Metereologia 24 h

Mostrar mensagens com a etiqueta crime. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crime. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 7 de julho de 2025

Quem vê caras não vê corações

 


Este é Jason Pyne. Na foto nota-se que é um homem atraente e parece super simpático e carinhoso. Começou a namorar Nicole, uma jovem que já tinha um filho de outro casamento e os dois casaram, tendo-se mudado para outra localidade, onde morava a mãe deste. Tiveram dois filhos. Jason foi muito carinhoso enquanto fazia a corte a Nicole: comprava-lhe flores, seduziu a família dela que o achou muito simpático. De fala calma, prestando atenção às pessoas e sendo afável. Parecia gostar muito de Nicole e do enteado, que ficou muito contente por ter por perto uma figura paterna e o chamava de pai. 

Um dia, tinham as crianças mais novas pouco mais de seis ou sete anos, uma tragédia ocorreu: Mãe e filho estavam mortos. Mortos a tiro. O filho foi encontrado a segurar uma caçadeira, morto com um tiro na boca. A mãe, dormia na cama quando lhe estouraram os miolos. 

Quem fez a chamada a comunicar o óbito foi o marido, que tinha saído para levar os dois miúdos mais novos à escola e, quando voltou, encontrou aquele cenário de horror. 

Muito conveniente que os falecidos fossem somente os que não tinham ligação de sangue com o próprio... Foi um acto de extermínio igual ao que se praticaria quando se quer eliminar uma praga indesejável. Como uma infestação de baratas, por exemplo. 

A paramédica que chegou ao local disse que a falecida parecia estar viva e o que a surpreendeu foi o quanto o corpo estava quente ao toque. Parecia que tinha acabado de ocorrer. Quando escutou que existia um segundo corpo na garagem, o do jovem de 16 anos, ficou em choque ao olhar para os olhos do miúdo. Abertos mas sem qualquer vida. E o seu corpo estava muito frio ao toque. 


Dito isto, parece obvio que se trata de uma encenação para responsabilizar o adolescente pela sua morte e a da mãe. O padastro disse que, nessa manhã ele estava a ser difícil, a dizer que não ia à escola e que ele, o padastro, desistiu e afirmou que saiu de carro para levar os seus filhos à escola, deixando o adolescente chateado em casa. 

Quando chegou... calamidade!

A realidade é que foi ele, o padastro, que assassinou os dois. A menina, Remington, de poucos anos, agora a viver com a avó materna, uma vez contou que o pai viu o irmão mais velho a "fazer assim" - e deitou-se no chão e começou a tremer muito como se estivesse a ter convulsões. 

O disparo na boca do adolescente não foi fatal... pelos vistos o jovem, ou o corpo do jovem, teve tempo para reagir daquela maneira. Claro que as provas forenses apontaram para a impossibilidade do jovem ter como alcançar a caçadeira e disparar um tiro na boca, a 10cm de distância. Não há braço que aguente. 

Uma expressão mais de acordo com o íntimo da pessoa. Ainda assim, fácil de enganar o próximo, bastando um sorriso e cabelo lustroso.

Mas depois... Jason conseguiu usar a lei e obter um segundo julgamento. E foi aí que apareceu a paramédica, que contou qual a temperatura do corpo de um e de outro. Definitivamente Jason não ia sair da prisão. Então o que fez? Recrutou a mãe para intimidar a paramédica, para que esta voltasse atrás no seu depoimento. As chamadas telefónicas são gravadas e, mesmo em código, dá para perceber o intuíto das mesmas. Mãe foi sentenciada a 10 anos de prisão em liberdade e serviço comunitário.

 


Este é Henry Lee Jones. Seu rosto e olhar parecem indicar um homem pacato, humilde, simpático, prestativo, amigo, bondoso. E assim foi considerado por quem o conhecesse. Mas era tudo fachada. Mais tarde ou mais cedo, quem viesse a ter contacto com a verdadeira face de Henry jamais sobrevivia para contar a história. 


Henry Jones é um serial Killer, matando quem lhe aparecesse pelo caminho para roubar bens e dinheiro. Para ele as pessoas era um meio para um fim. Numa ocasião, recrutou um rapaz que dormia num banco de jardim para o ajudar a conduzir um carro até a casa de uma família. Chegando lá, noutra cidade, ele sai do carro, cumprimenta um homem com "então paizinho?" entra na casa... e o jovem que o acompanha, entra também, depois de ter ido empurrar um objecto para a garagem. Nisto encontra a mulher no sofá, com as mãos atadas às costas e Henry de arma de fogo na mão, a exigir que lhe dissesse onde estava o dinheiro. Depois ele vai para a cave, onde estar o idoso, escuta-se muito ruído e percebe-se que é o som de um assassinato brutal e violento. Leva a mulher para o quarto, tira o dinheiro, deita-a na cama e esfaqueia-a muitas vezes. 



Ele era descrito como uma pessoa agradável, simpática e prestativa. Conhecia o casal idoso porque havia morado na zona e, ao verem-no, ficaram felizes por reencontrar alguém que sempre se mostrou tão afável. 

Quem vê caras não vê corações. Por vezes, quem fala sempre de forma muito calma, sem levantar a voz, sem alterar muito os maneirismos, os comportamentos, não estão a controlar as emoções. Estão a FINGIR TÊ-LAS. 


Tenho no emprego uma colega assim. Soft spoken como dizem os americanos. Fala muito baixo, num tom quase de anjo. Para mim ela foi um demónio. E desde então, dedica-se mais ao que parece ser uma missão de seduzir quem a rodeia - em particular pessoas do sexo masculino - como se vivesse num universo onde estivesse a concorrer para o título de Miss simpatia. 

Ela consegui obter turnos diários porque foi para a cama com um homem que até se assemelha fisicamente com o do retrato em cima. Este não era bem visto no local: estava sempre a reclamar, a mandar vir, a dar ordens... As pessoas não gostavam dele. 

Nisto, tanto ele quanto ela, mudaram de estratégia. Passaram a falar com as pessoas com simpatia. A contar piadas, a falar de coisas triviais, a cumprimentar com um largo sorriso... 

Para se promoverem. Para enganar os que não sabem melhor. 

No meu entender, pessoas assim, são perigosas. Porque são aquelas que o Diabo mais gosta de mandar para a terra: Parecem e agem como anjos. Mas enganam!



segunda-feira, 30 de junho de 2025

Sempre a aprender novas lições de vida

 


A colega é uma idosa de 80 e tal anos. Por isso, quando se dirigiu a mim com o seu habitual jeito crítico e autoritário, não quis a repreender. Obedeci à ordem que me deu e justifiquei porquê não ia obedecer à segunda: colocar a minha garrafa de água no chão. 

A sua reação foi ainda pior que as ordens que decidiu dar, com uma prepotência e autoridade à qual fiz por ignorar, devido à idade e a querer acreditar que se trata também de um pouco de cultura mal interpretada. Afinal, eu fui criada de uma maneira, ela foi criada noutra, noutros países, diferentes décadas.

Enquanto lhe dizia, com simpatia na voz, que preferia manter a garrafa de água comigo porque esta tende a..... 

Ela interrompe-me e sai-se com esta:
-"Não preciso de ouvir nenhuma explicação. Não me interessa". 

Rude para caraças. Mas, mais uma vez, achei que talvez fosse o "upbringing" - a educação quiçá rígida de outros tempos, que ela deve ter tido num país mais totalitário qualquer, mais opressor.     

DESCONTO para a sua atitude de arrogância, autoridade. 
Mas não é NADA agradável trabalhar com ela. 

Há medida que o trabalho desenrola, coloquei uma caixa em cima da outra, para lhe facilitar o transporte e, mais uma vez, lá vem a repreensão, a crítica e a ordem: 

- Nada de por uma caixa em cima da outra! 
- Grita, logo após puxar violentamente uma das caixas de volta de onde a tinha tirado. 

