Metereologia 24 h

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segunda-feira, 3 de julho de 2023

Suspeitas de uma mente instintiva

 

Mudei de chinelos de casa dois meses antes de ir duas semanas de férias. Deitei fora os anteriores, igualmente de borracha, mas que já tinham um buraco na sola. Tive-os por uns 10 anos, viajaram comigo para outros países, pisaram outros banheiros e, para mim, davam perfeitamente para o propósito de tomar duche e andar aqui por casa. 


Digo "aqui por casa" porque a minha situação de "casa" é diferente daqueles que a partilham com membros da família. Eu partilho uma com pessoas que não me são nada de sangue. E sendo assim, alguns hábitos e mesmo formas de estar, de ser, de agir em muito diferem umas das outras. 

Já tinha adquirido os novos chinelos uns dois anos antes e, inclusive, usei-os ocasionalmente, dentro do quarto. Porém, algo me deixava apreensiva em os usar pela casa. É que teria de os deixar do lado de fora, à porta do quarto. Vulneráveis. Confesso ter duas razões para não ter mudado de chinelos antes. A primeira razão: é mesmo da minha natureza usar algo até mesmo ao fim. Se estou satisfeita com a coisa, não sinto o ímpeto de me desfazer dela, ainda que tenha chegado a um estado gasto. 

O segundo motivo prende-se com o SABER com quem divido a casa. Em particular, a M. 

O instinto murmurou sempre dentro de mim para não colocar os chinelos novos no lugar dos gastos. Mas em Abril deu-me para desfazer-me de coisas sem grande utilidade e, dia 26, foi a vez destes chinelos.



Havia encontrado em muitas ocasiões, os meus sapatos fora do lugar, como que se chutados. Por vezes logo após os ter ajustado. Ora era isso constantemente, ou os encontrava molhados. Pelo menos eu acho que era só água... Numa ocasião foi algo grudento, que "colou" a base do meu pé no chinelo. Detestei isso. 

O meu quarto fica ao fundo do corredor. O WC é a última porta à direita.  Meus chinelos em nada atrapalha quem entra ou sai desse espaço. Porque, ao sair, só podem virar à esquerda e os chinelos estão à direita. Só quem entra no quarto é que se depara com os chinelos. Numa ocasião percebi o quanto nada do que ela faz é "circunstancial" e tudo é intencional. Como aliás, já suspeitava. 

Tinha acabado de descalçar os chinelos velhos, após sair do WC, e entrei no quarto. Tencionava sair novamente até à cozinha. Nesse curto espaço de tempo oiço de imediato a M. entrar no WC que eu tinha acabado de vagar e onde estive por apenas um minuto. Até isto não foi "circunstancial" - hoje sei. Escutei-a a usar a torneira profusamente, que nem uma doida. Depois saiu do WC e foi para o quarto. Quando abro a porta e vou para calçar os chinelos, estes estão molhados. 

Este vídeo data de sete dias após ter trocado os chinelos velhos por novos. E mostra como despertei com barulho e fui ao WC para encontrar meus chinelos acabados de ser molhados. 

Seria impossível que se tivessem molhado por "distração" ou "sem querer". Mesmo se a M. tivesse estado a "lavar" algo no lavatório do banheiro, os pingos de água nunca teriam atingido os chinelos -  a menos que a pessoa tivesse, intencionalmente, ao invés de virar para a esquerda, se posicionado à direita, onde só fica o meu quarto. 

Foi intencional. Um acto mesquinho, patético, infantil - que encaixa perfeitamente na personalidade da M. - uma narcisista. 

Quando percebi que ela espalhava "porcaria" por todo o lado da casa e estava a repetir o padrão que se observava na cozinha no corredor dos quartos, encontrei uma forma de impedi-lo ao colocar os meus sapatos mais usados ordenados em fila contra a parede. Aproveitei que ela achava "bem" espalhar os dela aos montes perto da porta dela e o rapaz também os deixava do lado de fora, perto do quarto dele. Dava-me ligitimidade para fazer o mesmo. Sabia que ela até ia desejar barafustar, porque qualquer espaço livre que vê quer tomar para si. Mas, nessa altura, não pode. Senti que, com essa decisão de ocupar o espaço livre com os meus sapatos, "salvei" a zona do corredor perto do WC de invasão de lixo. Estava a ser frequente ela ali deixar coisas, por dias (embalagens vazias, panos sujos, vassoura, rolos vazios de papel higiénico e bacias). 

Daí adiante os meus sapatos "misteriosamente" estavam sempre fora do lugar. Às vezes virados ao contrário, outras vezes sujos ou molhados. Os sapatos do rapaz, bem maiores que os meus e mais no caminho, porque ele nem os alinha totalmente contra a parede, ficavam misteriosamente intactos. O que revela uma acção intencional dirigida apenas aos meus. A M. também colocou o balde e a esfregona velha e porca a um canto desse corredor e impôs a sua permanência ali. Pegava na esfregona e passava no chão sujo. Depois, fazia com que a água suja e cheia de germes pingasse em todos os meus sapatos. Se é que, (ingenuidade) não era "pingar"... era mesmo passar a esfregona nos ditos.  

Os narcisistas agem assim: exibem atitudes mesquinhas, são vingativos de forma obsessiva e agem como crianças mimadas, fazem birras por tudo e por nada. Assim é a M.

Resumindo, troquei de chinelos quase dois meses antes de ir duas semanas de férias para Portugal. Usei-os todos os dias, pela casa, tomei vários duches com eles, deixei-os sempre à entrada da porta. Nada de diferente aconteceu. 

Fui então de férias, para a praia. Caminhei descalça pela areia, na arrebentação das ondas, na areia seca... por vezes calcei sandálias de borracha que havia comprado no ano anterior e que dão para usar dentro de água também. Em casa durante as férias, usei os mesmos chinelos de borracha que uso sempre quando estou naquela localidade. 

Meus pés até MELHORARAM. Por já não ficarem horas de pé enfiados nos sapatos de trabalho. Suavizaram as peles duras, melhoraram as feridas... estavam a voltar ao normal. Ao que um pé de um não-trabalhador-sempre-de-pé deve de ser. 

As férias acabam e regresso a casa. Calço os chinelos pela primeira vez para entrar no duche após chegar de viagem e começo a sentir ardor e comichão. Não faço muito caso mas a sensação é tão forte que vou espreitar e... tenho a pele toda seca exatamente na área de contacto do chinelo. 

De imediato, uma suspeita "brotou" na minha mente... mas, como sempre, mandei-a para o subconsciente. Só que ela ainda lá está... adormecida mas viva. Ora se usei estes mesmos chinelos todos os dias durante quase dois meses, sem problemas alguns, no regresso após uma ausência prolongada,  porquê ganho de imediato um misterioso problema de pele?

Nem sequer era queimadura. Porque não estava muito vermelho. Era apenas secura, com uma sensação de ardor e comichão. Como se alguém tivesse aplicado um produto qualquer no chinelo e isso tivesse criado uma reacção. 

Faz mais de um mês que isto aconteceu e ainda tenho os pés com essa marca


Acho que é permanente.

Não sei o que aconteceu nem do que se trata. Presumo ser uma bactéria. Dessas que não morrem. Minha mente, de imediato, por instinto, suspeitou que nada é uma "coincidência". Os chinelos ficaram vulneráveis

A M. já demonstrou ser capaz de coisas assim. Tenho um vídeo onde ela, quando eu estou de costas viradas, vendo um pratinho meu com talheres dentro, finge estar ocupada e vai com a mão e derruba para o chão um dos talheres. Depois finge não ter percebido e ainda pisa em cima. 

Infantil? SIM! 

Mas é exatamente com pessoas deste género que todo o cuidado é pouco. 

E como que para confirmar as minhas suspeitas, na mesma altura em que meus pés aparecem com esta estranha situação cutânea, a M. passou a não deixar os seus chinelos fora da porta. Quando sai de casa, os chinelos dela "desaparecem" do exterior. O que nunca aconteceu nestes quase três anos. Esta alteração comportamental como que confirmou as minhas suspeitas. Este nunca foi um hábito seu. Que o tenha criado agora, após eu suspeitar que contaminou os meus, para mim é como uma confirmação de que não estou a alucinar. É que este tipo de mudança comportamental corresponde ao padrão dos narcisistas: a REVERSÃO: eles agem como se fossem as vítimas dos seus próprios crimes. 

Cometem os crimes e fazem-se de vítimas. Quando suspeitei que ela estava a entrar no meu quarto durante as minhas ausências e coloquei o telemóvel a gravar quem entrasse (misteriosamente "desligou-se"), foi quando ela começou a trancar a sua porta à chave quando vai ao andar de baixo. Para mim, que o tenha começado a fazer dali a diante CONFIRMA que de facto invadiu o meu espaço.   

Mesmo sabendo destas coisas, temo que ainda não tenho precauções que cheguem.

A M. vive à custa de um empréstimo estudantil e de chulear pessoas. Mas ocasionalmente, arranja uma ocupação. Nunca dura muito. Geralmente arranja algo durante o Natal (durou duas semanas e acabou demitida pela sua "personalidade" e incompetência) e algo no verão. Portanto, apenas duas vezes ao ano! E nunca duram sequer três meses.

