domingo, 28 de fevereiro de 2016

It's Alive! - Uma piada para alegrar o dia

O smartphone ressuscitou» do mundo dos mortos. A minha reacção foi um pouco como esta.


Tem uma dona não tão «smart».
Que não entendeu que afinal... era bateria exausta. 

E o que é que ganhei com a experiência?
Descobri que posso passar sem ele.

Ainda nem sequer o coloquei a trabalhar...
Mas já está carregado!
BOM DOMINGO!!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Perfis Falsos no Facebook

Ia começar a ler as notícias online quando deparei com isto aqui.

Chamou-me a atenção o comentário. Porquê haveria uma pessoa de escrever sobre política numa notícia sobre o tempo? Depois olhei para a «pessoa». E entendi: é um perfil falso. 

Para confirmar, fui consultá-lo. Tal como imaginei: está em branco. Não tem nada a não ser textos propagandistas repetidamente replicados, que tiveram início às 15.46h do dia 31 de Janeiro - provavelmente o dia em que alguém se fazendo passar por uma Rute Fernandes decidiu criar o perfil.

Quando vejo uma coisa destas e quando noto que o autor tem um «alvo» em particular como uma figura do governo, imagino que se trata de um rival raivoso que encontra na cobardia do teclado mais uma forma de destabilizar o adversário. E assim se gera a contra-informação. Não existindo já muita informação que se preze, ajudam a aumentar intrigas e a espalhar ódios. Mas adiante... 

PERFIS FALSOS NO FACEBOOK... 
Qual é a vossa opinião?

Apesar do que escrevi acima, sou a favor de perfis falsos. Mas atenção! O que quero dizer é que sou a favor de uma identidade salvaguardada, de um pseudónimo. Não de um perfil como o de cima, que me repulsa e o meu impulso é fazer uma denúncia. Ou seja, o que defendo é: eu, portuguesinha, tenha à escolha no facebook a opção de usar o meu nome verdadeiro OU NÃO. Como aliás se faz nos blogues. Não deixamos de ser quem somos e em nenhum momento nos fazemos passar por outra pessoa só por recorrermos a isso. 


Nós, os portuguesinhas do mundo do blogguer, as gatas de salto alto, os observadores etc... Somos se calhar mais fieis àquilo que somos do que provavelmente o são muitos dos perfis de facebook autênticos que se encontram identificados com nome real e muitas fotografias. Quantas e quantas vezes não observamos que tudo (ou quase tudo) o que por ali vai é distorcido? É uma realidade fabricada, uma distorção... afinal, são todos felizes no facebook, todos adoram as mães, têm os melhores filhos do mundo e nunca erram... Vi este dizer algures. 

Sabiam que não é ilegal usar outro nome no facebook? Li uma matéria que explica que se pode usar nomes falsos no facebook. O que é ilegal e punível por lei é apropriar-se da identidade de outra pessoa, fazendo-se passar por ela. 


Não me interpretem apenas por um lado. Também me agrada quem se assume como é. Gosto de honestidade, pronto. Venha ela sobre um pseudónimo ou não. Mas tendo a oportunidade de optar por um pseudónimo - oportunidade que alguns que já atingiram notoriedade não têm - essa seria sem dúvida a opção. Aqui gosto de ser portuguesinha. Dá-se segurança e gosto do anonimato. Mesmo se fosse conhecida do grande público- que não sou, ia preferir sê-lo por pseudónimo. Assumo aquilo que digo, sou fiel à minha identidade e jamais pretendo agir com malícia por detrás de um nome de pseudónimo. O psedónimo é apenas um resguardo de privacidade e/ou um lado do que somos de verdade. Acho que Fernando Pessoa faz todo o sentido como Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Bernardo Soares e quantos outros mais heterónimos lhe apetecesse ser. Não deixava de ser um só - ele mesmo. 

Agora o perfil mentiroso acima, criado só para destilar fel.. blhac! Dispenso. 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Diz-me o chão que pisas...

Quando vi isto senti um aperto no peito. 

Novo piso em Alcântara, Lisboa
Trata-se do novo piso que em Lisboa vai reformar as belas pedras da calçada. 
Cimento e pedras de lioz.

Entendo que passa-se a caminhar melhor em piso de cimento que em calçada de pedra calcária e de granito.  Mas... Não deixo de sentir um forte pesar. 

Não em particular por este piso nesta localização: uma artéria pedonal muito movimentada numa rua em Alcântara. Mas porque andam a dizer que pretendem fazê-lo em quase toda a cidade. Excepção para «zonas turísticas» com calçada artística.

Lol. A meu ver toda a calçada é bonita. Não precisa de ter uma figura geométrica para ser arte. Tanto é arte com como sem desenhos.

A zona onde sempre morei está cheia dessas pedras, em nenhum lado com desenhos. Mas se as substituírem a todas acho que fazem mal. A zona é residencial, não é turística nem tão pouco uma «artéria» da cidade. É apenas  um bairro «pacato», uma espécie de aldeia... 

Há locais onde faz sentido, outros não.
Não concordo que a escolha deva dividir-se entre "locais turísticos e não turísticos".
Se assim for deixa de existir calçada portuguesa para ser usufruída pelos que cá moram. Passa a ser um «museu», só possível de observar para quem se misturar com os autocarros de turistas de máquina fotográfica na mão e se acotovelar para vislumbrar uma réstia do que antes era arte por toda a cidade. 