Que nazi! É muito difícil trabalhar com pessoas assim. MUITO. 

Já estou a revirar os olhos quando o gerente me diz que afinal vou trabalhar noutra area.

Para o meu lugar surge uma outra colega, que já havia reparado estar a saltitar de uma área para a outra, como se pouco qualificada para fazer grande coisa. Ela parece nunca saber bem o que há para fazer. Meteram-lhe na mão um scanner e ela atrapalhou-se. Então o gerente a mudou de lugar e ela tomou o meu. Nisto, quando se aproxima da idosa, as duas parecem se engajar muito bem. A idosa está até a conversar. Comigo deu-me o tratamento de silêncio, até mesmo quando a cumprimentei, ao chegar. 

Fiquei revoltada. Então é assim?? 

Agiu como uma nazi. Subitamente entendi que podia muito bem ter sido uma, ou filha de nazis. Os jovens nazis são hoje muito idosos... e não foi por isso que deixaram de ser nazis. Não só envelheceram, como geraram filhos. Que muito provavelmente foram injectados para pensar como os pais e educados para tratar os outros com arrogância, superioridade, prepotência, má educação, maus modos, altivez, recriminação e, se puderem sair ilesos aos olhos da sociedade, torturar e matar. 

 O que aprendi então foi uma LIÇÃO DE VIDA. 

Não se tem de tratar bem uma pessoa maldosa só porque é idosa.
Assumir que, só porque a pessoa é geriátrica, teve amplo tempo para se pacificar e encontrar o "nirvana" da vida é um erro. A pessoa geriátrica não é automaticamente atenciosa com os que os rodeiam. Tanto os nazis como os Charles Manson da vida envelheceram. Um leopardo nunca perde as pintas, não é assim? E se, enquanto criança, ficou "tatuado" em mim que se tem de se respeitar sempre os mais velhos, afinal existem excepções. 

Tratar alguém como te tratam a ti. Esse devia ser o lema. 

Tenho um outro colega também avançado na casa dos 70, o Jimmy, que sempre foi um raio de sol. Sempre com um sorriso aberto no rosto. Muitas vezes lhe perguntei porquê não vai para a reforma. Ele me diz: "Para quê? Para morrer em questão de meses? Conheci muitas pessoas que, depois de se reformarem, estavam mortas no espaço de poucos anos".

Ele é feliz a trabalhar. 
Acho louvável. Acho normal. É o que eu pretendo também sentir quando lá chegar. 
A vida e o que nos interessa não termina quando se chega aos 70 anos. Ou 80. Ou 90. 

E também não existe um milagre que torne uma pessoa desagradável em pessoa afável, só porque avança na idade.  

 Espero não esquecer esta lição de vida! 

segunda-feira, 6 de maio de 2024

O CANCELAMENTO agora também no blogger

 O meu post anterior é sobre a exposição de Jose´Castelo Branco como o agressor que é. Fiz copia-cola de um texto de um artigo da VIDAS. E surge esta inesperada... mensagem do blogger. Nunca antes vi tal coisa!


Então uma pessoa agora tem os seus próprios textos "cancelados"? E nem diz porquê... enfim. 

Aqui vai outro link para se ver, desta vez no site da Flash, que contém um vídeo de um jornalista a afirmar que tinha tentado alertar a comunicação social anos antes e foi ignorado, tratado como um maluco. Nesse mesmo artigo Cristina Ferreira condena-o por, alegadamente, saber desses maus tratos e não ter denunciado. O que digo à Cristina é que: FALAR É FÁCIL. E que devia averiguar melhor porque a verdade é que MUITOS FALAM e as pessoas escolhem ignorar. Existe um limite ao qual as pessoas podem ir. Não sendo família nem terem que se meter na intimidade de amigos... A meu ver mais culpa no cartório tem a televisão, como meios de divulgação em massa que são, que NORMALIZA e dá amigável destaque a estas "criaturas" de má índole em troca de polémica e ratings! 








Artigo na Vidas - diz alguma coisa sobre como a sociedade permite isto

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

UM NOVO BLOGUE! Venha visitar.

 E pronto. Nasceu um novo blogue!

Nele vou falar exclusivamente de LIVROS. Obras literárias, histórias e... bibliotecas. Todos os dias, de segunda a sábado - uma história será contada. 
Aos Domingos, é para a divulgação de bibliotecas e factos sobre as mesmas. A não perder!

Peço-vos que visitem e divulguem.
Mas não deixem de vir aqui. Aqui é a minha casa...

Um abraço a todos. 

Ah, e aqui fica o endereço do novo blogue:

https://historiasescritoslivros.blogspot.com/



sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Crimes: a faca de desencarnar com 10 anos de matéria humana

 


Assisti a este programa sobre a descoberta de um assassinato de uma jovem de 18 anos. O seu corpo - ou melhor, o torso do seu corpo foi descoberto por pescadores, que o confundiram com um animal. Seria apenas mais um caso macabro do género, não fosse alguém chamar um canalizador. 

Nos canos foram encontrados quilos de uma substância que parecia carne. Era parte do que restava de Rori Ache, vítima de sádico abuso sexual e homicídio. A sua identidade porém, não pôde ser descoberta através da gosma removida da canalização - provavelmente suas entranhas e orgãos internos. A identidade daquelas peças, que um dia constituíram um ser humano, com sonhos, emoções, pensamentos e sensações - só foi possível com o que acharam dentro do congelador. A cabeça de Lori. 

E assim, esta história, que pensei ser datada de muitos anos por já a ter escutado antes em programas já datados - afinal é quase uma cópia de outras mais antigas. Há mais que uma pessoa desaparecida que é descoberta pela polícia aos pedaços dentro de canalizações domésticas. Esta caso aconteceu... em 2017. É muito recente! A condenação do responsável, Adam Strong, deu-se em 2021. 

No interrogatório de Polícia, Adam, descrito pelos amigos homens ser um tipo fantástico que ajuda todos e pelas mulheres como um sádico sexual, insiste no detalhe de que a jovem não estava grávida - coisa afirmada pela mãe na comunicação social. E tinha a certeza disso. Disse: "Não vi nenhum bebé". E acrescentou: "Ela não estava grávida. Eu tive o aparelho reprodutivo dela nas minhas mãos" - e levanta a mão ao ar, simulando segurar algo. 

Eu perguntar-lhe-ia o que ele fez com esse aparelho reprodutivo. Lá porque existem partes por todo o lado, não significava que não lhe desse para o canibalismo. 

A forma banal e sem empatia com que ele diz isto faz-nos questionar qual a maneira correcta para extrair a informação necessária. Soube que não era por demonstrar empatia - o primeiro interrogatório fez isso e Adam não abriu a boca. Portanto, há que falar com indivíduos assim como se nada do que te está a ser dito te afectasse. E a tua curiosidade é de ADMIRAÇÃO. 

A polícia, na realidade, não tinha nada com o que acusar. Só tinham partes de um corpo mas não têm provas de que ele a matou, não têm provas de que ela não morreu de acidente e ele só se desfez do corpo, escolhendo aquela forma macabra. Já vi um caso em que o indivíduo, para justificar as provas da polícia, afirmou que não matou uma mulher, já a encontrou sem vida mas, como a achou gira, teve sexo com o cadáver. Isto porque quis justificar a presença do seu sémen. A polícia tem de encontrar algo que ligue os pontos. Caso contrário, não é um caso sólido, por mais macabro que possa parecer. Neste caso, a polícia não tinha NADA e iam acusá-lo de "profanação de cadáver" somente. 