Recentemente ausenta-se pelas manhãs de terça e quarta-feira. Um bálsamo para mim! É pouco, mas é alguma coisa. Mesmo querendo arranjar um cargo de gerência (para o qual é a pessoa mais inapta que já conheci) é claro que vive num mundo só dela - porque não tem qualificações e, portanto, dificilmente vai obter o que pretende. Assim sendo, vê-se sem saída e regressa sempre ao que ela chama ser a sua profissão: "esteticista". Um rótulo que usa de forma enganadora, já que somente se dedica a fazer unhas. E quem faz unhas... tem de lidar, por vezes, com bactérias e fungos. Vai que ela "colectou" fungos de alguém e os deixou a "cozinhar" nos meus chinelos por duas semanas?

Gostava de concordar com alguns de vocês que, neste instante, estão a pensar que sou paranoica. Pois sim... venham viver com a criatura e logo descobrirão que todas essas histórias de "fantasia" que se vêm nos filmes têm a verdade como inspiração. A Glen Close em instinto fatal é baseada em factos bem reais. Alguém viveu aquele terror intensamente. 

A solução parece simples, não é? Sair daqui e pronto.

Aprendi que não é assim. A diferença entre a M. e a Gordazilla (casa anterior) é que esta última era uma profissional na arte de enganar, mentir e seduzir. A M. é aprendiz por comparação. E falha logo no começo, quando as pessoas a conhecem, porque transmite "más vibrações". Não consegue esconder quem realmente é por muito tempo. A Gordazilla conseguia por uma vida inteira. M. é uma narcisista muito obvia. Embora eu tenha demorado muito tempo a chegar a este diagnóstico. 

Prejudica-me a minha forma de ser. Pressinto o intuito de más intenções por vezes quase como se sente uma brisa, mas acredito que é erro meu. Quando algo mau acontece, ajo como se as coisas não fossem  feitas com maldade, preferindo não julgar sem dar mais oportunidades e tempo para conhecer as pessoas. Nunca aprendi a ripostar. Não sei fazê-lo adequadamente. Para cortar os males pela raiz. Isso me torna suscetível a este género de predador e sujeita a repetir estas experiências onde quer que vá. 

Quando desabafei com o rapaz cá de casa e lhe disse que estava a pensar mudar por não aguentar mais a perseguição constante da M. ele respondeu:

-"Não mudes. Se mudares sempre que encontrares alguém como ela estás sempre a mudar". 

Recordando instantaneamente a casa anterior, concluí que era a pura verdade. Existe sempre "alguém como ela" onde quer que se vá. Ele sabia isso. Outros também. Eu ainda não havia aceite essa realidade. 

Na casa anterior, nenhuma boa acção ou constante bom comportamento alterou esse desfecho inevitável. Minha pessoa foi atirada para a lama do fundo de um poço. Atingi um ponto que desconhecia na minha vida: duvidar da minha lucidez. Da percepção da verdade. Pessoas e acontecimentos que sabia terem existido, talvez tenham sido invenção da minha mente - esse género de sensação. Não desejo a ninguém. 

Na casa anterior a estas duas, todos tinham sérios problemas com o homem que já lá vivia há 15 anos. Também agiu como um canalha comigo e todos os restantes. Fez-me passar por terríveis momentos, sendo a constante perseguição e vigilância mais um caracter ditador de regras que o próprio não segue o traço em comum deste tipo de gente. 

Concluí por estas experiências, que existe sempre pelo menos um maluco em todo o sítio. Escuto as senhoras da limpeza dizerem que esta casa, que considero suja, não é "das piores" e fico aterrorizada com o que poderá existir por aí. 

Em Janeiro muda-se cá para casa uma nova inquilina, que conheceu a M. de vista, nesse "emprego" de duas semanas que ela arranjou pelo Natal. A M., à minha frente, "falou" com ela como se fossem conhecidas e íntimas. Uma atitude previsível, que eu antevi quando fui de férias de Natal. Fez questão, como faz sempre, de aparecer sempre que escuta duas pessoas a dialogar e interrompe as conversas.  É uma forma de impedir os outros de comunicarem entre si e controlar o que a rodeia. Não deixar que se criem laços e, com tempo, vai jogando um contra o outro. Não precisei sequer partilhar uma única história sobre a M. com a nova inquilina. Foi ela que  abordou-me para desabafar as coisas que a M. lhe disse logo nos dias da sua mudança - estava eu ausente. Quis dizer-me que ela não regula bem da cabeça e nunca vai mudar. Só não sabe se ela percebe que precisa de ajuda.
Claro que não. É narcisista. Está tudo bem com ela e os outros é que não são tão evoluídos e inteligentes quanto. Acho que nem existe ajuda para pessoas assim. 



domingo, 19 de março de 2023

 

Não vou publicar aqui, porque quando se partilha a mesma internet surge nos motores de pesquisa da google todos os endereços pesquisados. O meu blogue poderá ser encontrado por alguém aqui de casa. Traduzir hoje em dia é fácil e automático. Mas o vídeo não deixaria margem para dúvidas. 


Surge a M. - cujo nome verdadeiro nem começa por M (já agora). A seguir-me, como já venho a contar que faz. Acabo de entrar na cozinha para tirar a roupa da máquina e ela, ouvindo, segue-me. Começa logo a fazer um banzé. Nossa, tanto barulho! Sempre nas minhas costas. No canto da bancada deixei um pratinho com talheres de plástico. Para o lavar e arrumar assim que acabasse de tirar a roupa. Questão se segundos! Não o lavei dias antes, porque ela me segue. Ia para apanhar a roupa e depois descer e tratar da louça. Mas isso seriam duas viagens, demasiada exposição. Decidi não arriscar. Por isso levei os dois para baixo. Pus a roupa dentro de um saco e depois virei-me, apanhei o prato onde cuidadosamente coloquei os talheres certificando-me que não poderiam cair e fui os lavar. 

O que mostra o vídeo?


Bom, antes de mais uma informação: ando a filmar-me pela casa. Cada vez que saio do quarto. Não queria ter de o fazer, não aprecio ter de o fazer. Mas se não o fizer, não posso provar que estou a ser seguida. O que os vídeos têm revelado até a mim me surpreende. Sabia que ela me seguia e sentia seus olhares e energia negativa. Mas ver nos vídeos a sua linguagem corporal e os olhares como que punhais que me lança até causou os pêlos da minha amiga arrepiarem-se. 

Mostrei um vídeo a uma colega - nem sequer muito próxima, apenas falávamos e acabei por lhe mostrar. Ela ficou preocupada. Temeu pela minha segurança. Disse que não me queria alarmar mas, era melhor que eu não guardasse a minha comida na cozinha, porque ela parecia ser o tipo de pessoa que vai envenená-la. 

Não creio que fosse para tanto, embora já me tivesse ocorrido. Quero acreditar que não. Não a esse ponto. Mas hoje, o vídeo de hoje, também me surpreende. E quem faz aquilo faz mais. Não tem pudores. 

Antes da coisa azedar mais para o azedo, já evitava deixar a comida a cozinhar com ela por perto. Notei que ela sempre TOSSIA na direcção e perto do tacho que tinha ao lume, ou do tacho que tinha a esfriar à janela. Com tanto sítio e tempo para tossir, era logo, de boca aberta, na direcção do meu comer. Uma vez tinha um prato com comida em cima da bancada, ela chega e tosse em cima dele. 

SIM. Claro que sim! Claro que ela seria capaz. Que besteira achar que não... (ingenuidade). 

Bom, mas queria este post curto e singelo. 
O vídeo mostra ela a chegar e de imediato faz-me o gesto do dedo. Sim! Mostra-me o dedo do meio. Lança-mo com ódio no olhar. Não temos interacção alguma. Não a vejo há dias. (só a oiço e a sinto). Tenho estado sempre a trabalhar, que foi de onde tinha acabado de regressar. Fiz 9 horas de trabalho este domingo. 

Depois de me lançar o dedo do meio, repara no meu prato, deixado ali. Eu estou de costas, a tirar a roupa da máquina. O prato está à mercê dela. Faz um sorriso de troça, olha intensamente para mim, olha para o prato, certifica-se que eu não me vou virar e, como não a estou a ver e ali está algo que me pertence, sabem o que ela faz? Com um gesto rápido passa a mão nos talheres para os atirar para o chão! 

O que isto diz da psique da pessoa?

É maliciosa. Viu algo que me pertence "desprotegido" e atacou

Se encontrasse outra coisa? Se tivesse acesso ao meu prato com comida, o que faria? Cuspia para dentro? Punha veneno, como indicou a colega?

Depois de o atirar para o chão, ainda faz pior: coloca em cima um cartão e põe-se a pisá-lo. Fingindo estar a "espalmar" a embalagem. 

De costas, só oiço é barulho. Distingui bem o ruído do talher de plástico a cair. Acabo de enfiar a roupa no saco, viro-me para trás, ponho a roupa ensacada na bancada ao lado do prato, pego neste e nos talheres para os lavar. 

Ela muda de expressão facial, como se nada fosse, e continua a pisar o cartão. Novamente com as minhas costas viradas, ela lança-me olhares fulminantes, pega no cartão, espalma-o e continua com os seus olhares.  