A calçada é também um tesouro que está nos nossos pés. Pedra é matéria prima de muito valor. Então em grandes quantidades, deve valer ouro. Na minha zona iniciaram obras numa pequena área e removeram da via três camiões cheios de pedras. Agora imagine-se levantar toda a pedra da cidade! Ninguém quer saber para onde ela vai parar? Onde a depositam? Devem é exportá-la para fora, como por exemplo, para a China. Vendida a outros para que esses ricos possam recriar lá longe uma cópia deslavada de uma arte retirada aos pobres.  


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Com a corda no pescoço


Quando uma pessoa anda à procura de emprego em sites próprios na internet, dá vontade de pendurar uma corda num lugar bem alto, dar um laço na ponta e aí permanecer pendurada pelo pescoço.

Os sites aludem-nos com possibilidades que parecem ilimitadas: "A crise está no fim, Portugal está a recuperar" - dizem. "Mais de 500 vagas". "Mais de 100". Uma pessoa enche-se de esperança e faz o que eles pedem: Introduz os seus dados pessoais e regista-se em mais um site, para então lhe ser possível abrir o link dos apetitosos anúncios. 

E para quê? Para verificar que as mais de "500 vagas" e todos os nomes de empresas de prestígio que usam como chamariz não estão a contratar coisa alguma. Têm duas ou três vagas para cargos específicos - gestores e especialistas em marketing. E contratam na Holanda, no UK, na Cochichina... onde for, mas nem sempre em Portugal. 

Ora, isto é gozar com as pessoas. Pior: é desumano. 
Perdeu-se o sentido do que é isso de ter respeito e dignidade por quem procura emprego. Não sei o que sites de emprego ganham por simplesmente existir, mas deve ser algo muito torpe para cada vez haverem mais. Não param de crescer. Sempre com «ofertas» maravilhosas, repletas de vagas às centenas... Mas depois? Não tem nada. 

Outra coisa muito prejudicial que só agora percebi é o facto de ser cada vez mais comum NÃO MAIS se anunciar por FUNÇÃO. Quem procura encontra "Empresa XX tem 100 vagas por preencher", "Grupo Y tem 500 vagas" e uma pessoa enche-se de esperança mas nem sabe que raio de oferta é, para assim perceber se tem cacife para se candidatar ou não.

Não dizem porque já não interessa. As pessoas são números, são peças suplentes, não interessa então anunciar as funções, basta dizer o nome da empresa e deixar que os peixinhos todos, as raias, os tubarões, os lagostins, as sardinhas e o lixo todo vá lá parar. 

O que querem é quantidade. Querem DADOS. Alimentam-se de CVS virtuais cheios de dados, cheios de nºs de telemóvel. 

Após umas horas a navegar por estes mares mortos, a vontade que tive foi mesmo ir buscar um corda e enforcar-me. Quando se sabe que não há futuro, fica difícil aguentar o presente.

Ei, mas não vos quero deprimir. Nem me deprimir. Procuro alegrar-me com coisas simples e deixar estes momentos de total descrédito passar... Mas a verdade é dura e é para ser dita, tal como ela é. 

Tenho feito alguns prints de OFERTAS DE EMPREGO e não me apetece tecer comentários. Ficam aqui uns, quem os vir que os comente se quiser porque eu, sinceramente, nem palavras me apetecem pronunciar. 

  


Se ao menos existisse um Centro de Emprego em Portugal!

Aquele que se intitula assim não o é. Não passa de uma anedota a alimentar miragens.
Bem que podia ser destituído.

Venderam tanta coisa de Portugal, porque não o auto-denominado IEFP?
Porque ninguém compraria algo que não existe! 


Curioso revisitar: post 2008 - O dia do Diploma

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Riqueza de pobre sofre bruxedo

Faz muitos anos que tenho telemóvel porém só no ano passado ganhei de presente um smartphone.


Meus amigos: eu costumava dizer que qualquer telemóvel me servia - e era verdade. Mas depois de conhecer um smartphone e de aprender a lidar com ele, passou a ser um objecto tão fácil e útil de ter! 


Fotos... uma coisa que no tempo dos rolos de filme tinha de me conter bastante para não desatar a fotografar tudo o que me apetecesse. Com um smartphone isso deixou de ser uma preocupação. Em uma semana apenas ganhava com facilidade 800 imagens armazenadas. Aos poucos fui descobrindo uma nova forma de teclar e descobri o movimento de passar o dedo no ecrã. Senti-me como uma mulher das cavernas a chegar perto da saída da gruta para quase cegar com a claridade. 

Pois aqui já disse que sempre me atraíram os gadjets, mas não foi por isso que tive acesso a muitos. Acabei mesmo por «ficar para trás» no que respeita a muita coisa do universo tecnológico. 

Nos imensos anos em que possui telemóvel, nunca foi um objecto que apreciasse por aí além. Diria mesmo que o dispensava totalmente, não fosse a sociedade de hoje recriminar tanto e estranhar ainda mais que alguém possa não desejar ter um. Mas um smartphone é um misto de computador com telefone. Ele filma, tira fotografias, grava som... Era mais para isso que me agradava que outra coisa.

Há umas semanas dei pelo meu pensamento a divagar no historial de telemóveis que já passaram pelas minhas mãos. Na realidade, nunca comprei um. Nunca desejei, juntei dinheiro e tinha porque tinha de ter «aquele modelo» àquele preço... Neste tempo todo, o que aconteceu foi que um aparelho ia sendo substituído por outro, quando finalmente o seu tempo de vida expirava. E esse outro não precisava ser novo - e nunca foi. Alguém na família, esses sim, compradores de telemóveis, sempre tinha um largado numa gaveta que acabava por ficar a meu uso. 

