Metereologia 24 h

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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Falta de diálogo

 

Considero a recusa em falar com alguém uma das piores formas de desrespeito ao próximo.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Ajudar os outros

 

Consegui um novo emprego. Devo começar para a semana. Não é permanente (o que é hoje em dia?) mas deve durar até o final do ano.

O que mais gostei foi que eu partilhei esta oferta de emprego e a contratação imediata com duas colegas. Uma sabia que não tinha emprego e tem dois filhos que cria sozinha. A outra está melhor da vida, mas sempre foi um pouco minha amiga em momentos em que precisei e achei por bem lhe dizer, não fosse ela precisar. 

Ao invés de guardar só para mim para não ter concorrência, partilhei com quem achei que também estava a precisar. E isso fez-me sentir bem. Mesmo que não conseguisse o emprego, se por minha intervenção uma delas o conseguisse, ficaria bem na mesma.

Em momentos de necessidade, precisamos de nos ajudar uns aos outros. 

E quem sabe, um dia, somos nós os ajudados.

Deviamos praticar mais esta doutrina. 



domingo, 19 de abril de 2020

Como se morre aos bocadinhos


No Domingo passado fiz uma video-chamada a um familiar que na altura não pode atender, pois estava nas compras. Disse-me que ligava depois. 

Há três semanas, mantive contacto com outro familiar, pedindo-lhe que aderisse às redes sociais, para que a comunicação fosse mais fluída e menos dispendiosa. Respondeu-me que o ia fazer. Desliguei a chamada, para que não gastasse muito dinheiro e fiquei com a impressão que era desta. Depois enviei-lhe uma mensagem de texto, à qual ele respondeu por email. Email esse que também é muito alusivo a usar e para o qual já o tinha contactado noutras ocasiões diversas, sem receber resposta. Passados mais uns dias e chegando o Domingo de Páscoa, não tendo ainda recebido notícias, decidi desejar-lhe que tudo estivesse bem, em vídeo, que enviei para o mesmo email que usou para me contactar uma vez.

Presenteei outro familiar jovem com uma série de envios de filmes online. Fiz a transferência por um programa gratuito que apaga os ficheiros ao final de sete dias e recebo mensagens a dizer se o download foi ou não feito. Adivinhem lá como foi recebida esta oferta? Já lhos tinha dado antes porque todos eles tinham um significado especial. Como não teve como os ver - disse-me, decidi ajudar a quebrar a rotineira quarentena de que se queixava, sugerindo, pelo menos, que tentasse uma destas distracções. 

Até hoje, sete dias volvidos, nenhuma destas pessoas deu-me retorno.

De vez em vez também procurei saber se um familiar já deu uso a um presente que lhe ofereci no Natal. Tenho sido ignorada. Não vou especificar qual é - não me apetece - mas é algo único, particular, com um valor de cerca de 70 euros e que se não for usado dentro de meses é capaz de perder as suas características e tornar-se inútil. A pessoa ficou tão entusiasmada quando o recebeu, fiquei feliz por saber que tinha agradado. Isto foi em Dezembro, estamos em Abril, o presente que lhe ofereci é todo feito online e sem sair de casa... E nem na quarentena??

Depois recordo-me de outras ocasiões. De outras alturas, com as mesmas e outras pessoas e é tudo tão... desanimador.

São estas pequenas coisas.
Estes pequeníssimos sinais de desinteresse e falta de consideração....
E mentiras, que nos matam aos poucos, como um veneno.


Não é que me incomode por aí além, pois sou adulta e sei que a vida é assim. Mas tudo o que é dito a alguém que se vai fazer, e não se faz, é uma pequena morte. Contribui para o descrédito na palavra do semelhante. De que adianta te dizerem que gostam de ti, que és uma pessoa especial para eles, se depois há coisas assim?

Morre-se aos bocados. Um bocadinho aqui, outro ali. 
O pior, o mais devastador, é perceber que só se lembram de ti se eles se sentirem sozinhos. A solidão é um sentimento transversal. Dá em todos. Não nos devemos lembrar dos outros apenas quando nos é conveniente. 

Tenho receio que apareça alguém especial na minha vida e que eu a afaste, influenciada por toda a decepção. 

No campo pessoal, temo que isso já me tenha tornado uma pessoa aparentemente distante, fria. Aparentemente, porque no fundo, não sou assim. Mas não sei o quanto no fundo está o fundo, quando estou com outros. Parece-me que está cada vez mais fundo. 


Boa semana a todos.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Foi e veio como fumaça


A colega de quem falei aqui, nunca mais deu sinais de vida. 
Ligou-me a semana passada, mas não consegui atender a chamada a tempo. Liguei-lhe eu, ia a caminho do trabalho. Deu sinal de ocupado. Voltei a ligar horas mais tarde. Tocou, tocou, mas ninguém atendeu. 

 E ficamos assim. 