Sim, ela seria capaz de muito mais e pior. Só encontrou foi talheres disponíveis. Tivesse encontrado outra coisa, roupa a secar, etc, nem sei. Também me ocorreu que não é sensato deixar a máquina de roupa a lavar com ela por perto. Ainda é capaz de ir ao WC com um copo, urinar para dentro e despejar o mijo na máquina, só para ter a satisfação de me saber a usar a roupa com o seu mijo. Provavelmente a minha louça lavada nem está segura ali na cozinha. Ela pode muito bem decidir enfiá-la na água sanitária. Ou cuspir na minha comida, caso tenha oportunidade. Ou estragá-la se a deixar preparada no frigorífico. Sim, ela faria isso. Nossa. Ainda me surpreendo com a minha ingenuidade.

 Pois se enquanto usei a gaveta do congelador do lado da porta onde ela tinha a dela, sempre deixou a porta aberta de modo a eu encontrar minha comida toda descongelada. Agora sei que não era por contínua distração. Ela tem pouco de distraída e muito de fingida. 

Quando o rapaz saiu desta casa, decidi mudar os congelados para a outra porta congeladora. Desde então nunca mais apanhei a porta do congelador aberta. Parece que "perdeu o hábito" agora que já não me pode afectar. Por isso é que acho que descubro que tudo o que ela fez até aqui e faz é e sempre foi com más intenções. Provavelmente nunca fez nada de outra forma.   

No instante em que ouvi o talher de plástico a cair no chão, soube que tinha sido ela ao chegar mas pensei que tinha sido ACIDENTALMENTE, como é uma bruta espaçosa e ruidosa que não respeita nada nem ninguém, devia estar ali a tomar o espaço todo para si. 

Mais ingenuidade minha. Ela só é assim porque quer incomodar os outros e os afastar dos espaços em comum.


Quando vi o vídeo percebi que os talheres, tal como disse, foram bem colocados dentro do prato para não tombarem acidentalmente por uma qualquer passagem. Ela pega num plástico (para não tocar com as próprias mãos) e usa-o para atirar uns talheres para o chão. Um cai.

Quando o ouvi cair no chão pensei: deixas-te-o cair agora é teu! 
Qualquer pessoa normal, se o tivesse deixado cair acidentalmente, teria pego, restituido ao lugar e pedido desculpa. 

Não posso ter nada meu por perto que ela não destrua em segundos. Não tenho nada cá fora na cozinha, pelas bancadas. Nada. Nunca tive. Nunca deixei sequer louça suja ou comida dentro de um tacho, em cima do fogão ou dentro do forno. Nem tenho coisas muito importantes nos armários. Não tenho azeite, ou vinagre nem nada que possa vir a ser adulterado para me prejudicar. Há uns anos pelo natal, fui buscar a nova garrafa de vinagre de 500ml que tinha comprado para temperar salada e encontrei-a VAZIA. Disse-lhe isso e ela, muito blazé, logo ela que suspeita de tudo e todos, responde-me que se calhar eu não percebi que a tinha usado. Ora, se era nova e vinagre não é água! Não se bebe meio-litro. Na altura o rapaz andava a roubar a minha comida. Mas nem por isso suspeitei só dele. A garrafa foi esvaziada propositadamente para me irritar e colocada novamente no lugar. Ninguém precisa de vinagre para beber. O rapaz era mais de tirar e consumir. Robou-me uma garrafa de vinho, pão, ovos. Coisas comestíveis e bebíveis. Para despejar uma garrafa de meio-litro de vinagre, só por maldade. Para uso sem ser tempero - e aqui no uk NINGUÉM usa vinagre para tempero - o outro uso só pode ser para limpeza. O rapaz não limpava nem uma colher. A forma como ela falou, fingindo-se desentendida, depois querendo me levar a pensar que estava equivocada, fez-me suspeitar que tinha sido ela, querendo deixar que as culpas recaíssem sobre o já identificado ladrão. 

Para se ter uma ideia, faz duas semanas que ela deixou duas travessas de vidro super imundas num canto da cozinha. Lavá-las? nem pensar. A empregada de limpeza, que aparece uma vez por semana, prefere cuidar da louça deixada suja a lavar a casa. Ficou que tempos a lavar a louça dos outros e nunca chega a aspirar o corredor ou a lavar o chão do WC de cima. Como resultado, estes ficam sujos. O corredor tem pedaços de lama que cai dos sapatos dos outros dois e o chão do WC... tem de tudo. 

A senhora tentou lavar as travessas da M. e tirou até muita da gordura. Mas desistiu de tirar toda. É impossível, aquilo de vidro só o nome, porque nem transparente é mais. O lava louças está entupido. E a gordura da comida da M. empregna-se em tudo o que ali toca. 


Enfim, é importante notar que não tenho recursos para me filmar, ou o ambiente. Bem que gostaria, porque a narrativa ia surpreender. Até a mim. A pesar de tudo o que sei, ainda me surpreendo. Espanto-me.

Passar por isto ajuda-me a desvendar como sou. Devo ser uma pessoa muito especial. Realmente devo ter algo que gera uma enorme aversão e inveja em pessoas egocêntricas e invejosas. 
Nunca escolhi as pessoas que me rodeiam. Deixo que venha quem vier. 

Essa é outra lição a aprender. Se calhar ser selectivo é necessário. Muito necessário. Não se pode acolher todos. Porque desses todos vêm o grupo dos invejosos que vão invejar a tua capacidade para gostar de todos quando eles não têm capacidade para gostar de UM. De início, vão querer ser teus amigos, fascinados por ti. Absorvendo a tua boa energia. Mas depois isso muda. 

sábado, 5 de agosto de 2017

Novidades Laborais - como rebuçado


O bully está de saída.

O motivo da sua saída ainda não está bem esclarecido. Mas, claro, tem tudo a ver com a quantidade de vezes que se meteu em sarilhos

E agora está um doce comigo. Mas ponham doce nisso. Está até enjoativo de tão doce.


Para terem uma ideia da mudança radical do indivíduo, este costumava dar-me encontrões e de imediato falava agressivamente: "sai-me daqui!". Agora, mal me roça, sai-se com um "desculpa". Também aproveita qualquer oportunidade para «ensinar-me» coisas... esquecendo que recusou-se a explicar-me seja o que fosse quando a ele recorri, no início da minha formação. Além disso os modos mudaram. Subitamente aprendeu a falar com jeitinho, o que não soube fazer durante 9 meses como «chefe». Mas não me engana. Pode vestir a pele de cordeiro que quiser, sei que é uma capa de faz-de-conta. Mal chega um stress ou outro e todo o seu verdadeiro ser volta ao de cima com facilidade. Por mais que disfarce.

Não entendo uma coisa e é aí que vocês podem ajudar a elucidar-me. 
Como é que uma pessoa pode ser tão malévola, mesquinha, má, perseguir-te o tempo todo, infernizar-te a existência durante 9h diárias para depois, porque se «deu mal» com outros, tentar ter-te nas suas boas-graças??


Alguém sabe explicar-me?


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Arre, que não aguento!


E como não tenho com quem desabafar, vou fazê-lo aqui.

A injustiça é algo que me altera o sistema nervoso. Aguento-a bem por um tempo, quando dirigida a mim. Mas quando esta se estende por longos períodos de tempo perturba-me bastante. Estou em ponto de ebulição.

Acabei de regressar da reunião mensal que a empresa faz com a equipa. Defendi uma colega que se identificou como sendo a apontada por um cliente numa crítica negativa. As críticas dos clientes são deixadas no site da empresa ou, o mais comum, deixadas no tripadvisor. E ela logo se identificou como a pessoa visada numa crítica negativa, mas que gostava de se explicar em privado. Eu, feita «parvinha», ainda a defendi, dizendo que a crítica não apontava nomes e que as críticas devem ser tomadas como parte de um todo da equipa. 

Pelo menos é o que eu acho. TRABALHAR como uma equipa significa que uns se ajudam aos outros e tudo é dividido e repartido entre todos. 

No final da reunião, esta «loura» -- como foi referida na crítica, começa a dizer que, se temos problemas com as pessoas, deviamos dizer-lhes na cara e não por detrás. Diz também que deviamos trabalhar todos em equipa e quando um termina o trabalho devia ajudar os restantes. Mas no finalzinho mesmo, ela diz que uma vez já tinha terminado o trabalho dela e a outra colega também (considerado mais demorado) e a «pessoa que estava a fazer o reposicionamento de stock» ainda não tinha terminado. 

Ora, nesse momento, eu soube que ela muito provavelmente estava a falar de mim. O que foi feito do «dizer as coisas na cara das pessoas?». Logo ali já não gostei da atitude. Ela ainda, para reforçar, pediu à outra colega que confirmasse que o facto de facto aconteceu. A outra acenou com a cabeça.

Eu saí daquela reunião tão perturbada!!
O final da mesma foi ela, aliada ao meu bully pessoal, a fazer insinuações sobre mim.
Até me disse que eu «desaparecia e não avisava ninguém quando ia ao WC», o que é uma mentira muito injusta. Só uma vez, já no final do meu trabalho todo feito, quando já não havia clientes e estavamos de portas fechadas, estava eu a ajudar os outros com as suas tarefas quando o bully chama uma colega à parte e manda-a vigiar o que eu estou a fazer - é que eu, para não estourar, e consciente de que não tinha ido ao WC o dia todo (por causa da presença dele) fui sem dizer nada. UMA ÚNICA VEZ!! Sempre me disseram ali que não é preciso pedir autorização e no final do turno, com tudo feito e ele ainda a me massacrar a cabeça... por amor de deus!

