Metereologia 24 h

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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Conheçam esta sanita

 Apresento-vos a sanita cá de casa.



Como podem perceber, é de louça branca, fica num espaço apertadinho e esta acompanhada de um balde pela esquerda e por um piaçá à direita.

Deixem-me perguntar-vos já: COMO é que voces se sentam numa sanita?


Esta pode parecer uma pergunta estranha, não é? Confesso que jamais pensei que ia questionar-me sobre formas de nos sentarmos numa sanita. Parece-me evidente que so há uma: sentamos-nos pelo lado mais estreito, com as costas viradas para o autoclismo.

Foi assim que nos ensinaram e é assim que transmitimos às crianças, quando atingem tamanho suficiente e conseguem usar os braços para se equilibrar no tampo. Existem inúmeras imagens elucidativas, imagens de stock, ilustrações de pessoas a usar esse utensílio e não encontro uma que mostre diferente. 

Pois descobri que nem todos fazem assim. De inicio nem entendi porquê a M. teimava em empurrar o piaçá para detrás da sanita, inclinado, quase debaixo da tubagem. É que não é nada fácil chegar a ele. Aquilo irritava-me. Até latas vazias de ambientador ela colocava em frente do piaçá, como se este utensílio fosse de utilizado com pouca frequência. O braço mal tem espaço para se enfiar na abertura e tem de se esticar todo, roçando na tabua e sanita, o que não é muito higiénico. 

A minha vontade era remover o BALDE. Esse sim, acho que está mal posicionado e não é de uso frequente. Eu nem o uso. É todo dela. Onde está situado, estou sempre a dar-lhe pontapés. Quando uma pessoa se posiciona para se aliviar, o pé encontra ali um desagradável obstáculo. E ela sempre a empurrar este mais para a frente. 

Um dia ela me pergunta se sou eu (claro que sabe que sou eu) que reposiciona o piaçá e eu respondo-lhe que sim. Ela recrimina-me e diz:
-"Quando eu me sento aquilo está ali, não deixa espaço para colocar o pé. Não o quero ali, não é para estar ali".

O meu cérebro leva tempo a processar a sua justificação. O piaçá? Mas nem se toca nele! O balde sim, é um incómodo, um distúrbio. Nisto percebo que ela disse que se senta e bate com o perna nele. Para isso acontecer só pode ser porque se senta de lado!!

Fiquei um pouco surpresa. Nunca na vida conheci alguém que usa uma sanita de lado. Mas logo explicou muita coisa: os salpicos de defecação sempre posicionados na lateral esquerda, por vezes até alcançando a parede. A mentruação dela, sempre a pingar de um lado da tábua. Passei a entender melhor o estado lamentável de certas coisas pela esta sua inadvertência. Me espanta que ela julgasse que eu soubesse que era assim que se sentava na sanita. Como se fosse natural. 

Pensei: deve ser por o espaço ser pequeno. Mas não. É mais porque ela é espaçosa. Precisa de ter muito espaço para si e acha que usar a sanita de forma apropriada não lhe confere isso. Até hoje tenho de "lutar" com aquele balde e puxar o piaçá do fundo da parede, cada vez que preciso de o usar. O que pode ser mais que uma vez por dia. 

Já tinha ouvido falar das sanitas para agachar - até me parece uma coisa positiva que gostaria de usar. Os orientais têm buracos no chão a fazer de sanita. Parece que a posição de agachar vai mais de acordo com o que a natureza do nosso corpo. A invenção da sanita veio contrariar essa natureza, proporcionando mais conforto e também mais higiene. Contudo, desde que foi inventada - lá pelo século XXVI, pelos vistos - a malandra tem sempre sido usada da MESMA MANEIRA. Senta-se sempre com as costas viradas para a descarga. Não há outra forma. 

Só mesmo a M. para ser inconveniente até nisso.  


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Sabonete? Comece a usar já!


Estava cansada de usar gel duche. Na realidade, nunca os achei muito eficientes, mas eram práticos para uma pessoa preguiçosa como eu, que não queria perder muito tempo no duche a esfregar a pele. Por isso os usei durante anos e anos. Deixando de lado, praticamente desde a minha infância, o então popular sabonete. 

Mas já estou cansada do gel. Só os estava a usar pela praticabilidade - que afinal descobri ser uma ilusão - e por esperar que deixassem a pele perfumada. Desagradava-me constatar que tal não era verdade. Ao cheirar a embalagem, o perfume era inebriante mas, depois de usar, não se sentia. (É o que acontece com pessoas que têm a sua própria essência, eheheh, as artificiais não funcionam). 

