro que fiz. 

O tempo esteve muito bom (para os parâmetros daqui). Sol o tempo todo. Com excepção de quando me encontrava sentada na ainda meio enlameada colina de Primerose Hill, perto do Zoo de Londres, a avistar a vista da cidade recomendada por um colega. Foi aí que, não suportando mais o calor, enfiei a T-shirt que trazia comigo pelo pescoço abaixo, conseguindo a primazia de o fazer sem despir a camisola de pelúcia vermelha que uso como "uniforme". Enfiei pela cabeça a baixo, depois tirei o braço da manga da camisola vermelha e enfiei o braço em duas laçadas: a t-shirt e a camisola. Repeti o processo do outro lado e pronto: tinha duas vestidas, despi a de fora. 


Nesse preciso instante as nuvens cobrem o sol e a colina ficou à sombra. Enquanto me mantive sem o kispo e apenas de T-shirt, o sol abrasador que vinha a sentir desde que iniciei viagem, não deu ares de si. Andei colina abaixo, em direcção ao Zoo, atravessei a ponte para o outro lado do Regents Park, na esperança de encontrar a beleza que vi outrora, mas depois de muito caminhar, meus pés de pé desde as cinco da tarde do dia anterior, queriam descansar. Vi uma tábua lisa a servir de banco e sentei-me. Puxei de um livro que comprei e pus-me a ler. Só que as costas precisavam de apoio, por isso deitei-me na tábua, mochila a servir de almofada e li. Quando me cansei, decidi caminhar para o mercado de Camden, um local que gosto e onde me sinto confortável. Tive de voltar para trás e decidi seguir pelo rumo do traçado do canal - existe um canal de água com passeios de barco que liga Camden ao centro de Londres. Decidi que era por ali que queria fazer o percurso. E foi maravilhoso. 


Este passeio não podia ser adiado "para outro dia". A previsão do tempo só indicava ontem, sexta-feira santa com sendo um dia com sol e boa temperatura. Pode já ser primavera, mas o tempo ainda insiste que é inverno. Chove praticamente todos os dias. Era ontem ou nunca. 

Quando notei que fazer a caminhada costeira pelas colinas das seven sisters - o meu plano inicial, tinham saído logrados, fiquei de rastos. Até me vieram lágrimas aos olhos. É tão difícil saber o que fazer com os recursos limitados que tenho e na condição em que estou (sozinha). Tinha encontrado uma actividade que me entusiasmava. Mal podia esperar por a fazer. Fui trabalhar sabendo que, logo à saída, ia começar a minha aventura. Não ia dormir, ia aproveitar o sol. 

Mas o colega que ficou de me dar boleia desapareceu. E com isso os meus planos foram por água a baixo. Ele ia levar-me até Brighton - uma cidade costeira que é um ponto de ligação com outros locais, e daí eu apanharia um autocarro para as colinas brancas de nome Seven Sisters. 

Sem a boleia, teria de apanhar um autocarro até a cidade e daí outro para Brighton. Este leva duas horas no percurso. O propósito da boleia era somente esse: encurtar consideravelmente o tempo dispensado para chegar lá, a metade do caminho. Saí do emprego às 6.30 da manhã. O primeiro transporte para Brighton só estava disponível às 10:30! Nem tinha percebido que dependia tudo de uma boleia, era apenas para me facultar mais tempo para usufruir do local sem ter de olhar para o relógio. Sempre existem autocarros com partidas matinais. Mas como foi sexta-feira santa, feriado, os horários também deixaram de ser disponibilizados na sua amplitude habitual. Em vez de partir cedo, o primeiro horário passou para as 10.30 da manhã! Mais o percurso de duas horas para Brighton seriam 12h30. Chegada lá, teria de apanhar outro autocarro em direcção às colinas: hora e meia. Na melhor das hipóteses, seriam quase 2 da tarde quando ia poder ser possível começar a caminhada. Como o último transporte de regresso era as 17h, em Brighton, e das colinas até lá levaria outra hora e meia- na melhor das hipóteses, não me sobraria nem uma hora - que é o que leva para caminhar até a falésia. Na prática, não tinha nem um minuto disponível para fazer o passeio. 