Fazem da excepção a regra e isso para mim é uma injustiça que não suporto. Mais ainda porque isso foi há 3 meses e ainda serve como desculpa... Quando todos os dias estou ali à espera que a clientela diminua para poder ir fazer xixi... Ou espero terminar todo o trabalho e ter tudo atinado para pedir autorização para ir fazer xixi...

Não sou criança para pedir, mas peço. Aviso. Trabalho em equipa. Sei que sim. E trabalho muito bem. Sempre pronta a ajudar os outros. Não os acuso de fazer um mau trabalho, não os persigo, não lhes aponto os erros - que por vezes até são frequentes. Pelo menos com estes que gostam de criticar os outros. São os que mais erros cometem.

Ainda há dois dias, o meu "bully" atendeu um cliente. Eu atendia os meus. Nisto reparo num senhor com ar perdido, à espera junto ao balcão e pergunto-lhe se quer pedir alguma coisa. Ele diz-me que já pediu, que estava à espera de um café e e um chá. Perguntei-lhe quem o atendeu... rezando para que não me indicasse o «chefe-bully». Mas ele indicou-me o chefe-bully.... Como rezei com os meus anjinhos que a coisa corresse bem...  Bem que tentei não ter de o abordar. Fui buscar os tickets que saem da máquina com os pedidos afetuados. Dos CINCO papéis que tinha na mão, que tinham um tempo de registo da última meia-hora, haviam capuccinos, lattes, cafés de filtro.... mas nenhum com chá e café. Ora, não sabia se o cliente havia pago ou não. Tive de falar com o Bully e muito educadamente, chamei-o pelo nome e disse:
-"Este senhor diz que pediu um café e um chá".
_"Ah! Desculpe senhor! Peço desculpa! E ninguém lhe serviu o chá? Peço imensas desculpas senhor!" - diz ele com ar de censura e crítica. Até faz aqueles sons de reprovação. 
Vira-se para mim e diz-me:
-"É suposto alguém estar aqui a servir os cafés e chás! Desculpe senhor..." - repete ele, não a pedir desculpas porque se esqueceu e cometeu um erro, mas a acusar-me a mim de ser responsável pelo mesmo!!

E é isto que ele faz, sempre. Erra muito. Mas os erros são dos outros. 
Eu fiquei marcada com o que aconteceu com ele. Por ele se recusar a me ouvir e nem me deixar falar, eu às tantas gritei. E isso aqui é muito mal visto. Ainda por cima ele é o meu superior e, apesar de incompetente e incapaz de suportar o peso do cargo, fica mal um subordinado não «respeitar» o superior. Partiram do pressuposto que as suas implicâncias eram «tentativas de ajuda mal interpretadas» por minha parte. Tentativas de ajudar. Mas eu posso garantir: o tipo nunca me prestou NENHUM tipo de de ajuda. Nunca me esclareceu um palito!

Ao contrário: quando lhe pedia ajuda mostrava má vontade, atrapalhação ou apenas me respondia (quando respondia): já devias saber isso! E não ajudava em nada.

Depois fiquei a saber que ele derrubou uns pratos e acusou a rapariga que os segurava de ser a responsável. Quando me foram avisar ao bar que a cozinha estava cheia de pratos para serem entregues nas mesas e ninguém os estava a levar, eu fui a correr ajudar. Ele chega e num tom chateado, já a meter as mãos à cabeça, diz:
-"Só eu é que levo os pratos!".
Eu pousei o prato que já tinha na mão e deixei tudo lá...

Ele que dê os próprios exemplos e espero que um dia alguém faça alguma coisa. Porque é impossível não repararem! Todos sabem, até os seus superiores. Ninguém faz nada. Assim não dá. Enquanto isso eu vivo os dias de trabalho com extra stress porque tenho de dividir metade com ele... E pelos vistos, com os seus "soldados"!

Não mereço.
Vou começar a procurar outra coisa que eu não vim para aqui trabalhar no duro, sabendo que faço um trabalho de qualidade, para ser tratada como lixo. 
 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Deu-se a erupção - tal e qual o vesúvio!


Já o vinha a sentir há muito tempo. Mas controlava-o. Porém, naquele instante senti-a subir por mim, atravessando-me o corpo direto à acção. Como se esta fosse lava e eu um vulcão que entrou em erupção.

O que aconteceu no meu corpo e o percorreu de baixo a cima foi um forte sentido de indignação diante de injustiças sobre as quais não pude mais me silenciar.


Eu venho a ser vítima de bulling no emprego.
Caraças para mim, e para a minha personalidade! Tenho tendência a aguentar este tipo de coisa e por isso a pessoa que gosta de praticar bulling cedo percebe que aqui tem terreno fértil e pode abusar.


Já não é a primeira vez que sofro disso no emprego. Acho que todos nós acabamos por nos sentir assim, pelo menos uma vez. No meu caso, o autor desses actos é um indivíduo de muito baixo nível, sem eira-nem-beira e por isso também nem lhe devia dar importância. Mas permiti que ele me maltratasse, daquela forma rasteira que os bullings gostam de usar. Primeiro desculpei-o: "era o stress! Alguma preocupação daquele dia...". Depois procurei convencer-me que, se mostrasse um trabalho bem feito, o indivíduo o reconheceria e deixaria de ser tão implicante.

ESTAVA REDONDAMENTE ENGANADA.
Como aliás, sempre tive.
Pois sempre achei o mesmo, sempre agi igual, e sempre me enganei.

Desde finais de Janeiro até hoje, tenho no emprego um «chefe», alguém com cargo superior que comanda a «equipa», que tem vindo a maltratar-me de todas as formas que consegue - sendo especialmente cruel nas indiretas. Sim, porque um confronto direto e claro não é hábito de quem pratica bulling. É preciso perceber que um praticante de bulling é, na sua essência, um cobarde que não gosta de si mesmo. É um infeliz. E por isso procura alguma satisfação na tortura psicológica de outros. E como não gosta do que vê no espelho, procura convencer-se que é o melhor, infalível, perfeito.

Pois aqui à uns dias ele voltou a fazer-me uma coisa que sempre teve o hábito de fazer: dirige-se a mim, a criticar o meu trabalho dizendo que eu causei um grave problema e vira as costas, dizendo que não me quer ouvir. Impedindo-me mesmo de me explicar, de abrir a boca! Acusa, acusa, acusa, aponta o dedo e tapa os ouvidos. Este tipo de postura, mais o nunca olhar nos olhos quando lhe dirijo a palavra, o não me responder claramente quando lhe coloco uma pergunta sobre o trabalho que precisa de resposta imediata, o responder por grunhidos e sons primários, como se fosse um homem do tempo das cavernas (sem querer insultar estes que, desconfio, eram dotados de maior inteligência do que se supõe e certamente muita mais que este indivíduo). Pois por ele agir assim, eu reagi - pela primeira vez. Respondi-lhe que ele vira-me sempre as costas e não me deixa falar. Sendo assim, eu também não o ia ouvir.

Ele refila, eu refilo, ele volta a chamar-me à parte mas EXIGE duas testemunhas. E chama duas amigas mais próximas (prejudicando assim o andamento do trabalho, porque deixou apenas uma outra a fazer o trabalho de três). Saímos do local público e vamos para o corredor. Eu continuo a andar e bato na porta da gerência, dizendo que ele quer falar comigo em particular mas com testemunhas e pelos vistos em também ia precisar delas.

Só a gerente é que me perguntou o que se passou. Ele, e as «testemunhas», só souberam tirar conclusões precipitadas. Tão preocupados que estavam em passar a ideia de que eu tinha cometido uma falha gravíssima. Ora, na minha perspectiva, uma EQUIPA trabalha em grupo e não de forma a querer apontar o dedo podre aos outros. Eu cometi um erro muito compreensível e nada grave. Mas ele estava a ser extrapolado para um nível de gravidade que eu considerei absurdo. Eu pedi desculpa ao cliente - que julguei que se tinha ido embora - afinal, o que ia embora era outro. E fiz o que me mandaram e o que somos instruídos a fazer. Mais nada. 

Um pequeno equívoco, sem consequências de maior - que o indivíduo estava a querer transformar numa avalanche com mortos e feridos. Não aguentei. Fui direta à porta da gerência... Quando me expliquei, pensei eu (mais uma vez estava errada), que o indivíduo tinha percebido o exagero dos seus atos, o erro da sua presunção, tinha percebido que é ERRADO não querer escutar uma pessoa - ainda mais sendo ELE o que chefia a equipa! Um chefe que não escuta nem estabelece contato visual, sem ser para mandar vir.... Não é lider. É só chefe. E dos muitos maus.

