Metereologia 24 h

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domingo, 19 de abril de 2020

Como se morre aos bocadinhos


No Domingo passado fiz uma video-chamada a um familiar que na altura não pode atender, pois estava nas compras. Disse-me que ligava depois. 

Há três semanas, mantive contacto com outro familiar, pedindo-lhe que aderisse às redes sociais, para que a comunicação fosse mais fluída e menos dispendiosa. Respondeu-me que o ia fazer. Desliguei a chamada, para que não gastasse muito dinheiro e fiquei com a impressão que era desta. Depois enviei-lhe uma mensagem de texto, à qual ele respondeu por email. Email esse que também é muito alusivo a usar e para o qual já o tinha contactado noutras ocasiões diversas, sem receber resposta. Passados mais uns dias e chegando o Domingo de Páscoa, não tendo ainda recebido notícias, decidi desejar-lhe que tudo estivesse bem, em vídeo, que enviei para o mesmo email que usou para me contactar uma vez.

Presenteei outro familiar jovem com uma série de envios de filmes online. Fiz a transferência por um programa gratuito que apaga os ficheiros ao final de sete dias e recebo mensagens a dizer se o download foi ou não feito. Adivinhem lá como foi recebida esta oferta? Já lhos tinha dado antes porque todos eles tinham um significado especial. Como não teve como os ver - disse-me, decidi ajudar a quebrar a rotineira quarentena de que se queixava, sugerindo, pelo menos, que tentasse uma destas distracções. 

Até hoje, sete dias volvidos, nenhuma destas pessoas deu-me retorno.

De vez em vez também procurei saber se um familiar já deu uso a um presente que lhe ofereci no Natal. Tenho sido ignorada. Não vou especificar qual é - não me apetece - mas é algo único, particular, com um valor de cerca de 70 euros e que se não for usado dentro de meses é capaz de perder as suas características e tornar-se inútil. A pessoa ficou tão entusiasmada quando o recebeu, fiquei feliz por saber que tinha agradado. Isto foi em Dezembro, estamos em Abril, o presente que lhe ofereci é todo feito online e sem sair de casa... E nem na quarentena??

Depois recordo-me de outras ocasiões. De outras alturas, com as mesmas e outras pessoas e é tudo tão... desanimador.

São estas pequenas coisas.
Estes pequeníssimos sinais de desinteresse e falta de consideração....
E mentiras, que nos matam aos poucos, como um veneno.


Não é que me incomode por aí além, pois sou adulta e sei que a vida é assim. Mas tudo o que é dito a alguém que se vai fazer, e não se faz, é uma pequena morte. Contribui para o descrédito na palavra do semelhante. De que adianta te dizerem que gostam de ti, que és uma pessoa especial para eles, se depois há coisas assim?

Morre-se aos bocados. Um bocadinho aqui, outro ali. 
O pior, o mais devastador, é perceber que só se lembram de ti se eles se sentirem sozinhos. A solidão é um sentimento transversal. Dá em todos. Não nos devemos lembrar dos outros apenas quando nos é conveniente. 

Tenho receio que apareça alguém especial na minha vida e que eu a afaste, influenciada por toda a decepção. 

No campo pessoal, temo que isso já me tenha tornado uma pessoa aparentemente distante, fria. Aparentemente, porque no fundo, não sou assim. Mas não sei o quanto no fundo está o fundo, quando estou com outros. Parece-me que está cada vez mais fundo. 


Boa semana a todos.

quarta-feira, 17 de julho de 2019

Viver num estábulo?


Despertei subitamente às 5 da manhã com o barulho de portas a serem fechadas ao empurrão. 

O ruído despertaria qualquer um.
Sempre a mesma coisa.
A rapariga-mais-recente só pode desconhecer a existência de maçanetas e para que servem. Sempre que sai e volta a entrar no quarto - o que faz várias vezes seguidas, fecha as portas da mesma forma: empurra-as até fecharem com o estalo. O trinco é forçado a entrar na ranhura, produzindo um som de «tiro de canhão». Ela nunca coloca a mão para fazer girar o manípulo do trinco como qualquer pessoa normal. 

Meu pai diria que é falta de educação e que esta pessoa foi criada num estábulo. 
A julgar pela forma como mastiga de boca aberta e o ruido surpreendente que também aqui faz, se calhar ele pode estar certo e ela é arraçada de cavalo. :)))





sábado, 29 de dezembro de 2018

Blue for tidy



Ontem pelas 11h estavam completamente vazios.
E assim os deixaram pelas 20h desse mesmo dia.