Metereologia 24 h

terça-feira, 19 de novembro de 2019

Analogias da vida e o frio


Menos dois graus, carros cobertos de gelo lá fora e saio à rua com umas finas calças de polyester. Uns jeans não facultam o mesmo nível de protecção térmica. Uso-as sempre, seja inverno ou verão, na praia ou na cidade. Sem meias de algodão, collans de lycra ou qualquer outra coisa que forneça uma extra camada protectora entre mim e o frio.

Não há como não pensar que em Portugal isto nunca foi possível. Gelei e congelei por anos e anos, a caminho da escola, vindo da escola, indo a qualquer parte. As temperaturas em Portugal não descem tanto, no entanto o frio é de rachar e sair à rua uma experiência desgastante. Tudo porque o frio tem no vento o seu melhor aliado. Aqui quase não o há, e por isso aguenta-se muito bem temperaturas baixas. 


Continuo a pensar (bastante) nele. Mas sinto que começo a ficar resignada. Contudo, dói-me. Lembranças são agora mais do que aquelas que pensei possível. Por vezes rio, porque lembro de algo que ele disse em que tinha razão. Por vezes sofro, porque sinto falta da sua companhia. Quero falar-lhe e saber coisas sobre si. Foi muito pouco tempo, por incrível que pareça. Não cheguei a saber quase nada do todo que agora necessito. Sinto falta do seu olhar. Que não encontro no dos outros. Um olhar intenso, facilmente confundido como inexpressível e difícil de ler. Em simultâneo seguro e extremamente inseguro de si. Saudades desse olhar a adocicar para mim. E o riso, que nunca queria dar a ninguém, mas não continha comigo.

Fui estúpida. Devo ter sido, algures. Ele também. Fomos ambos e não há como voltar atrás. O pior é que ainda sou, para estar a pensar e a sentir assim. Não consigo não pensar. É pior que doença que se cura com medicamentos ou cirurgia. O desejo machuca. E tudo isto é, ao mesmo tempo, bonito e patético. Fosse ele permanecer um pouco mais de tempo comigo e este idealismo saudosista encontraria resistência nos seus defeitos que agora pouco se fazem lembrar. Detectei alguns, mas não tive tempo de lhos fazer ver pela perspectiva de terceiros e acabei por ser vítima deles. 

Não dei o devido valor às qualidades. Que também tive pouco tempo para perceber. Mas que foram responsáveis por agora estar neste estado. Qualidades essas que não tenho como saber ao certo se estavam ali geradas por mim e, no dia a dia, eram pouco usadas por ele. Não deu tempo. Só sei que, um momento a mais que tivesse comigo, e ele ia apaziguar o que quer que seja que o tumultuou. 

Não sei até hoje, se a ideia sempre foi fazer-me uma coisa casual ou se gerou-se ali qualquer coisa autêntica. Foi totalmente inesperado. Pelo menos para mim, que até só o entendi tarde demais. Esquecê-lo... nã. Substituí-lo? Quem é mulher sabe que não acontece assim. Agora mais do que nunca, não existem outros na face da terra. Dele lembro todos os dias, a toda a hora. Isto é errado! Eu sei. Posso estar a perder a chance de  conhecer muita gente bonita por estar fixada numa só. Mas tiro conforto no facto de sentir que estou a começar a ficar um tanto resignada. Já não era sem tempo! Enquanto isso, ainda fantasio. Um dia encontro-o na rua, ele vai fugir vamos falar, esclarecer tudo e fica tudo bem... 

Que desperdício!!!
Que sina desgraçada a minha, tudo dá sempre tão errado tão inesperadamente.

Ainda querem que não acredite que existe aqui bruxedo dos fortes?

Nem adianta tentar avançar com o comboio... algo está seriamente a sabotar os trilhos pelo caminho.
Viver com a vida sabotada requer uma coragem do caraças!



O que me ajudou a recuperar (do sofrimento)



Três meses de sofrimento diário e uma intensa dor que, não tendo origem física, é ainda mais devastadora e maléfica do que uma maleita na carne. Dia e noite, qualquer instante de consciência, foi passado a pensar nisto. A senti-lo. A disfarçá-lo quando em público com pessoas conhecidas, a senti-lo intensamente a cada distracção dos seus olhos. A chorar por ter soltado um riso e estar triste. 

Pensei que não ia parar nunca. Mas rezei para que isso acontecesse. Orei a santos, a Deus, a Jesus, a Maria, a várias Nossas senhoras, aos pássaros, às árvores, às flores, ao vento, à chuva, ao sol, ao mar, à lua, às estrelas, às nuvens, ao céu, aos gatos vadios que me miravam na rua... Fui a igrejas, acendi velas, orei, pedi, supliquei. Supliquei muito, com muita fé, angústia e desespero.