Passados dois dias - um dia que começou maravilhoso para mim, estava bem disposta, tive alguns desafios no trabalho que superei adequadamente e tudo estava a correr bem e tranquilamente. Subitamente o «chefe» aparece-me à frente acusando-me de errar novamente, um erro muito grave, correspondendo a 1, 2 e 3. E eu fiquei a escutar e a pensar: "1,2 e 3?? Mas eu não fiz nem o um, nem o dois, nem o três. Ou fiz?? Não, não fiz. Deixa-me cá expressar a minha dúvida". Abro a boca e só consigo dizer um A, da palavra ACHOSó. uma sílaba apenas. Ele corta-me a palavra para me repetir, mais uma vez, que escuso de falar, não quer escutar e vira as costas. Eu fico revoltada e vou novamente para a porta da gerência. Bato na porta - ninguém abre. Volto a entrar no sítio e escuto-o a dizer: "Temos um sério problema, um problema muito, muito grave". Aí eu lembrei de ir espreitar no computador quem é que tinha feito o 1,2,3. Enquanto procuro o ficheiro, escuto-o a dizer à restante equipa que a culpa é MINHA, que eu sou a responsável pelo grande, grave erro. Olhem, foi esse o gatilho. Foi nesse instante que me subiu uma revolta que peguei no papel impresso para lho mostrar e acabei por o «espetar» mesmo diante da cara e gritei:
-"Foi fulano X, não fulana XY"!

Ele fica a fazer-se de vítima. Mas eu não percebo que ele automaticamente assumiu essa postura. Ele encosta-se contra a parede, abre os olhos, a boca, faz-se de espantado (e talvez estivesse) e depois vai para a outra porta e eu vou atrás ou nem me lembro sinceramente. Só sei que lhe grito - faço questão de gritar para que se escute (e aqui foi o meu erro) que ele é um bully e que vou apresentar uma grande queixa contra ele. 

A coisa acabou por aí. Ou não... Porque enquanto eu aguardava a presença de um gerente, para expor o sucedido, ele andava pelo local de emprego a falar do sucedido, a fazer-se de vítima, a dizer que tinha os clientes do lado dele, a falar com todos os colegas... Sem se calar sobre o assunto, até a hora de fecho!! 



E eu estoica, muda, sem ter ninguém a mostrar um sinal remoto de estar do meu lado ou simplesmente se preocupar comigo. Só me descontrolei ali. Recupero a noção e a calma muito rapidamente. Acho que ter tido aquela explosão incontrolável é compreensível, estando a ser alvo do mais reles, baixo e estúpido bullyng que existe, desde finais de Janeiro. Quando escrevi este post aqui, datado de Março, já estava a chegar a um ponto de não aguentar mais.

Mas agora vai haver uma investigação - foram escutadas as testemunhas. A mim não me ouviram mais, a pesar de me terem dito que teria de prestar um depoimento e assinar em baixo. Vão ouvir as duas versões e o caso vai ser investigado. Aqui levam muito a sério este tipo de coisa! Mas só de forma processual. Porque o indivíduo é de apertar os botões com toda a gente. Até a um leigo é possível ver que é a pessoa errada para a função que desempenha. Além disso, ele também pratica outra coisa totalmente condenável por terras de sua majestade: arassment. Ele assedia a clientela feminina com piropos vulgares, com comentários tipo "comia-te toda". Mas como o gajo é português, faz os comentários em português. Quem já o conhece e não é tuga, sabe o que ele diz. Dá para entender na linguagem corporal. Uma vez um gerente até lhe disse que um dia ele ia entalar a língua de tanto a esticar para fora. Portanto, ELES SABEM. Mas nada fazem. Estão sempre à espera que aconteça algo mais sério para terem um pretexto para agir.

E vou ser eu o pretexto...

Não foi só dos foda-se caralho que eu me cansei. Era o bulling, o constante rosnar, gritar. O assédio às mulheres bonitas, os insultos às menos bonitas... O stress do indivíduo, a sua forma autoritária de ser. Um wanna be nazi salazarista! 

E pronto. As novidades são estas.
O resultado disto tudo só o saberei daqui a uns dias. Posso ser demitida - embora ficasse algo desapontada se isso acontecesse diante do primeiro erro sem ter direito a segundas oportunidades. Até porque a reacção que tive foi muito contra-natura. Não tem nada a ver comigo. Foi mesmo a pressão constante, o mesquinhismo das implicâncias, as falsas acusações, o comportamento rude de me proibir de falar e virar-me as costas. O empenho do indivíduo em me fazer querer passar por incompetente, o andar a DIVIDIR a equipa, a tentar por uns contra os outros... Uma merda de «chefe». Nem para bosta fertilizante serve.

Agora deixem-me tentar descansar uma hora... São um quarto para as duas e às 3 da manhã já vou estar a sair de casa em direcção ao emprego.

Só espero que esta falta de sono não prejudique o meu raciocínio e capacidade de argumentação. Devo precisar dela nos próximos dias.

PS: Preciso acrescentar um grave, sérissimo, grande detalhe: Depois de expor toda a situação e de ficar uns minutos a me acalmar (eu quis ir embora e dar o dia por terminado - só que aqui eles não são muito disso) e após ter entregado o recibo impresso que indicava o autor à gerente, voltei ao trabalho e optei por fazer uma cópia para mim. Tal como pressumi, aquela que fiz já tinha "desaparecido". Pois adivinhem o tamanho da minha surpresa quando desta segunda impressão o papel sai com o meu nome!! Como se tivesse sido eu a autora do dito. Não fui. Tinha a certeza absoluta disso. E então fui verificar todas as operações que eu fiz. Em nenhuma acusava o meu nome. Mas mandando imprimir aquela específica, estava agora a sair com O MEU NOME no papel. Quando antes, quando o imprimi, saiu com o nome da pessoa que realmente cometeu o "grande, grave, sérissimo erro" (que passou o dia todo a sorrir como se tivesse a fumar erva, pelo que vou deduzir que não foi chamado a atenção e nunca seria com a mesma agressividade com que eu fui, por um erro grave, sérissimo, grande - que não cometi). Portanto vou deduzir que ALGUÉM aldrabou os registos de forma a ser o meu nome a aparecer. E se isso vier a ser provado (logo na altura asseguraram-me que o computador registou que quem fez a coisa foi o outro) acho que muito me beneficia. Agora se disserem que foi um «erro de computador» para inocentar o outro, não vou gostar. Porque não foi. Quando imprimi - depois das acusações que me foram feitas - saiu corretamente. E nunca vi tal coisa acontecer -  mudarem o nome do autor. Portanto vou deduzir que o individuo, medroso, para tentar tapar o seu erro, fez algo no sistema para ser o meu nome a aparecer, ao invés do outro. E se assim for, o seu mau carácter fica provado. Não fica??

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Outra vez não, obrigado.


Voltaram a pedir-me que ceda o número de telefone para utilizar um serviço online. Desta vez foi o Youtube. Na minha ingenuidade lá pensei que talvez, somente talvez, pudesse lá colocar uns vídeos. Já que vejo tantos, porque não contribuir? Mas aquilo é uma disfarçada ditadura. Deixou-me pensar que ia poder fazê-lo. Fez o upload até o fim. Deixou-se escrever e descrever o conteúdo, escolher a licença, o público, os comentários, etc, etc, preenchi todos aqueles formalismos. No final de uma espera alongada, surge uma mensagem a dizer que o vídeo (de 40m) é extenso e é preciso facultar um número de telefone para avançar. Depois, armado em falso democrata, o serviço dá duas opções: mensagem por telefone ou código por... telefone. Ou seja: sem telefone, nada feito! Não usas os serviços.

Porreiro... Já é a segunda vez quase consecutiva que estou a tentar usar serviços online que já usei no passado e me deparo com este muro intransponível. Sim, intransponível. Podem chamar-me de antiquada, chamarem o que quiserem mas número de telefone é uma coisa demasiado pessoal. Não entra assim na circuito da internet de graça. Podem tentar convencer-me do que quiserem, avisando que os dados são protegidos e que é apenas uma «medida de segurança». Lol. É mais é uma forma de sacar cada vez mais intimidade dos utilizadores. Como se registar cada movimento que estes fazem, cada site visitado, cada palavra inserida, etc, não lhes bastasse. Querem também o nº de telefone. Pois tenho outras formas de contacto - o email. Que não chia, não toca, não dá sinal luminoso e não me chateia até eu me conectar com ele. É assim que prefiro. Nesta democracia liberal em que vivemos isso não é possível? Tudo bem. Deixo de usar os serviços.


Sim, podem crer. Levo o meu nº de telefone muito a sério

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Derradeira prova dos 9





Por estes dias vou descobrir o que realmente merece a pena.

A minha opção de vida é a primeira. Mas vivo em Portugal, um país onde tudo isso não é tão bem acolhido quanto uma boa mentira do tipo: "minha mãe tá doente", "meu filho foi para o hospital", "tive um furo no pneu do carro"... Mentiras, que dizem ser «brancas», às quais muitos recorrem para faltarem ou abandonarem de vez compromissos.

Tenho cá para mim que se sentir que vou ser descriminada, oscratizada, se me deixarem de falar ou responder a contactos, se escutar piadas vindas de pessoas cheias de telhados de vidro que ainda se vão sentir no direito de distribuir juízos de valor e opiniões recriminativas por uma decisão honesta que tomei, vou passar a recorrer à mentira!






quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Mário Soares


Mário Soares nunca teve papas na língua. Sempre disse o que tinha a dizer sem rodeios ou floreados.
Hoje em dia isso não é nada apreciado na sociedade. Não é só na política, onde todos são fingidos e cuidadosos, mas na sociedade em geral. A hipocrisia é valorizada quando comparada ao genuino, se apresentar o que as pessoas desejam ver, ouvir e sentir.