Isto sempre acontece. Quando alguém me faz confidências muito íntimas, encontra compreensão, percebe-o e elogia-me. Mas depois, não é afastado, afasta-se. 

Tenho teorias: sentem vergonha, embaraço, receio. E esses sentimentos falam mais alto. Ou metem na cabeça (sem fundamento algum) que já não quero nada com elas devido ao teor grave das confidências. Temem ter falado demais, a minha presença recorda-lhes a confidência e «desaparecem».

O certo é que eu própria havia lhe contado esta particularidade que, por vezes, acontece a quem me usa para desabafar os seus problemas. Vai que ela faz o mesmo.

Não vou correr atrás.
Quem quebrou o contacto não fui eu e fui a última pessoa a tentar comunicar. Se não quer, não me faz mossa. A oportunidade de ter alguém que não a ia julgar e estava disposta a escutar surgiu-lhe na minha pessoa. Mas a minha pessoa não vai mais estender o braços a quem aparece depois de ter desaparecido. Principalmente se me mente. Disse-me não conhecer o homem que interrompeu a nossa conversa sobre o tipo que não a deixava sossegada. Tenho a certeza que era ele a pessoa com quem ela teve sexo em troca de mais turnos e depois, segundo ela, não a deixava em paz. Quando ele quis validar aos meus olhos o seu poder para arranjar turnos repetiu-me várias vezes: "Pergunta à tua amiga!" "Eu arranjei turnos para ela". 

Turnos nessas condições? Não preciso.

Naquele lugar sorrio a todos, aceno a todos, mas sou diferente de todas. As outras, são de conversetas sedutoras com os gerentes e gostam de mostrar que sabem o que estão a fazer quando na maioria das vezes não sabem. Eu sou diferente. Se não sei pergunto e se não receber uma resposta satisfatória, parto à descoberta. Não me traz vantagens, mas é a minha forma de ser. Sou simpática sem dar muita confiança ou recorrer ao charme feminino. Há mesmo quem diga que não sou simpática. Que devia sorrir mais. Mas depois sorri-se como ela e... dá merda.


Pois então...
Deixei de ver a "amiga" e com ela foram os seus dramas.
Se estiver grávida - como suspeitou - até seria bom que o filho fosse do gajo e não do marido - com quem ela dizia não andar a ter intimidade. É que um deles é caucasiano e o outro não é. Ia dar uma novela mexicana do caraças. Mas por vezes, este tipo de coisa acontece por uma razão. Se calhar o marido precisa saber que anda a carregar um par deles e ela precisa aprender na pele a não descriminar pessoas por seus traços físicos. É que um aspecto na sua personalidade saltou à vista logo no primeiro dia: é racista. Tem problemas com certos grupos, chama as pessoas de pele escura de "pretitos" ou "preto", diz não suportar paquistaneses e falou depreciativamente de asiáticos e outras etnias. Deus, que tudo vê e tudo sabe, pode ter querido "passar a lição" de uma forma mais "criativa".

Um abraço a todos vocês.
Dentro dos possíveis, tenham uma excelente Páscoa.


Actualização: Falando no Diabo... A dita ligou-me. Não ignorei. Falei-lhe como sempre falo com as pessoas. Ela ainda está descontente com o indivíduo. Não gosta de trabalhar com ele. Mas já sabe como lidar com a situação. Acho que ela exagerou no drama. Ele não tem qualquer poder ali dentro para a ameaçar tirar o emprego. Ela é que lho deu. Fizeste a cama? Deita-te nela...

terça-feira, 3 de março de 2020

Aprender a fazer amizades é escutar e estar disponível


No Domingo, o telefone tocou no meio de uma depressão. Fui ver quem era. Era de um amigo com quem falo de vez em vez e com quem estive presencialmente apenas duas vezes ao longo da vida. Não ia para atender, porque sentia-me miserável. Queria que me deixassem estar. Mergulhada nos meus pensamentos, dor e lágrimas. Mas depois senti que tinha de honrar o facto daquela pessoa estar a ligar-me e disse a mim mesma: "Não. Está errado. Atende".


Atendi. Desejou-me os parabéns e conversámos um pouco sobre trivialidades. 
"Mas está tudo bem?" - ele sempre pergunta.
-"Está" - eu sempre minto.



Conheci uma nova colega no emprego que logo quis fazer amizade comigo. Colou-se a mim como uma "lapa". Mal cheguei, já ela lá estava à minha espera. Tinha tido conhecimento que havia uma portuguesa a trabalhar no local e estava ansiosa para que eu aparecesse. "Vem comigo" - disse-me ela várias vezes enquanto executando o trabalho. "Vou à casa-de-banho, vem comigo". "Temos de nos unir, vamos trocar números de telefone". "Eu quero trabalhar sempre contigo". "Mas tu não trabalhas amanhã? E quando voltas a trabalhar?". 

