sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Shinichiro Ikebe

 

Hoje apetece-me escrever sobre bandas sonoras. Ou, como se diz no brasil, "trilhas" sonoras. Mais especificamente, as que são usadas para os desenhos animados. Quando era mais nova, a televisão era uma presença regular na formação das crianças. E os cartoons - os desenhos animados, apareciam legendados ou dobrados. Em 1983 foi exibido Conan- o rapaz do Futuro, que, mais tarde, vi em cassetes de vídeo.

Hoje, ao chegar a casa, só tinha na cabeça as melodias desta série. Estava a cantarolá-las. Porquê? Não sei. Mas realmente tive uma vontade enorme de as ouvir. Procurei-as na net. O mais próximo foi este vídeo.



Decidi fazer um post sobre elas porque acho que são especiais. Mágicas. O sentimento que carregam - algumas autênticos jingles, é um feito! Escutá-las aviva de imediato emoções específicas: tristeza (6:20 - 10:39), alegria, felicidade, aventura (13:01), medo (7:51), ameaça (9:40), patetice (13:48), autoridade (14:42), preguiça (15:48). As múltiplas emoções que as personagens de desenho viveram, sem estas melodias, tinham perdido muito significado. Quero assim homenagear o compositor japonês Shinichiro Ikebe. O senhor, ainda é vivo e tem 79 anos.


A última vez que o meu pensamento subitamente se fixou em algum artista sem explicação (e com uma sensação de urgência) acabei por constatar que o seu tempo na terra estava por dias. (Patrick Swayze, Elizabeth Taylor, Ennio Morricone). Não sinto urgência, apenas vontade de relembrar estas composições de Shinichiro Ikebe, tão emocionais como muitas das mais badaladas melodias clássicas compostas hoje para trilhas de cinema por compositores como John Williams, Ennio Morricone, John Scott, John Barry (à parte: faz muito tempo que desenvolvi a teoria que para se ser um grande compositor de música clássica a criar para filmes tem de se ter sido baptizado com o nome John e ter um sobrenome curto ahah). 

Shinichiro pode não ter tanta fama internacional por não fazer parte de Hollywood mas conseguiu no universo da animação nipónica ele é muito apreciado. E não é isso o que todo o artista sonha? Influenciar gerações e atravessar o globo. Está imortalizado. Até hoje, pelo que percebi ao pesquisar na net, estas melodias criadas para a animação em 1978 tocam emocionalmente quem, na década de 80, 90 e até mesmo 2000, viu esta série nipónica.


         Primeiro episódio:
                         http://videos.sapo.pt/4htCbR9zGLqWPTBAdqYB

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