sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Adeus ao Natal

 Acredito que, se o ano Novo nao apressasse o  Natal a desaparecer cinco dias depois do seu apogeu, este duraria muito mais tempo.

Assim, o problema do Espirito Natalicio é que é forçado a desvanecer bem rápido devido ao novo ano, as celebracoes que dai advêm e os saldos que logo chegam.

O Natal, com o seu espírito de solidariedade, confraternizacao, alegria e respeito ao próximo, o qual, antes da reuniao familiar ainda nao se sente, perde logo terreno e desvanece perante o surgimento do consumismo e de uma nova data. Tudo o que pertence ao ano anterior - incluindo o Natal, é logo irradicado, como se indesejado e para esquecer.

Desaparecem logo as decoracoes luminosas. Como esta, que decora a rua augusta e a baixa pombalina, em Lisboa.


Pavões! Que beleza de decoração. Amo o facto de Portugal, todos os anos, decorar suas ruas com luzes diferentes. Dá sempre uma sensacao de surpresa e prazer. É que em inglaterra, Londres em específico, as luzes que me cativaram em 2016 são as mesmas que lá estão agora. E em todos os anos até este. Também lá vao estar para o ano. Provavelmente em 2050 ainda vao ser as mesmas. Uma pessoa nem olha mais. Certamente nao vai viajar propositadamente para isso.

A avenida da Liberdade, em Lisboa, está cheia destas "cortinas" de luzes penduradas nos ramos das arvores que terminam com uma pomba branca. Talvez um apelo à paz?


Contudo, as decorações que mais gostei de ver foram as da baixa, na praça do Teatro D. Maria. Também luzes a cair de ramos de árvores, mas na ponta enrolada em bola tinham apenas um pedaço de papel em forma de sino. Entao viam-se sininhos pendurados por todo o lado.

Estas luzes chegam cedo, mas acho que só conseguem ser realmente apreciadas depois que as famílias têm o seu momento juntas. Porque aí sim, sentimos o verdadeiro Natal.

Pena que este tem os dias contados e só possa sobreviver por apenas cinco dias durante esse ano.

Depois, como que eliminado, muitas das arvores de natal nas casas das pessoas desaparecem logo no dia 1 mas há quem ainda espere pelo dia dos reis, a 6 de Janeiro.

Sejam em que dia for, o espirito do Natal que entra dentro de nos no dia 25 de Dezembro, é bruscamente removido. 

Pelo Ano-novo.

Por mim, eliminava o ano novo. Nunca o senti especial, mesmo. Para mim, só lá para Fevereiro é que faz sentido celebrar o novo ano. Deviamos todos fazer como os chineses, que o celebram nessa data. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Arte clássica também existiu no feminino

 

Mesmo a propósito do post que vinha fazer a respeito das pinturas que visitei nos museus. Hoje o google-doodle abriu com esta figura: Uma pintora, mulher, que viveu no século 17 e alcançou grande notoriedade. Com o passar dos séculos teve os seus quadros equivocadamente identificados como tendo sido feitos por... homens. 


Ah! Os séculos passam, mas a condição feminina permanece a ser relegada para segundo plano, como se  inferior. (Adiante, que nós, mulheres, não nos enfurecemos. Sabemos no âmago que tal não é o caso).

Em Londres quis ir visitar uma obra pintada pelo pulso de um contemporâneo desta senhora: Jan Davidszoon de Heem.  Acabei por ser surpreendida por quadros da pintora Rachel Ruysch. Todos estes artistas pertenceram ao chamado "século de ouro neerlandês". 


Rachel Ruysch  foi a pintora que me agradou por ter um talento tão bom ou melhor que aquele que meus olhos procuravam em Jan de Heem. Esta sua gravura comprova isso mesmo. Não é estonteante?



Na visita ao National Gallery (Londres) o quadro pintado por JUDITH LEYSTER chama muito a atenção pelos sorrisos das crianças, pela traquinice, pela diversão e prazer que as mesmas podem ter vivido. Li a legenda: menino e menina a segurar um gato e uma enguia. Fiquei a pensar em que circunstâncias ia uma criança segurar uma enguia? Decerto que foi um momento específico daquela época. A autora quis capsular esse momento de alegria, como quem hoje dispara o gatilho de uma máquina de fotografar. 

                          

Comparação justa, diante do realismo, da impressionante representação detalhada que estes pintores alcançavam. Tem imagens que parecem autênticas FOTOGRAFIAS. Sempre me impressiona, este tipo de talento e muito me faz reflectir sobre o que nós realmente sabemos hoje, comparado ao conhecimento ímpar que os nossos antepassados devem ter adquirido. 

Quem sabe? Alguns destes "mestres" poderão estar a dar voltas na campa da eternidade, pasmados pela idiotice da humanidade de hoje. A admirarem quadros que eles, os autores, fizeram às pressas e a negligenciarem outros, que consideram importantes para o desenvolvimento do seu talento. Ou então revoltados, por as pessoas estarem a apreciar uma cópia que não foi feita por si ou a atribuírem uma das suas obras a outro. 

Jan de Heem teve dois filhos que também lhe seguiram as pegadas. Ele próprio era filho de um grande pintor. Sabem como é... um metier de família. Como saber, de facto, passados tantos anos, quem pintou o quê?

Detalhes do quadro de autoria 
de Jan Davidszoon de Heem


Destes três artistas foi o homem que o tempo fez com que ganhasse mais fama. Com o passar dos séculos as pintoras mulheres foram perdendo a notoriedade que os seus contemporâneos lhe atribuíram. Mas nesta época em que arte é, acima de tudo, um negócio envolvendo muito, mas muito dinheiro, a procura desesperada para se achar mais uma qualquer escultura ou pintura feita por um grande mestre fez girar os holofotes para tudo o que foi produzido nessas épocas podendo-se então, falar de artistas mulheres. 


quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Um banho de beleza e arte

 

Já me apetecia ir a Londres à bastante tempo. Ontem foi greve no local de trabalho e também greve de comboios. Fiquei chateada, por pensar que não ia poder aproveitar um dia livre para concretizar essa vontade. 

Informei-me e descobri que os comboios continuariam a circular, mas de forma limitada. Lá fui eu! Digo-vos: da próxima vez espero que também existam greves. Porque nunca tudo foi tão rápido ou imediato. Andei pela gare de London Bridge de um lado para o outro e sempre havia um comboio pronto a partir. Foi só escolher. Sinceramente, tanto para ir quanto para regressar, foi um acto contínuo. Quase sem espera no terminal. 

Infelizmente o tempo passa muito depressa, principalmente agora, no inverno. A pesar de ter chegado a Londres as 9 da manhã já achava que estava a ser tarde para as voltas que queria dar e, principalmente, se quisesse investir tempo a ver as vistas. O bilhete que comprei por 20 libras era de retorno no próprio dia e o regresso estava agendado para não mais tarde que as 17.50, hora do último comboio disponível. 

Não deu para fazer sight-seeing. Para ver a paisagem e caminhar. Tinha dois objectivos em mente: visitar o National Gallery (NA) e o Royal Arts Academy (RA). Ambos museus. Em particular, quis ir ver com os meus próprios olhos o famoso quadro de Van Gogh, "girassóis", exposto na sala n. 43 da NA e uma obra pintada por Jan Davidsz de Heem - uma das suas naturezas mortas, já que essa imagem que tinha num quadro lá em casa despertou a minha imaginação enquanto criança. Esse exposto na sala 17. No Royal Arts o objectivo era ver com os meus próprios olhos a tela "A Última Ceia", de Michelangelo. Bom, uma cópia identica pintada nas mesmas dimensões e pela mesma altura por dois de seus discipulos. 