Bom, estou no momento a ver na RTP Memória aquele que deverá ter sido um debate televisivo mítico, entre os políticos Mário Soares e Álvaro Cunhal. Conheço pouco destes «tempos», pois não era nascida. O debate entre o então líder socialista e o secretário-geral do PCP ocorreu a 6 de novembro de 1975! E admirem-se lá: tem quase 4 horas de duração!

E no entanto, mal o sintonizei, já não me apetecia mudar de canal. Vejo melhor um debate destes do que perco alguns segundos a ver debates coloridos e em belos cenários, com guiões mentais e normas visuais, como aquele que se deu há semanas entre os então candidatos à Assembleia da República.

Este post tem como finalidade abordar algumas questões para além da qualidade e interesse dos debates políticos de há 40 anos e os de agora. Quero também falar do que mudou na sociedade e da forma como esta encara uma mesma pessoa (Mário Soares e Álvaro Cunhal).


Em 40 anos não me parece que o Mário Soares alguma vez tenha mudado a forma de ser ou de se expressar. Tem sido fiel a si mesmo, sem mudar conforme as conveniências (o que julgo ser uma qualidade, em princípio). No entanto, em 40 anos, mudou numa coisa: envelheceu.


E por ter envelhecido, leio comentários deixados no facebook aquando o homem visitou um amigo na cadeia que são verdadeiros crimes. Apelidam-no de "velho caquético" para pior. Não usam o seu nome para lhe fazer referência, nem a função que desempenhou, preferem apelidá-lo de "débil mental". Fazem montagens difamatórias em photoshop, como aquela do seu rosto num obeso porco, chamam-no de "múmia", "jurássico" e desejam que morra.

Com isto magoam todos os que rodeiam a figura e lhe querem bem, como a família, a respeitada esposa, filhos e netos. Esta falta de educação e respeito social sempre me deixou em estado de aflição. Esta vontade de maldizer as figuras públicas já de si é pavorosa. Mas esperar que uma pessoa chegue à terceira idade e apareça fisicamente debilitado para o achincalhar é de gentinha que não vale nada. Atacar uma pessoa só e exclusivamente porque ela é VELHA. Como se as pessoas envelhecessem por desleixo e tal «doença» não estivesse aqui a prometer chegar a todos nós. Até parece que ser-se velho e ser-se figura pública, dá legitimidade ao povo para praticar um achincalhamento deste calibre. E se o "velho" decidir não ficar parado, continuar a ter uma opinião, pronto: então sofrerá ataques sem dó ou piedade. Uma prática de bulling que não é ainda apontada, mas existe.


E o pior é que as pessoas que cometem estas atrocidades não têm noção alguma do que estão a fazer. Pensam que "não tem mal", passam este tipo de má formação aos filhos e assim se cria uma sociedade doente nos alicerces. E depois estas mesmas pessoas admiram-se que a sociedade priveligie a beleza e a juventude. Ou não respeite os idosos. Esta gente que pratica bulling cibernético por uma pessoa ser idosa esquece que o destino pode reservar-lhe algo parecido. Não tem lógica o homem não morrer jovem e por isso ser achincalhado!


Álvaro Cunhal, o outro protagonista neste debate que ainda estou a ouvir, não me parece estar a ter um tão bom desempenho retórico. Algumas coisas que diz não me parecem ter recebido grande simpatia. Conheço pouco da história de Álvaro Cunhal, que faleceu há 10 anos. Mas sei que foi uma "figura". Já cheguei à idade adulta ouvindo referências muito respeitosas a seu respeito. Ficou na história da política do país e foi classificado como uma figura MÍTICA do panorama político, em particular pelo partido comunista. Dele só soube que era uma "grande figura", respeitada e colocada num patamar superior. Do pouco que o vi na TV quando ainda estava vivo, falava com poucas palavras - o oposto do que estou a ouvir agora. Mantinha-se um pouco «à parte» das confusões, mas era "hateado" como uma bandeira partidária. O que só contribuiu para que mantivesse uma áurea de mistério e de miticismo. Morreu, em 2005, com 91 anos.

Que sorte teve ele, em ter nascido mais cedo e ter morrido com mais idade do que aquela que o Mário Soares tem hoje! Porque faleceu numa altura em que o achincalhamento social não tinha ainda ganho tanta projecção. O facebook tinha sido FUNDADO a 4 de Fevereiro de 2004 e Álvaro Cunhal faleceu a 13 de Junho de 2005. Não viveu na época da internet "mais veloz", dos plasmas, tablets e dos telemóveis 3G. E com isso, não teve «tempo» para envelhecer diante dos olhos do Grande Público que tem um teclado debaixo dos dedos e que certamente o iria achincalhar por ser uma pessoa que envelheceu e "ousa" emitir opiniões.

Sabem uma coisa? Sempre me perguntei porque é que pessoas que trabalharam com grandes nomes das artes e ainda estão vivas, porquê não veem elas a público contar um pouco aquilo que viveram? Na primeira pessoa, contar como era a vida «naquele tempo», na década de 40, 50... Quem eram, de facto, as pessoas de quem hoje só conhecemos uma «imagem» ou uma «reputação que prevalece» como oficial.

Noutro dia vi na RTP um filme com uma interpretação espetacular, sublime do ator Anthony Hopkins.  Nunca antes tinha visto alguém imitar tão na perfeição e com aparente falta de esforço a figura que foi Alfred Hitchcock (cujas séries televisivas que apresentava tive o prazer de ver em criança). Hopkins conseguiu reproduzir na perfeição os maneirismos, o tom da voz (dificílimo), a forma de pronunciar as palavras e até fisicamente a figura que foi Hitchcook.

Contudo, fica a dúvida: quem foi realmente Alfred Hitchcock? O que separa a realidade do mito? A sua reputação de diretor implacável, torturoso e obcecado pelas suas atrizes principais, têm mesmo razão de ser? Até que ponto? 

Ninguém está vivo para contar, certo? Errado! Há sempre alguém que ainda é vivo... Mas não o será por muito mais tempo. E estes casos têm se repetido no que respeita a pessoas que conheceram figuras míticas das artes ou da sociedade em geral. Pensamos que já não "sobrou ninguém" porque são todos falecidos, mas tal não é verdade. Então, porque não falam? 


Pesquisei pelo nome da atriz que Hitchcock pretendia contratar para interpretar a protagonista do filme Psico: Vera Miles. Como a atriz engravidou, ele a dispensou e dizem que passou a tratá-la muito mal. Queria transformá-la na sua estrela pessoal. E ela, afinal, tinha marido e relembrou-o disso ao aparecer grávida (do segundo filho e esposo!). Vera é viva. E recusa-se a falar da sua vida naquele tempo. Dizem que a celebridade nunca foi o seu objectivo. Sempre quis ser uma atriz respeitada e não uma estrela. Mas ela não é a única ex-atriz coquete de Hitchchock que vive. Eva Marie Saint, que interpretou a protagonista do filme Intriga Internacional também cá está. Bolas! Até Olivia De Havilland (99 anos) que em 1939 interpretou Melanie em "E Tudo o Vento Levou" está viva! E estes são apenas três exemplos de grandes mulheres que um dia maravilharam multidões no grande ecrã, que ainda respiram e têm memórias. Contudo, são pacatas e  viveram as últimas décadas praticamente como reclusas.


Da forma como a sociedade está, agora entendo porquê. Estão muito velhas e a sociedade prefere recordar a beleza de uma mulher jovem a ver uma idosa sem dentes ou cabelo. Ainda que se mantenha uma sociedade deslumbrada por tudo o que tenha sido sucesso e seja vintage (não velho, atenção!), a sociedade também anda muito cruel. Uma Brigitte Bardot jovem é idolatrada, mas uma idosa é ridicularizada por estar velha e não ser atraente e pela sua preocupação imensa para com os animais domésticos ou, simplesmente, permanece recordada parada no tempo, como uma eterna sex symbol. 

Bom, me desculpe quem tenha lido TUDO ISTO  porque é muito texto, mas apeteceu-me abordar todos estes temas com base neste «estímulo» do debate televisivo de há 40 anos. Podem ser muitas palavras, mas acho que têm fundamento. 

Álvaro Cunhal faleceu com 91 anos e sua imagem foi respeitada. Mário Soares pode até sofrer o mesmo destino e vir a falecer com a mesma idade (faltam meses para chegar aos 91). Mas já não terá a sorte de ter vivido numa época em que as redes sociais mal existiam. E por isso tem sentido na pele o que é existir uma nova forma de se ser insultado. Como político e ex-perseguido deve ter criado uma carapaça bem dura a respeito de ofensas verbais. Mas as redes sociais facilitaram bastante as mesmas e as espalham de uma forma muito cruel e com uma rapidez assustadora. Um veículo excelente para mentiras e propaganda. 

sábado, 14 de março de 2015

A Tirania do Facebook (e o like)



Eu não sei quanto a vocês, mas ao lidar com gente mais nova (nos 20...), tenho percebido que a linguagem com que se expressam no Facebook é diferente. 