O segundo interrogatório policial foi tido como um óptimo exemplo de um trabalho bem feito. Mas eu, pessoalmente, fiquei com muitas dúvidas. Imensas dúvidas. Tantas que me incomodou não terem feito mais perguntas. É que, ao revistarem a casa onde encontraram a cabeça de Lori, deram com facas. Uma destas facas servia para tirar a pele a animais. Fizeram um teste de ADN a pedaços de materia que encontraram e... não era de Lori. Mas sabiam de quem era: outra menina desaparecida---- DEZ ANOS antes! Não sei se pessoa local, se de outra localidade.

Ele tinha assassinado uma outra pessoa 10 anos antes. Ou algures nesse período de tempo, se formos a conjecturar que pode tê-la mantido em cárcere privado por algum tempo, mesmo anos. Improvável, mas possível. Pouco se sabe. É questão para perguntar. Para fazer muitas mais perguntas. Acham mesmo que, em 10 anos, um indivíduo que fala abertamente sobre segurar o útero de uma jovem mulher nas mãos após a esventrar, e não consegue se lembrar dos detalhes do esquadrejamento, sentindo-se até aborrecido por o detetive perguntar mais que uma vez.... como se mencionar que esventrar na banheira com água quente fosse suficiente para tudo ficar esclarecido. Entendi que ele, que estava a falar desse acto, entediou-se nesse instante porque, a meu ver, aquele momento NÃO LHE ERA NADA DE ESPECIAL. Deve tê-lo feito tantas, mas tantas vezes, que falar disso é do mais enfadonho que existe. 

A polícia condenou-o pelas vítimas conhecidas. Mas, ao que saiba, não ponderou sequer se existiam mais. Não lhe perguntou. Deve ter perguntado, ou não era polícia.... Mas DEZ ANOS??? Acham que uma pessoa que ganha este gosto, que "caça" jovens de quem, de certeza, abusa sexualmente de forma sádica e acaba por as desmembrar, "contenta-se" em fazê-lo com um intervalo de 10 anos???

Lori tinha saido do hospital e acho que desapareceu em poucos minutos. Ninguem ficou a saber mais detalhes de metedologia. Ele apanhava miudas ao acaso? Como as apanhava? Seguia-as por meses e meses? Ninguém soube - pelo menos não assistindo a este programa, intitulado "Sala de interrogatórios: Alguma coisa na água",  que vi no canal AMC Crime. 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Vejam a extenção das consequ^ncias dos jogos online

 

Se conseguirem sintonizem o canal ACM Crime e vejam o quinto episódio de Web of Lies - sobre SWATTING.

Um crime hediondo que, claro, só pode acontecer nos EUA...

Mas não se iludem. O que acontece por lá, depressa surge noutros cantos do mundo. 


SWATTING consiste no crime de realizar um telefonema para a polícia de emergência reportando um crime sério que precisa de intervenção imediata. A polícia especial SWAT aparece em minutos. Uma polícia que foi desenvolvida para lidar com ameaças de terrorismo, perigo imediato. Ou seja: pronta a disparar. 

Em 2019 esta polícia recebeu um telefonema de um homem que afirmou ter acabado de assassinar o pai. E preparava-se para assassinar a restante família, que mantinha refém. Depois de dar o endereço, em minutos a polícia surgiu aos berros e armada, para que o homem surgisse fora de casa. 

Usando uma T-shirt azul e calças brancas, um homem surge no alpendre e, ao baixar um braço, o polícia julga que ele vai apanhar uma arma e dispara um tiro fatal direto no coração. Tratava-se de uma chamada FALSA de sequestro e homicídio. 

Descobriu-se que tudo não passou de uma técnica de vingança usada por adolescente, que ficou chateado quando foi morto num jogo online por fogo amigo. Sempre interagindo no computador, procurou descobrir o verdadeiro endereço do jogador que o "prejudicou". Os dois trocavam mensagens provocatórias, instigando e desafiando. Estavam a medir "pilinhas", a ver quem era o mais inteligente e apto. Tyler Barris chegou mesmo a oferecer os seus serviços como SWATTER para que outros, em troca de dinheiro, pudessem exercer uma espécie de vingança a quem os prejudicou. Ex-namoradas viram suas casas invadidas pela polícia, naquela violência súbita, de algemas nos pulsos e armas apontadas. 


Em 2019, por causa de um estúpido jogo online e uma aposta de menos de 2 euros, Tyler jurou vingança. Descobriu a morada do seu alvo e fez a chamada que resultou na morte de Andrew Finch, pai de família. A pessoa que ele queria prejudicar já tinha mudado e a casa fora ocupada por outras pessoas. Infelizmente, com uma fatalidade. 

Fiquei PASMA com as ramificações de um simples jogo online. De facto as coisas podem tomar proporções gigantescas e devastadoras. Swatting é um crime federal - e deve ser mesmo. É um crime que tem aumentado nos Estados Unidos e que põe muitos adolescentes na cadeia. 


Fico a pensar na criança que tenho na família. Típico miúdo agarrado ao telemóvel a jogar o dia inteiro. Faz-se de tudo para que saia de casa, mas não quer. Fica chateado por largar o vício. Não gosta de ir à escola. Não gosta de acompanhar alguém às compras. Porque implica não ficar a jogar. Ainda é novo - 10 anos. Mas tem sido uma batalha desde muito cedo. Esta sua tendência não parece querer alterar - só faz é crescer. 

Quando lhe perguntei sobre o futuro e o trabalho, respondeu muito rapidamente que nunca ia trabalhar. Que ia ser um desempregado. Ia só viver dos jogos. Desafiei-o. Ele respondeu que tem quem viva de jogos. Eu a dizer para ele ir para o parque brincar com outras crianças, esfolar os joelhos, cair, machucar-se... faz parte. Mas ele nunca foi criança para isso. É a única criança que se destaca entre muitas, por não mostrar o mesmo tipo de energia para a brincadeira. Energia ele tem, e muita! Mas não tem aquele à vontade e desembaraço. Não tem ímpeto. Retem-se. Tem receio. Uma vez naquelas máquinas de exercício físico, ele viu um insecto. Teve uma instantânea reacção de medo e afastou-se. Uma menina com metade do tamanho e idade dele, aproximou-se e começou a usar a máquina, sem receio da presença do insecto. E nisto diz à mãe:
"Mãe, olha está aqui um bicho amarelo. Eu não tenho medo. Não precisamos ter medo dele porque ele não faz mal se eu não lhe fizer mal". - um recado claro à reacção que eu, tal como ela, tinha notado no rapaz. 

Ele até pode escalar uma pequena parede e andar no escorrega e diverte-se. Mas enquanto os outros, mais pequenos que ele inclusive, o fazem num movimento contínuo, destemido, ele é todo cuidadoso, moroso. Tem receio de se magoar. Um simples arranhão pode ser um drama. Então ele é receoso, fica mais afastado, embora se note que gostaria de estar a interagir mais com os outros meninos. Numa ocasião não se agarrou bem ao escorrega e roçou os dedos na beira, aterrando de joelhos e mãos na areia. Quase chorou. Quase desistiu. Mas como não fizemos caso, não o chamámos para "curar o dói-dói", ele ignorou e voltou a brincar. 

Outras crianças nem se importavam. Riam, riam, riam, decidiam descer do escorrega em grupos de quatro e cinco ao mesmo tempo, aterravam na areia de qualquer jeito, e riam. 

Infelizmente esta sua natureza não parece ter muita vontade de brotar. Agora estou longe e, para ser sincera, já me desgastei demais em esforços feitos para lhe despertar este gosto pela brincadeira, pelo ar livre, para a descoberta - para uma vida fora do monitor de um jogo. Acho que os pais aceitam bastante este lado e por isso ele sente que não precisa de mudar, os pais não se importam que ele seja recluso, viciado em jogos, não goste da escola, não tenha amigos fora de um ou outro de turma e que os que os una seja os jogos online. 