Além disso a sensação na pele não recordava a sensação deixada pelo sabonete, que passei a sentir falta. O gel duche deixa a pele com uma "película" que a faz parecer mais suave, mas na realidade não a está a limpar. Isso foi mais perceptível no meu caso, ao usar o sabonete líquido para lavar as mãos. Por mais que passasse por água, continuava a sentir falta de "tirar" aquela sensação quase viscosa, macia, do produto. Até que um dia, usei um sabonete. Não só as minhas mãos ficaram totalmente sem gordura, como o tacto tornou-se mais apurado. Sabem quando tentam abrir uma tampa de um frasco e ela não cede? Pois depois de usar o sabonete, fiquei impressionada. Segurar e fazer força para rodar uma tampa pareceu até uma tarefa mais facilitada.



Dito isto, recordei-me do pequeno e gasto sabonete deixado no canto do lavatório da casa de banho da casa dos meus avós. Quando lá ia lavar as mãos, estranhava o sabonete. Na minha casa o suporte para ele tinha sido algo avant-garde. Ali era simplesmente colocado na porcelana. Por vezes rachado, outras já tão reduzido em tamanho que até duvidava que não se partisse. A aparência daquela barra era bem menos atractiva que uma embalagem onde só é preciso carregar para ter o produto já na forma líquida nas tuas mãos. E de seguida lembrei-me da sensação agradável e do perfume delicado que me ficava depois de terminar de as lavar com a barra de sabonete. Até se costumava estender as mãos até outras pessoas e dizer: "Olha como as minhas mãos cheiram bem!" e snifava-se o aroma. Alguém se lembra de fazer isto?

E foi aí que soube: adeus, gel duche! Adeus chatas embalagens em plástico, que nem tenho mais onde as colocar. Somos cinco nesta casa, cada qual tem entre dois a cinco produtos de duche, são tantas embalagens em plástico, de todas as formas, feitios e cores ali deixadas no chão do chuveiro. Gosto é de ver flores, coisas bonitas. O plástico e o seu uso abusivo e desnecessário já me vem a aborrecer há muito. Há muito que não me identifico com isso. Queria mudar. 

Agora uso sabonete! E estou a adorar! 
Vocês também usam sabonete? Não é maravilhoso?

O perfume ligeiro, a sensação deliciosa da barra a passar na pele, a espuma natural, verdadeira, eficiente. O material que fica na pele e solta-se com facilidade, deixando a pele com sensação de pele, não de algo escorregadio... 

Agora tenho um NOVO MUNDO em sabonete para explorar. São tantos os aromas. todos tão inebriantes. Comecei por leite de cabra. Agradável. E também por alfazema. DELICIOSO. Os aromas são tantos, as embalagens são mimosas, delicadas, bonitas peças de arte. Óptimas para oferecer de presente, sem serem muito dispendiosas. Há no mercado colecções com gravuras tão bonitas. Na prateleira ficou uma barra a dizer "Fado". Cheirosa, tão alusivamente portuguesa, óptima para experimentar e dar de presente. 


O sabonete ocupa menos espaço. Dura bastante mais que o chato do gel duche, não vem embalado em plástico e, ao contrário do que os filmes popularizaram, este não está sempre a cair no duche e ninguém escorrega, ahaha.

Glicerina, maça, jasmim, alcatrão... tantos que me aguardam!

Gel duche e suas embalagens plásticas... não me parece.
E tem outra vantagem, uma que também vinha a querer optar: não se está a dar dinheiro a marcas como "nívea", "palmolive" e outras estrangeiras. Portugal tem excelentes sabonetes, reconhecidos internacionalmente e de qualidade. Quero ajudar o comércio local, e cansei de ir aos supermercados e ver marca branca ou apenas as mais famosas. Quero variedade, quero escolha. Vamos regressar às origens?

Agora quero que todos optem por esta maravilha. 

E vocês? Se não usam sabonete, estão a pensar tentar?
Quem de vocês ainda usa sabonete?


sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Necessidades Fisiológicas de Eliminação - são barulhentos ou discretos?


Ok. Vou falar de uma coisa chamada necessidades fisiológicas de eliminação. Ou seja: urinar e defecar. Não se choquem, é algo natural no organismo humano. Nós é que as tornamos um pouco "tabu"...


