sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Sem Noção


As notícias têm divulgado que José Carlos Malato sofreu a 3ª redução de ordenado e, desta terceira vez, reduziram-lhe o valor para 50%. Quando li isso pensei:


Sem noção. Mas quem está sem noção? Serão eles ou serei eu? Se calhar sou eu, que se me candidatar a um emprego na RTP provavelmente sou contratada a recibos verdes ou levo um contrato provisório com ordenado mínimo. Mas o Malato, na sua terceira redução e com um corte de 50% passa a auferir mensalmente 7500€00!!

E eu pergunto: o que é que ele alguma fez lá ou onde quer que seja que justifique ter recebido, já com corte, 15000€00?? Nem os 7.500€ que vai passar a auferir se justificam!
Estes grandes salários para figuras que se tornaram popularuchas sabe-se lá como não correspondem à realidade social portuguesa. Ele que volte para a rádio para descobrir se aufere um salário parecido a este. Ou o dobro, já agora! Porque isto simplesmente não existe. São salários desproporcionais com a realidade. Sim, eu sei que se trabalha nos bastidores, que não é por não o ver constantemente no ecrã e nunca ter visto nada onde o achasse de mais valia que é justo deduzir que lá não faz falta alguma. Por mim ainda lhe podem fazer mais um corte, até chegar, a um máximo de 1500€. E já seria de lamber os beiços! Este comentário nada tem a ver com inveja, dor de cotovelo e seja lá que sinónimo mais existir. Simplesmente o valor continua a ser um absurdo. 

Ou sou eu que estou Sem Noção?




8 comentários:

  1. Não és tu que estás sem noção, não! É vergonhoso que isto aconteça numa empresa pública que vive do que os contribuintes pagam!
    Não é preciso "estrelas" destas para se fazer um bom serviço público. Todos os anos formam-se imensos jovens em comunicação e jornalismo que estão condenados ao desemprego e ficariam bem felizes por um lugar na RTP (ou qualquer uma das variantes) a ganhar bem menos do que os Malatos da vida ganham.

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  2. Quem está sem noção são as pessoas que pagam esses miseráveis ordenados.
    Passou-se o mesmo com Catarina Furtado e Sónia Araújo. Pobres coitadas que viram reduzido o seu vencimento a metade, entre 6 e 7 mil euros/mês.
    Sónia Araújo caíu no ridículo quando, ao saber da proposta de redução, perguntou: 'e agora, como vou alimentar os meus filhos'?
    Com 6 mil euros mensais não pode o quê?
    Não 'apertes' comigo, Sónia!

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  3. Sem noção são essas figuras publicas que só por aparecerem na tv acham-se melhores do que os outros. Ele e outros iguais, pensam que merecem só porque temos de levar com eles todos os dias. Como se fosse um favor que nos fizessem!
    A roupa que usam nos programas é sempre dada ou emprestada, a maquilhagem é grátis, penteados idem. Eu com metade dessa metade que ele passou a ganhar já ficava feliz da vida.

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    1. Ana, para não falar do que ganham paralelamente. Como na publicidade! Mas também em muitos outros bitaques: apresentações, desfiles, até entrevistas pagas ou por aparecerem a usar o relógio x ou a carteira y. É o que dá pagarem sempre mais para manter um ativo e não o perder para a concorrência. EXCEDERAM-SE nisso e julgam que têm uma grande coisa, pagam-lhes bem e muito bem, mas no resumir da coisa é um ordenado estupidamente elevado! Continua a ser.

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  4. Eu penso que esses senhores nem têm noção de quanto ganha a maioria dos portugueses. Eu comecei a trabalhar com 11 anos. Fui reformada com 247. Euros.
    Com 44 anos a trabalhar.
    Um abraço e bom fim de semana

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    1. Elvira,
      Eu tenho percebido uma coisa: As pessoas lamentam sempre aquilo que ganham. Nunca estão satisfeitas. Nem mesmo estes das Tvs que ganham por mês o que a maioria não ganha NUM ANO. Acredito que olham em volta e pensam que merecem mais porque há um qualquer que ganha mais e faz menos.

      Cheguei a essa conclusão faz pouco tempo, ao ver duas pessoas que ganham por volta de 1000€ se queixarem da vida. Achei um absurdo e percebi que é um mal geral. Lamentam-se com casa nova e luxuosa, dois carros, escola privada para os filhos, conforto e casa de férias!!

      Lembrei agora que eu ganhava metade do ordenado de uma colega que fazia metade do trabalho que eu fazia. Mas quando outras que ganhavam também mais falavam sobre ordenados, diziam-me para não me queixar, que eu ganhava bem! E se precisava de mais, devia arranjar um part-time (são sempre as mais preguiçosas e com o bucho cheio que se põem com lições furadas). Mas só de ouvirem falar de lhes cortarem o ordenado até deitavam fumo pelos olhos.

      Portanto, as pessoas não só nunca estão satisfeitas com o que têm, como invejam quem tem mais e acham que os que ganham menos é porque merecem menos.

      É o triste mundo em que vivemos.
      PS: Minha avó trabalhou a vida toda, passou a descontar lá pelos 30 e tantos... reforma de 110€. A providencia era algo recente - um direito recente, pelo que muitos enganavam outros e a reforma não corresponde ao esforço.

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    2. Quando chegar a minha vez, Elvira... não vai haver NADA. Não por terminar, não acredito nisso. Mas porque a empregabilidade é tão miserável, oscila entre o ter e o não ter, entre os baixos ordenados e a inexistência deles, que quando somarem tudo vai dar tanto com tanto igual sem. Vou trabalhar o resto da vida - sendo que já é difícil encontrar emprego agora, quanto mais com 80 anos :(

      esperemos que isto melhore.

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  5. Lamentam-se de barriga cheia. Se soubessem como vivem a maioria das pessoas estavam mas era calados. Triste! é só o que tenho a dizer..

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