Então recordei faz pouco tempo, cada um desses momentos, cada um desses telemóveis, datando quando e como cada qual deixou de servir. Fiquei surpresa com a minha memória, achei piada ter recordado uma coisa à qual nunca dei importância e ser capaz de precisar no tempo quando se deu a mudança. Agora tinha o meu smartphone - de marca "branca", dos mais baratos, mas que eu costumava louvar aos céus as suas qualidades e não o desmerecia perante nenhum topo de gama de 800€. Era novo... ia durar muitos anos. E se dependesse de mim, podia durar mais de 10 que não precisava de nenhum outro.

Ontem fui consultar uma mensagem no smartphone e voltei a pousá-lo na secretária. Onde ficou o fim-de-semana inteiro. 24h depois fui buscá-lo porque é tão prático tirar uma fotografia ao invés de fazer uma lista e vai que quando o agarrei vi que estava desligado. Sem bateria não podia ter ficado, pois tinha o suficiente. E não houve forma de o ver voltar à vida. Montei, desmontei, certifiquei-me que tudo estava bem, tentei carregá-lo via USB no computador, depois diretamente na tomada... NADA.

Meu smartphone MORREU.
Um ano e um mês depois de me ter vindo parar às mãos... Sem que eu lhe tivesse feito porra nenhuma! Não caiu, não se molhou, estava sossegadinho, paradinho, protegido, em cima da secretária. Mas mesmo assim, morreu.

Ocorre-me que estou muito sujeita a mau olhado, caramba! Bastou recordar do historial  e concluir a satisfação que tinha por este smartphone para a alegria durar pouco tempo. UM ANO. Mas que raio de telemóvel dura apenas um ano??
Depois caiu a ficha...
Eles são feitos PARA durar pouco! De preferência um ano e um mês... que é o tempo de garantia que têm ao sair da fábrica. 
Um smartphone é também um computador. Dá para aceder à internet! E olhem que poder ver um filme num pequeníssimo monitor (que eu adoro) enquanto se aguarda a vez no posto médico é uma experiência boa e tranquilizante. O tempo não custa a passar e os níveis de ansiedade mantêm-se lá em baixo. (recomendadíssimo).

Mas como disse, é um computador com acesso à net. Quer isso dizer que tanto tu a utilizas, como outros podem se introduzir no teu smartphone. Podem consultar os teus dados privados - que sempre tens de introduzir para usar o aparelho - podem ver cada foto tua, cada vídeo, cada gravação. E por isso o smartphone pode ganhar vírus.

E se alguém contaminou o meu menino com uma maldade qualquer, hã?

Bom, ele morreu e lá tive de ir encontrar o encaixe de plástico descartável do pequeno cartão SIM para poder usá-lo no telemóvel anterior, que havia sido «deixado para trás» ainda com vida, graças ao presente novo. 

Até parece bruxedo. Bom, alegria de pobre dura mesmo pouco. Uma ano, pelos vistos, eheh.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

Portuguesinha, o que fazes neste Domingo?


Verifico o registo de facturas online.
É como reviver o ano inteiro: voltou a doer quando vi a factura do eletricista que veio mudar uma simples tomada. Voltei a achar que fui descaradamente roubada. A sensação é parecida a uma agressão. O mesmo sentimento se fez sentir ao ver o valor que o Banco retirou da conta no último dia do ano. Feliz 2016...! Vamos já aos seus bolsos já que está tão distraído. Isso chateou-me. Tinha providenciado para que não fossem mais removidas quantias de nenhuma espécie da conta, no pretexto de serem "despesas de manutenção". Mas um Banco não resiste em inventar razões para tirar dinheiro. Não lhes basta usarem-no para transacções? Chulos, pá!
Outra coisa que reparei é que as facturas começam a engrossar em Outubro e ficam realmente mais grossas em Dezembro. "Não pode ser por causa do Natal a razão para o mês de Outubro ser mais gordo que os anteriores"- pensei eu. Pego numa factura ao calhas desse mês e leio a descrição do produto comprado: "Presépio de Natal".

Danou-se!

Percebi que o Natal é mesmo uma «febre» consumista e que os retalhistas e comerciantes devem esfregar as mãos de contentamento assim que o verão termina. Não só as pessoas consomem mais como dirigem-se em massa para as lojas, onde quase NUNCA pedem factura. 

Conseguem imaginar a invasão fiscal??


Registei algumas facturas simplificadas de gastos irrisórios, só para não contribuir para essa «desertificação» dos comerciantes. 

Mas o dia ficou nublado. Aguento todas as despesas que escolhi fazer mas agora aquelas que não são escolha minha (do banco) não descem fácil pela garganta. Talvez siga o conselho que um funcionário do próprio banco deixou escapar sem ter noção do que acabara de dizer: "pode fechar a conta, o banco tem uma nova política em que o que pretende é que o cliente tenha cá todo o seu dinheiro e não tenha contas noutros bancos". LOL. Então é isso? F#d#-se o sentimentalismo. Se é isso que querem «ou eu, ou os outros», que seja. Mas isto voltou a ser uma ditadura??

Bestas.


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Doação ou coação?

Vi isto e inicialmente pareceu OK mas depois incomodou-me bastante... Não sei. Há alguma coisa neste «peditório» que é perturbador. Parece-me que se empenham demasiado em arranjar novos e divertidos métodos para fazer as pessoas levar as mãos aos bolsos - neste caso, ao cartão de débito - hoje em dia o método mais ambicionado de receber donativos, aquele que as empresas mais priveligiam. 