Geralmente não gosto disso, embora não incomode na altura e de tudo faça para integrar a pessoa e deixá-la a sentir-se à vontade. Já a respeito das mensagens e telefonemas que surgem depois costumo achar em demasia e isso já sinto um pouco incomodativo. 


Mas decidi encarar tudo de forma diferente. Decidi ser eu a entrar em contacto com ela e mostrar-me prestável também fora do convívio no local. Ela sente-se sozinha, não fala bem o inglês mas sabe falar português. Não me pareceu nada uma criatura frágil e desamparada. Bem pelo contrário. É ambiciosa, mal chegou já quer o que não pode ter. É mulher quase cinquentona, mas toda boazuda (com tudo o que me aflige que esteja já para baixo, ainda bem lá em cima). Notei de imediato que todos os homens ali à volta estavam a babar nela, olhando-a de baixo para cima como se os olhos fossem um scanner. Ela não é burra, toda a mulher sabe quando recebe olhares e um homem lhe fala daquela forma "especial" querendo agradar e ser espirituoso. E tirou partido. Foi sedutora com todos, como se a todos conhecesse há muito e não apenas naquele dia! Curiosamente, nessas ocasiões não se atrapalhou com o inglês. 

Mas sente-se desamparada e procurou-me. E eu vou honrar isso. Não a vou julgar pelos efeitos que causa nos homens nem pela forma como também os seduz. (Eu até gosto de Rebeccas..) Só uma coisa me ocorreu: temo que seja daquelas pessoas que, depois de ambientada, já não tem serventia para ti então descarta-te. 


Mas vou dar um voto de confiança e não julgar antes de viver as situações. E faço-o por mim, por achar que é esse o caminho que preciso de seguir. Sou boa pessoa, mas saberei mostrá-lo em qualquer situação?

Faço-o também por precisar de restaurar a minha fé nas pessoas e na reciprocidade dos bons actos, principalmente depois "dele"

Também contactei uma outra pessoa, com quem falo com regularidade. Hoje avisei-a por mensagem que se telefonasse para a empresa, conseguia marcar uns turnos (funciona muito à base de primeiro a ligar, consegue trabalhar). Ela conseguiu trabalho, o que já não acontecia há três semanas. Telefonou-me a agradecer. 

E é assim....
Estou a dar-me aos outros.

É o que me apetece fazer.
Estranho caminho para quem se sente despedaçada na alma e tão vulnerável a pensamentos fúnebres. 
Vou ser a rocha sólida, o farol, de quem precisar e de quem conseguir ser. Estando a precisar dessa mesma luz. É dar para receber.

Sejam felizes. 

sexta-feira, 19 de julho de 2019

No que me fui meter?


Conheci no supermercado um homem simpático com quem mantive uma conversa fluída. Pensei que ia falar-me de uma oferta de emprego mas ao invés disso pede-me o número de telefone.

Eu respondi que sim, que lhe dava. Depois ficámos quase duas horas fora do estabelecimento comercial, a falar. A conversa foi tão fluída tão natural e honesta, entrei por ela a dentro, a pesar de estar a anoitecer, sentir sono e estar com as pernas a tremer de frio.

Ao entender que ele poderia imaginar algo mais que amizade, disse-lhe que gosto de conhecer pessoas e gostei de falar com ele, mas não com um interesse romântico. Ele respondeu que não posso afirmar isso com toda a certeza.

Acabei por lhe fornecer detalhes que nunca contei a ninguém, tal foi o poder da fluidez da conversa.
Ele ficou com o número de telemóvel e de certeza absoluta vai ligar-me no Domingo. Ficámos de ir jogar uma partida de ténis. Ele profissional, eu curiosa.

A minha cabeça preocupa-se com a sobrevivência. Com o emprego que vai acabar ao final do mês, com os meses depois desse, com o ordenado anual que não chega para as despesas com a renda e o quanto me limita não ter casa própria.

Sempre fui assim. Se não me sentir estável e não sentir a minha independência firme e segura, não tenho como mergulhar noutras coisas. 

A verdade é somente esta: sinto-me só, a precisar de amigos. Simples. Essa necessidade "cura-se" ocasionalmente, com conversas deste género.

Mas para o resto? Sou eremita. Gosto muito do meu cantinho, de sossego, de paz e da ausência de conflitos. Sou também preguiçosa para esses afectos, confesso.

Tentei explicar-lhe. Disse-lhe que não procurava companhia masculina íntima. Ele apreciou cada palavra que trocámos, foi muito sincero e eu também. Receio que a minha franqueza lhe tenha parecido não um sinal de stop mas um interessante desafio. Acho que não consegui tirar-lhe da cabeça a possibilidade de eventualmente daqui surgir um romance. 

Sou uma pessoa de palavra e irei encontrar-me com ele. Mas sinto que não vai resultar.