Fiquei de rastos! Até me vieram lágrimas aos olhos. Estava convicta de que ia ter o prazer de renovar as minhas energias naquela caminhada. Trabalhei desde as 5 da tarde até aquele instante, motivada por aquela actividade pós-trabalho. Tanto planejamento, tudo por água a baixo. Fiquei decepcionada por ter sido roubada disso por um colega que podia, facilmente, ter-me dado a boleia. 

 No meio desta desilusão, pensava nas minhas opções. Ir para casa? Não! A casa não é um lar. É um sítio onde sei que vou me deparar com uma pessoa má, que me segue por todo o lado, que faz joguinhos, que me impede de ser quem sou e me força a estar demasiado centrada na sua existência. Mais que tudo, queria exatamente FUGIR disso. Daí todo o propósito de precisar de passear. 

Quando o autocarro até casa me largou na cidade, continuei a andar em frente até a estação de comboios. Supresa por já estar activa, entrei, falei com um bilheteiro que revelou estar cansado de responder a perguntas e lidar com pessoas. Depois de saber que um bilhete de ida e volta para Londres custava 20 libras (por ser feriado é que SÓ custa 20 libras - disse-me ele com ar de quem não aguenta mais a reacção do público) segui o meu instinto de «fugir» para outro lugar para que a pessoa que ainda tenho dentro de mim possa se satisfazer e ficar menos condicionada pelo que me rodeia. 

Nuns impressionantes 50 minutos, estava em London Bridge. Ia sem destino e sem propósito. O que inicialmente me causou receio. Receio de não me apetecer estar em Londres e de não sentir qualquer prazer nisso. Mas o tempo - ensolarado, ajuda a levantar os ânimos. Não acham?

Caminhei na direcção que o meu instinto e curiosidade me quis levar. Mas primeiro, um WC. Não vi placas a indicar nenhum, pelo que tive de perguntar a um funcionário que controla as passagens pelos portões de entrada com bilhete. Uma coisa tem de se dizer de Londres: AO CONTRÁRIO do bilheteiro da estação de comboios local, todos os funcionários Londrinos são exímios a dar informações. Fazem-no sempre com aparente gosto em ajudar. Simpatia, boa informação. Uma delícia. E olhem que eles são bombardeados por centenas de pessoas. Alguns de segundo a segundo. Não pára. Dirijo-me a funcionários com uniforme que pareciam estar fora de serviço, a aguardar algo. Ainda assim, escutam, prestam atenção, consultam os horários e informam bem, aconselhando e indicando a melhor escolha, e desejando um bom dia cheio de simpatia. 

Gosto de Londres por causa disso. Vejo pessoas normais, a agir de forma normal. Que não "esquentam" quando uma brisa passa. A maioria culta, interessada, educada. Para mim o cartão de visita de Londres são estas pessoas, a normalidade dos comportamentos. As conversas com que esbarro são normais, também. Onde vivo tudo é mesquinho. É curioso, que era isso que o bully da primeira casa sempre me repetia: "Sai desta cidade, aqui todos são mesquinhos. A mentalidade das pessoas. Ninguém presta. É tudo lixo." - dizia ele. Só que ele também era mesquinho, com uma mentalidade egoísta e vingantiva. Tinha como propósito de vida alcançar status superior, por enquanto só o aparentava dentro do local de trabalho. Talvez devesse ter-lhe dado mais crédito neste patamar. Afinal, é preciso um para reconhecer todos. 

Adiante. 


A ida improvisada a Londres proporcionou-me a serenidade que procurava. O tempo estava bom e quente. A normalidade dos comportamentos serenou o absurdo que constato no dia a dia, principalmente dentro de casa. Pessoas a fazer jogging, turistas, tudo parece normal. 

Quando me mudei para Inglaterra, não quis viver em Londres. Farta de cidade grande estava eu. Senti prazer na ideia de morar num lugar mais tranquilo, pequeno, com casinhas e jardins. Não conhecia era a realidade social destes locais. Talvez não deva julgar todos os locais pequenos, vilarejos etc, por esta amostra. Mas a verdade é que FANTASIAMOS os vilarejos como locais idílicos, cheios da beleza da natureza, com algumas pessoas a viver nele, que são pacíficas, amistosas, hospedeiras, humildes, bem educadas, cheias de valores, justas, amigo do amigo. 