Fui para Londres com tudo anotado: numero da sala, museus, nomes das paragens de metro próximas. Mas sabem o que mais? Foi tudo tão orgânico, tão acessível. Não existiu tempo de espera, filas. Nem para transportes, nem para entradas. Lamento que em Lisboa não seja assim. Tudo pessoal simpático e acessível. Até os funcionários claramente focados em vendas, lucro e atendimento rápido nas lojas de souvenirs, foram sempre afáveis e acessíveis. 

Agora tenho de ir para o trabalho. Não dá para escrever mais sobre esta minha ida relâmpago a Londres. Deixarei mais detalhes para outro post. Aqui ficam duas imagens de um edifício na Oxford Street, ao qual rapidamente tirei duas fotos e fiz um vídeo. Foi transformado num calendário de advento. 




O relógio ao centro no edifício tinha dado badalas segundos antes de ter carregado no botão para gravar, e apenas por dois ou três segundos. Estava a assinalar os quartos-de-hora.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Mais sobre neve e sua aurora boreal

 

O que mais me surpreendeu com o clima de ontem à noite foi a CLARIDADE.

A sério: achei tão estranho, como se fosse alienigena. As 5 da tarde ja costuma estar escuro aonponto de nao se ver um palmo diante do nariz. E ontem, quase seis da tarde, e via-se ate onde a vista alcançava. 

Para meu espanto, durante o avançar da noite e por toda a madrugada, o céu continuou a parecer irradiar uma luz homogenea celestial e única. Conseguia ver-se tudo. O ceu inclusive. Branco, no escuro e mesmo assim, branco.

As fotos seguintes foram tiradas as 2.30am de hoje. A esquerda o ceu e a luminosidade natural da hora nesta noite de neve. A direita, uma raposa activou o sensor de movimento da arrecadacao do vizinho e se acendeu uma luz forte. Da para perceber que mal se notam diferencas. Tanto da para ver bem com ou sem luz. E nunca é assim!


Ia constantemente a janela e ficava deslumbrada com esta luminosidade nocturna. Espreitei um sem quanto numero de vezes porque parecia artificial. Era impossivel estar tudo tao bem iluminado. O candeeiro mais proximo ficava a tres casas de distancia.

Olhem ele ali, bem distante.

Foi uma noite mais parecida com um dia. Estranha, bonita, uma dadiva.

Decerto que este fenomeno tem explicacao. Hoje ja nao esta assim. Ja nao se enxerga tudo diante da vista. 


Olhem só para este ceu tao claro.


domingo, 11 de dezembro de 2022

Está a nevar e a caldeira não funciona

 

São muitos os posts que vinha para fazer mas acabei não tendo tempo. Por isso aqui fica um post de retalhos. Do que me apetecer dizer. E o que me apetece falar é que ESTÁ A NEVAR!


É tão belo. Tão sereno. Ver a neve por todo o lado, a cobrir tudo num manto branco, intacta, sem a presença humana. É lindo mesmo. 

Aqui por inglaterra as temperaturas têm estado abaixo de zero desde quarta ou quinta-feira. Engane-se quem pensa que isso é mau. Pelo menos eu não acho. Quase que não há vento, o que faz do frio apenas isso: frio. Que não se sente se fores bem agasalhada. O ruím são as mãos - os dedos, que, mesmo dentro de luvas ditas térmicas, parecem não ficarem protegidos. As pestanas ganham "frosting" mas não existe o vento a usar o frio como faca para nos cortar por dentro e por fora. Considero o inverno de Portugal bem mais exigente. 

Não tem chovido. E hoje, pela primeira vez, nevou.


Disse-me alguém que estava a conduzir, que a bela neve já se transformou numa feia mistura de água com porcaria preta e escura.... Mas quando neva, quando os floquinhos minusculos começam a cair... é lindo. 


Em casa, a caldeira deixou de funcionar. Foi reparada três vezes, e três vezes perde pressão e fica a piscar no zero. Amanhã os técnicos voltam, empenhados em solucionar o problema. A M. só sabe falar mal - agora entendo porquê a agência tem cuidados com ela. Sabe que ela faz o tipo que usa estas coisas para ameaçar. Já me disse que ela pode exigir reparos financeiros por ter estado estes dias sem o uso contínuo da caldeira. E falou que uma colega recebeu 250 euros da agência por ter alegado isso. Ela faz mesmo o género que o meu anterior senhorio mais temia. Ainda me revolta a forma como ele me tratou como se eu fosse escumalha em vez da pessoa generosa, simpática e atenciosa que sempre demonstrei. 

Mas isso está lá no passado. Adiante.

Por acaso eu sei como colocar a caldeira a funcionar novamente. Basta só mexer numa torneirinha... Só que não vai durar para sempre. Com o tempo, a caldeira volta a desligar. Bem que podia fazer isso, mas fui instruida para não mexer na caldeira. Ninguém deve tocar naquilo. As atitudes da M. estão cada vez piores. Com menos cinco graus lá fora e a caldeira sem funcionar, ela sai de casa e deixa a porta aberta. Por ver isso é que não sinto vontade de fazer nada. Ela suga-me a energia e muda os meus impulsos de acção. Deixar a porta totalmente aberta mais que uma vez, sabendo que horas se passam e o ar frio está a entrar. Ela age assim. Com total despreocupação para com as restantes pessoas na casa. Revolta-me. E por isso, não sinto que deva fazer nada para aliviar a nossa condição. Faz de conta que não sei - já que não devia saber mesmo. 

Só tenho pena que tenha acontecido a um fim-de-semana. Isso não impediu a M. de cá enfiar o escravo sexual dela. Ahah. Acabei por lhe dar este rótulo porque é o que ele parece. Ela esconde-o no quarto e este nunca sai, a menos que ela dê o seu aval. Faz-lhe comida e leva-lha ao quarto. O gajo só existe para um propósito bem específico. Não tem direito a mais nada. Ainda bem. Acho que talvez seja melhor  assim. Hoje vi-o duas vezes e achei mau presságio. A primeira vez, estava à porta do quarto, sai ele do WC, em robe, passa por mim como se fosse natural um estranho "surgir" à frente dos olhos de um morador da casa e caminha calmamente para o quarto da sua escravatura. Depois, quando vinha da rua e vi a porta aberta, após tirar uma foto, ela surge com ele atrás. Talvez por os ter visto, ele não voltou a entrar com ela. Pelo menos não de imediato. Ela faz o género de fingir. E bem capaz de mandar o escravo esconder-se no supermercado por um tempo, até ela ordenar que é seguro voltar ao leito. 

Mas com a caldeira sem funcionar.... talvez este Domingo seja mais curto para os pombinhos. Pelo menos não vou ter de passar a noite inteira a os ouvir entrar e sair do WC. Ontem de noite foi à meia noite e meia e depois as quatro e meia da manhã. Sim, ontem de noite a coisa funcionou muito bem. Só piorou hoje pelo meio-dia. Estava a M. bem desperta, na cozinha. 