Esta geração é diferente. Alguns já nascem sem sentir qualquer atracção pelas "brincadeiras de criança" que fizeram parte da vida de todas as gerações anteriores. Mesmo pobres e miseráveis, a ter de trabalhar na infância, sempre se inventava uma brincadeira. 

Ele não tem interesse por bonecos, carrinhos, colecções, livros, nunca gostou de escrever nem o próprio nome. Tinha que ser convencido através de muita, muita e cansativa persuasão. Nunca gostou de rabiscar e para fazer um desenho de uma bola ou mesmo escrever uma frase para um trabalho de escola, sempre foi uma tarefa demasiado exaustiva, que tinha de ser pedida constantemente, incentivada e levava horas para quem um rabisco ou palavra surgisse dali. 

Acho que não tenho de me preocupar mas... nunca se sabe. 
Esta geração dos jogos só vive em torno daquela fantasia. Num outro caso que já mencionei aqui, uns adolescentes deram um tiro na cabeça de uma menina de 14 anos porque era só isso que faziam nos tempos livres: jogar jogos de tiros. E queriam fazer aquilo numa pessoa de verdade. Agora este Tyler, cometeu homicídio por Swatt - tudo adolescentes que vibram com os jogos. 

Cada vez que escuto o miúdo a gritar ou a dar murros no sofá porque o jogo não correu como queria, digo-lhe para se acalmar, que não é preciso exaltar-se tanto. Mas vê-se que ele vive aquilo. 

Porém, acredito que não vai sair dali nenhum criminoso. Não tem tendências para isso. Contudo, pode sair uma pessoa meio reclusa. O que para mim, que fui criada em reclusão involuntária, consigo ver a desgraça a longo prazo. Mas se for escolha dele - então a experiência será diferente da minha, que não tive escolha, foi-me imposto. 

Mas se calhar, vai ser apenas um período da sua vida e outras coisas no futuro também vão chamar o seu interesse. A ver vamos. Uma coisa, contudo, todos nós na família - aqueles que sabem do "segredo", gostaria que terminasse. O miúdo não tem problemas alguns. Os pais também não! Mas nós... avós e tios, não vemos com bons olhos que o miúdo se recuse a dormir na casa de um amigo, ou na casa dos avós, com os primos, ou que vá uns dias de férias com os meninos de escola, ou seja o que for - ele RECUSA dormir fora de casa. Diz logo que não! Recusa aqueles passeio que em criança todos gostavam de fazer - com outros meninos, dormir em camas boliche, brincar, ir para a praia. Não tem interesse. Ele recusa dormir fora de casa porque ele só dorme com o pai e a mãe.  


terça-feira, 15 de agosto de 2023

Uma história INCRÍVEL de sobrevivência

 O canal AMC Crime está a passar alguns documentários de histórias de crimes e homicídios que ainda não conhecia. (O que é um feito). Fiquei maravilhada com o último a que assisti. Se puderem, vejam. É o episódio nº5 da série "Text me when you get home" - Avisa Quando Chegares - tradução para português.

Estive em lágrimas grande parte do tempo. A torcer para que o desfecho de uma adolescente de 14 anos que não regressou a casa após a escola fosse diferente do habitual. E foi. Fiquei feliz, em lágrimas mas contente. Aquela menina, agora mulher, é um espanto. Fantástica! Uma pessoa maravilhosa, linda por dentro e deslumbrante por fora. 

Vão ver e vão entender. 



A HISTÓRIA:
A adolescente não regressou a casa após a escola. A mãe ficou preocupada pois a filha era muito responsável. Em cerca de duas horas, colocou no facebook um apelo: para lhe avisarem se vissem a filha, que não tinha regressado a casa e não respondia a mensagens. 

A comunidade viu o post e começou a interessar-se. Chegando a noite, ela foi ter com a polícia. Que não respondeu "ainda é cedo, tem de esperar 48h". Como entendeu que aquele comportamento era atípico da adolescente, decidiu ir investigar. Falaram  com quase 50 amigos dela. Conseguiram um nome de um rapaz, por quem a adolescente tinha um fraquinho. Falaram com ele que respondeu que não se comunicavam há meses. 

A pista não deu em nada. Aí a mãe, ainda no facebook, leu um comentário que lhe deu esperança: "Vi a Desiré a caminhar na estrada da vala". A polícia foi ao local investigar, mas não encontrou nenhuma pista. 

Umas mulheres que acompanhavam o caso no facebook, moravam perto do local. Era de noite e as temperaturas geladas. Mas juntaram-se e ofereceram-se para ir ver o local. Estava totalmente escuro. Negro, preto. Levaram uma lanterna e, por precaução, um canivete, água, snacks. Afinal, eram mulheres sozinhas de noite num local ermo. Quando subitamente, a luz de uma das laternas apanha um movimento que lhes chama a atenção. É uma mão, vinda do chão, e se mexe. 

É Désiré!!

As duas aproximam-se da criança, verificam que está gelada, sofre de hipotermia - cobram-lhe o corpo com os seus casacos. Uma telefona para a ambulância, pois desiré está viva mas está mal. Tem o rosto inchado, está a falar mas é um sussurro e incoerente. Queixa-se de dor de cabeça. 

A polícia, médicos chegam e no hospital, começam a tratar da sua hipotermia. Uma enfermeira apercebe-se que existe sangramento craneano. Fazem uma tac e... descobrem que ela tem uma bala alojada no cérebro! A adolescente levou um tiro com entrada na nuca. 

Claramente, não o fez a si própria. 

A investigação continua, com a polícia a tentar descobrir, através dos telemóveis, o que poderá ter acontecido. Foi o rapaz que ela gostava mais o amigo deste. Levaram-na para aquele local, enganaram-na dizendo que tinham perdido um anel e enquanto ela estava a olhar para o chão, de cabeça baixa, tentando achar algo que não existe, deram-lhe um tiro na nuca. 

Depois tiraram-lhe o telemóvel e a mochila. Deitaram o telemóvel num rio e ficaram com a mochila e com o dinheiro. Foram comprar álcool e outras coisas mais. 


MIRACULOSAMENTE a menina sobreviveu. A probabilidade é de 3%! E não só sobreviveu como conseguiu sobreviver com sequelas reduzidas para quem levou com uma bala no cérebro! Teve de re-aprender tudo: falar, andar, mexer o braço, a perna, tudo. Não é fácil e nunca será. Para sempre, mesmo que queira esquecer, a bala está no seu cérebro, a lembrá-la do sucedido e a fazê-la temer que lhe cause uma morte súbita.

O documentário conta com o depoimento da jovem e surge uma mulher linda, deslumbrante, com um discurso coerente, preciso, adulto. Fiquei apenas triste por ela ainda sentir-se magoada com a "justificação" apontada para levar com uma bala: o rapaz de quem ela gostava e a quem enviava mensagens disse que ela era "irritante". Então o amigo disse para acabarem com ela. Os dois passavam as suas vidas a jogar jogos na playstation, não faziam outra coisa. Os seus cérebros consumiam aquilo e mais nada. Jogos esses, de extrema violência, onde disparar contra pessoas é o habitual. 

Eles decidiram não separar a ficção da realidade. Sem emoção, sem motivo. 

Sim, porque dizer que ela é "irritante" não é motivo. Espero que Desiré tenha percebido isso desde a altura deste documentário. Tratavam-se de dois jovens sem apatia ao próximo. Infelizmente ela, imatura como todos nós somos aos 14 anos, sentiu atracção pelo "tipo calado e sossegado", sendo que ela era mais ativa. Até mesmos em adultos, muitas vezes, esquecemos esta lição: só muito poucos jovens "calados e quietos" o são mantendo uma natureza pacífica. Muitas vezes, os que têm uma raiva oculta, os que vivem em total escuridão interior, também agem assim. O sol quer sempre incidir sobre a sombra. Achando que deixa todos felizes. Mas alguns vieram das trevas e tudo o que for luz os incomoda. 