Depois vi isto... E na minha pureza de alma, achei que esta seria uma forma mais vantajosa de atingir o mesmo propósito e sem precisar gastar fortunas em software de última geração! Também não impõe valores mínimos durante o acto de doar, não apela a sentimentalismos ou noções de culpa. Parece-me um pouco hipócrita e frio um outdoor que pede dinheiro. Este ao menos, é simples, pouco dispendioso nos custos de produção e, sei lá... torna a doação um gesto que não tem de ser pesado. A pessoa pode afastar-se com um sorriso no rosto, e não com um peso na alma.  


Em qual dos dois deixaria o seu donativo?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Mergulho do 21º


A morte de uma menina de 5 anos de origem chinesa, vítima de uma queda de um 21º andar enquanto estava em casa sem qualquer supervisão traz novamente à baila o tema dos comportamentos parentais em diferentes culturas. 

A última vez que um assunto destes foi fortemente debatido ocorreu quando Maddie e seus ainda mais jovens irmãos foram deixados sós num hotel enquanto os pais foram jantar fora. Mesmo tendo a possibilidade de contratar os serviços de uma ama/babysitter, que o hotel providenciava, os pais, habituados, fecharam a porta deixando-os sozinhos. TRÊS crianças, entregues a elas mesmas, por algumas horas. Horas essas que se verificaram catastróficas. Maddie desapareceu e ninguém viu ou sabe o que lhe aconteceu até hoje. Excepto quem lhe fez mal.


Em 2014, outra catástrofe: uma menina de 13 anos, portuguesa, morre num incêndio em casa, mas não antes de retirar todos os seus 7 irmãos lá de dentro. Os pais haviam-nos deixados sozinhos e saído de casa durante a madrugada, oficialmente para "comprar tabaco". Mas como eram alcoólatras e toxicodependentes, o mais provável é que tivessem ido arranjar meios para sustentar os vícios. Chegou-se a pensar no que terá levado a menina a regressar às chamas após ter retirado todos os seus irmãos. A hipótese de suicídio foi fortemente falada. 

O problema destas notícias é que a Comunicação Social sabe comunicar as catástrofes, levantar mil cenários hipotéticos mas esquece-se de relatar as conclusões. Pelo que se as há, até hoje não se lembraram de as divulgar. Pelo menos não encontrei nenhuma notícia que indicasse o que causou o incêndio, o que aconteceu a esses pais criminalmente e o que explicaria a atitude da menina de voltar a entrar na casa para se enroscar no cobertor e deitar-se na cama. 

Segundo a lei portuguesa, ocorre a situação passível de crime a quem "colocar em perigo a vida de outra pessoa expondo-a em lugar que a sujeite a uma situação de que ela, só por si, não possa defender-se; ou abandonando-a sem defesa, em razão de idade, deficiência física ou doença, sempre que ao agente coubesse o dever de a guardar, vigiar ou assistir;" .


E foi exatamente isto que aconteceu, no caso de Maddie, da menina chinesa e da menina de 13 anos que retirou os irmãos de um incêndio. Foram deixados sozinhos. Se isso é natural na China e no UK, por cá é totalmente anormal. Ao que tudo indica, os pais de Maddie e os pais da menina Chinesa (que devem estar a sofrer horrores) eram pessoas abastadas, pelo menos. Se não mesmo bem formadas, estudadas. Ninguém mora no 21º andar de um dos prédios mais caros de Lisboa sem ter um forte poder económico. Pelo que não foi por falta de recursos - como aconteceu no caso fatídico português, que não lhes foi possível escolher manter sobre supervisão de um adulto uma criança menor de seis anos de idade.   

Em qualquer dos casos uma pessoa às tantas interroga-se: Terá sido acidente por negligência ou terá sido intencional?
Fica sempre a dúvida.


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Afinal, vida de rico, não custa nada!


Desde que me lembre sinto atracção por gadgets. Vai que não resisti e carreguei numa "página sugerida" pelo facebook, que me remeteu para um site de vendas online. Infelizmente, meus senhores e senhoras, a nossa alfândega faz-nos pagar balúrdios de impostos se encomendar-mos alguma coisa de valor acima de 22€, se não fosse por isso... Ai Jasus, eheh.

Então aqui ficam 5 sugestões de produtos que encontrei. Se as imagens aparecerem pequenas no blogue, carreguem nelas para as ver em tamanho original e captar os detalhes. Muitas escolhi a pensar no que seria um bom presente para aquelas que sentem dificuldade em ter ideias para presentear os mais-que-tudo. A primeira:

1- PLASTICINA MAGNÉTICA
  

Um simples brinquedo para entreter e relaxar. Não parece grande coisa mas vejam este vídeo e comecem a pensar se não têm um mais-que-tudo que ia divertir-se com isto. Bolas, qualquer um se diverte com isto.

Curiosidade em saber como é por dentro? Pois não tem de esperar mais... 

2- CABO ENDOSCÓPICO PARA ANDROID


No futuro teremos óculos com visão 3D? Não, no presente! 

3- ÓCULOS 3D PARA SMARTPHONES


Nostalgia para escutar os velhos discos em vinil mas já não tem gira-discos?  

4- MALA GIRA-DISCOS COM RÁDIO E MERDICES


Cinema em casa...
5- PROJECTOR COM DVD

O que acham? Afinal, nem é preciso ser muito rico para ter acesso a algumas coisinhas divertidas. Só de pensar que há 15 anos um projector dos baratos andava nos 1000€! 

