segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Outra vez não, obrigado.


Voltaram a pedir-me que ceda o número de telefone para utilizar um serviço online. Desta vez foi o Youtube. Na minha ingenuidade lá pensei que talvez, somente talvez, pudesse lá colocar uns vídeos. Já que vejo tantos, porque não contribuir? Mas aquilo é uma disfarçada ditadura. Deixou-me pensar que ia poder fazê-lo. Fez o upload até o fim. Deixou-se escrever e descrever o conteúdo, escolher a licença, o público, os comentários, etc, etc, preenchi todos aqueles formalismos. No final de uma espera alongada, surge uma mensagem a dizer que o vídeo (de 40m) é extenso e é preciso facultar um número de telefone para avançar. Depois, armado em falso democrata, o serviço dá duas opções: mensagem por telefone ou código por... telefone. Ou seja: sem telefone, nada feito! Não usas os serviços.

Porreiro... Já é a segunda vez quase consecutiva que estou a tentar usar serviços online que já usei no passado e me deparo com este muro intransponível. Sim, intransponível. Podem chamar-me de antiquada, chamarem o que quiserem mas número de telefone é uma coisa demasiado pessoal. Não entra assim na circuito da internet de graça. Podem tentar convencer-me do que quiserem, avisando que os dados são protegidos e que é apenas uma «medida de segurança». Lol. É mais é uma forma de sacar cada vez mais intimidade dos utilizadores. Como se registar cada movimento que estes fazem, cada site visitado, cada palavra inserida, etc, não lhes bastasse. Querem também o nº de telefone. Pois tenho outras formas de contacto - o email. Que não chia, não toca, não dá sinal luminoso e não me chateia até eu me conectar com ele. É assim que prefiro. Nesta democracia liberal em que vivemos isso não é possível? Tudo bem. Deixo de usar os serviços.


Sim, podem crer. Levo o meu nº de telefone muito a sério

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