Mas por algum motivo, não estava a surtir efeito. Ninguém me escutou, nenhuma mezinha resultou. Era suposto sentir-me assim por quanto mais tempo? Talvez se ele se dignasse a aparecer e me contasse o que lhe deu, talvez só assim passasse. Mas ele não o ia fazer. Sabia disso. Restava-me continuar a orar, mas também isso não estava a resultar!

Na noite de terça-feira passada, chovia bastante e decidi ir a pé a hora e meia do emprego para casa. Chuva, vento, o caminho todo em lama, pés e pernas ensopados... nada disso me afectava. O meu pensamento estava nele e só nele, como sempre. Como água que escorre para terreno mais baixo. É inevitável.

Mais sofrimento, mais lembranças, mais e mais dor! Parecia que não ia terminar nunca. Três meses haviam passado e eu nisto! Queria que terminasse. Se ele não vai aparecer-me à frente e dignar-se a conversar comigo, então que algo me fizesse esquecer que ele alguma vez existiu! Que me desse uma amnésia selectiva e pudesse esquecê-lo a ele, só ele. A dor, tão intensa, fez-me novamente rogar, suplicar, pelo fim desta emoção tão dolorosa.

Foi então que dirigi as minhas preces diretamente a pessoas de quem muito gostei e há muito partiram. E disse do fundo do coração e cheia de emoção: "Por favor, (....), acaba com isto, faz com que a dor pare!" "Por favor, (....), não posso mais com este sofrimento! Faz com que pare!".


Talvez um minuto depois, por uns instantes, consegui perceber uma mudança. Ténue. Mas senti-a. Por uns instantes, o meu pensamento voou para outro lado, deixou de se fixar nele. E isso foi o sinal. A dor, ainda que presente, pareceu pela primeira vez, que ia transformar-se em não dolosa. Ia ser ultrapassada.

Foi há uma semana. De lá para cá, continuo a tê-lo na minha mente quase 24h por dia. Ainda faço "filmes" sobre o que poderá acontecer caso o encontre e lhe consiga falar. Mas tenho agora pequenos e breves instantes em que o consigo afastar. Não totalmente, mas do consciente ele passa para o sub-consciente e mantenho-o lá o máximo de tempo que conseguir.

Segunda-feira pela manhã, ele acordou comigo e logo com intenções de dominar-me o pensamento e encher-me de mais uma sessão de "porrada" emocional. Mas quando desci para a sala, a paz e o sossego que lá senti, fez-me querer ficar por ali. Senti que o quarto está povoado de lembranças e era o pior lugar para me enfiar. Fiquei pela sala, onde estava a sentir-me bem. Mesmo quando outros logo apareceram para marcar lugar, esperando que saísse dali, não o fiz. Se voltasse ao quarto, ia fazer o mesmo que na véspera: a clausura ia fazer-me pensar, sentir, chorar e ia terminar a desabafar horas em vídeo tudo o que quero dizer. Não queria isso. Já tenho uns 100 vídeos... Precisei contar esta história em voz alta, contar o meu ponto de vista, o que penso, o que sinto. Não para alguém, mas para mim mesma.

Ainda não estou curada, mas sinto que também já não estou totalmente presa. Começo a pensar que sou alguém e preciso cuidar de mim. Não por dor, mas por merecer. Por ser uma pessoa, por já não ter muito tempo de vida na terra, e por isso ter de aproveitá-la melhor, para ser feliz, não miserável. Já chega de tristezas. Esta dor também irá ser (mais) uma que vai passar (?). Espero não esquecê-la, para que possa aprender a não voltar a cair em nada parecido. Mas quero, sinceramente, começar a viver a vida pelo prisma oposto àquele que me é mais oferecido: O sofrimento. Quero explorar as alegrias, o bem-estar, a felicidade.

Tenho esta dor como entrave e muitas outras contrariedades também. Mas faz parte da vida. Não se pode deixar que nenhuma delas tenha mais importância ou se sobreponha à vontade/necessidade de se viver feliz.

E acredito mesmo que "eles" é que me ajudaram.
Eles escutaram-me. E logo a bondade neles se compadeceu.
Onde estão só há amor e amor é o que sentem por mim.

