Metereologia 24 h

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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Passeio inesperado num dia de pausa forçada


Na segunda-feira foi feriado!
Fui trabalhar e só soube do feriado à chegada. Felizmente há sempre coisas para fazer e eles acharam boa ideia, uma vez que estava ali, trabalhar por umas horas. 



Já que ia ter a tarde livre, decidi que ia aproveitar e dar um pulo à praia. Gosto de ir a uma cidade costeira a algumas horas daqui. Faz-me lembrar Lisboa. Há exuberância, normalidade, enfim, tudo o que uma capital tem.

Uma loja em particular, atraiu-me e depois de entrar e ficar a conhecer o espaço, achei-a fantástica. Parecida ao que encontraria em Portugal. Principalmente no chamado comércio tradicional. 


Aqui está a secção de legumes. A loja é "orgânica" - um rótulo desnecessário até há poucos anos, antes da alimentação humana ficar tão dependente da industrialização. Por isso o que aqui se encontra são batatas, cebolas, cenouras... tudo "sem químicos".

Achei piada a estas gavetas de especiarias. Algo muito tradicional, que ainda se pode encontrar por lojas abertas há anos em Lisboa. 
E digam lá se não tem um ar apetitoso?

 
A loja também tinha pão fresco, produtos de higiene - tudo "orgânico" mas o que mais me agradou foram os produtos de limpeza a pensar no ambiente. Dizem eles que estes não prejudicam "tanto" o dito. Mas o que é "tanto"? Acho que é um hábito muito importante que precisa de ser mudado com urgência. Usamos químicos todos os dias nas nossas roupas, para as lavar, para as engomar... Tudo vai parar à água nos oceanos. Não é só o plástico que é uma forte ameaça. Tudo o que o ser humano produz que é artificial, acaba por ser prejudicial à natureza. 


O que aquela loja não vendia era sapatos. Mas não tem importância! Haviam sapatarias em cada rua. Achei curiosa esta, que claramente promove um life-stile (ou quer atrair) tão "puro" quanto possível. Todos o seu calçado é "vegetariano". Ahahah. Sei o que estão a pensar: o sapato come? Ou é feito com vegetais? Sinceramente, não sei. Por todo o lado nesta zona existem restaurantes a anunciar comida vegan, pubs vegan com bebidas próprias. Fiquei curiosa mas só pude espreitar algumas. Numa livraria encontrei esta peça reciclada - acho piada e faz o meu género, recuperar coisas e dar-lhes nova utilização.

Bonitas, não acham? Mas não me parecem práticas. Qualquer chaveiro ali colocado provavelmente ficaria preso numa saliência qualquer e quando puxado, a taça vinha junto, eheh

Finalmente, a praia!
Em dia de feriado e com uns 24 graus, estava vazia, como podem imaginar. Aqui ficam umas fotos para se deliciarem.



Trata-se de uma praia cuja areia é substituída por calhaus. Já me "habituei" a esse facto, mas quando estava sentada a tentar espairecer e apanhar a brisa marítima, um grupo de seis pessoas a puxar dois carrinhos decidiu passar e digo-vos com toda a sinceridade: o barulho produzido pelo espezinhar das rochas é tão ruidoso e incomodativo que tive vontade de tapar os ouvidos. Quase que me fez perder o foco nos aviões que estavam a cruzar o céu. E olhem o que eles estavam a fazer:



Ao longo dos quilómetros de "areal" (ahaha), existe um pontão que atrai muito os turistas, porque aí existem atracções de feira popular e salão de jogos. Também lá fui, quis caminhar mesmo até a ponta, para poder deixar todo o ruído para traz e escutar mais o som da água a bater nos pilares. Foi assim que encontrei o pontão o ano passado e era assim que esperava vê-lo mas, ao lá chegar, não sei o que aconteceu a essa parte tão serena e relaxante. Tudo estava convertido em atracções que se vêm em parques de diversões. E a música que cada carrossel, cada atracção colocava para atrair mais cliente que a atracção vizinha era de ensurdecer! 



"Fugi" dali o mais rápido que consegui. Ainda me foi possível sentar por uns minutos numa das cadeiras de praia disponíveis para os visitantes. Não sei como vos dizer mas acho estas cadeiras clássicas do mais prático que há. Sentar numa é deveras relaxante. A pensar que já existem há séculos. Já existiam no Titanic.


Passada uma hora e meia já estava exausta. Mas valeu a pena. Tenho de aproveitar os últimos dias de bom tempo, pois o verão está a terminar e os dias já são mais curtos. São oito meses de duradoura escuridão e como tal, mal seria se optasse por ficar sempre em casa!

Bem haja a todos.








segunda-feira, 17 de abril de 2017

Sinto-me num filme de catástrofe


Não gosto quando as minhas folgas coincidem com feriados. Todo o comércio está fechado, os transportes tornam-se mais raros e não tenho família por perto para me juntar com ela nas comemorações. Portanto esta Páscoa foi para mim um aborrecimento.