Escolhi estes artigos mas dentro do gira-discos em mala, do visor 3D e dos projectores existiam versões mais económicas:



Claro que ainda assim, as características dos produtos fazem-nos variar na eficiência mas digam lá se, por estes valores, não arriscavam uma compra? Os portes são gratuitos. Fazendo as contas aos cinco mais caros, o total dá 132.47€.

Paguei o mesmo para um electricista vir mudar uma tomada!! 
(para os que se recordam desse post).

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Dona de casa desmerecida

Quando uma pessoa está desempregada é tratada como uma dona-de-casa de antigamente.

Trabalha como uma mula, está sempre a fazer recados a toda a gente e no final, ainda dizem que não faz nada!

A oficina

Na minha casa de sonho sem piscina, faltou-me acrescentar a... Oficina.

Como posso ter esquecido?
Acho tão útil.
Vibro de satisfação quando vejo na televisão aquelas casas com quintais, onde as pessoas montam uma tenda ou transformam a garagem numa oficina com ferramentas profissionais e onde podem cortar placas de madeira, pintar, tingir, envernizar e transformar tudo em objectos.

Uma oficina ,multiuso para fazer carpintaria, mecanotecnia, artes e crafts, artes decorativas, um mini-studio para pintura a óleo e o que mais desse na telha.

Pronto. E por hoje, é isto.


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O fado do pobrezinho

Uma semana antes do Natal um familiar contou-me que apanhou uma multa por excesso de velocidade. E depois saiu-se com esta:

-"A sorte de todos é que já tinha comprado os presentes porque senão, não ia haver dinheiro para oferecer nada a ninguém neste Natal."

Aquilo incomodou-me. Achei uma comparação desnecessária e de mau gosto. 

Além de intuir que tal não podia ser verdade, o incómodo foi por estar a presenciar a "cantiga do pobrezinho". Não sei explicar bem mas tenho cá para mim que muitos dos que lerem estas linhas vão entender do que falo. Se calhar, alguns praticam este "fado" faz anos e nem se dão conta. 

Refiro-me ao costume de estar sempre a "choramingar" as despesas só porque se aproxima o Natal. E depois no tão esperado dia, durante a troca de presentes ou numa conversa circunstancial, fazem referências regulares às finanças pessoais: "Este ano o Pai Natal está pobrezinho", "O dinheiro não estica", "Este ano foi mau...", "Este Natal quase que não comprei presentes", etc.

Na realidade, todos temos despesas! Acho que revela uma certa mesquinhez quando falam do assunto daquela forma. Ainda por cima, uma lembrança natalícia não implica grandes despesas. Uma lembrança pode até ser feita, pode ser filmada, pode ser tanta coisa... Pode não implicar gastos elevados.

O Natal é revelar num gesto simples aquilo que és. Com ou sem dinheiro. Este não devia ser o centro da quadra. 

Sacrilégio. Queres o Menino-Jesus ou a vaca? Lol.
Como referi, não sei explicar de forma mais direta e sintética este costume tuga que estou a tentar trazer à superfície. Na minha família os Natais - os jantares e almoços - onde reside realmente o factor "despesa" e onde faz mais sentido trazer à tona o tópico "finanças" eram quase sempre sustentados em grande parte pelos meus pais. Que estão longe de ser os mais abastados na família. Depois passaram mesmo a ser eles a se encarregarem disso. E do absurdo de dinheiro que colocavam em cada coisa que serviam à mesa - o típico bacalhau de véspera e depois o cabrito, coelho ou a carne assada com castanhas, os muitos doces típicos e bebidas - tudo para umas 20 pessoas, nunca que os ouvi fazer uma referência «queixosa» do valor que despenderam para realizar a quadra.

Agora já não dá para tanto, até porque cada qual vem de outras casas. Mas em público, em tom de "fado do pobrezinho", diante de desconhecidos ou da família toda reunida, eles não "pregavam" este sermão do "pobre com a barriga cheia". Têm muitos defeitos os meus pais. Eu cá sei. Mas entre algumas qualidades que lhes posso apontar, a generosidade para com os outros no que respeita a pagar-lhes almoços ou oferecer algo, é uma delas. São capazes de mencionar "aquele cabrito custou 60€" mas não num tom de lamento ou martírio. E só entre o círculo mais próximo, com pessoas que estão à vontade e o assunto acaba por surgir naturalmente. Será que me faço entender?

Bom, como não estou a conseguir explicá-lo bem, vou resumir. A pessoa que me disse isto em Dezembro passado - que estava sem dinheiro para comprar presentes, recebeu ontem pelo dia de S. Valentim, um smartphone novo. E dentro de dois meses vai duas semanas de férias para o Brasil.

E estava «pobre» em Dezembro...
Mais valia ter ficado calada.



Sabem o que fazia nesta noite de S. Valentim?

Portuguesinha, o que estavas a fazer na noite do dia dos namorados?


Estava a submeter as últimas facturas no portal das finanças!
Supostamente é possível fazê-lo até dia 15. Mas à meia-noite e cinco minutos quando ia para confirmar uma, surge esta mensagem:



Como não é possível?
No meu calendário e no de todas as pessoas o dia só termina às 23h59m59s....

Portanto, agora vou esperar um bocadinho e mais cedo irei tentar novamente. Até porque, atenciosa como sou, preocupei-me em ir fazendo isto para outras pessoas da família ao longo do tempo enquanto que as minhas próprias facturas... a modos que.... ficaram na caixinha (não sabia da password).