Não é bem assim. Muitas vezes são fechadas no seu próprio mundinho, que é pequeno, tal como é a visão e percepção das coisas. Podem ser mesquinhas, aversas a estranhos, dados a fofoquice constante porque é isso que consideram a actividade social habitual. 

Cidade grande tem fama de ser fria. Pessoas indiferentes umas às outras. Isoladas. Concentradas nas suas vidas, com pouco tempo para olhar em redor. 

Mas olhem: aqui nesta pequena quase-cidade, as pessoas são indiferentes também. Existe muito sem abrigo. Passam por eles como todos na grande cidade passam. Existe muita juventude demasiado agarrada a charros, drogas, bebida.  

domingo, 30 de agosto de 2020

Marketing: Sesimbra: o PIOR croissant da rua

 


Numa passagem pela vila de Sesimbra, voltei a provar aquele que se intitula "O melhor croissant da minha rua". Uma pastelaria muito concorrida, que vive com fila à porta, e so faz croissants.

Já se sabe que abrir uma (ou mais) lojas para vender um so produto é um filão economico. Cada vez mais se tornou uma moda.

Mas deixem-me dizer-vos: na minha mais sincera opiniao, existem muitas pessoas que desconhecem o que é um bom croissant.

Por mim esta loja jamais teria clientela. Proclamarem que e o melhor croissant da rua... quando em qualquer pasteleria se encontra melhor. Gostava que um chef entendido nisto viesse degustar esta porcaria  especialidade. 

O meu veredicto depois de experimentar um croissant misto desta marca é: 



massa oleosa e nada crocante ou solta. Sem gosto. Queijo e fiambre de baixa qualidade, sem sabor. O excesso de açucar na cobertura, domina o paladar e é o unico sabor realmente presente. Pos ingestão te deixa uma sensacao de desconforto no estomago. Demasiada gordura.




Este é o segundo ano que dou uma oportunidade a esta casa e fico contente por o ter feito. 


Sem duvida alguma a primeira impressao com um croissant recheado com creme de ovo estava certíssima: é dos piores croissants que ja comi na vida!

Nem tudo o que reluz é ouro.
E estes ctoissants achatados e grandes sao o pechebeque do universo pasteleiro.



Nota: irei agora postar aqui os melhores sítios no centro de Sesimbra para se encontrar o melhor gelado, a, melhor comida e a melhor pastelaria. Me aguardem.













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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Os dias já estão mais longos

Não gosto de perceber que está a amanhecer mais cedo. Fico com a sensação de estar muito atrasada para chegar pontualmente
ao emprego. Costumava estar escuro quando saía de casa.  Começava a clarear quarenta minutos depois, comigo já à porta do emprego, no qual só comecei há duas semanas e meia.

Esta súbita presenca do dia a substituir a noite mexe com o meu relógio biológico interno, tal e qual como aconteceu quando as noites apressaram-se a tirar horas ao dia.

O tempo com pressa de mudar e eu ainda a esperar ver chegar o pico do inverno. A neve não vem. E sem ela vou sentir-me novamente privada de um ciclo real desta estação.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Fora de época

Sou a única no meio de um grupo de gente que pensa que ainda é verão.


Hoje pela manhã, no autocarro.
O braço nu é meu, todos os outros estão tapados até as orelhas!

Tinha percebido sem ter notado. No emprego é igual. Faz algumas semanas que vejo os outros com casacos e kispos mas só hoje percebi realmente quando olhei para a rapariga sentada ao meu lado, segurando uma mala felpuda, de casaco grosso de lã e cachecol!!!

Não vou tão longe. Cruzes!

sábado, 27 de abril de 2019

Moda de Verão


O que eu gosto da Moda de Verão é regressar aos anos 80.

Se não acreditam, fiquem atentos ao tipo de indumentária que as lojas disponibilizam. Tudo isto que é usado hoje, foi usado por mim quando era criança. E voltaria a usar - achasse eu que tinha corpo para muitas destas peças. Continua a ser um estilo que aprecio: descontraído, confortável e prático. Com uma pontinha de "edge" (irreverência) aqui e ali. 

São looks CLÁSSICOS...  nunca passam de moda. 

Aqui têm imagens de roupas que fotografei nos cabides de uma loja. Julguem por vocês mesmos.


