Metereologia 24 h

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sexta-feira, 15 de setembro de 2023

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Arte clássica também existiu no feminino

 

Mesmo a propósito do post que vinha fazer a respeito das pinturas que visitei nos museus. Hoje o google-doodle abriu com esta figura: Uma pintora, mulher, que viveu no século 17 e alcançou grande notoriedade. Com o passar dos séculos teve os seus quadros equivocadamente identificados como tendo sido feitos por... homens. 


Ah! Os séculos passam, mas a condição feminina permanece a ser relegada para segundo plano, como se  inferior. (Adiante, que nós, mulheres, não nos enfurecemos. Sabemos no âmago que tal não é o caso).

Em Londres quis ir visitar uma obra pintada pelo pulso de um contemporâneo desta senhora: Jan Davidszoon de Heem.  Acabei por ser surpreendida por quadros da pintora Rachel Ruysch. Todos estes artistas pertenceram ao chamado "século de ouro neerlandês". 


Rachel Ruysch  foi a pintora que me agradou por ter um talento tão bom ou melhor que aquele que meus olhos procuravam em Jan de Heem. Esta sua gravura comprova isso mesmo. Não é estonteante?



Na visita ao National Gallery (Londres) o quadro pintado por JUDITH LEYSTER chama muito a atenção pelos sorrisos das crianças, pela traquinice, pela diversão e prazer que as mesmas podem ter vivido. Li a legenda: menino e menina a segurar um gato e uma enguia. Fiquei a pensar em que circunstâncias ia uma criança segurar uma enguia? Decerto que foi um momento específico daquela época. A autora quis capsular esse momento de alegria, como quem hoje dispara o gatilho de uma máquina de fotografar. 

                          

Comparação justa, diante do realismo, da impressionante representação detalhada que estes pintores alcançavam. Tem imagens que parecem autênticas FOTOGRAFIAS. Sempre me impressiona, este tipo de talento e muito me faz reflectir sobre o que nós realmente sabemos hoje, comparado ao conhecimento ímpar que os nossos antepassados devem ter adquirido. 

Quem sabe? Alguns destes "mestres" poderão estar a dar voltas na campa da eternidade, pasmados pela idiotice da humanidade de hoje. A admirarem quadros que eles, os autores, fizeram às pressas e a negligenciarem outros, que consideram importantes para o desenvolvimento do seu talento. Ou então revoltados, por as pessoas estarem a apreciar uma cópia que não foi feita por si ou a atribuírem uma das suas obras a outro. 

Jan de Heem teve dois filhos que também lhe seguiram as pegadas. Ele próprio era filho de um grande pintor. Sabem como é... um metier de família. Como saber, de facto, passados tantos anos, quem pintou o quê?

Detalhes do quadro de autoria 
de Jan Davidszoon de Heem


Destes três artistas foi o homem que o tempo fez com que ganhasse mais fama. Com o passar dos séculos as pintoras mulheres foram perdendo a notoriedade que os seus contemporâneos lhe atribuíram. Mas nesta época em que arte é, acima de tudo, um negócio envolvendo muito, mas muito dinheiro, a procura desesperada para se achar mais uma qualquer escultura ou pintura feita por um grande mestre fez girar os holofotes para tudo o que foi produzido nessas épocas podendo-se então, falar de artistas mulheres. 


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Unhas preconceituosas

Vocês são de reparar nas unhas de alguém?
Eu nunca fui de reparar nas de ninguém e não reparo nem nas minhas. 
Tê-las a elas e às mão limpas, isso é que me interessa. 


Acontece que, como qualquer roedora de unhas em recuperação (faz dois anos que não 'consumo'), de vez em vez dá-me para pintá-las. Foi o caso de há uns dias. Como sou uma pessoa criativa, optei por dar-lhes um padrão, mais para variar do que outra coisa. Afinal, tenho-as sempre simples, já estava na hora de lhe aplicar algo. A manutenção de uma unha comprida é mais simples se pintada. Acho que as pessoas reparam menos numa pintada do que numa simples e 'compridona' - começam logo a criticar ou a associar falta de higiene ao comprimento. (say what?)

Apesar de ter adorado o resultado, a verdade é que nem dou por elas e nem penso nisso. Mas dou por mim a ir a lugares e depois fico a pensar se a minha unha pintada influenciou a interpretação com que aquela pessoa interagiu comigo. Porque me parece ter existido algo diferente no trato.

Somos uma sociedade preconceituosa. Alguns desses preconceitos são permitidos. São aqueles que diariamente passam despercebidos, são aceites e perpetuados por todos com normalidade. Alguns começam a diluir-se um pouco: como os cabelos de cores pouco naturais - verde, roxo, laranja...

Mas e as unhas?
Será que quem olha para outra pessoa com unhas decoradas (diferente de pintadas) imagina que sabe quem a pessoa é? Já lhe traça um perfil?

A unha pintada não tem muita sabedoria: pega-se numa cor e aplica-se. Este conceito não é alvo de muito preconceito. Mas a prática de nail art (unha artística) é alvo de muitas mais críticas. Eu pelo menos sempre ouvi bastantes, de gozo, de escárnio... e vê-las nos outros a mim nunca suscitou comportamento igual. Quem quer usar uma unha de cada cor, que use! Isso nunca afetou o que penso da pessoa, porque nem a conheço. Quem quiser desenhar um Pai Natal na unha este Natal, por favor o faça! É-me tão indiferente como colocar um par de brincos ou decidir fazer madeixas no cabelo. 

Talvez por isso não estivesse consciente para o preconceito das pessoas, até agora que o «impossível» aconteceu: tenho unhas não roídas! 

Eu cá gosto de 'arte' nas unhas. Pelo menos aquele pedacinho de mim é colorido e feliz. Simplesmente tem a ver comigo, mesmo sendo eu uma pessoa muito simples. De modo que, quem me avaliar pelas unhas, pode errar, e feio! Como aliás, sempre acontece quando se separa uma característica para definir algo que requer um contacto diário com uma pessoa: o seu carácter. 

Até partilharia aqui o desenho da unha com vocês mas sou tímida e também aprecio o anonimato e quem me viu com elas, se calhasse a cá passar, saberia de imediato quem escreveu cada palavra deste blogue nestes oito anos. E aí ficaria sujeita a outro tipo de preconceito... Mas deixo-vos com algumas imagens do conceito, para apreciarem/avaliarem. 







Estas já usei, mas sem o queimado, rsss e com ligeiras
tonalidades na cor-base, assim como a escolha de
palavras-chave da actualidade para as palavras.
Não se assustem! Ficou parecido a isto:


Realismo: uma das categorias favoritas
Mensagens 
Ai jesus! Onde é que as mulheres não colocam a foto do mais-que-tudo?


Padrões animais
outros padrões
mais camuflado não fica!

Grrrrrr!