Suponho que quem me lê tem mais experiência nestes assuntos. O que vos parece?

terça-feira, 25 de junho de 2019

Canalha, pulha



Vejam só a cara-de-pau.


Ontem a mais-nova enviou uma mensagem pelo chat, a perguntar quem estaria em casa para receber uma encomenda registada durante hoje de manhã. O rapaz disse que estava. E ela respondeu-lhe: "muito obrigada!".

Agora vou ao chat e leio o seguinte:
-"Vou ter de sair por uma hora, mas a Portuguesinha deve estar em casa para receber a tua encomenda".

Olhem a lata!
Atirou a bola para o meu campo.

O descaramento desta gente. Não me perguntou nada. Se também eu tinha de ir a algum lado e por isso não me disponibilizei. E que tal usar de um comportamento chamado de... educação e tivesse me perguntado antes? 

Não me veio bater à porta para explicar: olha, eu vou sair, tu não tens nada importante e podes ficar aqui à espera da encomenda da mais-nova?

Não veio nem nunca viria. Não fala comigo, com que lata um gajo que não me dirige a palavra a menos que eu tente extorquir um som dele, "oferece-me" assim? Agora estou "presa" a casa, sem poder sair e ele pirou-se, há duas horas.

Foi atrás de um rabo de saia e depois sou eu que levo com as críticas "porque é que não estavas em casa quando vieram entregar a encomenda?" "Podias ter avisado no chat".

Disse-me ela na ocasião em que tivemos a conversa, que ficou amiga dos outros. Gostava de saber porque é aqui a não-amiga com quem ela sempre pode contar.  Pediu um favor a um deles. Não a mim. Gozam comigo quando me julgam incapaz de o perceber ou ouvir. Mas depois quando precisam, lembram-se que existo. 

Só gente canalha, pulha, inferior. 
Esta é a forma de pensar e de agir de uma geração que partilha um traço em comum: falta de muita coisa! 


quarta-feira, 17 de abril de 2019

Perseguindo as referências


No meu caso aqui no Reino Unido, cada vez que procuro emprego, é-me pedido que forneça os dados do que andei a fazer nos últimos anos. Chama-se a isso, "As referências". Não basta o CV, há que fornecer as datas exatas de emprego, explicar os períodos sem emprego e apresentar Nomes, endereços e contactos de pessoas com legitimidade para confirmar as tuas alegações.

É assim cada vez que me candidato a qualquer função. É exaustivo.

Por este motivo passei pelo meu anterior posto de trabalho. Acabei por ir ter ao balcão mais afastado do escritório. E antes mesmo de me aproximar, fui reconhecida por dois ex-colegas e ambos me cumprimentaram com imensa simpatia e gosto por me verem. 

Encheu-me o coração, saber que, quase um ano depois, lembram-se de mim e sentem simpatia pela minha pessoa. Quando estou muito na fossa só me recordo dos muitos que me deixaram na mão...  Não me recordo destes gestos que vêm das pessoas que menos esperas, por vezes, das pessoas com quem menos contacto tiveste. 

O mesmo me aconteceu quando deixei o primeiro emprego que tive aqui em terras de sua majestade. Não esperava que, ao retornar ao local, tantos me reconhecessem e viessem simpaticamente falar comigo. Dar-me abraços, perguntar por mim... afectuosamente. Aconteceu ali, no supermercado, na rua...

Claro, tem aqueles com quem até te relacionaste mais que fingem que não te viram. Mas sabem? A esses devemos mesmo dar pouca importância. E valorizar mais quem nos diz um "olá" sem reservas. 

Fui lá para saber se podia obter para referência o contacto dos recursos humanos para evitar estar dependente da gerente. O contacto dela foi o único facultado e o único que disponho para confirmar referências. Só que ela é de humores. E como vim a comprovar dali a horas, é imatura e ressentida. Não sabe separar as coisas e demonstrar profissionalismo. Daí não confiar nela para que cumpra essa simples obrigação que é confirmar que um ex-funcionário trabalhou ali. 

Será que vai adiar durante semanas responder a um contacto desses, por pura malícia? Por saber que sem isso a candidatura não progride e a pessoa não vai poder começar a trabalhar?

Queria acreditar que não. Queria estar segura quanto a isto. Mas o acaso alertou-me... Ao preencher um dos formulários online em que é obrigatório facultar o contacto das referências por email e por telefone, tive de procurar no meu TM o número que correspondia ao dela... Evitei, noutras candidaturas, facultar o número de telefone dela, porque sei que ela detesta que lhe liguem. Estava sempre a bufar e a refilar se, no seu entender, o assunto não fosse prioritário ou interessante. Mas ali era obrigatório e por isso consultei o registo do telemóvel, e transpus o número. Quando ia para sair do menu dos contactos telefónicos, aquilo começa a fazer uma chamada. Desligo-a de imediato. Penso que ela, sendo como é, vai é dizer a ela mesma: "quem quer que seja que ligue depois!".