1- O Blusão de Ganga Preto
Curto, pela cintura, um must na década de 80. Este até tem franjinhas. (E ficam bem).


2 - Os blusões curtos com materiais e corte típico de outras décadas

3 - O blusão de ganga branco



 4 - Clássico: Camisa de ganga comprida


5 - JURO que fotografei isto por causa do material. TÍPICO anos 80!
De uma psicadélica mix cor. Ainda guardo o fato de banho infantil que tem estas ( e mais)  tonalidades. 



6 - Outro material típico dos anos 80: a rendazinha branca, leve, floral... 
 ... nas calças confortáveis, largas, leves

7 - Este fotografei pelo DESIGN. Remete até para a década de 60. O fato de banho listado é um clássico, aqui com um toque de modernidade ao ser amarelo torrado e o twist está no largo cinto que lhe confere elegância, sofisticação e ar de... outro tempo, ainda que sendo lindo hoje. 

                                  



8 - Alguém está pronto para o Disco


9 - O CORTE. Essencialmente é o corte, mais o contorno branco que faz muito lembrar os calções da década de 70/80. Estes são enormes. Não usaria logotipos publicitários. Mas gostos são gostos :)

E aqui a introdução mais "moderna" no mesmo estilo de calção-algodão com fita de apertar: o logo é o de uma conhecida (e sem graça) série de comédia de TV nos anos 90. 


10 - O estilo é todo 80... As listas também. Os tamanhos é que não são para todos os corpos! 

11 - Aqui são os materiais usados e as cores. Em muito faz lembrar a qualidade da década de 80, a leveza dos tecidos. Adoro este amarelo. Teria saído da loja com uma camisa deste material e cor (não fotografei) mas não tinham para o meu tamanho. Convém dizer que isso já é de esperar. Estas roupas estao disponíveis para esguias e magras silhuetas. É a única diferença comparativamente às dos anos 80! 

                                     







12 - Na cor, no material, nas listas, no plisado... quem não usou algo assim se viveu nos anos 70/80?
                                                 

                              13 - E que não falte o Macacão! Ah, não pode faltar não.   



       14 - Outra vez as rendinhas...  A blusa branca de algodão com furinhos florais era um MUST   




 15 - E o nó... Toda a roupa tinha de levar nós na cintura ou ser cortada "à selvagem". Aqui só faltam uns acessórios: as polainas e a tira para o suor da testa. Acrescentando estes elementos e subitamente estamos num episódio da série "Fama". 







terça-feira, 1 de maio de 2018

Olá. Posso ajudar?


O meu trabalho consiste em informar turistas sobre viagens, transportes, pontos de turismo, hoteis, etc.

Muitas vezes alguém apressado aproxima-se e antes de parar já está a «arrancar» e a querer a resposta à pergunta que lançou ao ar. São os apressados. Os que percebem que têm de estar em algum lugar depressa e se vêm com pouco tempo. Uns correm que nem baratas tontas de um lado para o outro. Ao avistá-los, ofereço ajuda mas estão com demasiada pressa e por isso fingim não ouvir e seguem caminho. Julgam que disponibilizar tempo para me ouvir é... perda de tempo. 

Mas sabem o que descobri?
Ganha-se tempo. Na realidade, pode-se até ganhar bastante tempo se se parar para pedir informações. Basta aguardar apenas cinco segundos que podem fazer a diferença. Dar cinco segundos, meio minuto, para que a informação possa ser emitida e assimilada não é perder tempo. É recuperá-lo. 

Na pressa o que vejo são pessoas que, mesmo recebendo direcções exatas, vão enfiar-se nos lugares errados. Mas as que considero piores são aquelas pessoas a quem perguntas se podes ajudar e elas ficam paradas a fingir que não te ouviram. 

Ignoram-te. Isso para mim é de tão má educação.

Por vezes não volto a oferecer. E vejo-as ali, a tentar descobrir por elas mesmas para onde se devem dirigir, quando, em três segundos, já o saberiam e já estavam a meio caminho. Diria que em 90% desses casos, passados uns 5 a 10 minutos todos regressam mais perdidos, a querer ser orientados. As mais inteligentes perdem esse tempo e seguem contentes e agradecidas, conscientes que já economizaram uns bons minutos de stress e de pesquisa. Até caminham mais tranquilamente, porque sabem para onde vão. Os que não sabem, caminham apressadamente, hesitantemente, sempre com a cabeça levantada e o pescoço em todas as direcções, em busca de informações visuais, sinais, nomes, setas...