Ou melhor: a interpretação, a conotação e a intenção por detrás de cada gesto é, francamente, muitas vezes agressivo e o que é pior: sem necessidade. Sarcasmo, ironia, má língua... e descriminação. Tudo corre por ali, com naturalidade, sem pudor ou culpa.

No facebook faço parte de uma coisa que até há bem pouco tempo nem sabia que existia: um grupo «secreto». Ser secreto significa apenas que os restantes utilizadores não o vêm, mas de resto funciona como uma página normal. A primeira coisa que vi acontecer, que me surpreendeu e moralmente reprovei, foi a criação de um outro grupo, para se proceder à inclusão de novos elementos não tão «desejados», criado supostamente para parecer ser o "primeiro", 

Na vida real, fora do online, não se podem excluir pessoas assim, com esta facilidade. Essas más práticas, contudo, já podem ser praticadas no mundo virtual.  

Claro que logo me ocorreu que de seguida iriam criar um terceiro grupo. Para serem ainda mais mordazes e deixar de fora as pessoas que entretanto já haviam aceite no primeiro e pretendiam excluir. Foi o que fizeram, O que se diz por lá, só posso imaginar pelo pouco que deixaram antever no original... Coisa boa não é. Destila-se veneno como quem faz férias nas Bahamas. (mas os maus são os outros). Fazem-se julgamentos precipitados, ditam-se sentenças, influencia-se as opiniões alheias com tanta má vontade.

O FACEBOOK é, só por este exemplo, uma ferramenta social que permite com excesso de facilitismo a descriminação e o bulling. 

E tem ainda uma ferramenta adicional para isso: o botão LIKE.

Meter likes (gosto) em comentários depreciativos revela muito sobre a forma de pensar das pessoas. Pode, inclusive, revelar o que elas pensam realmente de ti e que não transparece no convívio diário.

Verifico neste curto espaço de tempo em que tenho interagido com um grupo de pessoas mais novas que a linguagem que utilizam é geralmente agressiva. Depressa respondem a comentários do género: "Isto está a ser uma seca". Deste pequeno desabafo podem desenvolver vários assuntos e aí deixar acima de 20 respostas.

Mas se a seguir alguém colocar: "O bolo não é para cozer aos 180º?". A pergunta fica sem resposta. Por tempos e tempos, até que uma alma simpática decida "quebrar" a estranheza. Se decidir... A maioria leu a pergunta. O facebook é «cruel» a esse ponto: avisa-nos quantas e quais as pessoas que leram a mensagem. Por isso sabes quem viu e ignorou. E quem não viu e, por isso, nem ignorou nem deixou de ignorar. 


Verifiquei também que ao colocar informação pertinente, poucos são os que se dão ao trabalho de expressar que a viram. Exemplo: "Deixo aqui o programa que foi transmitido, para que todos possam trabalhar através destes dados". Comentários? Quase nada. Só mesmo um ou outro das melhores alminhas que por ali andarem. Mas se de seguida aparecer alguém e postar: "Isto aqui é muita fixe e eu sou a maior!". As reações não tardam a surgir e são do género: "Linda!!! Maravilhosa! (corações e outros simbolozitos), Amute mto! K krida!! Kriduxa! És a maior! lol!" - e por aí fora.

É o tipo de comentário que que não acrescenta nada a coisa alguma. Num post sobre nada... (será isto reflexo de se ter amadurecido no tempo dos reallity shows?).

Mas o que mais espécie me faz é a facilidade com que passam julgamentos e dão cabo da imagem de outra pessoa, de forma gratuita, desejadamente permanente e irredutível. Basta que sejam apenas dois... Esses dois vão mostrando a sua insatisfação com determinada pessoa, e continuam na deles... Acabará por aparecer um terceiro, meio convencido... e se algo acontece que possa ser distorcido, dá para perceber para que lado uma pessoa se inclina só pelo facto de colocar o «like».


Fiquei surpresa quando um comentário humoristico que fiz, que não era dirigido a ninguém, foi «atacado». Do que para mim veio do nada, uma coisa inocente foi atacada com ironia agressiva e sarcasmo. Vai que... começam a "chover" likes. Nessas reações agressivas. O facto me transtornou e quase que cedi ao impulso de comentar também agressivamente. 

"Não ando a distribuir carapuças pelo que se as enfiaram foi porque assim o desejaram". 

Mas optei por não responder nada. Pessoalmente (note-se a diferença), quando encontrei uma das pessoas e até foi ela que se lembrou da questão, acabei por lhe dizer o que senti. Não me deu resposta, mas disse que estava "tudo bem". O que é isso do tudo bem? Eu não fiquei bem... aliás, fiquei mal. Muito mal. E aposto que ainda hoje estou a ser alvo desse "tudo bem".

Subitamente entendi que existia um grupo cada vez maior de pessoas que iam gostar de me dificultar a vida... Que deviam ter interessantes conversas de má-língua pelas minhas costas. Sim, porque se as têm sobre outros à minha frente (agora nem tanto, adivinhem lá porquê), também as terão sobre mim. Ainda mais após este episódio que, para mim, foi gratuito e desnecessário.

O que é que se passa com as pessoas que já não recorrem a uma abordagem a pedir esclarecimentos e partem logo para a agressão? 

Não se incomodam em ser injustas. Isso não as afeta. Não pedem desculpas, isso não é necessário...

Que raio de moralidade é esta, cada vez mais vigente?


É o facebook. É este meio e outros como ele, é a COMUNICAÇÃO VIRTUAL.

Na comunicação virtual sai com muita facilidade tudo o que é frustração, raiva, maldade, má língua... Este fenómeno pode ler-se ao se ler alguns comentários em sites de notícias... Abrem-se grupos secretos nos quais acaba-se por falar mal de uns tantos, e depois é preciso abrir outro grupo secreto para continuar a falar mal desses tantos mais outros tantos que entretanto «transitaram» do grupo de possíveis desejáveis para indesejáveis.

Aprende-se sempre muito ao contactar outras pessoas. E tenho aprendido muito com os "mais novos". Nem todos os muito jovens agem como descrevi, felizmente. Existem uns tantos que ficam de fora na demonstração de tais comportamentos - e ainda bem. Mas são poucos e pouco expressivos. 

Provavelmente tem sido sempre assim. E será que isso significa que se contribui para que tudo fique ainda pior?




sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Recebi novidades sobre o meu anterior emprego


Trabalhei muito no meu anterior emprego. Agora as coisas por lá mudaram. E eu fico feliz. Feliz por assistir ao progresso e verificar que aparentemente o sucesso continua. Não faço nada o género de pessoa que sai e fica a desejar que agora tudo vá para o cano abaixo. Não. Eu esforcei-me muito e dediquei-me bastante para levar aquela empresa para a frente.

E não foi fácil. No meu segundo dia estava a escutar berros de um patrão que exigia de mim que lhe mostrei de forma organizada e eficiente uma metodologia, porquê a mesma não tinha sido feita semanas antes (sendo que eu estava ali à menos de 24h...). Acho que pelo absurdo de exigir o impossível só podia estar a testar-me. Não desisti e continuei. Fui um tanto hostilizada por alguns colegas e às tantas mesmo perseguida por um, o que me dificultou em muito a vida e o trabalho. Aos seis meses tinha atingindo um ponto de cansaço brutal, daqueles que causam exaustão e pedem por um pouco de descanso. Mas não o tive.

Nos anos seguintes o trabalho só fez foi ficar mais difícil, mais "mal feito" antes de chegar às minhas mãos, com decisões superiores nem sempre bem tomadas e o que era mais grave, não tomadas a tempo. Eram os mais "pequeninos" ali dentro que andavam a apagar todos os fogos. E o trabalho a precisar ser feito acabava por ter de ser refeito diversas vezes devido a erros e relapsos alheios e tudo em tempo record. Tinha tanta mas tanta coisa com que me ocupar e nenhuma dessas primeiras 25 coisas eram relacionadas com a minha função.

Não foi mesmo fácil. Mas depois de sair, sabendo que me ia afastar, consegui recuperar o meu centro. Em pouco mais de 15 dias apenas. E 15 dias depois já me apetecia regressar à rotina. Ela me fazia falta como a droga a um viciado. 15 dias apenas (não é pedir muito), era TUDO o que durante todos aqueles anos de trabalho me tinha faltado para poder zerar o cérebro. E nunca os tive. Se tivesse tido talvez me mantivesse mais tempo em funções. Mas da forma como estava não tinha nem mais estímulo nem desafio. Era sempre tudo a mesma coisa e era quase infrutífero os esforços. Nada ia melhorar, aliás, tudo estava a piorar, novas imposições na metodologia de trabalho (para poupar um dos empregados) iam desabar para o desastre e a vítima escolhida tinha sido eu, que me vi subitamente a ser "forçada" a ir executar parte do meu trabalho num local distante, sem condições mínimas e a arcar as despesas extra do meu bolso.

A simples constatação de que estava a "pagar para trabalhar" entristeceu-me. Isso aliado ao cansaço acumulado de anos, à ingratidão que sempre acontece neste meios e a uma certa desmotivação temporária causada também por pressão injustificada, levou a que procurasse outro rumo, a começar por colocar distância entre mim e o trabalho.