O que quero saber é COMO se comportam no acto. Isto porque, todos temos de as fazer, mas a forma como as fazemos, pelo que pude perceber, tem variantes. Facto que se deve ao sermos seres racionais com inteligência, somos culturalmente educados para certas cortesias e cuidados. É por isso que, quero fazer este pequeno inquérito.

COMO AGEM QUANDO VÃO AO WC?


A casa-de-banho é um lugar com eco e.. certos sons entram no campo "privacidade". E se há sons do foro privado que não gosto de anunciar aos sete ventos são estes, os das necessidades fisiológicas de eliminação. Quando se usa o WC de casa e estamos sozinhos, provavelmente aí podemos escolher ser mais "selvagens". Mas não se deve ser mais educado quando num espaço público? 

Faço aqui um inquérito. Peço que sejam sinceros a respeito. Explico usando-me como exemplo:


WC Públicos:
Quando estou num WC público, muitas vezes oiço alguém barulhento entrar no cubículo ao lado e praticamente após o "bang" da porta oiço uma enxurrada de líquido barulhento (por vezes acompanhado de um som saído do nº2). Acho aquilo de mau tom. Quer dizer... todos nós estamos aflitos. Mas nem todos chegamos ali e libertamos o líquido dourado de forma selvagem. Dá para ele sair com cuidado, dá para direccionar para que caia na porcelana sem anunciar a sua libertação.




Isto vale para o um, para o dois... Quando a "buzina" é activada antes daquela coisa que não tem travões, a sonoridade também pode ser controlada. Se a controlamos no dia-a-dia quando no escritório, numa reunião, em grupo, nos transportes públicos... muitas vezes nem a deixamos sair, nem baixinho nem muda. Se temos esse controlo, porque alguns se livram dela e libertam-se "à selvagem"?

É que dá muito mau aspecto... desculpem lá.

Mais ainda quando vejo uma rapariga jovem e linda, toda maquilhada, a ir ao espelho verificar se cada fio de cabelo está no lugar, retocar o batom... quando um minuto antes deu um show de sonoridade fisiológica de libertação na retrete.

WC CASEIRO:
Quando não se está sozinho em casa, no meu entender, aplicam-se as mesmas regras. E no final, se necessário, borrifa-se um pouco de ambientador com cheiro ou abre-se uma janela. Que mau gosto fazer o outro cheirar o que anda a ser despejado ali ou escutar o que se passa na "privada". Os brasileiros deram-lhe esse nome por algum motivo. No caso das mulheres que muitas vezes usam pensinhos diários, até esse som do descolar acho que fica bem evitar. Afinal, as outras pessoas não têm de saber o que tens entre as cuecas :)

Aqui em casa oiço uma sinfonia completa quando as raparigas vão à privada. Sou forçada a perceber que "tocam" músicas diferentes das minhas. Fico até a pensar, no caso de uma em particular, se não terá alguma doença... para cada vez que lá vai ser tão sonora e tocar mais que um instrumento.

Estão a ver no que dá? Não manter a coisa no "privado"?
Imaginem que viram aquela miúda gira que vos dá tesão (agora tou toda abrasileirada) e escutam-na no WC numa sinfonia de "expulsão" daquelas... Bom, se calhar iam transferir os ruídos para outra necessidades fisiológicas. Mas a coisa pode não ter correspondência... Acho eu.

Ai, mas que porcaria de conversa esta!
Desculpem lá... quis falar do assunto, mas sem meter merda. :P


sábado, 11 de março de 2017

Uma peculiaridade cá minha


Tenho uma preferência pessoal: tento tomar banho quando sei estar sozinha em casa.
Sou assim desde criança.


Quando me pegava a procurar a origem dessa peculiaridade encontrei como motivos o facto de poder estar em sossego, em paz, sabendo que mais ninguém vai querer utilizar a divisão ao mesmo tempo, para fazer coisa menos agradáveis (e menos perfumadas).

Mas só há uns dias, quando estava no duche é que se «fez luz». Tudo voltou à memória quando a água passou de morna a gelada. Foi então que me lembrei da principal razão que deu origem a esta preferência desde tenra idade. 

Não posso contar nem pelas mãos de uma pequena aldeia com poucas dúzias de habitantes a quantidade de banhos que tomei que subitamente se transformaram em duches de água fria. Foram muitos, por muitos anos. Rotineiros choques térmicos... que me levaram a desenvolver esta preferência.