Além de tudo estive mais para doente do que para saudável. Este clima não ajuda... Hoje esteve quase de chuva. O meu corpo sentindo-se moído, estranho. Noites mal dormidas, tosse, dificuldade em engolir e até mesmo mastigar. Um desconforto e uma fraqueza que tentei dominar dizendo a mim mesma que estava bem.

Mas despertei nesta segunda-feira de FERIADO após a páscoa (tudo fechado, gente. Tudo!!) sentindo o corpo a pedir descanso. Então fiz-lhe a vontade. Fiquei na cama a dormir, a tentar dormir, a tentar não tossir.


Chega! - percebi. Tenho de combater a doença antes que ela tome conta. Tomei o meu comprimido milagroso - o que desobstrui as vias respiratórias. Tomei o comprimido que a médica disse para parar de tomar - o da tiroide. Tomei banho e espalhei Vick Vaporub nas costas (onde pude alcançar) e no peito. 

Depois, na ilusão de que alguma coisa poderia estar aberta, saí no intuito de passar pelos correios. Vi na internet que era suposto estarem abertos. Mas qual quê! Aviso na porta: "fechados na segunda feira depois da páscoa". Ainda estive para atravessar a rua mas espreitei longamente as lojas. Toda a fileira delas, sem clientes, sem atividade. Olhei então para a minha direita, para o grande supermercado com vidraças grandes. Ninguém a subir ou a descer as escadas rolantes. Luzes apagadas. Nenhum movimento. Decidi não arriscar deslocar-me a pé até o supermercado mais longe - o tal que promete estar aberto 24 horas por dia. Simplesmente soube que seria infrutífero.

Na dispensa, frigorífico e congelador não tenho quase nenhuma comida. Estava a aguardar a minha folga para fazer essas compras. A páscoa quase me fez jejuar. O que não é aconselhável estando com a saúde comprometida. 

Mal saí de casa, comecei a fazer o caminho de volta. Ao entrar senti-me cansada. Como tenho sentido nestes dias. Percebi que o passeio que pretendo dar amanhã se passar bem a noite já estava comprometido, se me sentia assim com menos de 10 minutos de caminhada. Optei então para tomar mais um remédio que me foi receitado: ferro em xarope. 

Espero que não me venham com «feriados» amanhã, terça-feira, após a segunda-feira do Domingo de Páscoa!! Espero que o mundo tenha regressado ao normal amanhã.

Sabem aqueles filmes em que o mundo simplesmente congela e só fica uma pessoa a viver normalmente? Como um em que havia um relógio que se partia e aí tudo parava, estagnava. E só uma pessoa parecia ser a sobrevivente desse cenário apocaliptico. Pois eu quase me senti assim por estes dias. Principalmente por uns momentos em que espreitei a rua pela janela da casa-de-banho. Não escutava nenhum ruído e o mais estranho é que não existia aragem. Nada mexia. Nenhuma vegetação, nenhum ramo de árvore. Uma zona que costuma ser ventosa subitamente parou de exibir sinais de movimento. Foi aí que me senti no tal filme. 

Ontem tudo estava mergulhado no silêncio. Nem os vizinhos barulhentos cá estavam. Saí à rua e nos primeiros metros tudo estava igual. Não fosse o canto de um pássaro e diria que todos tinham abandonado esta cidade como se uma bomba nuclear tivesse devastado tudo e só eu, na minha «cave», tivesse sido poupada à disseminação. 

Enfim... filmes
Ontem pude perceber que existiam lojas abertas. A mercearia indiana, as duas lojas polacas, as outras duas de eletronica e quinquilharia diversa, pertencentes a paquistaneses. Benditos emigrantes que vêm para este país para trabalhar. Sem eles cidades inteiras viravam desertos. Até um café - o tal que tem pastéis de nata e outras iguarias portuguesas - estava aberto. Não preciso de ir muito longe para adivinhar que o café não é propriedade de nenhum britânico.

Mas de resto, tudo é devastação... de silêncio e de movimento. O centro comercial, fechado. Onde já alguém em portugal viu um Vasco da Gama, um Colombo ou um outro qualquer FECHADO em dias de feriado? 

Espero amanhã poder recuperar o ânimo no tal passeio. Porque a semana que se avizinha tem TUDO para ser uma das mais difíceis e complicadas em termos de trabalho. Vou ficar CINCO dias a trabalhar sobre as ordens de um indivíduo incompetente, mal educado, complicado, stressado, rude, malicioso e prepotente. Ainda por cima, nunca se cala. A voz dele está sempre a soar, alta, estridente, alterada, por todos os cantos. Até pensei em alegar doença e não aparecer! Mas prezo a minha saúde e «reservo» as doenças para os dias de folga Kkkk ;)

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

É incrível!




