domingo, 29 de maio de 2016

Canetas e esferográficas


Não colecciono canetas nem esferográficas. Mas tenho bastantes. Que vou colocando de lado porque fui usando até hoje. Quando se fala de esferográficas, a maioria seca e deixa de funcionar. Então têm de ir fora... Ainda antes da prática da reciclagem se tornar generalizada, já eu estranhava deitar no lixo qualquer tipo de material não orgânico. E esferográficas era um desses casos. 


Mas depois da reciclagem de plásticos aparecer, comecei a desmanchar as esferográficas e a colocar na reciclagem a parte em plástico. Mas... onde colocar as biqueiras de aço? E principalmente, o que fazer à carga? Às vezes ainda cheia de tinta?

Ainda não sei... Então, por vezes, acho que tenho uma versão ténue do "vírus" do acumulador... Vai "ficando". 

Como disse, não são muitas. Mas são algumas. Não são nada de especial, até faço o tipo de pessoa que leva canetas para o escritório quando dão "chá de sumiço" à de serviço. Porque esferográficas nunca faltaram em casa, não preciso trazê-las dos locais, eeheh.


Hoje decidi, diante do porta-canetas a abarrotar, despejar todas e ver como estão a funcionar e quais podia me desfazer. Acabou por ser uma viagem de memórias. Inspirei-me e lembrei-me dos posts com saleiros da Flores e Amores mas, como não tenho colecção de canetas, tive de simplificar. Aqui vai:


AS MOLIN 



As Molin datam do tempo da escola. Não sei se da primária mas talvez quase, pois tudo me durava uma eternidade e sei que não tive mais que dois estojos. Aqui estão as poucas que consegui "salvar" das «limpezas» da mãe, que acha que objectos com muita idade perdem a utilidade. A azul não tem tampa faz 10 anos, ehehe. No entanto ainda dá um pálido azul. Os traços correspondem a cada uma das canetas. Nem parece, em alguns dos traços, que têm tanto tempo! Isso tem um nome: Qualidade.


 Costumavam estar arrumadas num estojo igualzinho a este.


A PARKER


A Parker foi exigência da escola, assim que saí da primária. Mais tarde voltou a ser exigida e não precisei comprar, porque já tinha. Sem dúvida, um bom investimento. Raramente a uso. É daquelas que ficam guardadas, Mas escreve tal e qual como há... muitos anos.  De revestimento colorido em plástico pouco extraordinário, o resto é em aço de qualidade. A recarga, fui espreitar, é Parker, made in UK. Reparei ter mais duas recargas soltas, que não escreviam. Tanto pode ser por estarem mal armazenadas e expostas ao ar, quanto por serem made in W Germany (Alemanha Ocidental).


AS DE TINTA PERMANENTE



Sem marca específica, quando vi estas duas numa papelaria apaixonei-me. Indecisa, acabei por receber de presente a do abecedário, e mais tarde comprei a metálica. Infelizmente não era pirogravada e com a passagem do tempo (mais de 20 anos) ficou assim, sumida e apagada. Também a achei pesada, prefiro uma caneta de material leve. Não sei como escrevem mas da última vez que testei acho que abusavam da tinta que deixavam escorrer. Não convém deixar os contactos sujos, é preciso limpar bem, com água e soprar o beiral até toda a água colorida pela tinta desaparecer. 

Escrever com tinta-permanente é a minha forma preferida. Dá outra sensação. Se pudesse, usava quase sempre estas canetas. Aprender a escrever com elas foi exigência da escola primária. Nunca achei difícil (há quem ache) e nunca parti um bico.


LÁPIS DE COR


AH, o cheiro de um bom lápis! Este cheira maravilhosamente. Acho-lhe graça. É duplo: num lado vermelho, do outro azul. Devia dar um jeitão no tempo da censura! :D

Ainda guardo uma embalagem metálica com os meus caran d'ache... Acho que é essa a marca. Exigência da escola, lápis usados porém muito estimados. Parecem novos. Outras marcas existiram. Alguns de muita boa qualidade, como os da marca "Festival". Este é alemão, marca Faber-Castell. Muito macio! Tem anos também... Mas com a liberalização dos mercados comerciais, é cada vez mais raro encontrar bons materiais de papelaria. Lápis, seja de carbono ou de cera, encontram-se muitos. Mas nessa quantidade muita coisa tem uma qualidade bem abaixo do aceitável. E acreditem: vale a pena investir em qualidade, quando o assunto é material escolar/escritório.



Depois restam-me as esferográficas. Quase nunca saio de casa sem uma. Houve uma altura em que achei imensamente prático estas em miniatura. Dava para transportar sem ocupar muito espaço. As BIC de ponta média, claro, cristal, nunca laranja. Mas hoje descobri que secam rápido. Das muitas que tinha, só as vermelhas se safaram, ehehe! Por outro lado fiquei pasma quando uma outra marca, que era bastante comum de encontrar há uns tempos, ainda rabiscou com vigor e cor. Agora teimei que aquela outra é o supra-sumo das esferográficas. E eu que nunca simpatizei lá grande coisa com elas :D
Tenho outras, num estojo por enquanto de localização desconhecida. Fui colocando-as lá, depois guardei, precisei de canetas ou fui tendo mais e coloquei-as no porta-canetas... E assim "crescem" em número. Algumas só não deito fora pelos dizeres, marcas ou publicidades. Outras porque representam um momento na vida. Nada de mais. 

E vocês?
O que guardam por aí??


2 comentários:

  1. Ainda tenho canetas do tempo da escola. algumas já não funcionam mas como são bonitas, deixo-as ficar. ahahaha
    Nunca fiz colecção mas sempre gostei de ter muitas e quando os supermercados anunciam o regresso às aulas, tenho de passar longe do material escolar senão é uma desgraça ahahah.
    Tinha uma com "bico de pena" que era bonita mas deixou de funcionar logo. Comprei outra anos depois, num conjunto com várias canetas. Foi um dinheirão (20€) mas fazia parte de uma colecção de canetas de vários tamanhos e até vinha com montes de recargas. Tenho a maioria delas mas já não funcionam só que continuam lá no estojo porque são giras :)

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