Desiré é luz. Não foi apagada. Brilha ainda mais agora, que provou a garra que tem em viver, em sobreviver, em ultrapassar as estatísticas e prosperar. 
Fiquei a admirar muito esta pessoa. Desejo-lhe tudo de bom. Uma vida longa e próspera, com muitos amigos que decerto tem e um amor digno da pessoa que ela é.  

Mas tem sequelas para a vida, está semi-cega e semiparalisada, assim como a vida na corda-bamba, uma vez que a bala permanece no cérebro.


LIÇÕES A TOMAR:
 A importância de agir em comunidade. Penso que é isso. Acredito também no poder da reza colectiva. Subitamente a energia de tantas pessoas focou-se nela. A mãe pedia que rezassem muito. Já vi documentários incríveis em que o resultado sempre foi milagroso e sempre envolveu este mesmo ambiente: pessoas com fé, a rezar com fé e a inter ajudarem-se. Uma rapariga com uma doença terminal de pura agonia e paralisante, subitamente "viu um anjo" e curou-se. Noutro caso, uma mãe teve uma premonição agarrou-se à bíblia e pôs-se a rezar pela filha. Esta tinha caído numa ravina e não tinha como se salvar. Diz que sentiu um anjo levantá-la e colocá-la na topo da ravina. Que foi onde subitamente apareceu.  

Como não acreditar em milagres quando se a fé for forte e as pessoas estiverem conectadas com esta energia especial, coisas fantásticas realmente acontecem?

Não foi por acaso que as duas mulheres sentiram um impulso de ir procurar pela adolescente. Algo as empurrou para isso. Era de noite e estava frio e a nevar! Mas elas sentiram que TINHAM de ir... 

Se tivessem refreado seus ímpetos, hoje estariam a lamentar-se e a imaginar se teria feito a diferença entre a vida e a morte de Desiré. 


Teria. 


segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Tailândia: terra sem-lei, perigosa onde turistas são assassinados

 

Ele disse-me que queria conhecer Portugal, o Algarve. Mas mudou de ideias depois do sucedido com Maddie MacKain, ficou com medo. 

Foi um colega inglês que mo disse e não mais esqueci. Pondero sobre isto: as impressões que as pessoas têm de lugares, sua segurança e beleza

A TAILÂNDIA é, para mim, um país que não é seguro. Porém escuto bastante pessoas a dizerem-me que é maravilhoso e que querem ir morar para lá. Principalmente britânicos.  Mas pondero se sabem para onde realmente estão a ir. Faz décadas - mesmo DÉ-CA-DAS que vejo documentários sobre o quanto aquilo é um estado de sítio, onde não existe lei e onde o povo é explorado, principalmente para a prostituição. 

É como desejar ir à ìndia... pelo misticismo e pela beleza dos lugares, que sem dúvida têm essa magia - porém à que fechar os olhos ao resto. Ignorar os problemas sociais, a extrema pobreza, a exploração praticamente esclavagista e os muitos perigos de segurança, principalmente para as mulheres, muitas vezes vítimas de violação e assassinato. 

"Nick" foi encontrado morto na Tailândia. A polícia disse tratar-se de um acidente. Como tinha episódios de sonambulismo, a polícia afirmou que ele se afogara no mar. Um feito e tanto, que o jovem rapaz teve de conseguir fazer no seu suposto estado de sonambulismo, já que teria de ter muita sorte para não cair dos muitos rochedos que obstruiam o percurso do hotel no cimo de uma colina até à praia. Sobre esta morte, OFICIALMENTE, a "polícia" tailandesa diz: "Acidente".

"Luke" estava a andar na sua bicicleta, parou para urinar e ups: caiu dentro de um poço e morreu. Oficialmente, a "polícia" tailandesa diz: "Acidente". Acontece que o corpo foi encontrado em posição fetal e o "poço" não era um poço nem tão pouco tinha água. 

"Ben" deu um pulo para uma piscina cheia de gente, bateu com a cabeça e morreu. OFICIALMENTE, a "polícia" tailandesa diz: "Acidente". O médico que o assistiu na altura disse: "só se ele tiver batido com a cabeça várias vezes na piscina". 

Em 2015 "Christina" mencionou querer conversar sobre os assassinatos que ocorreram no ano anterior no local. Encontraram-na sem vida, a sangrar da boca e do nariz, alegadamente deitada na cama no seu quarto de hotel. A "polícia" concluiu que a causa de morte foi acidental, uma overdose de comprimidos com álcool.  

Na passagem de ano de 2015 Dimitri Povse foi encontrado enforcado. A "polícia" disse que foi suicídio. Mas não apresentou nenhuma explicação para o facto das suas mão estarem atadas atrás das costas. Já imaginaram o quão difícil deve ser cometer suicídio por enforcamento, numa festa de passagem de ano no "paraíso na terra", com as mãos atadas atrás das costas??? 

Elise Dallemange foi encontrada sem vida, com o corpo semi-comido por lagartos. A "polícia" disse que ela se suicidou, enforcando-se com uma corda no meio da selva. O seu corpo foi encontrado entre rochas, graças ao lagarto, que era monitorizado e foi seguido para se descobrir o motivo das suas "viagens". Elise tinha comprado uma passagem para outro local. As suas malas chegaram, mas ela não. Além disso, a cabana onde morou "misteriosamente" pegou fogo. Ela recusou dar o seu nº de passaporte ao se registar, como se temesse algo, dizendo que ia dar depois e também mudou de ideias e riscou o último nome, colocando um outro no lugar. Depois mostrou ter pressa em deixar o local. Oficialmente, acreditava-se que tinha conseguido. Mas o cadáver encontrado foi identificado como seu, através de análise dentária. Ora, uma pessoa que viaja pelo mundo inteiro há dois anos, está agora no "paraíso" que é a Tailândia, compra passagem para outro local e... suicida-se atrás de umas rochas?

Mencionei apenas alguns exemplos de uma lista que creio chegar às CENTENAS de nomes de "turistas" que viajam à tailândia para se divertirem e regressam às suas famílias num caixão

Histórias destas se repetem vezes sem conta, principalmente numa certa ilha da Tailândia. Não tenho dúvidas que estas pessoas, e muitas outras, foram assassinadas e o facto foi encoberto com "acidente", para que não entrassem nas estatísticas que prejudicam o país aos olhos dos estrangeiros. 


ASSASSINATOS COMPROVADOS:

Em 2014, Hannah Witheridge e David Miller foram encontrados brutalmente assassinados numa praia tailandesa. Ele foi espancado e o corpo AINDA COM VIDA lançado à agua, ela foi brutalmente assassinada, estava totalmente nua, foi VIOLENTAMENTE violentada. O caso tomou proporções internacionais. Subitamente a Tailândia estava a ser retratada como um destino perigoso, pouco recomendável.  

Eis um caso que a "polícia" não podia afirmar tratar-se de um "acidente" por overdose, enforcamento, afogamento nem nada parecido. Quando não pode rotular um óbvio assassinato de ACIDENTE, acaba a "investigar" um outro turista, de preferência um amigo próximo ou alguém VINDO DE FORA visto a interagir com a vítima, fabricando que existiu uma discussão e uma agressão PASSIONAL. Trata-se de uma técnica bem conhecida para suportar a ideia de que nenhum local faria um crime hediondo e manter o seu país com a reputação intacta. 