Também são de deixar este tipo de coisa para a última?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Cápsulas do Tempo

"O que encontraram lá dentro irá surpreendê-lo"» - diz a habitual frase cliché que serve para os cibernautas carregarem no link de modo a serem conduzidas para uma página que se quer dar a conhecer. Normalmente passo ao lado mas esta notícia pareceu legítima e quis espreitar. 

"Arte de valor inestimável encontrada em apartamento Parisiano abandonado desde 1939" 


Gosto de tudo o que esteja relacionado com épocas passadas, mais ainda se for a descoberta de tesouros esquecidos. Mas nos dias que correm é impressionante que um apartamento de uma capital europeia de renome só tenha sido aberto em 2010, ano em que faleceu a sua proprietária, que supostamente o abandonou em 1939, com receio de que a Alemanhã-Nazi invadisse Paris.

Durante toda a sua vida de 91 anos ela continuou a pagar a renda do seu apartamento parisiense. Os Alemães invadiram o norte de França, invadiram Paris, a guerra decorreu por praticamente 6 anos. Depois cessou e vieram outras mudanças. Os coches desapareceram de vez das ruas para dar lugar aos veículos motorizados. O homem foi à Lua em 1969, um aparelho chamado televisão pode mostrar aos mais afortunados esse momento. 

Tanto aconteceu, o indubitável passar do tempo e questiono-me como é possível um cómodo ficar 70 anos sem ser necessário ser aberto. O edifício não precisou de obras de manutenção? Instalação de cabos ou tubagens modernas? Não existiu, nunca, um problema de infestação? São perguntas cujas respostas ainda estão por ser atendidas. No apartamento encontrou-se tudo como se uma jovem de 23 anos o tivesse abandonado "ontem". Frascos de aromas e perfumes ainda repousam na mesinha de toilette, assim como pentes e escovas. Um boneco mickey Mouse e um Porky Pig originais encontravam-se lá. Nem tinha lembrança que eram assim tão idosos estes desenhos da Walt Disney. E entre os quadros, o retrato de uma mulher de ombros à mostra que provocantemente abria o decote do vestido. Era a bisavó de idosa proprietária: Marthe de Florian, actriz e amante de homens influentes, entre os quais o pintor italiano do quadro: Giovanni Boldini. E assim criou-se uma cápsula do tempo.

Embora nada indique que estes "tesouros" foram assim deixados propositadamente, o mesmo não se pode dizer dos encontrados nesta mansão Francesa em Mullins. Propriedade de um senhor de nome Louis Mantin, herdeiro por sucessão familiar(?) e homem de posses devido a cargos de relevo na política. 

Mantin faleceu em 1905, não casou e não teve filhos. No seu testamento deixa a sua mansão à cidade de Mullins, na condição de que esta e seus pertences permaneçam intocados e fechados por um século. Ao fim desse tempo, a mansão seria aberta ao público, para funcionar como museu. A intenção de Mantin foi explicada por escrito no testamento: «mostrar ao mundo a vida de um burguês no final do século XIX". 
A tranca na porta - um cadeado centenário
Mantin não foi um burguês comum para a época. Alegadamente, sentia-se fascinado pela modernidade, que teve o seu boom naquela virada de século. A sua mansão foi a primeira casa privada da região a ter água canalizada e eletricidade

  

Imagino este homem solitário rodeado daquilo que mais lhe deu felicidade em vida: as suas colecções, os seus pertences. Ninguém ia recordar-se dele pelo trabalho nos tantos cargos políticos que ocupou. E triste por não ter deixado descendência, pensou na tristeza que é partir do mundo sem deixar continuidade. 

Os filhos são o maior tesouro que damos ao mundo... Digo eu. E sem esse tesouro, restou a este homem rico as suas riquezas. Que sabia não serem de qualquer importância na história do mundo se não fizesse alguma coisa. Encontrou então esta maneira única de as preservar e de lhes associar o seu nome, tornando-se assim uma pessoa que passou por esta terra e morreu sem filhos, porém, não será esquecido. 

A sua "imortalidade" foi assim conquistada. Se tivesse sido pobre e acalentasse o mesmo sonho, sem descendência, restaria-lhe virar um assassino em série ou um criminoso cruel para ver o seu nome perpetuado... Será que é por isso que alguns praticam actos tão vis? Seja como for, não foi o caso deste homem rico, de origem desconhecida e sem parentes reconhecidos. Graças à sua ideia, hoje a cidade de Mullins atrai a curiosidade alheia por causa da misteriosa Mansão Mantin e seus "tesouros" por um século aprisionados. Outra cápsula no tempo.



Eu não quero uma casa com piscina



Embora esta da imagem até me agrade, por parecer pequena e aconchegante tal como as habitações e o jardim que a rodeia, nem nos meus sonhos de consumo mais exagerados alguma vez me visualizei a morar numa casa com... Piscina.


A sério: para quê querem as pessoas uma piscina em casa?
Se ainda fosse totalmente coberta! Ao menos as despesas com a limpeza e temperatura diminuíam um pouco. Mas depois tinha a cena da humidade, uma chatice!

Uma casa com piscina só é sustentável se vier com um "rapaz da piscina". Que saiba fazer a manutenção da água, o que inclui a temperatura e a limpeza. E nisto tem de se levar com o ruído mecânico do aquecedor, uma maçada! Todos os dias ter de ir tirar insectos mortos e folhas de árvore da superfície é uma chatice! E a conta de água ao final do mês? Litros e litros dela, só para dar uma braçada ou duas...