Temos de nos sentir abençoados.

domingo, 17 de novembro de 2019

Piadas para alegrar o Domingo



Sabia que todos os bebés nascem com pénis?
Quando o médico bate-lhes no rabinho, o pénis cai aos mais inteligentes.





sábado, 16 de novembro de 2019

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Histórias de amor na telinha


Uma novela que me apaixonou há uns anos está em reprise. Uma mulher e um homem perto dos 30 conhecem-se e perdem-se de amores. Mas por contratempos e interferência de terceiros, os dois separam-se, acreditando que foram traídos pelo outro. 

Ela é a primeira a sofrer. Já se imaginava casada e com filhos - sonho que havia enterrado e que, por aquele sentimento que ele lhe despertou, voltou a ser real e tornou-se desejado. É nesse instante que se dá o golpe emocional: é subitamente atirada para a lama ao receber uma carta de rompimento (que não é dele mas pensa ser por não ter tido tempo de lhe conhecer a caligrafia). Julga-se abandonada, percebe-se usada de forma vil e cruel. Isso praticamente a destrói. 

Ela não vê mais sentido para continuar a viver! A menos que encontre o sacana para se vingar das mentiras e da forma vil como a usou e brincou com os seus sentimentos. O tempo que teve para viver o romance foi tão curto, que não deu para saber nada realmente sério sobre ele: quem era a sua família, onde morava. Só lhe sabia o nome, nada mais!

Ela faz disso o seu motivo para continuar viva e fica obcecada: quer descobrir onde ele anda, qual o seu paradeiro. "Vingar-se" - diz ela.

Começa a gastar rios de dinheiro - todas as suas poupanças (de mulher rica), em investigações que não levam a lado algum e quase colocam a sua vida em risco. Fica à beira da falência. Até que decide aceitar o afecto de um cavalheiro igualmente sofrido, que lhe oferece o casamento e a vida com a qual passou a sonhar e que viu ser brutalmente esmagada.


Revejo-me um pouco nesta história. Removendo a parte da vingança, pois já não sou dada a esses impulsos juvenis. Tenho maturidade suficiente para não ir por aí e a minha inclinação é desejar bem às pessoas, mesmo as que me ferem. Pelo menos costumava ser assim. Agora talvez abra excepções.

Revejo-me também na parte em que ela gasta rios de dinheiro - todas as suas economias, para o tentar encontrar. Ainda não tive tempo para contar essa parte da minha actual história. Continuo a rever-me na de ficção, mas optei por um caminho diferente, embora o resultado seja o mesmo: esbanjar as poupanças.

No pico daquele desespero de lágrimas sem fim e angústia no coração, sei que mencionei aqui que fiz umas compras por impulso. Soube de imediato porquê as fiz. Foi a minha maneira de me agarrar a algo. um impulso que nunca antes tive. Assim como ela se agarra à vingança, eu decidi investir em mim. Por impulso, entrei numa loja oculista e fiz um teste à vista. Que, claro, acusou necessidade de usar uns para combater o "cansaço e esforço" ocular. Deixei-me levar e paguei por algo que não uso e coloco em causa que faça falta. Depois comprei roupa, acessórios. Uns estão ainda por usar. Logo de seguida decidi ir em frente com algo interrompido, e optei por arranjar os dentes, não importa quanto me fossem cobrar. E depois, decidi seguir os concelhos de uma especialista, para melhorar a minha aparência. E decidi afastar-me viajar mais. Comprei mais passagens de avião. Ao todo, desde que tudo aconteceu há pouco mais de dois meses, já esbanjei 15.000€. 

E não teria gasto um centavo, não fosse pelo impacto emocional causado pelo seu comportamento inexplicável.

Podia tão bem ter gasto o mesmo em coisas tão melhores, feitas a dois... ai.


Mais gastos podem vir a caminho. Não vejo resultados alguns no "aperfeiçoamento" da imagem e isso pode levar-me a fazer experiências ainda mais caras. Nesse sentido, sei não ter economizado o suficiente para tamanha ambição. 15.000€ é muito dinheiro, mas não é nada se pretender enveredar pelo caminho dos tratamentos estéticos. Por exemplo: se um especialista dizer-me que necessito de implantes mamários, isso não faz parte dos meus planos mas, se ficar convencida que faz sentido e como sei que não estou satisfeita com a direcção para a qual os seios estão a ir, ele poderá convencer-me que é o melhor. E eu vou considerar essa opção. Estou disposta a isso. 

Tudo por causa do que me motiva a investir em mim: recuperar-me e esconder uma dor, um conjunto de muitos sofrimentos de uma vida inteira, decepções a perda de sentido em continuar respirando. Uma última forma de vir à superfície em busca de ar. 