E perdem tempo. Os apressados interpretam muita informação mal. Agora que o verão está cada vez mais à porta, já dá para notar as consequências. Ao invés de pessoas geralmente sempre bem dispostas, já aparecem com frequência os viajantes irritados, mal dispostos e mal educados. Mais uma vez, aqueles que não se precaveram, não sairam de casa antecipadamente para fazer uma viagem, para comprar um bilhete, e chegam cheios de pressa e a refilar com todos que, naquele preciso dia, "meteram-se" no seu caminho.


Hoje atendi uma mulher que chegou já a avançar, sem parar e a refilar. A duvidar das indicações que lhe dei a respeito do local onde tinha de se dirigir. Então ofereci-me para a conduzir até lá. Pelo caminho conversei um pouco, tentando que descontraísse. Estava atrasada por culpa dela mas, claro, responsabilizou todas as outras pessoas menos a si mesma. Vai que a conduzo até um determinado sítio e  aí mesmo já tenho outra pessoa a querer apresentar-me uma questão. Ao perceber isso, a mulher a quem não tinha obrigação nenhuma de conduzir até o local, respondeu à outra, após esta dizer que pretendia colocar-me uma questão.

-"Boa sorte".

Como quem diz que não a ajudei de todo. Ora a lata! Da próxima vez leva com o tipo de atendimento que os meus colegas fazem: seco, repetem o comando e no máximo apontam na direcção a seguir. Há pessoas que não sabem ser gratas ou reconhecer gestos de ajuda que não está na minha obrigação oferecer. Confundem-me com a pessoa que trabalha para certas companhias e por isso julgam que as sei informar sobre procedimentos específicos dessas companhias. Ora, não é por limpar um restaurante que sei dizer como é que na cozinha cozem os ovos! 

Hoje, por ter pouco movimento em certas alturas, prestei-me a esses favores. E, pela primeira vez, fui ajudar umas pessoas a fazer uma operação naquelas máquinas automáticas. Nunca tinha usado uma mas, como trabalho nas proximidades, pensam que sei tudo e tenho obrigação de saber.

Ontem um casal teimou comigo que a direcçao que lhes dei não estava certa e exigiam falar com outra pessoa que "soubesse". Ainda por cima tinham cortado a vez a outra pessoa que chegou primeiro com uma pergunta. Respondi-lhes porque era uma resposta direta e podiam seguir caminho. Mas o agradecimento veio em forma de desconfiança e ameaça. O cliente que chegou primeiro foi simpático e nao se chateou. Pedi-lhe desculpas e os outros, já que não estavam satisfeitos com as minhas direcções, ficaram ali recusando-se mexer-se do lugar, porque estavam "cansados de correr de um lado para o outro" e queriam alguém que "soubesse" onde ficava um certo hotel.

Pois respondi-lhes que ia ver. Acabei de atender o cliente e segui pelo caminho que lhes indiquei. Direta ao hotel, apenas a 20 metros de distância. Quando dei por mim vinham atrás, certamente já a perceber o erro cometido. Quando se cruzaram comigo, lá disseram:

-"Ah, é aqui. Lembravamos que era uma zona assim e não a vimos. Obrigado".

Fizeram figuras de ursos, como se costuma dizer.

Gradualmente este tipo de pessoas está a aumentar...

Mas entre elas, resta-me as genuinamente simpáticas e as que irradiam um contentamento genuino cada vez que são ajudadas e sentem que as suas preocupações deixaram de existir.

E essas, são muitas.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Pés e pernas sobre um fundo azul


Já começou.
E já enjoa.

A quantidade de fotos de pés e pernas com unhas pintadas ou por pintar, com pêlos cutâneos ou sem, com ou sem tatuagens já começou a invadir o meu facebook como uma praga enjoativa.

Sim, chegou o meio de Agosto...

Blhac!








sexta-feira, 14 de julho de 2017

O que me tem assustado


E trazido alguns blues nestes dias é isto:






Verão!
Ainda nem chegaste, como podes já dar sinais de que queres ir embora??
Os dias também estão mais curtos...
Oh, vida...

O Outono é a estação que se segue