Ela está sempre por perto quando a caldeira pára de funcionar. Será que é ela que faz algo que causa isto? Não me espantaria nem um pouco, para ser sincera. Tem sido ela a danificar tudo que nos cerca. Acho até que pode ter sido ela a causadora da água da chuva que, há um mês, se infiltrou na casa e começou a cair na cozinha. Porque acima daquele espaço específico fica a janela do WC do piso superior. Janela essa que ela teima em... deixar totalmente aberta. Já lhe partiu o trinco por causa disso. O ano passado, inverno como agora - baixas temperaturas, e a janela sem se conseguir fechar porque ela, bruta e selvagem, conseguiu partir o trinco do seu eixo. O vento a entrar à vontade porque a janela mal se conseguia alcançar quando esticado o braço. O vento a bater a janela envidraçada consecutivamente contra a parede de tijolo... graças a ela. Nessa ocasião não se lembrou de pensar que tinha de dar dinheiro à agência por lhes causar estragos, lol. Seja como for, por essa janela caem muitas embalagens que ela mantém no parapeito. Muitas. Vão aos trambolhões pelas telhas abaixo, podendo ter danificado algum encaixe. 

Tem sempre o dedo dela em tudo de ruim que acontece. Isso fica por provar mas, tenho cá para mim que, se nunca nada tivesse caído constantemente da janela abaixo, provavelmente nunca teria chovido na cozinha. Nota para a posterioridade: O rapaz do andar de baixo - com quem eu não falava e com o qual ela embirrava, foi embora no domingo passado. O seu quarto está livre, outro alguém o irá ocupar. Previsões de tipo de pessoa: não muito boa. Porque a casa não está a ser bem mantida - a cozinha é um monte de louça suja e gordurosa, não limpam o fogão, deixam-no todo sujo de gordura e restos de comida. Por isso, quem cá vier, só cá fica se não se importar com isso. Já agora, amanhã cedo deve vá aparecer o técnico para reparar a caldeira. Só por isso, a M. foi lavar a sua louça suja e limpou a gordura que todos os dias adiciona ao fogão.

Só se preocupa com as aparências, a porca.  

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Espantoso!!

 
Nos EUA, minha gente. Que se tem como o país mais civilizado e progressista do planeta. 
A roda dos expostos regressou em força. A legalização do aborto foi removida. Não, não estou a falar do século 18 mas de agora, vésperas de 2023.

Não tenho nada contra o princípio da "roda dos expostos". Pode ser uma coisa boa, desde que a lei permita aos pais recuperar a criança em caso de mudança de ideias e que a criança, se desejar, possa vir a conhecer seus pais. 

Agora a abolição do aborto? Para quê? Forçar uma mulher a passar por uma gravidez ou empurrá-la novamente para os abortos clandestinos... o que é isso senão um retrocesso abismal?

Ainda não li bem. Notícia fresquinha aqui.

O que têm a dizer?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Shinichiro Ikebe

 

Hoje apetece-me escrever sobre bandas sonoras. Ou, como se diz no brasil, "trilhas" sonoras. Mais especificamente, as que são usadas para os desenhos animados. Quando era mais nova, a televisão era uma presença regular na formação das crianças. E os cartoons - os desenhos animados, apareciam legendados ou dobrados. Em 1983 foi exibido Conan- o rapaz do Futuro, que, mais tarde, vi em cassetes de vídeo.

Hoje, ao chegar a casa, só tinha na cabeça as melodias desta série. Estava a cantarolá-las. Porquê? Não sei. Mas realmente tive uma vontade enorme de as ouvir. Procurei-as na net. O mais próximo foi este vídeo.



Decidi fazer um post sobre elas porque acho que são especiais. Mágicas. O sentimento que carregam - algumas autênticos jingles, é um feito! Escutá-las aviva de imediato emoções específicas: tristeza (6:20 - 10:39), alegria, felicidade, aventura (13:01), medo (7:51), ameaça (9:40), patetice (13:48), autoridade (14:42), preguiça (15:48). As múltiplas emoções que as personagens de desenho viveram, sem estas melodias, tinham perdido muito significado. Quero assim homenagear o compositor japonês Shinichiro Ikebe. O senhor, ainda é vivo e tem 79 anos.


A última vez que o meu pensamento subitamente se fixou em algum artista sem explicação (e com uma sensação de urgência) acabei por constatar que o seu tempo na terra estava por dias. (Patrick Swayze, Elizabeth Taylor, Ennio Morricone). Não sinto urgência, apenas vontade de relembrar estas composições de Shinichiro Ikebe, tão emocionais como muitas das mais badaladas melodias clássicas compostas hoje para trilhas de cinema por compositores como John Williams, Ennio Morricone, John Scott, John Barry (à parte: faz muito tempo que desenvolvi a teoria que para se ser um grande compositor de música clássica a criar para filmes tem de se ter sido baptizado com o nome John e ter um sobrenome curto ahah). 

Shinichiro pode não ter tanta fama internacional por não fazer parte de Hollywood mas conseguiu no universo da animação nipónica ele é muito apreciado. E não é isso o que todo o artista sonha? Influenciar gerações e atravessar o globo. Está imortalizado. Até hoje, pelo que percebi ao pesquisar na net, estas melodias criadas para a animação em 1978 tocam emocionalmente quem, na década de 80, 90 e até mesmo 2000, viu esta série nipónica.


         Primeiro episódio:
                         http://videos.sapo.pt/4htCbR9zGLqWPTBAdqYB

sábado, 26 de novembro de 2022

Esta senhora tem uma história boa para contar

 
O seu retrato foi comprado por um Rei Francês. E por isso tornou-se famosa. O seu criador, um tal de Leonardo Da Vinci, não estava satisfeito com o resultado da sua pintura. Olhando bem para ela, acho que ele tinha razão. Vendeu-a ao Rei de França.

A este facto deve a Mona Lisa a sua extrema fama. Foi para o luvre como quem tem o seu Jazido pessoal: para todo o sempre. Mas não foi bem assim. Em 1913 desapareceu de lá. Sumiu! Por anos, andou desaparecida. Ninguém sabia dela. 

Acabou que estava no quarto de um indivíduo muito básico e simples, de nacionalidade italiana que, tirou da sua cabeça, que a pintura tinha de sair do Louvre, de França. Ficou com ela no quarto até que, dois anos depois, decidiu vendê-la a um museu em Florença. E foi aí que se descobriu por onde andava a misteriosa Mona!


É que a senhora - de identidade ainda não 100% conhecida, sempre foi um mistério. Vai e vem, muitas teorias sobre si, sobre o seu cenário são lançadas. Até se diz que ela é um "ele". Que é estrábica. Miope. Tanto, mas tanto se diz e se fala sobre esta imagem de uma mulher que nem se sabe se existiu lá no século desaseis! 

Uma coisa parece ser certa: A Mona tem péssimo gosto para homens. Só atrai os maluquinhos. É que antes de Peruggia, o italiano que achou que a italiana devia voltar à itália, também um outro lunático, que proclamava querer ser um líder justo com o povo e que odiava o poder absoluto - um tal de, não sei se conhecem pelo nome: Napoleão Bonaparte? Conhecem? Pois, é que esse também se engraçou com a senhora Mona... e levou-a para a cama! Mesmo acima da cabeceira onde se deitava todas as noites. 