A "polícia" não existe na Tailândia. O que existe é um bando de fardados pau-mandados às ordens dos poderosos. Plantam evidências que não existem, mentem, incompetentes nem é palavra que se possa aplicar porque para isso é preciso ter vontade de fazer o trabalho e a "polícia" trabalha para outro patrão, que não é a LEI. Lança falsas imagens de péssima visibilidade afirmando se tratar da vítima momentos antes, só para tentar fundamentar uma narrativa inventada. Como a sua autenticidade é contestada - principalmente pelos familiares, logo a seguir encontra um ou mais bodes expiatórios não-nativos de preferência migrantes ilegais para arcar com as culpas e silenciar a curiosidade internacional. E
stes jovens assustados, torturados e ameaçados são USADOS e SACRIFICADOS à morte, que era a pena aplicada.

A "PAZ" volta e o TURISMO continua... 


O que o "governo" local quer é que a massa de turismo continue a chegar, cegos com a beleza natural e crentes nos sorrisos dos locais. 

Notícias de que ali é um local perigoso onde pessoas são assassinadas em troco de NADA,  incomoda os políticos e poderosos da Tailândia. A imagem da Tailândia fica manchada. Pode TERMINAR com os seus lucros. Os tailandeses sabem que as suas receitas provém TODAS do turismo. Se as pessoas descobrirem que aquilo é terra sem ordem, desgovernada, corrupta, onde não estão seguras e onde podem ser assassinadas POR DESPORTO das famílias locais privilegiadas - deixariam de visitar as ilhas!! Lá se ia o dinheiro... 

A Tailândia soa a uma terra perigosa, regida por uma máfia invisível, onde podes vir a ser assassinado e o facto encoberto, onde não há lei, és ameaçado, vives com medo de abrir a boca e dizer algo que pode te sentenciar à morte e ninguém te vai ajudar. E nós, outsiders, caímos que nem patinhos!!

Na Tailândia não se usam armas de fogo mas, conforme se pode ver, para matar e encobrir assassinatos, os métodos selvagens são bastante eficientes. Ninguém precisa de recorrer ao método rápido e indolor da bala do faroeste Americano. 

Não viaje para a TAILANDIA. 

Nâo suporte um governo corrupto, indiferente às mortes de outsiders, que tortura e ameaça de morte e oculta CRIMES HEDIONDOS. São CRIMINOSOS. 

segunda-feira, 10 de julho de 2023

A Polícia de Segurança Pública tem TODA A RAZÃO!!!

 aqui:

O MAIOR flagelo da sociedade é a DESINFORMAÇÃO. E uma via rápida para lá chegar são cartoons como este. 


A PSP avançou com uma queixa crime por incitação ao racismo e à violência. O cartoon é de um polícia em uniforme azul a descarregar uma arma de fogo. Na última descarga, a figura dispara múltiplos tiros e range os dentes. A imagem mostra, de seguida, que o elemento policial está numa carreira de tiro, praticando tiro-ao-alvo em diversas silhuetas humanas. Da esquerda para a direita, surgem essas silhuetas com uma cor de pele diferente. A primeira, o policial falha, na segunda, acerta uma vez, na terceira umas tantas e na última, descarrega todas as balas. 


Claro que, a última silhueta é escuríssima, sendo a primeira clara. 

SIM, a PSP tem toda a razão, está a ser pintada aos olhos da sociedade para a qual arrisca a vida todos os dias para proteger, como a bandida. A entidade para a qual se deve olhar com maus olhos. Por mim quero que a pessoa responsável seja punida por ALIMENTAR esse conceito. Seja o autor, seja, em particular, a pessoa que, tendo em sua posse os RECURSOS para TRANSMITIR às grandes massas informações, decide passar esta e não dedicar mais tempo ao serviço público, escutando os cidadãos, saíndo às ruas e percebendo o que aflige o povo. 

Este tipo de INFILTRAÇÃO de pensamento é um PERIGO para o qual devemos nos proteger!

Deixaram isso acontecer na América. Olhem só no que deu. 
Vejo aqui, no Reino Unido - o que deu permitir que o racismo seja quase um tema "tabu". Não se pode fazer referência às pessoas pela cor da pele - quando não se conhece o nome e se precisa fazer uma descrição. Outra pessoa que o escutar, pode fazer de "polícia" e ir "xibar-se" a um supervisor que "fulano tal" disse que o "fulano assim" é "preto". De imediato tomar-se-ia uma deligência e, se tal acontecesse no local de trabalho, a demissão facilmente podia ser emitida. 

Ora se a pessoa é negra e o observador está somente a observar, limitando-se a usar esse facto para descrever o indivíduo - não existindo por isso qualquer intento descriminativo - NÃO PERMITIR que tal descrição aconteça é um atentado à liberdade. 

Um exagero e o que é pior: cancel culture. 

Todos devemos defender a LIBERDADE DE EXPRESSÃO. 
Ela é o OXIGÉNIO da sociedade equilibrada e igualitária. 

Cartoons destes têm o DIREITO de ser feitos. Mas Cartoons destes, dependendo do CONTEXTO (cá está, faz sempre a diferença), também têm o direito de serem considerados um crime. E se os visados - os policiais, o consideram como tal tenho a dizer que eu CONCORDO!

detalhes aqui.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Suspeitas de uma mente instintiva

 

Mudei de chinelos de casa dois meses antes de ir duas semanas de férias. Deitei fora os anteriores, igualmente de borracha, mas que já tinham um buraco na sola. Tive-os por uns 10 anos, viajaram comigo para outros países, pisaram outros banheiros e, para mim, davam perfeitamente para o propósito de tomar duche e andar aqui por casa. 


Digo "aqui por casa" porque a minha situação de "casa" é diferente daqueles que a partilham com membros da família. Eu partilho uma com pessoas que não me são nada de sangue. E sendo assim, alguns hábitos e mesmo formas de estar, de ser, de agir em muito diferem umas das outras. 

Já tinha adquirido os novos chinelos uns dois anos antes e, inclusive, usei-os ocasionalmente, dentro do quarto. Porém, algo me deixava apreensiva em os usar pela casa. É que teria de os deixar do lado de fora, à porta do quarto. Vulneráveis. Confesso ter duas razões para não ter mudado de chinelos antes. A primeira razão: é mesmo da minha natureza usar algo até mesmo ao fim. Se estou satisfeita com a coisa, não sinto o ímpeto de me desfazer dela, ainda que tenha chegado a um estado gasto. 

O segundo motivo prende-se com o SABER com quem divido a casa. Em particular, a M. 

O instinto murmurou sempre dentro de mim para não colocar os chinelos novos no lugar dos gastos. Mas em Abril deu-me para desfazer-me de coisas sem grande utilidade e, dia 26, foi a vez destes chinelos.



Havia encontrado em muitas ocasiões, os meus sapatos fora do lugar, como que se chutados. Por vezes logo após os ter ajustado. Ora era isso constantemente, ou os encontrava molhados. Pelo menos eu acho que era só água... Numa ocasião foi algo grudento, que "colou" a base do meu pé no chinelo. Detestei isso. 

O meu quarto fica ao fundo do corredor. O WC é a última porta à direita.  Meus chinelos em nada atrapalha quem entra ou sai desse espaço. Porque, ao sair, só podem virar à esquerda e os chinelos estão à direita. Só quem entra no quarto é que se depara com os chinelos. Numa ocasião percebi o quanto nada do que ela faz é "circunstancial" e tudo é intencional. Como aliás, já suspeitava. 

Tinha acabado de descalçar os chinelos velhos, após sair do WC, e entrei no quarto. Tencionava sair novamente até à cozinha. Nesse curto espaço de tempo oiço de imediato a M. entrar no WC que eu tinha acabado de vagar e onde estive por apenas um minuto. Até isto não foi "circunstancial" - hoje sei. Escutei-a a usar a torneira profusamente, que nem uma doida. Depois saiu do WC e foi para o quarto. Quando abro a porta e vou para calçar os chinelos, estes estão molhados. 