Mas acabou por ligar-me de volta e disse:
"Did you just call this number?" -"Ligas-te para este número?"
Ao que lhe respondi:
-"Desculpe "Susana", foi um engano. Estava a consultar o..."

Nesse instante somente escuto o som de chamada desligada.

Desligou-me o telefone na cara. Que antipática! Reconheceu-me, provavelmente ainda me tinha registada no telemóvel, e desligou a chamada na minha cara, sem qualquer simpatia ou educação. Fiquei fula. E convicta que a decisão de abandonar aquele lugar por causa dela foi a mais acertada que tomei na vida. 

Por isso não quero depender do profissionalismo dela para obter um emprego. Não quero estar nas suas mãos. Tenho de arranjar alternativas. Irei regressar aquele lugar para perseguir esse objectivo. A quem já dei as referencias com o contacto dela, paciência. Mas daqui adiante, se a puder eliminar do processo, vou fazê-lo.

Ela NÃO MERECE que eu ainda sinta qualquer simpatia por ela. Não merece a minha confiança. Não merece nenhuma sentimento bom que ainda possa nutrir, por ser essa a minha natureza. Não é a natureza dela, e deixou isso claro demasiadas vezes. 


terça-feira, 5 de março de 2019

E já está!


E pronto: disse.
Confrontei a situação.
Alguém tinha de mostrar a esta gente como se faz, pelos vistos nunca aprenderam regras básicas de etiqueta. (E ainda criticávamos a bobone... aprender etiqueta faz falta).


Estava na cozinha a lavar louça quando a visita entra. Não oiço nenhum cumprimento. Isto azeda-me de imediato o dia. Estava particularmente feliz por ter estado a banhar-me com o sol matinal antes de meter as mãos à loiça. 


Enquanto lavo olho para o lado vejo-a passar da dispensa para a sala. Quando termino com a louça vejo-a sentada na mesa, a ouvir algo no telemóvel e a tomar o pequeno-almoço.

Não aguentei. Era agora ou nunca.

-"Viste-me na cozinha quando entraste?"
-"Sim".
-"Então da próxima vez cumprimenta-me. Não suporto que não digam os bons-dias".
-"Estavas ali assim... por isso é que..." - diz ela pouco afetada com a situação.
-"Estava a lavar a louça."

O que era suposto fazer numa cozinha para merecer um cumprimento? - fiquei a pensar. 
Ficar ali parada, espetada, a olhar quem aparece?

Continuei caminho. Ia para o quarto. Mas a pesar de ter pedido para ser cumprimentada, ainda sentia um amargor na alma. Não quis parecer brusca mas... já me chega algumas pessoas que moram na casa. Têm esse péssimo hábito também. A falta de educação é algo muito contagioso, que se espalha rápido. Ás tantas nem eu estou tão imune de me tornar igual. E se continuar a engolir estes desaforos, provavelmente eles vão alterar-me como pessoa. Tantos já alteraram. (Fiquei idiota).

Depois de recolher a roupa que ia por a lavar, desci, passei pela rapariga, coloquei a roupa na máquina e voltei a dirigir-me a ela:

-"Outra coisa que devia ter sido feita: (e estendo-lhe o braço num cumprimento). 
-"O meu nome é Portuguesinha, e o teu?"
-"Chamo-me Emma".

Perguntei se estava tudo bem, disse-lhe que era bem vinda e desejei-lhe sorte. 

CUSTAVA muito terem feito isto no início?


PS: surprise, surprise: a miúda vai ficar a morar aqui muito mais que os sete dias que me foram ditos (!!) e ia ser sempre assim. Sem cumprimentar, mas a usufruir de tudo na maior. Conseguem imaginar ao que me estão a sujeitar? Tenho tantos problemas importantes para resolver - a falta de emprego, a busca por um melhor, a minha saúde... e estou a desgastar-me com isto.

Não dá. Decidi ser mais verbal. 

Ao escutar as nossas vozes o rapaz apressou-se a aparecer, com aquele olhar persecutor. Também entrou sem cumprimentar. (argh, nada muda). 

A parte da hóspede ficar cá sem a amiga e durante mais que sete dias foi CONVENIENTEMENTE excluída da conversa que a P teve comigo para me alertar para a chegada da estranha. Ela disse-me que ia receber uma amiga (mas para tal tinha de estar presente, caso contrário não está a receber ninguém) e esta ia cá ficar sete dias. Mencionou que a amiga já tinha encontrado uma casa para morar, só ela e uma outra. (deve ser a tal que daqui a uma hora já cá deve estar para almoçar). A P. não mencionou que ia estar fora, nas ilhas canárias... enquanto a estranha passeia-se pela casa, com uma amiga, sem dar cavaco aos que cá moram. 

Isto é com cada situação...
Interrogo-me se a juventude na casa dos 20 é toda assim. Será?