É feriado e mesmo assim os automobilistas parados no trânsito gostam de buzinar. 


Por dia são centenas de buzinadelas... Vou espreitar quando uma destas é mais sonora, por ser mais perto e dou por mim PASMA a ver que só estão dois automóveis parados nos semáforos mas o de trás buzina à mesma!

Não importa se o sinal acabou de ficar verde. É logo Piiiiii! Não precisam de trânsito, não precisam de filas, não precisam de horários... É feriado, muitos dos que circulam provavelmente fazem-no em lazer, e mesmo assim não param de buzinar. A cada semáforo que fica verde, a cada que fica vermelho e novamente verde... Já escutei sete buzinadelas desde que comecei a escrever aqui. E escrevo rápido!


Não acredito que sejam muitos os condutores que cumpram o código de estrada e só buzinem em caso de perigo. Não acredito. Não é o que os meus ouvidos escutam diariamente, desde que colocaram uns semáforos mesmo debaixo da janela de casa. 

Mas quem teve esta ideia de jerico?

quinta-feira, 26 de maio de 2016

A cidade vira campo quando...


Como é LINDA a cidade num feriado!

O trânsito quase não existe. É ver peões a subir a avenida descontraidamente pela beira da estrada, ver ciclistas a escolher um atalho e circular uns bons metros em contra-mão, é escutar como ruído predominante o som dos pássaros. É ver um melro pela manha, parado, no meio da estrada, sem uma preocupação em se mexer dali...  


E agora o vento trás lá de longe, um ritmo musical chamativo... Trá-lo de vez em vez, depois pára, depois regressa, como em provocação. Batida boa... 


Se calhar fiz mal em ter ficado por casa, a aproveitar o dia de algum sol para conseguir lavar e secar roupa... Mas tudo bem... O dia continua lindo à mesma, ainda que tenha sido quase todo dedicado às domestiquices e já esteja a anoitecer. 




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

R.I.P. Comemorações 5 de Outubro

O dia de hoje assinala uma data que deve entrar para o calendário da história de Portugal. Inicia-se hoje e ao mesmo tempo duas acções antagónicas: a comemoração do 102º aniversário da Implementação da República e o fim dessa mesma comemoração com direito a Feriado Nacional.



Na varanda do Largo do Município de Lisboa onde a 5 de Outubro de 1910 foi hasteada a bandeira Nacional a sinalizar o início da República, voltou hoje a bandeira a ser hasteada, pela última vez em comemoração à data e pela primeira vez, virada ao contrário.  

A data ficou também marcada por três ocorrências ímpares: Pela PRIMEIRA VEZ, o governo FECHOU as comemorações da Implementação da República na cara do povo, negando-lhe acesso às habituais visitas ao Palácio de Belém e comunicando que as celebrações se realizariam num lugar mais «reservado e em porta fechada» e se transferiam para o Pátio da Galé

E foi neste novo local, mais reservado e restrito, que ocorreram dois protestos, no feminino. Uma mulher de 57 anos ainda no final do discurso do presidente da República fez soar a sua voz de revolta vinda do fundo da sala para protestar que lhe faltava dinheiro, medicamentos, assistência social e que queria falar com  algumas das entidades presentes. A pensionista disse sentir-se desesperada com os seus 224 euros mensais por viuvez e que estaria na miséria absoluta sem a ajuda financeira do filho*.

Diferente abordagem adoptou Ana Maria Pinto, cantora lírica, diferente mas não por isso menos eficiente: irrompeu pela sala a cantar a música "Firmeza", de Lopes Graça. O protesto apanhou todos de surpresa e na dúvida se o mesmo faria parte da cerimónia de celebração mas o ecoar da poesia não deixou dúvidas. Não fazia. ""Não seja o travor das lágrimas/capaz de embargar-te a voz;/que a boca a sorrir não mate/nos lábios o brado de combate./Olha que a vida nos acena para além da luta./Canta os sonhos com que esperas,/que o espelho da vida nos escutaO poder das palavras emocionou os presentes e a cantora, ao contrário da pensionista que foi removida sem violência da sala pelos membros da segurança, terminou de cantar e recebeu uma grande salva de palmas, já não escutadas pelo Presidente da República que havia se retirado por uma das portas laterais.

Uma coisa é certa: para o ano, vão reforçar a segurança e tornar a cerimónia ainda mais restrita e de costas voltadas para o povo. Este, mais afoito e menos pacato que costume, mostra mais uma vez a sua força, o seu destemor, sabendo protestar sem apelar à violência e indo ao coração. Dois protestos no feminino, mater, pátria, uma voz anónima entre o povo, quiçá menos instruída que a outra voz de uma jovem com formação lírica. Ambas diferentes, ambas as vozes em igualdade, unidas em concordância

* Fonte: Expresso