Mona passou por privações com homens doidos! Mas sempre regressou para o Louvre. Só de lá saiu para visitar Tóquio, Moscovo e os Estados Unidos, onde teve a honra de ser apresentada - nada mais nada menos do que por um ícone americano: O Presidente dos EUA  John F. Kennedy. Digamos que só por isso, já é um bom motivo para dona Mona sair do conforto da sua cripta lá no Louvre. 

Bom... vamos ignorar o facto de também ele, J. Kennedy, ser um homem mulherengo ahah.



sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Black Friday uma M****

 Estava já a carregar no botão para pagar o alojamento e viagem quando leio algures numa notícia que os preços vão baixar só no dia 25 e Novembro - ou seja HOJE! A chamada "Black Friday".

É tudo tanga. Ontem de noite, até às 6h da manhã, estive a pesquisar e quase comprei tudo. A hospedagem estava a 76 euros por quatro noites. Uma pechincha! Quis comprar logo mas se tudo ia ficar mais reduzido dali a poucas horas, podia esperar. Aumentar é que não devia. Pois enganei-me. Agora está a 88 euros por quatro noites. 

Essa alteração já faz com que NÃO QUEIRA dar um único centavo. Posso dar o dobro a outro estabelecimento mas a este, não dou. Ou o valor volta a ser o mesmo ou não compro. O produto é o mesmo. O tempo que passou quase nenhum. E a oscilação de valor essa exorbitância??

Não consigo compactuar com estas práticas oportunistas, que apenas trabalham com algorimos e, como o computador lhes deve ter dito que eu estive a ver aquela reserva, a coloquei no cesto e quase a comprei - logo a seguir o preço sobe. O mesmo aconteceu para as datas de voo. 

Promoções de black friday...

A única coisa que me apetece ver black (negra) é o olho do pilantra que inventou esta artimanha enganosa de venda de gato por lebre. 

domingo, 20 de novembro de 2022

Não consigo respirar!

 

Não consigo respirar pelo nariz. É só chegar a casa e isso torna-se impossível. Vai e volta, esta condição aparece. Parece-se com uma simples constipação. Mas não é. Mas é chata como se fosse!

Será alergia? Congestão nasal? Sinusite?



Além de ter de respirar pela boca, tenho outras condições que podem estar associadas. Muita intolerância ao barulho. Não percebo nada do que as pessoas me dizem quando estou num ambiente com ruído. Não as entendo. Oiço-as mas não as percebo. Em quase tudo estou a dizer "?" - como se fosse meia-surda. Sofre de enjoo, má disposição, mal estar ligeiro ao andar de autocarro. Junto com uma certa dor de cabeça. O melhor que me pode acontecer é chegar rápido ao destino e sair do autocarro o quanto antes. O ar fresco e gelado de Inverno revigora-me. Estão agora 5º graus. Aqui em Inglaterra já não dá para sair à rua sem colocar luvas. O gorro e o cachecol logo se seguem. O ano passado tive vertigens tão limitadoras que precisei de tomar medicação por muito tempo, para ver se as afugentava de vez. 

Existe alguma cura para isto?



Não deve existir. Se não as milhares de pessoas que sofrem do mesmo mal estariam todas bem. Juntei-me ao grupo. Bolas! Isto de envelhecer não está com nada... uma pessoa perde o que não quer e ganha o que não quer! Perde-se elasticidade, energia, juventude, ganham-se rugas na pele, doenças a somar... Como alguém disse: Envelhecer não é para fracos

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Livro a preço de vários colares em ouro

 

Tenho a certeza que nem Maria Magalhães ou Isabel Alçada ganharam este valor na venda de um único exemplar:


Estão a ver quanto pedem? Por um livro que nem é novo no seu estado, mas USADO???

O descaramento das pessoas não para de me surpreender. Mas que o façam online na venda de produtos como este exemplifica, tira-me do sério. Cheguei a ver rolos de papel higiénico vazios à venda por uma fortuna! Isto antes do Covid, supostamente para "trabalhos manuais". Como se fosse produto de recurso difícil, quando na realidade está disponível ao final do dia em todas as casas-de-banho deste mundo.

Vocês dariam o valor pedido pelo livro? Cento e setenta e um euros e quinze cêntimos? Será que as costuras, a tinta de impressão e os restantes materiais usados na sua produção são feitos de ouro? 


PS1: Aos 11 anos ganhei um prémio de literatura na escola cujo prémio foi anunciado como "muito bom" mas era também uma "surpresa". Na cerimónia de atribuição receberam-se livros da colecção "Uma aventura", de Isabel Alçada e Maria Magalhães (autoras da obra vendida acima). Pormenor: uma delas tinha sido ou ainda era professora naquela escola. Qual não sei, porque não foi na minha turma. Ou seja: os livros não foram uma despesa para os cofres da escola, foram obtidos gratuitamente. Esperava, no mínimo, um autógrafo, para que ficassem valorizados e marcassem a ocasião. Veio com um carimbo preenchido com dados pessoais mas não pareceu nem especial, nem carinhoso, nem nada. Os prémios para os três primeiros qualificados foram livros "Uma aventura". Só variou na quantia recebida. 


PS2: Disseram-me que o primeiro prémio (que não foi o meu) foi atribuído a um rapaz por nepotismo e que nem tinha sido ele a escrever o texto, teve ajuda da sua mãe, que era professora ou algo do género. Mas o que mais gostei de ouvir foi o rapaz que mo disse, ter-me reconhecido dessa ocasião - e eu nunca tinha lhe colocado a vista em cima. Reconheceu-me mas não mo admitiu logo. Tornamos-mos colegas de turma no ano seguinte e ele nada me disse sobre o impacto que o meu poema teve na sua pessoa. Guardou isso para si e só quando nos tornamos mais próximos é que me disse que ele e outros tinham gostado muito mais do meu poema e que eu devia ter ganho o primeiro prémio. Contou-me que o rapaz que o levou - que era da turma dele, não era nada criativo, não sabia escrever e era aparentado com uma professora. Aquele tinha sido um primeiro prémio que me foi roubado. Eu desconhecia tudo aquilo que ele me contava. Na altura - pode vos parecer estranho, mas tinha sim uma capacidade criativa em potencial, que saía fácil de mim, tanto por escrito quanto por outros meios. O suposto "grande prémio" com que tentavam aliciar os alunos para que se empenhassem não surtiu qualquer efeito em mim. Escrevi o poema pelo desafio, por gosto. Nem me pareceu difícil. Fi-lo ali mesmo, sentada na carteira da sala de aula. Não precisei de dias, nem de "fazer em casa".  O prémio não me motivou a aplicar-me mais - como decerto foi o estímulo dado a todos nas classes. (Como podem perceber pelo meu blogue, esse talento para a escrita não cresceu. Sei porquê não floriu e sei porque morreu. Existiu. E isso basta-me). 


ilustração da arquitectura de uma escola portuguesa 
que é muito familiar

Hoje, calhasse que os livros tivessem recebido assinatura de autor, pergunto-me se podia cobrar por cada um deles este ABSURDO de valor. 171 euros!! É que, os meus, além de assinados, seriam artigo "vintage", com mais de 30 anos. Talvez até primeira edição. 

Há uns 20 anos desfiz-me de dois deles (não carimbados, pois antes de os receber já era leitora das obras, que achava previsíveis e quase sempre adivinhava o plot inteiro e descobria o(s) culpado(s) nas primeiras páginas, mas eram um bom entretinimento), junto com outros livros de estudo "menos queridos" num Alfarrabista. 