Não imagino a minha enteada a ficar na casa de uma amiga e não cumprimentar os seus familiares e amigos que lá estejam. Nem me passa pela cabeça. É totalmente inconcebível. 

Mas aqui acontece. Sempre.
Espero que este seja um gene defeituoso exclusivo de italianos!


ADENDA:
Hora do almoço: tal como previsto, as italianas duplicaram-se. Em vez de uma encontro duas na cozinha, em volta do forno e dos bicos do fogão. A minha conversa matinal surtiu efeito. Ao passar, escuto um ténue e tímido "Hei" da parte da convidada-da-convidada. Ao qual dou retorno.

De seguida lavo a caneca que me levou até ali e pergunto:
- "Ès tu a amiga que vai dividir casa com ela?"
- "Sim".

O rapaz, que está presente, subitamente diz-me que ele e a P vão de férias daqui a 10 dias.

Quando eles dizem-me algo voluntariamente, para quem lê o que aqui escrevo, sabe que é porque querem alguma coisa. O que é que ele queria?

Dizer-me que a convidada-da-convidada ia ficar a dormir no quarto dele nesses dias.

Lol!





sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Humildade e simpatia são coisas desvalorizadas?

Gosto de pessoas humildes.
Pessoas humildes fazem-me sentir pequena, pequeníssima.
Uma sensação que é boa, sensação de aprendizagem.

Também me considero uma pessoa humilde mas há quem seja mais ou tenha um tipo de humildade mais a descoberto, tão genuíno e puro que nos faz sentir menores. A minha humildade não sobressai ao olhar. Acho que, só de olhar para mim, o que se vê é alguém com "cara de poucos amigos". Eu gosto disso. Faz-me sentir menos vulnerável embora saiba que, assim que me mostrar como sou, mais vulnerável dificilmente poderia ficar.

E este tema a propósito do quê?
De nada e de tudo...

Saudade de quem partiu, saudade dos humildes, admiração por quem nunca perde noção do que são boas maneiras. 


Ontem deixei o que estava a fazer, deitei para trás uma indisposição que me atormentava o corpo e, a pedido de uma amiga, fui encontrar-me com ela. Tinha algo que queria me dizer. "E vem. Vá lá." "Vem". E lá vou eu...

Afinal ela não tinha nada importante para me contar. Apenas mais um desentendimento dos muitos que já me relatou, que tem com perfeitos desconhecidos por tudo e mais alguma coisa. Numa ocasião, depois de me ouvir falar ao telefone, pergunta-me um tanto irritada porque é que eu sou "tão simpática" com quem não me está a fazer favor algum. 

Sou como sou. Fui simpática com aquela pessoa, como também fui com ela.
A amizade dá-se gratuitamente, certo?
Ou vem com um preço?

Estou prestes a descobrir.

Pela primeira vez surgiu uma oportunidade de ser ela a fazer algo por mim.
Mas já noutra ocasião essa hipótese foi coagitada.
E ela remeteu-se para um silêncio incomum.
O silêncio regressou.
Até ficou incontactável.



domingo, 10 de dezembro de 2017

O susto que é o Facebook


Na última semana o facebook tem-me assustado.

Tem surgido como "sugestão de amigos" pessoas que já passaram pela minha vida. Algumas há muito tempo, mais de 20 anos, outras há dois. Pessoas que nunca mais vi, das quais não tenho contacto, nem conta de email... Reparem: há 20 anos NEM EXISTIA facebook.

E se perdes o contacto com pessoas que remontam a uma altura em que poucos tinham telemóvel, quanto mais redes sociais, digam-me lá, como é que o facebook faz isto??


É que não existem AMIGOS EM COMUM.
Se não existem, não podem ser sugeridos por esse meio de "coincidência".



Outra hipótese é terem ido buscá-los - pelo menos alguns - a uma outra conta de facebook que possa ter aberto num mesmo computador. Mas ainda assim, isso não justificaria o DESFILE de caras conhecidas e há muito perdidas que se tem verificado na última semana.


Desfile não é uma expressão mal empregue, pelo contrário. Já perdi a conta ao número de indivíduos do passado que regressaram fantasgoricamente através do facebook.


Ainda à instantes foi-me sugerido como amizade um indivíduo que quase nem liguei, até reparar duas vezes no nome. Bastou olhar para a localidade e os estudos para imediatamente confirmar a identidade. Há quanto tempo não lhe punha a vista em cima? Há 17 anos!



E há 17 anos - volto a repetir para quem não tem conhecimento de como se viveu no ano 2000, não existiam redes sociais. No máximo, deste indivíduo, fiquei com um antigo número de telefone. Nem conta de email dele alguma vez tive. E se tivesse, jamais a ela teriam acesso, pois o endereço que usava na altura não uso mais. Foi o primeiro que tive e o único até hoje a ser pirateado. 