Mas fico contente por a vida lhes correr bem. Porque, tal como previ, para isso acontecer coisas bastante simples teriam de acontecer. Agora, caros leitores, o trabalho que eu fazia está a ser executado por TRÊS pessoas!

E isso só me dá valor.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Bullying na escola - morte no rio

O suicídio do menino de 12 anos no rio Tua devido ao bulling sofrido na escola tem muito que se lhe diga. Leando, que era o seu nome, devia ser o rosto icónico deste "cancro" nojento que se espalha por todo o lado na sociedade. O bulling que o vitimou, existe por toda a parte. E não são só as crianças que o sofrem ou o fazem. Infelismente, se alguém disesse a Leandro que, ao crescer, ao abandonar a escola e ao se tornar adulto, as coisas iam ser diferentes, estaria a mentir. O menino não aguentou. Não viu motivos para continuar a viver assim. Num impulso que é compreensível de entender dadas as circunstâncias, foi directo ao rio e escolheu a horrível morte por afogamento.


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Que não passe em vão. Que obrigue à reflexão, há mudança de comportamentos. Todos aqueles - crianças e adultos, que maltratam terceiros, deviam sentir que contribuiram para este desfexo. Quem se relacciona com os outros usando palavras que funcionam como punhais, e gestos "inocentes" que, na realidade são agressões, deve sentir-se muito mal com a morte deste menino. Porque, se estivessem lá, se fossem os colegas de escola de Leandro, seriam aqueles que o agrediram, não seria diferente. Portanto, VERGONHA! Vergonha a todos que praticam bulling! Criaturas infelizes, de mau carácter, que não têm a nobreza e a pureza de alma daqueles que, como Leandro, não tinham em si para ripostar.

Triste sociedade que, de tantas mudanças em prol da liberdade e respeito pelas diferenças, tornou-se permissiva. Jovens e crianças sem uma boa horientação educacional e adultos responsáveis e em posições de responsabilidade, que viram a cabeça para o lado, sem entender que crime é crime, não importa se é ou não cada vez mais comum...
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Esses colegas de escola de Leandro deviam ser chamados à atenção e carregar o caixão do menino até à campa, ainda que simbólicamente, ainda que não se encontre o seu corpo, para nunca mais esquecerem que as nossas acções têm consequências.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bulling - continuação 2

Quero pedir a todos aqueles que leram os meus desabafos sobre bulling no emprego que façam uma corrente de força de pensamento para que todos aqueles que agridem, atormentam, insultam, rebaixam e desprezam colegas que nunca lhes fizeram mal, venham a ter o que merecem.



Pela primeira vez em ano e meio sem reagir a provocações, insultos gratuitos e despropositados, ofensas, atitudes agressivas e de descriminação, diante de mais um insulto dito meio pelas costas e à distância, decidi ir a conversas com o tipinho.


.Não insultei, não ofendi, só expus o seu comportamento e pedi-lhe que demonstrasse respeito. Apenas isso. Não precisa gostar da minha pessoa, mas respeitar-me como ser humano, como colega, é obrigatório! Eu faço-o e nunca recebi de sua parte motivos para tal. É mesmo uma questão de carácter. Falta muito nele, existe muito em mim.


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Claro que não demonstrou qualquer sensibilidade. Ofendeu mais ainda, insultando a minha capacidade de trabalho, incapaz de admitir que age incorrectamente. Irá, continuamente, a ser o vermezinho de sempre... com voz dócil e tratos de "médico" (bom dia, como está? Então vamos lá tratar do seu problema...) - esse género.

Eu desejo bem às pessoas! Não entendo porquê tem de existir quem procure atormentá-las...
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Mas não quero ter o meu pensamento ocupado com isto por muito mais tempo. Escrever sobre ele, para quê, se não o merece? O que merece é que a vida dê voltas e acabe por pagar todo o mal que semeia... e já. Que isto de se pagar "um dia mais tarde" pode não ser justo.


Então, e por acreditar que conseguimos com a energia do bem clamar por bondade e justiça, peço a todos os que são pela paz e harmonia, que se concentrem numa única corrente de pensamento para que o bem traga tranquilidade para os nossos corações e aqueles que chocam com isso tenham o que merecem. Só assim têm hipóteses de regeneração.


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Sobre bulling:
http://um-pedaco-de-mim.blogspot.com/2009/04/bullyng-sera-que-estamos-sempre-seguros.html

Para reflectir:
http://contemporaneoeindiscreto.blogspot.com/2009/01/elevando-o-espirito.html

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Bullyng no emprego - continuação

Acordei com a imagem viva do que se passa no emprego. Sou vítima de bulling, practicamente desde que lá cheguei. Dois colegas (homens) começaram a ter uma atitude superior para comigo, dando-me ordens sem qualquer legitimidade para o fazer. Maldizendo o meu trabalho, sem qualquer razão para o fazer. Mandando-me refazer as coisas várias vezes, quando estiveram sempre bem feitas e não têm qualquer legitimidade para o fazer. Quanto mais eu fiz e sem refilar, mais estes me perseguiram. Sempre pensei que fossem daqueles comportamentos iniciais, que depois passavam. Daquelas parvoíces que algumas pessoas inseguras e insatisfeitas consigo mesmas sentem-se compelidas a tomar. Estão iradas e descontam nos outros. Eventualmente, aquilo passava-lhes - pensei. Mais ainda - pensei, diante da minha tranquilidade, o meu profissionalismo, a minha postura digna e honrada, de não os denunciar e não lhes retribuir na mesma moeda (com tantas hipóteses que tive para fazê-lo)!
Já se passou um ano e continuo, acerrimamente, a ser alvo de bulling.
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Hoje acordei com o "peso" de tudo isto em cima. Todas as situações vieram à minha cabeça. Revivi cada uma, percebi o perigo que estava a correr em armadilhas que me estão a tentar montar.
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A minha forma de ser e a minha dedicação a um trabalho bem feito tem dificultado a implicância de um dos agressores. Eles procuram incessantemente a coisa mais mínima para poder me enfraquecer e dar a impressão geral que não fiz o meu trabalho decentemente. Mas neste ano inteiro que passou, mesmo atolada em excesso de trabalho, com montes de pormenores que não podia esquecer de dar atenção, com coisas a cair no meu colo no último minuto, EU não falhei. Ao contrário: fiz um trabalho a merecer 3 medalhas de ouro e outra de platina (veio-me este "valor" à cabeça sem mais nem menos e percebi que está certo...).
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Ontem, segunda-feira, pela primeira vez, não estive a trabalhar da parte de manhã. Bem... ás 11.30 h já estava a trabalhar, pelo que, também não é justo dizer que não trabalhei da parte da manhã... não trabalhei das 9.00 às 11.30 - 2h30 apenas. Fui fazer um exame médico e tinha avisado toda a gente disso. Tendo indo trabalhar no Sábado e estando lá o tal colega que me maltrata, estranhei os seus modos mais "doces" que o habitual e estranhei também que a sua última pergunta tenha sido "Segunda-feira não vez, é isso?" - parecia que se preocupava com isso! Respondi-lhe que só da parte da manhã, que de tarde estaria lá.
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Neste periodo de tempo em que trabalho, não me ausentei do local de trabalho mais que 2 dias. Dias esses procedidos de muito trabalho, excesso de horas, muito bulling e pura exaustão, para que as coisas pudessem ficar prontas no limite do prazo. Ontem quando lá cheguei, a primeira coisa que este tipo me faz é chamar-me para apontar aquilo que julga ser um erro de minha parte. Logo de seguida critica-me por isso. Depois realça mais "erros" meus: não lhe deixei em cima da mesa uma lista que me ordenou que fizesse 15 minutos antes de se ter ido embora no Sábado, estando eu assoberbada de tarefas. "Pediu-a" em cima da hora, mas não para ele. Era para outra pessoa. E foi a essa pessoa que direccionei a dita, que deixei entre papéis na minha secretária. Depois acusou-me de ter feito a lista "muito mal feita", muito incompleta. Afinal, tinha a lista na mão! Foi á minha secretária e, sem autorização, mexeu nos meus papéis, no recado que tinha deixado para a colega, e extraiu de lá a lista, fazendo uma fotocópia para si! Que esmero, que profissionalismo, deixem-me dizer...
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Era para isto que queria confirmar o meu horário na segunda-feira... para se sentir "há vontade" para aprontar das suas.... que merda de ser humano! Ainda reparei, com espanto, um dos dossiers onde guardo as coisas, que são para minha consulta, estava mexido e tinham deixado um objecto no interior, a marcar uma página. Quando fui ver, era a página que remetia para o erro que me quis incutir assim que me pôs a vista em cima! Que verme!
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Quando uma pessoa se depara com alguém que não agride, não reage e não responde, o comportamento que assume diz muito sobre a sua essência. Este indivíduo revelou-se por inteiro para mim. Sei quem é. Não tem mistérios. Conheço-o melhor que todos. Sem máscaras, na essência. É um verme. A sua presença aqui na Terra resume-se a ser um F* da P* para os outros...
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Só uma coisa me deixa contente: não ser da família dele! Se aquilo fosse meu filho, eu morria de desgosto! Se fosse irmã dele, ficava triste. Um ano é tempo suficiente para saber que não há ali nada que se aproveite. Que tristeza, vir ao mundo para se ser um verme...
RIP: verme