Nunca oiço alguém sonhar com uma casa com... uma biblioteca. Faz mais o meu género. Não que seja muito erudita, conhecedora dos grandes mestres da literatura mundiais e domine a escrita com um primor que almeja chegar à poeira destes Grandes. Nada disso, ehehe. Apenas gosto de ler, conhecer e aprender. Os livros tanto são bons para entretenimento quanto para aprendizado. E o que é que realmente ia apetecer fazer neste alpendre na imagem, à sombrinha de uma espreguiçadeira, com aragem gostosa e o calorzinho da tarde, hum??

Outra coisa que a minha "casa de luxo" teria era uma sala multimédia. Estas não precisam de ser muito grandes. Uma pequena saleca com uma tela do tamanho de uma parede e um projector é o que basta. Os projectores mais baratecos andam abaixo dos 1000€ a tela é que tenho cá para mim que seria mais cara. Ou se calhar não. Mas em todo o caso, sempre existe o famoso lençol branco. Lavado com OMO, servia às mil maravilhas!


E sempre imaginei um chão personalizado, com coisinhas que cá eu sei. Com um pouco de vidro para se ver decoração no interior, com geometria formando padrões ou formas. Não preciso de piso aquecido. Tenho meias! Só a conta de eletricidade por ter cada ladrinho resguardado com uma resistência de aquecimento... até doi só de imaginar.

Ah! O que me leva a outro sonho: painéis fotovoltaicos e energia eólica. A eletricidade fabricada em casa ia saber melhor e o ambiente agradece. A água do duche reciclada para o autoclismo e demais necessidades, como limpezas. 

O luxo maior talvez fosse o facto de gostar de ter topiária no jardim. Com flores, arbustos diversos, aromas que me remetem à infância ou são simplesmente agradáveis... E árvores. Uma delas teria de ter um baloiço, daqueles de uma tábua, dois furos e uma corda, lol :) Uma pequena horta também seria necessária.... com central de compostagem. Court de ténis ou de futebol... só se fosse para correr ou andar de bicicleta :) Pronto, confesso que ténis também ia. Mas está longe de ser o essencial. Quero é o meu jardinzão, ahahah. Desse não abro mão. 


Mas piscina? Acho que é coisa de noveaux-riche, rssss. Prefiro um lago com umas figuras de pedra como fontes, a jorrar água que cai silenciosa ou quase... E uma cascata. Claro, sempre uma cascata. 

É provável que já tenha sonhado com mais. Ao longo dos anos esta casa imaginária vai-se enchendo de mobilário, de electrodomésticos, de texturas, de janelas, de vidraças, de cores, escadarias, de tecnologia... Umas coisas esquecem-se, outras ficam na memória. 

E vocês?
Sonhar, como alguém bem lembrou aqui mesmo, não custa nada. Vamos ao menos sonhar?
Como imaginam a vossa mansão milionária? 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Uma história sobre um museu

 Nunca pensei que ia acalentar o sonho de ganhar o primeiro prémio do euromilhões. Uma vez até estive perto, mas não meti o boletim, pelo que os números foram sorteados sem serem registados. Nem me importei, porque estava a trabalhar, gostava do que fazia e estava bem assim. (a inocência a tramar-me). Sempre senti, no profundo mas inconsciente ser que sou, que ia conseguir as coisas com a força do trabalho. Qualquer coisa.

A vida não é assim mas os meus instintos muitas vezes dizem que era para ter sido. Alguma coisa forte demais e vil desviou-me do caminho. 

Bom, mas isto tudo para dizer que também constatei que o que a minha mente sonhadora por vezes imaginava só poderia ser atingindo com uma brutal fortuna, das que fazem empalidecer a do Champalimaud. 

Se tivesse sido milionária lá nos 20, acho que teria criado coisas fantásticas e apresentado ao mundo um lar diferente dos demais, ideias inusitadas e gestos de valor social. Estava sempre a ver "mais à frente", tinha esse dom que hoje quem olha nem percebe que possa ter existido. Mas isso agora não interessa nada - como já alguém disse. 

Para quê queria eu tanto dinheiro? Bom, antes demais, não sou, apesar de tudo isto, muito ligada ao poder a este associado. Gostava de o ter porque dele depende a realização de coisas que realmente sinto falta na minha vida. Umas simples, outras maiores e dispensáveis para a sobrevivência mas necessária para um propósito e para dar um gosto especial à vida. 

Isabella 1840 –1924
Noutro dia surfava na net quando dei com a história do museu de Isabella Stuart Gardner - da qual nunca tinha ouvido falar. O seu belo retrato a óleo, fez-me recordar um rosto conhecido. Curiosa, fui pesquisar sobre a sua história mas pouco se sabe, visto que ela queimou a correspondência e documentação. A sua memória póstuma para o mundo foi cuidadosamente planeada na construção do seu museu. 

Casada com um homem rico (mas rico para os padrões de antigamente que é podríssimo de rico) ela pode dar-se ao luxo de viajar pelo mundo e ir recolhendo obras de arte de seu gosto. Decidiu fazer uma coleção privada - como tantos hoje ainda fazem. Por isso fiquei surpresa quando fiz a visita virtual ao museu - que recomendo que façam já. Não é todos os dias que, no conforto do lar, se pode atravessar o oceano, ir até os EUA e entrar num fantástico palácio por ela mandado construir em Boston. São três (sim três) andares de salas e salinhas repletas das mais variadas obras: tapeçarias, bustos, quadros, mobiliário... Uma colecção pessoal digamos que... não tão pequena quanto estava a imaginar. 