Assim que me abstraí desta sugestão tremendamente espantosa, pus as vistas em cima de um outro indivíduo sugerido. Desta vez foi o rosto que me pareceu familiar. Abri para ver quem se tratava. Julgando que era um colega de um curso, reparo então que é um rapaz que conheci faz dois meses!


Conheci porque estava interessado em algo e escreveu-me por email. Trocamos correspondência parca e depois, como ele foi para inglaterra, encontramo-nos só para nos conhecer-mos. E nunca mais lhe pus a vista em cima, nem ele pareceu interessado em manter contacto.

Neste caso existe um fio condutor: o endereço de email.
Foi por ele que me escreveu, e por ele que falámos por um chat - que não é o messenger (que funciona dentro do facebook).



Voltando ao primeiro exemplo do indivíduo que deixei de ver há 17 anos, onde está a correlação? Não existe! O endereço de email que uso hoje não é o mesmo de então. E sem amigos em comum, sem nada... porquê mo sugeriu?

E isto é só a ponta do icebergue. Na última semana a quantidade de sugestões de amizade de pessoas que realmente conheci tem sido elevadíssima. Por volta de 20 sugestões são de pessoas que um dia cruzaram a minha vida. Se algumas são de há pouco tempo, podendo a sugestão ser justificada por pertencerem ao circulo de amizades de outras contas abertas no computador, não é o caso destas. E falo do computador de CASA, não de um público, que fica numa escola, por exemplo. Esses podem e certamente estão repletos de contactos diversos que podem ser sugeridos ao próximo que se conectar na rede do facebook.

Se isto acontece comigo, o mesmo deve acontecer aos outros. Ou seja: o meu facebook também deve ser sugerido a outras pessoas. A diferença - que eu espero ser significativa, é que no meu face tento não ter nenhuma fotografia minha ou de pessoas que me possam identificar, seja por grau de parentesco ou por amizade. Posso ter os meus pais como "amigos" no facebook. Mas não tenho porquê os identificar como pais. Isso já é disponibilizar demasiado pormenor num lugar público. E se não ando na rua a gritar o parentesco das pessoas que estão comigo nem transporto nenhum cartaz com essa informação, porque haveria de o fazer nas redes sociais? Por acaso é mais seguro lá?? Não me parece.


Se há uma coisa que desde cedo e por instinto entendi, é esta necessidade de privacidade, como forma de segurança. O que acabei de escrever é até uma falácia - pois estou numa rede social e SEI que não há segurança nem privacidade. Mas dentro dessa ausência, existem níveis que preservam ou expõem mais os indivíduos e a sua identidade.

Não entendo como pode alguém sair à rua e ter cuidados com a sua segurança pessoal, porque foi alertado para isso desde criança, e não sentir o mesmo ímpeto quando usa as redes sociais. A exemplo: Eu lá preciso de dizer o meu nome para escrever este blogue? Sou a portuguesinha e não sou menos autêntica por isso. Desde o tempo da escola primária, quando só existiam endereços e números de telefone de casa, sempre senti - ou foi-me ensinado - que a preservação dos dados pessoais proporcionava segurança.

A sobreEXPOSIÇÃO nunca trás nada de bom e talvez por intuir isso desde muito cedo, esta postura de preservação é algo intuitivo em mim e aplicado também nas redes sociais.

O meu facebook não tem o meu nome.
Tem um apelido. 
O meu facebook não tem a minha imagem.
Tem uma imagem.

Espero que, pelo menos assim, consiga alguma privacidade.
E caso seja sugerida a alguém, me ignorem.




quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Uma cópia de nós - para pensar



Já pensaram o que seria se conhecessem uma cópia de vocês próprios?
Não digo fisicamente, mas em tudo o resto. Acham que se tornariam amigos de vocês mesmos? Da pessoa que são?

Já pensei nisto. Será que se eu me conhecesse ia querer manter amizade comigo mesma?
E a resposta foi... não.

Não por ter algum defeito, ou por ser má pessoa, ou por me faltar carácter. Tenho tudo isso. Mas sou introspectiva e um tanto reservada, a pesar de dizer uma graçolas de vez em quando. E depois, já me conheço tão bem! Já convivo comigo mesma faz muitos anos. Sou discreta, tranquila. Adoro pessoas mas preciso do meu tempinho. E nunca aprendi os «truques» sociais.

Mesmo com toda a transparência, sei que para alguém me conhecer é preciso ficar por perto e mesmo assim iria surpreender-se a cada novo ano.

Eu devo ser muito maçadora vista por olhares de terceiros.
Humn....

Dá que pensar. :D


sexta-feira, 19 de junho de 2015

"São todos meus amigos" - O valor da amizade


Em conversa com uma pessoa sobre redes sociais, esta diz-me que todas as pessoas que tem como amigas no facebook são mesmo suas amigas. Pessoas em quem confia a 100%.