Em troca destes dois que podia vender a preço mais elevado (sendo primeira edição e sendo muito procurados) e muitos outros manuais escolares ainda usados no ensino que podia vender a preço de capa - deu-me uns meros 100 escudos. 

Tirei consolo em saber que ia dar aos livros uma nova vida, já que, no lixo, não sou nem nunca fui capaz de os colocar. Prefiro "abandonar" um livro num banco de jardim, num aeroporto ou na já desaparecida biblioteca do emprego. Assim outros podem beneficiar deles. (No emprego pegaram em todos os livros e deitaram-nos no lixo. Disseram-me que lhes atearam fogo. Meu ADN treme de pesar até hoje).

segunda-feira, 14 de novembro de 2022

Conversa informal de autocarro

 

Nem estava a prestar atenção. O meu foco estava nas horas no display do autocarro. Tinha 15 minutos para bater o ponto. E um percurso que podia levar mais que isso. A pontualidade era incerta e um desafio que aceitei ao receber, 10 minutos antes, uma chamada telefónica para ir trabalhar ontem, Domingo, às 10 da manhã. No total tive 30 minutos desde o desligar da chamada para sair da cama  e estar no emprego a trabalhar. Só o percurso demora mais que isso. Tinha de me apressar. 

Em 3 minutos estava fora de casa, em nove no autocarro que apareceu mesmo quando estava quase a alcançar a paragem. Corri para o apanhar e entrei. Os meus olhos no display que diz qual o próximo destino e mostra os minutos que faltam até chegarem as 10 da manhã. O autocarro vai parando nos semáforos, nas suas paragens obrigatórias e demorou-se logo na segunda, para poder facilitar a entrada a uma senhora em cadeira de rodas. Algures depois ou antes da entrada desta, um vulto feminino a falar ao telemóvel tinha entrado também e passado por mim. Sentou-se algures atrás. A voz não era muito alta. Mas a rapariga, britânica, falava claramente e dava para escutar o tema da conversa.

O meu foco está nas horas. Perderam-se quase 3 minutos na paragem onde entrou a senhora, com o marido e uns outros tantos. Até foram rápidos. A agilidade da senhora e a força de braços - louvei-lhe. Via-se bem que era uma senhora de garra, independente, com identidade que não estava presa à cadeira. E ponderei se homens conseguiriam ser assim. 


Talvez por essa distração a voz da rapariga ao telemóvel tornou-se percetível. E era esta a conversa dela: 

Acordou sem se lembrar de nada mas com aquela sensação "lá em baixo" (Ria-se). Tinha quase a certeza que teve relações sexuais mas não se lembrava de nada. Explicou que toda a gente falava daquela droga muito boa e que tinha de experimentar. Achou graça que a droga era tão boa que a tornou desmemoriada e provavelmente manteve relações sexuais. Com quem? Com o quê? Com quantos? - não faz ideia nem nunca vai saber.

A rapariga estava OK com esta experiência. Até ri, e sem ser de nervoso. Ri com gosto. Ri por ter aquela história fantástica para contar. E conta com tanta casualidade, que o faz no meio de um autocarro cheio de gente. 


Qualquer dia...

https://www.cmjornal.pt/mundo/detalhe/casal-faz-sexo-em-frente-a-criancas-dentro-de-autocarro




Fun for everyone


 

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Conheçam esta sanita

 Apresento-vos a sanita cá de casa.



Como podem perceber, é de louça branca, fica num espaço apertadinho e esta acompanhada de um balde pela esquerda e por um piaçá à direita.

Deixem-me perguntar-vos já: COMO é que voces se sentam numa sanita?


Esta pode parecer uma pergunta estranha, não é? Confesso que jamais pensei que ia questionar-me sobre formas de nos sentarmos numa sanita. Parece-me evidente que so há uma: sentamos-nos pelo lado mais estreito, com as costas viradas para o autoclismo.

Foi assim que nos ensinaram e é assim que transmitimos às crianças, quando atingem tamanho suficiente e conseguem usar os braços para se equilibrar no tampo. Existem inúmeras imagens elucidativas, imagens de stock, ilustrações de pessoas a usar esse utensílio e não encontro uma que mostre diferente. 

Pois descobri que nem todos fazem assim. De inicio nem entendi porquê a M. teimava em empurrar o piaçá para detrás da sanita, inclinado, quase debaixo da tubagem. É que não é nada fácil chegar a ele. Aquilo irritava-me. Até latas vazias de ambientador ela colocava em frente do piaçá, como se este utensílio fosse de utilizado com pouca frequência. O braço mal tem espaço para se enfiar na abertura e tem de se esticar todo, roçando na tabua e sanita, o que não é muito higiénico. 

A minha vontade era remover o BALDE. Esse sim, acho que está mal posicionado e não é de uso frequente. Eu nem o uso. É todo dela. Onde está situado, estou sempre a dar-lhe pontapés. Quando uma pessoa se posiciona para se aliviar, o pé encontra ali um desagradável obstáculo. E ela sempre a empurrar este mais para a frente. 

Um dia ela me pergunta se sou eu (claro que sabe que sou eu) que reposiciona o piaçá e eu respondo-lhe que sim. Ela recrimina-me e diz:
-"Quando eu me sento aquilo está ali, não deixa espaço para colocar o pé. Não o quero ali, não é para estar ali".

O meu cérebro leva tempo a processar a sua justificação. O piaçá? Mas nem se toca nele! O balde sim, é um incómodo, um distúrbio. Nisto percebo que ela disse que se senta e bate com o perna nele. Para isso acontecer só pode ser porque se senta de lado!!

Fiquei um pouco surpresa. Nunca na vida conheci alguém que usa uma sanita de lado. Mas logo explicou muita coisa: os salpicos de defecação sempre posicionados na lateral esquerda, por vezes até alcançando a parede. A mentruação dela, sempre a pingar de um lado da tábua. Passei a entender melhor o estado lamentável de certas coisas pela esta sua inadvertência. Me espanta que ela julgasse que eu soubesse que era assim que se sentava na sanita. Como se fosse natural. 

Pensei: deve ser por o espaço ser pequeno. Mas não. É mais porque ela é espaçosa. Precisa de ter muito espaço para si e acha que usar a sanita de forma apropriada não lhe confere isso. Até hoje tenho de "lutar" com aquele balde e puxar o piaçá do fundo da parede, cada vez que preciso de o usar. O que pode ser mais que uma vez por dia. 

Já tinha ouvido falar das sanitas para agachar - até me parece uma coisa positiva que gostaria de usar. Os orientais têm buracos no chão a fazer de sanita. Parece que a posição de agachar vai mais de acordo com o que a natureza do nosso corpo. A invenção da sanita veio contrariar essa natureza, proporcionando mais conforto e também mais higiene. Contudo, desde que foi inventada - lá pelo século XXVI, pelos vistos - a malandra tem sempre sido usada da MESMA MANEIRA. Senta-se sempre com as costas viradas para a descarga. Não há outra forma. 

Só mesmo a M. para ser inconveniente até nisso.  


quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Eu não mudo de skin

 AS IDENTIDADES

A identidade que conferi ao meu blogger dei-a quando criei o seu conceito e ele nasceu. Mudar isso seria como querer fazer uma cirurgia plástica só para parecer mais jovem. Deixo-o seguir o seu rumo. 