Este vídeo data de sete dias após ter trocado os chinelos velhos por novos. E mostra como despertei com barulho e fui ao WC para encontrar meus chinelos acabados de ser molhados. 

Seria impossível que se tivessem molhado por "distração" ou "sem querer". Mesmo se a M. tivesse estado a "lavar" algo no lavatório do banheiro, os pingos de água nunca teriam atingido os chinelos -  a menos que a pessoa tivesse, intencionalmente, ao invés de virar para a esquerda, se posicionado à direita, onde só fica o meu quarto. 

Foi intencional. Um acto mesquinho, patético, infantil - que encaixa perfeitamente na personalidade da M. - uma narcisista. 

Quando percebi que ela espalhava "porcaria" por todo o lado da casa e estava a repetir o padrão que se observava na cozinha no corredor dos quartos, encontrei uma forma de impedi-lo ao colocar os meus sapatos mais usados ordenados em fila contra a parede. Aproveitei que ela achava "bem" espalhar os dela aos montes perto da porta dela e o rapaz também os deixava do lado de fora, perto do quarto dele. Dava-me ligitimidade para fazer o mesmo. Sabia que ela até ia desejar barafustar, porque qualquer espaço livre que vê quer tomar para si. Mas, nessa altura, não pode. Senti que, com essa decisão de ocupar o espaço livre com os meus sapatos, "salvei" a zona do corredor perto do WC de invasão de lixo. Estava a ser frequente ela ali deixar coisas, por dias (embalagens vazias, panos sujos, vassoura, rolos vazios de papel higiénico e bacias). 

Daí adiante os meus sapatos "misteriosamente" estavam sempre fora do lugar. Às vezes virados ao contrário, outras vezes sujos ou molhados. Os sapatos do rapaz, bem maiores que os meus e mais no caminho, porque ele nem os alinha totalmente contra a parede, ficavam misteriosamente intactos. O que revela uma acção intencional dirigida apenas aos meus. A M. também colocou o balde e a esfregona velha e porca a um canto desse corredor e impôs a sua permanência ali. Pegava na esfregona e passava no chão sujo. Depois, fazia com que a água suja e cheia de germes pingasse em todos os meus sapatos. Se é que, (ingenuidade) não era "pingar"... era mesmo passar a esfregona nos ditos.  

Os narcisistas agem assim: exibem atitudes mesquinhas, são vingativos de forma obsessiva e agem como crianças mimadas, fazem birras por tudo e por nada. Assim é a M.

Resumindo, troquei de chinelos quase dois meses antes de ir duas semanas de férias para Portugal. Usei-os todos os dias, pela casa, tomei vários duches com eles, deixei-os sempre à entrada da porta. Nada de diferente aconteceu. 

Fui então de férias, para a praia. Caminhei descalça pela areia, na arrebentação das ondas, na areia seca... por vezes calcei sandálias de borracha que havia comprado no ano anterior e que dão para usar dentro de água também. Em casa durante as férias, usei os mesmos chinelos de borracha que uso sempre quando estou naquela localidade. 

Meus pés até MELHORARAM. Por já não ficarem horas de pé enfiados nos sapatos de trabalho. Suavizaram as peles duras, melhoraram as feridas... estavam a voltar ao normal. Ao que um pé de um não-trabalhador-sempre-de-pé deve de ser. 

As férias acabam e regresso a casa. Calço os chinelos pela primeira vez para entrar no duche após chegar de viagem e começo a sentir ardor e comichão. Não faço muito caso mas a sensação é tão forte que vou espreitar e... tenho a pele toda seca exatamente na área de contacto do chinelo. 

De imediato, uma suspeita "brotou" na minha mente... mas, como sempre, mandei-a para o subconsciente. Só que ela ainda lá está... adormecida mas viva. Ora se usei estes mesmos chinelos todos os dias durante quase dois meses, sem problemas alguns, no regresso após uma ausência prolongada,  porquê ganho de imediato um misterioso problema de pele?

Nem sequer era queimadura. Porque não estava muito vermelho. Era apenas secura, com uma sensação de ardor e comichão. Como se alguém tivesse aplicado um produto qualquer no chinelo e isso tivesse criado uma reacção. 

Faz mais de um mês que isto aconteceu e ainda tenho os pés com essa marca


Acho que é permanente.

Não sei o que aconteceu nem do que se trata. Presumo ser uma bactéria. Dessas que não morrem. Minha mente, de imediato, por instinto, suspeitou que nada é uma "coincidência". Os chinelos ficaram vulneráveis

A M. já demonstrou ser capaz de coisas assim. Tenho um vídeo onde ela, quando eu estou de costas viradas, vendo um pratinho meu com talheres dentro, finge estar ocupada e vai com a mão e derruba para o chão um dos talheres. Depois finge não ter percebido e ainda pisa em cima. 

Infantil? SIM! 

Mas é exatamente com pessoas deste género que todo o cuidado é pouco. 

E como que para confirmar as minhas suspeitas, na mesma altura em que meus pés aparecem com esta estranha situação cutânea, a M. passou a não deixar os seus chinelos fora da porta. Quando sai de casa, os chinelos dela "desaparecem" do exterior. O que nunca aconteceu nestes quase três anos. Esta alteração comportamental como que confirmou as minhas suspeitas. Este nunca foi um hábito seu. Que o tenha criado agora, após eu suspeitar que contaminou os meus, para mim é como uma confirmação de que não estou a alucinar. É que este tipo de mudança comportamental corresponde ao padrão dos narcisistas: a REVERSÃO: eles agem como se fossem as vítimas dos seus próprios crimes. 

Cometem os crimes e fazem-se de vítimas. Quando suspeitei que ela estava a entrar no meu quarto durante as minhas ausências e coloquei o telemóvel a gravar quem entrasse (misteriosamente "desligou-se"), foi quando ela começou a trancar a sua porta à chave quando vai ao andar de baixo. Para mim, que o tenha começado a fazer dali a diante CONFIRMA que de facto invadiu o meu espaço.   

Mesmo sabendo destas coisas, temo que ainda não tenho precauções que cheguem.

A M. vive à custa de um empréstimo estudantil e de chulear pessoas. Mas ocasionalmente, arranja uma ocupação. Nunca dura muito. Geralmente arranja algo durante o Natal (durou duas semanas e acabou demitida pela sua "personalidade" e incompetência) e algo no verão. Portanto, apenas duas vezes ao ano! E nunca duram sequer três meses.

Recentemente ausenta-se pelas manhãs de terça e quarta-feira. Um bálsamo para mim! É pouco, mas é alguma coisa. Mesmo querendo arranjar um cargo de gerência (para o qual é a pessoa mais inapta que já conheci) é claro que vive num mundo só dela - porque não tem qualificações e, portanto, dificilmente vai obter o que pretende. Assim sendo, vê-se sem saída e regressa sempre ao que ela chama ser a sua profissão: "esteticista". Um rótulo que usa de forma enganadora, já que somente se dedica a fazer unhas. E quem faz unhas... tem de lidar, por vezes, com bactérias e fungos. Vai que ela "colectou" fungos de alguém e os deixou a "cozinhar" nos meus chinelos por duas semanas?

Gostava de concordar com alguns de vocês que, neste instante, estão a pensar que sou paranoica. Pois sim... venham viver com a criatura e logo descobrirão que todas essas histórias de "fantasia" que se vêm nos filmes têm a verdade como inspiração. A Glen Close em instinto fatal é baseada em factos bem reais. Alguém viveu aquele terror intensamente. 

A solução parece simples, não é? Sair daqui e pronto.