O que é isso de se ser amigo? Ou até mesmo, ter amigos?
Quem diz querer amigos os quer realmente? Ou quer pessoas influentes?

Esta questão já está para vir a ser alvo de debate faz algum tempo. Há uns anos, também uma pessoa me disse que todas as 100 amizades que tinha no facebook eram de pessoas de quem «gostava muito» e tinha a certeza que todos estariam lá para ela. Todas as 100... suas amigas íntimas. Tanto que esta pessoa gostava de mencionar o número de amigos facebookianos que um dia, quando voltou a insistir em contar-me essa história como se nunca ma tivesse contado antes, quase lhe respondi, com a maior das naturalidades e sem qualquer malícia implícita:
-"Que bom! Vais ter muita gente a ir ao teu funeral!".

Mas calei-me. Porque essa necessidade de se ostentar, de sentir vaidade pelo status do facebook nunca foi algo que mexesse comigo. Qualquer tipo de vaidade ou orgulho, não faz a minha «onda». Mas não é por isso que não deixo de a notar à minha volta. 

Na minha opinião, o facebook não passa de uma Feira de Vaidades. É principalmente com esse fim que ele é utilizado. Não por pessoas como eu, que não se expõe na rede, mas pela maioria. Vejo familiares a publicar fotos cujo propósito é só massajar o ego. E a quantidade de fotos que surgem agora, com o início do Verão, das pessoas nas suas férias, a mostrar as pernas na praia, o peito no biquini, a fazer pose de sexy... E ensinam as filhas adolescentes a fazer o mesmo, para a seguir colocarem fotos das filhas na sua conta pessoal para que a beleza e juventude destas possa respingar na vaidade da progenitora. A sério que isto, tira-me um pouco do «sério».


O facebook serve para as pessoas fazerem-se «aparecer». Amigos? Isso é treta! É mais conveniências. Interesses sociais. 

Essa pessoa que me garantia que todas as suas amizades no facebook eram mesmo de pessoas suas amigas, tinha quase 2000 amigos. É suposto eu levá-la a sério? Não. Deixo-a mergulhada na sua ignorância e na sua hipocrisia. Conhecia-a suficientemente bem para saber que ela é daquelas que faz pedidos de amizade a todos que lhe INTERESSAVAM. Amiga, por exemplo, podia ter-me a mim. Que a ajudava sem desejar nada em troca. Mas eu e pessoas como eu não lhe interessavam, porque não lhe acrescentavam nada que já não tivesse. E não é nesse sentido que as «amizades» são feitas. (Se alguma vez foram). Uma «amizade», principalmente facebookiana, é aquela em que aquela pessoa, um dia, pode vir-te a ser útil. É a que convém ficar a par do que anda a fazer. Claro que acredito que, entre 2000 amizades, hajam 3 ou 4 que sejam desinteresseiras. Mas mesma essas, por vezes, são mantidas por razões egoístas. Porque as pessoas podem não te servir como «escada» social, mas acabam por ser usadas como fonte de apoio moral e confiança. Ou então, são as «amizades» que são mantidas para satisfazer a vaidade. São aquelas pessoas a quem vai dar prazer «esfregar na cara» uma conquista.

Sinto um pouco de desdém por quem faz pedidos de amizade às pessoas que lhes podem abrir portas profissionais, ou são influentes de alguma forma. Por vezes até fazendo troça destes e ignorando os pedidos de amizade, antes de perceberem que lhes podem ser úteis. Que gozam com os mais velhos, até que estes se tornam «interessantes» para tentar subir na vida. E são sempre estas as pessoas que se acham tão especiais e diferentes que são as mais interesseiras.

E pronto. Era isto que pretendia desabafar. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bulling no trabalho

Você seria capaz de se relaccionar com uma pessoa de mau carácter, se esta consigo fosse só delicadezas? É para esta questão que procuro uma resposta. Há uma sondagem ao lado para poder responder.

Falam de mulheres mas, eu tenho mais lembranças más de homens no que respeita a colegas de trabalho sacanas. Neste contexto, mas não só, gostava de saber a resposta à questão. Imagine que, consigo, um colega é só charme. Simpático, com elogios e disponibilidade... mas com outra pessoa e sem razão, é um filho da p*. Você percebe que o seu caracter não é do melhor mas, como a si não o/a afecta, isso muda a sua forma de ser com ele?


Parece não ser uma questão relevante, mas é. Tenho pensado nisso. Se formos amigos de pessoas com atitudes de filho da p*, não se está a ser conivente? Não é esta também uma forma de agredir, por via secundária, a vítima? Depois, se esta um dia se queixar, você não pode com legitimidade mostrar-se indignado/a. O silêncio ou a conivência também é uma forma de agressão. Mais ainda se te consideras amiga dos dois. Por mais que custe há que ter uma conversa esclarecedora.