Tal como acontece com coisas vivas, tenho o costume raro de não mudar as características dos meus equipamentos de interação social. Falo do telemóvel, do computador, blogger,  facebook, whatsapp, das suas configurações, imagens de monitor, tipo de icones, sons e melodia de toque. 

Tudo o que envolva identidade.


Acho que este género de utensílio também tem a sua identidade única. Quando uso um telemóvel novo, este "pede" a sua própria identidade. Não vai ter o mesmo aspecto do anterior. Tem novas características, funciona de forma similar mas diferente, sente-se diferente. Logo, não pode ter a mesma "imagem". Cada aparelho tem o seu tempo e cada tempo pertence a um momento nosso, que acaba tendo as suas características identificativas. Eu sinto qual é essa identidade e depois configuro-a. Assim fica para sempre. 

Hoje em dia é raro optar assim, quando a tecnologia oferece tanto. Mas é como prefiro. 

O toque do telemóvel só muda em caso de necessidade, quando mudo de telemóvel. Desde 2019 que tenho o mesmo. São dois diferentes, porque tem dois sims. Um para Portugal, outro para o Reino Unido. Sempre os tive personalizados, porque, para mim, só faz sentido assim. Procurei a melodia que queria online e alterei-a na velocidade e os efeitos. É um toque polifónico pois só me agradam esses. Escutava a melodia na infância, quando ligava a televisão para ver "Era uma vez o espaço".  Em três anos, nunca que alguém ouviu e disse: "esse som é-me familiar...".. Contudo, acredito que quem seja dessa altura e tenha essa sensibilidade, vai saber a identificar.  Como skin - ou seja, o grafismo dos icones, a imagem de fundo, o protector de monitor, tenho o tema do espaço. A imagem de fundo é do planeta terra e uma chuva de meteoritos aparece quando o ecran se desliga. 

Há quem não passe cinco dias sem mudar de avatar, de imagem de fundo da página do facebook ou blogger, de foto no whatsapp etc. Nada contra quem o faz, só não faz o meu género. Em muitos casos, acho que essas constantes mudanças revelam traços de personalidade que deviam permanecer na intimidade. Tais como imaturidade, insegurança, vaidade e superficialidade. Pelo menos eu identifico algumas pessoas assim, só pela escolha de foto para avatar. Não todas atenção. Mas uma maioria que varia em idades desde jovens miúdos a adultos mal-resolvidos (lol). Eu, que sou uma pessoa mais privada (?) não sinto vontade de meter a foto das minhas férias na praia, ou no alto de uma montanha, ou abraçada a uma criança, ou a ser beijada por um homem, ou ao lado do meu gato, ou nas minhas "melhores" roupas aquando convidada para um casamento, ou quando era jovem há mais de 40 anos atrás, ou a segurar copos de cerveja num destes muitos ambientes de festa em pubs... 

Não é para mim. No máximo, uma paisagem, algo belo, porque a beleza me agrada, mas não quero parecer nem fazer por convencer os outros de que a bela sou eu. 

Bom, e é isto.





segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Novas leituras


                     Novo género de leitura


Anteriores leituras


quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Novidades que tirara(ra)m um PESO dos OMBROS!

 

Depois do sucedido com a M., temi que ela me fosse difamar. Que o faça cá em casa com o rapaz, isso já dou como certo. Mas que o pudesse fazer com o pessoal da agência deixou-me preocupada. Na outra casa o senhorio nem quis me ouvir: tomou como certo as invenções que lhe despejaram em cima. Voltei a lembrar a dor e angústia dessa experiência. Temi que se repetisse. Não poderia suportar sujeitar-me novamente a essa situação. Antes não reagi, agora tinha de tomar uma atitude.

Muito insegura, com medo de ser interpretada como uma pessoa que não funciona bem da cabeça, dirigi-me à agência imobiliária. Fiquei tão indecisa! Não sabia se entrava, se saia... Decidi não entrar, caminhei, hesitei, voltei atrás, decidi entrar... Entrei, não tive coragem de passar pela porta... Não sabia como ia justificar a minha presença ali. 

O que realmente queria saber era se a M. andava a fazer intrigas de mim a eles. Sei que as faz cá em casa, com todos que ainda estiverem dispostos a lhe dar ouvidos. O que, na actualidade, é só o rapaz do andar de cima. Eu mal o vejo. Antes falava muito com ele mas desde que a M. se aproximou, é raro o encontrar. Parece até que este me evita. E isso faz-me sentir mal. 

Quem ela conseguir envenenar contra alguém, ela envenena. Como a minha dose deste tipo de situação foi quase mortal da última experiência, acho que ela tem de servir para me ensinar alguma coisa. A agir. A não ser totalmente passiva, como fui no passado. Por isso é que as mentiras venenosas pegam. Porque eu fiquei silenciada a aguentar o sofrimento da descriminação e gaslighting, sem reacção.

Assim que entrei na agência a senhora veio ter comigo. E me ouviu. Só isso tirou de imediato um peso de cima. Ela veio com duas novidades. Uma ela julgou ser  FANTÁSTICA: o rapaz do andar-de-baixo vai-se embora a 19 de Novembro. 

Eu logo perguntei: E a M?

Resposta: "Estamos a tentar expulsá-la"  (sensação de surpresa agradável).
"Não sabes mas ela não está a pagar a renda. Falamos com ela e justificou que tinha estado de férias. Disse-lhe que mesmo de férias tem de pagar a renda".

Por acaso até adivinhava, aliás, sabia, que ela não estava a pagar a renda. O que não é difícil de concluir quando se sabe que alguém não faz por encontrar trabalho. Faz mais de um ano que apanhei, por acaso, um extrato de transações bancárias deixadas entre papéis velhos e saltou à vista umas prestações fixas de ginásio e telemóvel que apareciam como "em dívida".  Não apareceu nenhuma entrada de salário e não vi sair nenhum pagamento avultado fixo, como o da renda. Depois prestei atenção no dinheiro a entrar e não havia nenhum, sem ser o fundo para estudos onde ela se meteu para ter quem a sustente sem ter de arranjar emprego. Uns 6000 euros. O que me revoltou mais ainda!

Isto faz mais de um ano e muito me surpreende que só agora é que a agência está a "tentar" expulsá-la. Se fosse comigo tenho cá para mim que não demonstrariam tanta paciência. Mas creio que não é o caso para se ser paciente. É o caso de temer que a pessoa lhes dê trabalho, lhes faça frente. A M. é exatamente esse tipo de pessoa. Aquele tipo de pessoa que não vais conseguir expulsar. Que vai recorrer a todo o tipo de truques. Até virar "boazinha" quando lhe convém, só para passar debaixo do "radar" das suspeitas. 

Um peso enorme abandonou os meus ombros quando soube que a agência pretendia expulsá-la. Mas logo ela me disse que: "não era fácil". Eu respondi que só de saber disso já me fazia aguentar mais um pouco. (Porque eu já estava a pensar sair). Ela repetiu "estamos a tentar"

O peso que me saiu dos ombros foi tão grande. Nem dei conta do quão grande ficou só de a ter de volta. Era esmagador! Não estava lá aquando a sua ausência. Mas voltou todo em peso com a sua presença.