Aprendi que não é assim. A diferença entre a M. e a Gordazilla (casa anterior) é que esta última era uma profissional na arte de enganar, mentir e seduzir. A M. é aprendiz por comparação. E falha logo no começo, quando as pessoas a conhecem, porque transmite "más vibrações". Não consegue esconder quem realmente é por muito tempo. A Gordazilla conseguia por uma vida inteira. M. é uma narcisista muito obvia. Embora eu tenha demorado muito tempo a chegar a este diagnóstico. 

Prejudica-me a minha forma de ser. Pressinto o intuito de más intenções por vezes quase como se sente uma brisa, mas acredito que é erro meu. Quando algo mau acontece, ajo como se as coisas não fossem  feitas com maldade, preferindo não julgar sem dar mais oportunidades e tempo para conhecer as pessoas. Nunca aprendi a ripostar. Não sei fazê-lo adequadamente. Para cortar os males pela raiz. Isso me torna suscetível a este género de predador e sujeita a repetir estas experiências onde quer que vá. 

Quando desabafei com o rapaz cá de casa e lhe disse que estava a pensar mudar por não aguentar mais a perseguição constante da M. ele respondeu:

-"Não mudes. Se mudares sempre que encontrares alguém como ela estás sempre a mudar". 

Recordando instantaneamente a casa anterior, concluí que era a pura verdade. Existe sempre "alguém como ela" onde quer que se vá. Ele sabia isso. Outros também. Eu ainda não havia aceite essa realidade. 

Na casa anterior, nenhuma boa acção ou constante bom comportamento alterou esse desfecho inevitável. Minha pessoa foi atirada para a lama do fundo de um poço. Atingi um ponto que desconhecia na minha vida: duvidar da minha lucidez. Da percepção da verdade. Pessoas e acontecimentos que sabia terem existido, talvez tenham sido invenção da minha mente - esse género de sensação. Não desejo a ninguém. 

Na casa anterior a estas duas, todos tinham sérios problemas com o homem que já lá vivia há 15 anos. Também agiu como um canalha comigo e todos os restantes. Fez-me passar por terríveis momentos, sendo a constante perseguição e vigilância mais um caracter ditador de regras que o próprio não segue o traço em comum deste tipo de gente. 

Concluí por estas experiências, que existe sempre pelo menos um maluco em todo o sítio. Escuto as senhoras da limpeza dizerem que esta casa, que considero suja, não é "das piores" e fico aterrorizada com o que poderá existir por aí. 

Em Janeiro muda-se cá para casa uma nova inquilina, que conheceu a M. de vista, nesse "emprego" de duas semanas que ela arranjou pelo Natal. A M., à minha frente, "falou" com ela como se fossem conhecidas e íntimas. Uma atitude previsível, que eu antevi quando fui de férias de Natal. Fez questão, como faz sempre, de aparecer sempre que escuta duas pessoas a dialogar e interrompe as conversas.  É uma forma de impedir os outros de comunicarem entre si e controlar o que a rodeia. Não deixar que se criem laços e, com tempo, vai jogando um contra o outro. Não precisei sequer partilhar uma única história sobre a M. com a nova inquilina. Foi ela que  abordou-me para desabafar as coisas que a M. lhe disse logo nos dias da sua mudança - estava eu ausente. Quis dizer-me que ela não regula bem da cabeça e nunca vai mudar. Só não sabe se ela percebe que precisa de ajuda.
Claro que não. É narcisista. Está tudo bem com ela e os outros é que não são tão evoluídos e inteligentes quanto. Acho que nem existe ajuda para pessoas assim. 



quarta-feira, 15 de maio de 2019

Mais um livro lido e uma descoberta

De ontem para hoje acrescentei uma nova leitura na lista de livros. Sim, li uma história de 69 capítulos em 24h. 

Fiquei a imaginar o que me levou a ler este livro tão rapidamente e sem esforço já que a intenção quando ontem lhe peguei era passar apenas por uns instantes de leitura. Já o objectivo com que abri os anteriores que até eram menos espessos em número de páginas, foi fazer uma leitura aprazerosa de uma ponta à outra, no máximo em dois dias.

Os motivos porque uns conseguem ser lidos assim e outros não, desvendaram-se, acho eu, após ler este livro. 


É a linguagem usada e a maneira como as personagens se comportam. No anterior a linguagem era actual, muito palavrão, interjeição, descrições exaustivas sobre o que a personagem está a sentir além de contínuas cenas de flashback enfiadas entre momentos de acção. Não que este último não tenha o mesmo: palavrões aqui e ali, lembranças do passado, mas não de forma tão exaustiva ou vulgarizada. Estando contextualizado noutra época - não tão recente assim mas muito diferente dos dias de hoje, apraz-me mais a forma com que as pessoas interagiam, mostrando um pouco mais de apego a valores de educação que sociedade de então impunha.


Depois vem a entrega da história. Uma das formulas mais usadas atualmente para entregar uma história, é dividi-la por personagens e ir apresentando os "núcleos" numa salada de nomes que inicialmente dificulta diferenciar quem é quem. Do "jorge" passam para a "Edna", daqui para o "João" e uns e outros andam com outras pessoas, maridos esposas e amantes, todos se conhecem e a certa altura todos se reúnem. Não há uma personagem principal, todas são personagens centrais. A informação é dada aos poucos, a conta gotas. E o final? O fim termina sempre meio em aberto, sem mais desenvolvimentos. No que uns julgam ser a "apoteose".  Sem uma "espreitadela" para o futuro. Dando aquela "aquecida no coração" de que os nossos heróis viveram felizes para sempre, quem sabe? 


Quase sempre opto por ler crimes e mistérios, raramente pego em dramas românticos, embora goste quando são romances históricos mas despreze um pouco esta moda de "contar" os "podres" de figuras nobres do passado - principalmente se não há nada factual que justifique que a percepção das pessoas sobre alguém fique associada a uma obra de ficção. Adoro quando é pura ficção, com muita investigação, a figura existiu, o mito existiu, mas o autor tomou a liberdade de inventar em torno disso. Gosto quando sinto que a obra jorra criatividade e inteligência, associada com instrução e uma forma extraordinária de explicar passados remotos difíceis de imaginar, como se estivéssemos a viver naquele século, com aquelas pessoas. 


Encaixo estes últimos livros que li na categoria de romance dramático. O último é mais fiel à sua categoria e não recorre ao mistério incluído no próprio título, para apelar à curiosidade. Nada de "Segredos, mentiras, fantasmas". Contudo, também tem as suas revelações dramáticas, contadas à medida que a história progride. 


E vocês?
Sabem quais são as suas preferências de leitura?


domingo, 21 de outubro de 2018

O silêncio como sinal de... desculpa??



Neste episódio de uma investigação de homicídio com recurso à ciência forense, uma esposa é encontrada assassinada, enrolada num cobertor, à beira da estrada. O marido é, como sempre, suspeito. Mas não há provas. Ele saiu para o emprego e esteve a trabalhar, durante o periodo em que a esposa encontrava-se em casa, a descansar por se encontrar doente. 

Dias depois um colega da esposa sofre um acidente rodoviário fatal e é então que o marido revela à polícia que os dois estavam a ter um romance, provavelmente foi ele que a matou, matando-se de seguida. 



Este caso passou-se em 1978. Somente em 2002 voltou a tribunal, devido a novas provas trazidas a lume pela ciência forense. Os filhos do casal também testemunharam. A rapariga informou no tribunal que, antes da mãe ter sido assassinada, ela era sexualmente molestada pelo padastro. A mãe entrou num quarto e apanhou o acto. 

Agora quero que me expliquem PORQUÊ esta rapariga "só agora" é que se lembrou de contar que foi molestada pelo padastro. Se era molestada desde pequena, "porque é que não contou na hora"?? Porquê só 30 anos depois é que se "lembrou"??


Espero que entendam o ponto de vista.