Em 1990 roubaram 13 obras de arte - entre as quais de pintores hoje sobejamente reverenciados - e tal como "ordens" da construtora, nada ao longo dos anos foi alterado ou mudado de lugar. As obras furtadas desapareceram, mas os espaços vazios permanecem. O museu faculta também uma visita virtual guiada da "rota" dessas obras furtadas. A não perder!

Rembrandt, The Storm on the Sea of Galilee (Obra furtada em 1990)

Surpreendeu-me este museu e mais ainda que estivesse totalmente disponível para visita virtual. Acho que está muito à frente. Não creio que uma visita virtual afaste possíveis visitantes de carne e osso. Pelo contrário. Se algum dia estiver em Boston, talvez tenha muita vontade de conhecer in loco um lugar que só conheci pelo computador.

Mas este tipo de legado, não é decerto possível de realizar para uma qualquer fortuna. Percebe-se que é algo que nem o primeiro prémio do euromilhões e nem, se calhar, os tostões do Ronaldo seriam capazes de concretizar. Há coisas grandes demais. Contudo, são bonitas de ser sonhadas.


domingo, 7 de fevereiro de 2016

Afinal não era...

Fui à janela com um pedaço de pão na mão. Lembrei-me que bastava deixar cair um pedaço para aparecerem pardais que o apanhavam com o bico, às vezes, ainda o pedaço ia no ar. 

Mas atirei e nada apareceu. Avistei então uma ave de pequeno porte a pular entre os ramos da árvore e pensei: "É um pardal!". Atirei outro pedaço de pão, de forma a verem-no. Nada. Nenhuma ave foi atrás. 

A pequena ave continuava a pular nos ramos. Conseguia vê-la mas não distingui-la. Foi então que me lembrei dos binóculos. Fui buscá-los e assim que os apontei para o alvo, este voa para longe. Atrás dele segue a outra ave saltitona -afinal eram duas. Não eram pardais. Mas o que eram deixou-me ainda com mais dúvidas! Foram tão rápidas que podia jurar que eram aves habituadas a detectar com a visão periférica a presença de lentes de aumento. E temendo que viessem de uma arma, bateram em retirada. A retina só teve uns segundos para detectar as cores. Eram parecidas a estas:


Mas qual é o pássaro do tamanho de um pardal ou mesmo mais «magrinho», que tem um bico saliente e estas cores fortes? Fiquei na dúvida se era azul ou verde (a razão a querer sobrepor-se à percepção), tal foi a rapidez. Mal os vi, levantaram vôo. A razão estava a querer achar que podiam ser papagaios ou «primos» destes. Mas definitivamente, não eram pardais.

Agora aguardo voltar a avistar as aves «estranhas» e pardais. Ainda me torno uma observadora de aves citadinas, rsss! 

sábado, 6 de fevereiro de 2016

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sem Noção


As notícias têm divulgado que José Carlos Malato sofreu a 3ª redução de ordenado e, desta terceira vez, reduziram-lhe o valor para 50%. Quando li isso pensei:


Sem noção. Mas quem está sem noção? Serão eles ou serei eu? Se calhar sou eu, que se me candidatar a um emprego na RTP provavelmente sou contratada a recibos verdes ou levo um contrato provisório com ordenado mínimo. Mas o Malato, na sua terceira redução e com um corte de 50% passa a auferir mensalmente 7500€00!!

E eu pergunto: o que é que ele alguma fez lá ou onde quer que seja que justifique ter recebido, já com corte, 15000€00?? Nem os 7.500€ que vai passar a auferir se justificam!
Estes grandes salários para figuras que se tornaram popularuchas sabe-se lá como não correspondem à realidade social portuguesa. Ele que volte para a rádio para descobrir se aufere um salário parecido a este. Ou o dobro, já agora! Porque isto simplesmente não existe. São salários desproporcionais com a realidade. Sim, eu sei que se trabalha nos bastidores, que não é por não o ver constantemente no ecrã e nunca ter visto nada onde o achasse de mais valia que é justo deduzir que lá não faz falta alguma. Por mim ainda lhe podem fazer mais um corte, até chegar, a um máximo de 1500€. E já seria de lamber os beiços! Este comentário nada tem a ver com inveja, dor de cotovelo e seja lá que sinónimo mais existir. Simplesmente o valor continua a ser um absurdo. 

Ou sou eu que estou Sem Noção?




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Não deixem morrer Charlie

Fez-me confusão que em menos de UM ANO, começasse a ver pelos pequenos media movimentos que, "cansados" da expressão "Je suis", decidiram ridicularizá-la. Para os que já esqueceram e para os que NUNCA ENTENDERAM o significado de «je suis charlie» e se cansaram com a repetição (tadinhos, atrapalhou os seus posts sobre roupa, e instagram weeks), aqui ficam uns desenhos. Pode ser que desta forma entendam.







Brilhante










UM LÁPIS, várias velas. Mensagem soberba!


  

O AMOR É MAIS FORTE QUE O ÓDIO
o perdão da redação Charlie Ebdo
ousadamente ilustrado com um simples beijo.

A maggie sempre foi a mais inteligente da família...



A liberdade é a MAIOR ARMA que as pessoas de paz têm contra o terrorismo. "Je suis Charlie" foi um momento especial de união global, representou um batalhão de gente armada com a paz a fazer frente aos senhores do terror. E todos, juntos, afirmaram: "Não temos medo". Coragem, determinação e união. Decerto deve ter colocado muitos terroristas a tremer nas pernas. Sim, porque não tenho dúvidas: os cobardes tremem.

Se Charlie morrer, morremos todos nós.
Pensem seriamente nisto.