Senti-me leve, alegre. Há esperança! E melhor: eles sabem que ela não é "não é boa pessoa" - citando a senhora da agência.
Só depois percebi que ela colocou ênfase em "tentar"

A M. não vai sair daqui. Nunca. 
É demasiado ardilosa e má intencionada para se deixar levar na primeira investida. 

Adorava que fosse esta a minha bênção dos céus por altura do Natal.

Quem vai sair é o rapaz do andar-de-baixo. Para mim pouca diferença faz. A não ser temer que venha mais um para a M. encher de veneno. E outro desarrumado, porque a casa está com mau aspecto e quem aceitar viver nela só pode ser pouco asseado. 

A M. detesta o rapaz de baixo. Há um mês veio cheia de falas mansinhas para mim, contou-me que foi à esquadra queixar-se dele. Mas que eles não podiam fazer nada porque ele não a agrediu. Quis que eu a apoiasse porque, num próximo desentendimento, ela não hesitaria em fazer queixa dele. E eu fiquei a pensar o quanto ela provoca as pessoas e as tortura. Jamais 
podia ficar do lado dela. 
Ela o quer expulsar daqui desde o início. Tentava fazer-me a cabeça contra ele. Mas não conseguiu. Acabei por deixar de lhe falar e ele, como consequência, ficou agressivo e a fazer bullying. Mas passada essa (longa) fase de 6 meses, ele, mesmo cheio de raiva, fazia a vida dele e deixou de interferir na minha. 

Ele sair vai saber-lhe a presente de Natal. Vai ficar no céu. E achar que tudo está bem. Agora só faltava EU sair. Vai tornar-me no seu alvo exclusivo. Quem merece esse gostinho, essa felicidade sou eu! Que ele se vá embora antes dela parte-me o coração. Não me sinto nem um pouquinho feliz. Se não for ela a sair, esta casa não vai conseguir entrar nos eixos. Durante a sua ausência de quase duas semanas, a casa manteve-se direita. Nada de bagunça, nada de sujidade das grandes. O rapaz do andar-de-baixo tem problemas, mas no geral, faz a sua vida sem perturbar. Eu é que mereço ter o gostinho de ver a M. fora daqui. Esse prazer devia ser meu, não dela!

Talvez até arrange um qualquer esquema para cá enfiar o rapaz que enfia no quarto todo o fim-de-semana. Isso se for sempre o mesmo porque, se os esconde, tanto pode ser um como cem. 

Ela gasta dinheiro que não tem a uma velocidade cruzeiro. Mas parece que tem pacto com as forças do mal: cai sempre de pé. Nunca é derrubada.

Quem será que ela está a usar de momento para conseguir dinheiro? Sim, porque as tetas do governo não vão durar para sempre. E, supostamente, esse dinheiro tem de ser devolvido após a pessoa se empregar na área. Coisa que nunca vai acontecer com a M. Até porque me parece que ela já abandonou os estudos faz muuuito tempo. 

Para meu terror, li algures uma notícia com o título: "O que acontece às pessoas que não pagam os empréstimos de estudo?".

Aparentemente nada. A pessoa apenas fica "sem crédito" para se financiar. LOL. A sério UK??? Até parece que esta gente alguma vez vai requerer crédito. Vive é de esquemas para tirar dinheiro, não é gente direita que visa obter propriedade ou bens para pagar para o resto da vida. 

A M. cai sempre de pé. Passa um ANO e ela sobrevive de esquema em esquema. Sem se preocupar em enveredar pela vida honesta de trabalho. Desta vez quero que caia e fique no chão. Mas num fora daqui. Que vá para bem longe e nunca mais apareça.





segunda-feira, 31 de outubro de 2022

A detestável

 

18:39: Entrei em casa para tomar um duche. Subo as escadas e pretendo ir logo tomar banho. Mas primeiro, descalço-me e abro a porta do quarto para lá deixar a mochila. 

Não dá tempo. A M. abre a porta do quarto dela e aparece atrás de mim, a segurar uma toalha de banho. 

Entro no WC com mochila nas costas e tudo. 
Que mania ela tem de esperar ouvir uma pessoa chegar para ir tomar duche!!

É uma sociopata. 

Não estou para permitir que aquela gaja continue a agir como dona da casa. 

Cada vez que ela percebe alguém entrar, corre para usar tudo: o WC, a cozinha, as máquinas... 

Querem-me convencer que ela, estando o DIA INTEIRO sem fazer nenhum só precisou tomar banho quando me ouve chegar? 

Claro que não! Ela faz sempre isto. 

Continua a bater com as portas. Excepto aos Domingos, claro. Que é hoje! (foi). Sabem porquê? Porque mete um gajo cá dentro. AI ELA REVELA SABER MUITO BEM como fechar uma porta sem ser com estrondo. 

Por isso me irrita muito. Antes até me ocorria que ela poderia genuinamente não ter percepção do que faz. Mas isso mudou antes de Maio de 2021, quando começou este ritual de trazer homens para o quarto às escondidas.

Farta-se de ir ao WC tomar duches. 
No corredor, disse-me que "Precisava tomar banho porque tinha de sair de casa em menos de uma hora". E eu, feita PARVA, cedi. Abri a porta do WC, peguei na roupa que já tinha tirado, e PERMITI que ela fosse tomar duche no meu lugar!

Temos um WC no andar de baixo. Porque não foi ela para lá, já que tinha tanta pressa?
BURRA!

Eu sou uma burra. Não admira que assim continuem a pisar em mim.
E já notei que ela logo mudou para um ar de "superioridade" comigo. 

Ontem gritei para que parasse de bater as portas. E entrei no WC para o meu banho. Ela sai do quarto e, no corredor, começa a dizer-me "EU acho que tu és doente". 

Eu só disse "blá, blá, blá wiskas saquetas" -  e recusei-me a escutar a ladainha dela. 
Saí por cima. Falei alto que a casa nem devia ter portas porque não sabem usá-las. 

E hoje, o que faço?
Cedo-lhe o WC. 

PARVA!
E tem mais: ela não saiu de casa COISA NENHUMA. 

Às 22.22 - passava eu no corredor e sai ela do WC, embrulhada numa toalha. Ao me ver, faz um ar de zangada e enfia-se de volta no WC. 

E agora, às 1.50 - novo duche! 

Obvio que eu sei o que se passa. Mas esta mania que ela tem de achar que é DONA do espaço.... A falsidade. A armar-se em "boazinha" para obter o que queria e, agora ao me ver no corredor, irritada. Devia era me agradecer e dizer "obrigada". Ou sorrir e desviar-se para que ambas passássemos pelo corredor. Arre! Não aprendo. Mas será que nada acontece para que me veja livre desta bicha??

Manipulou-me. Falou-me pelo corredor com voz doce. Eu cedi: Voltei a recolher a roupa que já tinha despido, peguei nas minhas coisas, abri a porta e disse-lhe que, se vai sair e não vai demorar, então eu deixava porque queria relaxar. Eu vinha da rua, de um turno pesado de 8h de trabalho. Apanhei chuva. Tinha a roupa húmida. Estava quente. Precisava de um banho e não podia esperar eternamente. Passados 15m dela lá enfiada, desci as escadas e usei o banheiro do andar de baixo. 

BURRA NOVAMENTE!

Ela é que devia ter lá ido, se estava assim tão precisada. 

Com esta gentileza - que é de minha natureza, regredi nos possíveis progressos que fiz ontem, ao, de certa forma, vincar posição. Fazendo-lhe frente. Usando os únicos recursos que ela me deixou disponíveis: a ira. O descontentamento. A voz alta. 

Contei aqui (num post demasiado longo e que por isso transformei em rascunho), que ela esteve ausente durante quase 2 semanas. Foi uma PAZ. E eu reencontrei-me. Sou a pessoa que julgo ser. Boa, serena, pacífica, com vontade de deixar a casa arrumadinha e limpa. Coisa que, com ela cá dentro, é inútil e frustrante. 

                            janela depois de pintada, mas já usada para colocar coisas


Há duas noites decidi pintar a base da janela do WC com tinta branca, porque estava toda pelada. Hoje já está a começar a pelar novamente porque ela DANIFICA TUDO!! Coloca ali um daqueles panos esponjosos encharcado. A base da janela do WC parece ser feita de uma espécie de placa em MDF. Claro que pela com água. Mas nem é preciso ter dois neurónios para se saber que, deixando coisas molhadas em cima de qualquer superfície, tem consequencias. 

janela depois de ter removido o pano molhado que ela colocou ali
(não pode ver um bocadinho de espaço algum que vai e o ocupa logo com porcarias)


Ela chegou na noite que pintei a janela. Que nem o furacão Katrina, eu, dormia na paz dos anjos. Exausta, por só ter dormido 2h na véspera. E acordo. Com o enorme estrondo da porta do WC e os ruidos que lá dentro se seguiram. 
Abro a porta. Vejo-a a sair do WC. Cumprimento-a ela nem faz caso. Tenho a voz ainda embargada do sono do qual ela me retirou sem dó nem piedade. Eram 4.45 da manhã! Depois fecho cuidadosamente a minha porta e, quando ela fecha a dela, é com outro estrondo.

Perco as estribeiras: abro a porta e grito: Não BATAM COM AS PORTAS!

Mas estou calma. A paz e tranquilidade ainda reina dentro de mim. 
Ela sai para o corredor e começa a ladainha dela - que eu recuso-me a ouvir. Já ouvi milhares de vezes. É inútil. Ela não aprende. Não aprende a menos que se fale a linguagem dela. 

O que também me irrita é saber que hoje, "Domingo" para segunda, ela já foi ao WC uma série de vezes quase sem fazer as tábuas do corredor ranger. A porta? Essa fecha que nem um doce, quase nem se ouve. 

Mas deixa chegar a tarde e o resto dos dias da semana, para se ver só quantas vezes as portas vão bater pela casa!

Esta gaja merece ser expulsa daqui. 
Sanguessuga, porca, falsa, mentirosa, manipuladora, intriguista. 

Adoraria que sumisse de vez. Já está na altura de ir infernizar outras pessoas. Talvez um dia apanhe alguém que não goste das suas "brincadeiras" e lhe dê o merecido troco, com juros e correcção monetária! 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

Novo país para morar?

 


Noruega ou Suiça?

Que país ia eu "encaixar" melhor?

Estou em Inglaterra mas não tenho aquela sensação de "uau!" ou identidade com algo que me faz falta. 


Vou dar um exemplo: eu adoro andar com a minha trotinete eletrica. Foi o primeiro veículo em que coloquei o olhar e com o qual me identifiquei. 

O tradicional veículo a motor a gasolina nunca me fascinou. Sou claramente uma pessoa virada para o verde, para a natureza, para o belo, para a caminhada, para o silêncio e tranquilidade. Não gosto de andar nos autocarros - são muito barulhentos e o transporte público que sempre gostei mais é o eléctrico de Lisboa - os ANTIGOS.


O meu sonho? Ir ao polo Norte, estar perto de Icebergues e regiões cheias de gelo. 

Definitivamente, nem Inglaterra nem Portugal facultam este tipo de experiências. Chateia-me as multidões, lerdas, burras, sem cortesia que muitas vezes se encontram em locais sobrepovoados. Detesto o barulho de máquinas, principalmente do trânsito automóvel. Não gosto de respirar o AR perto de estradas. O ruído de motores refrigeradores e as suas vibrações (estou a escutar agora vindo do parque de estacionamento sete casas de distância). 

Será que um destes países se encaixaria melhor em mim?
Eu acho que sim. Se não para sempre, pelo menos por um bom tempo. Acho até que a altura ideal já passou. Era quando era mais jovem. Meu corpo a envelhecer agora pede sol. O gelo, a neve, por que tanto clamei... pode agora vir a ser um inimigo. 

Só para poder viver melhor este tipo de experiências, gostava de voltar a ter 30 anos. 

Para poder reinventar o meu destino e ter mais tempo e facilitismos para usufruir dele. 

Alguém por aí sabe dar umas dicas sobre estes ou outros países?



segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Cadê a tua scooter eletrica?

 Esta é a pergunta que estou constantemente a ouvir da parte de colegas de trabalho. Durante o expediente mas  principalmente na hora da saída.

Hoje não foi exceção.

Alguém que segura as chaves do carro na mão, barra-me no parque de estacionamento para fazer esta pergunta.

Depois despede-se de mim como já a querer ir embora. Nunca que alguém oferece uma boleia. Por vezes perguntam como vou para o trabalho ou para casa. Posso ate responder "a pé". Onde moras? Quanto tempo leva? "Uma hora, hora r um quarto, dependendo da velocidade que caminho". - respondo.

Uma generosa oferta de boleia, mais que não fosse ate meio caminho raramente se segue.

Esta curiosidade intensa sobre a minha vida não e motivada por querer ser generoso. Não sei porque me cravejam de perguntas. Faz três meses que não uso a trotinete. Avariou. Meus pés, pernas e joelhos voltaram a overdrive. Mas o que mais me aborrece e o tempo que voltei a precisar dispensar para chegar pontualmente  aos locais. 

Agora, que e inverno, a scooter eletrica faz-me falta. Mas tambem me lembro o quanto pode ser um transtorno quando chove ou faz muito frio.

Gostava de yer ummpequeno carro eleteico. De ligar a tomada normal mesmo 😁



Nrm sei se existem. Algo parecido a este dos CTT.

E quando alguém me pedisse boleia, eu ia responder que dou boleia a todos aqueles que mas deram a mim pelo igual numero de vezes. Zero vezes zero é nada.

Aqueles que já ofereceram - raros casos mas existentes, estariam à vontade. Ajudaria só aqueles que se desviar um pouquinho da rota para me deixarem quase a porta de casa. Desses si a minha amiga brasileira e mais recentemente um rapaz e um gerente. Mas são cados raros.

Colegas do dia-a-dia, esses nao se chegam a frente. Muito pelo contrario: parece ate que temem que a pergunta lhes seja feita e fogem rápido para não a terem de ouvir.

Tenho brio. Mesmo querendo se os sinto assim, não lhes peço. Já teve alturas que fui eu a pedir. Mas são mais as ocasiões em que percebes que te evitam para que não possas perguntar.


Quando me vi sair com a scotter sempre me pediam boleia. Claro que nao podia dar, mas sempre escutei os pedidos. Se arranjasse um carro temo ate de pensar quantos, subitamente, viriam falar comigo a pedir pata que os levasse.


O trabalho que fazemos e duro. Estou a caminhar rumo a casa apos um turno. Doem-me as costas. Mal posso esperar para tirar os sapatos.