Ao mesmo tempo, talvez não queira fazer nada. Não tive grande saída: ou era isso, ou desistir de vez. As duas decisões em si podem parecer opostas, mas não estão afastadas. Ambas são um acto extremo para um sentimento idêntico: uma dor tão poderosa, que se torna incapacitante e remove o sentido a tudo.


A história da novela não tem qualquer hipótese de acontecer nos dias de hoje - podem estar a pensar. Enganam-se. Basta substituir a carta por um SMS e é tão contemporânea quanto sempre será. Decepções amorosas são eternas e, pessoas a querer intervir numa história de amor e alterar a vida das outras também. 


Agora que estou a ficar mais velhota (e menos observada na rua), cheguei a contemplar a ideia de um dia vir a saber o que é ser rejeitada. Não que nunca tenha acontecido gostar de quem não gostasse de mim, e ser ignorada, ou preterida ou ter sofrido antes... Mas assim, de chapada na cara, seca, agressiva... Nunca. (Ou quase nunca, não sem ficar com uma ideia de um possível motivo).

Cresci a ser assediada, a ser mirada, achei que era assim com todas as mulheres. Não sabia que não era. (sorte das que não são, aproveitam melhor a vida). Aprendi a fazer cara feia, para dissuadir esses comportamentos, que sempre me deixaram desconfortável ou irritada. E descudei-me, apreciando a alteração de comportamentos que isso trouxe. Embora bastasse vestir-me um pouco melhor, para os ver regressar. Porém, a flacidez idade não perdoa nem a mais bela das mulheres (não, não me considero uma, nunca considerei). Acho que devo começar a contemplar coisas melhores, pois, mesmo na fantasia, o cupido sádico só sabe apanhar as partes que lhe interessam.

Sejam felizes.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Cortar pessoas... quem é o próximo?


Dei por mim a perceber que queria falar com o homem que me dá boleia do emprego até ao parque do supermercado. E não gostei de perceber isso. Acho que ele terá de ser um dos que "vou cortar".

A última vez que ele me deu boleia, foi no dia 29 de Outubro, aquela que mencionei aqui. Foi ele que ma ofereceu por mensagem, sem sequer me ter visto no emprego. Nessa noite que ele ficou a conversar comigo no parque de estacionamento até depois da meia-noite, mostrou-me fotos da sua viagem em família e contou-me muito sobre si. Daí para cá, têm existido troca de mensagens, todas elas começando pela oferta da boleia. 

Desde que fui seguida por um indivíduo numa dessas ocasiões em que não apanhei boleia com ninguém e fui a pé, pensei em contar-lhe. Na segunda-feira, ele viu-me no trabalho, chamou por mim e falámos brevemente. Nessa noite porém, preferi apanhar boleia com uma colega que me deixa a meio do caminho e o resto faço a pé. Na terça-feira, também foi ele que meu viu sentada na área de convívio e cumprimentou-me, embora eu tenha estranhado a frieza. Nem parou, continuou percurso - o que nunca antes tinha feito. Tal como na véspera, no final do turno, se eu esperasse um quarto, meia-hora, ele disse-me que podia dar-me boleia. Mas preferi vir a pé e enviei-lhe uma mensagem nesse sentido. Ele ligou-me, para dizer-me que estava perto e perguntar se eu já tinha saído. Disse que sim, que me apetecia caminhar e que não queria que ele se apressasse. "Eu nunca tenho pressa" - respondeu-me. 

Ainda me perguntou se queria que apitasse se me visse a caminhar na estrada no seu regresso, mas respondi-lhe que não devia ver-me, pois tinha cá para mim que ele ia demorar-se e pelo tempo que ia levar, eu já devia estar perto de casa. Decido entrar no supermercado para uma compra urgente (mais um grande doce de chocolate quase todo comido nessa noite) e nisto acho que o vejo num dos corredores. Era bem possível, já numa outra ocasião encontrei-o ali. 

Decido cumprimentá-lo. Ele mostrou quase indiferença e pareceu não querer conversa, continuou a olhar para as embalagens de comida que segurava, aparentemente indeciso quanto ao que levar. Já na primeira vez que o encontrei no supermercado, logo no dia a seguir à primeira segunda boleia, altura em que me contou que pela manhã ia justificar-se sobre um incidente no emprego, ficou claro que não queria muita conversa. Bastava-lhe um simples cumprimento, algo quase imperceptível, de colegas que não trocam mais que isso em palavras. 

Também com vontade de chegar a casa, não puxei conversa, não perguntei se havia chegado à muito tempo, se me viu na estrada... Decidi deixá-lo em paz e despedi-me: "Bom, vemos-nos amanhã... ou não". E fui embora. 

Antes das 11h da manhã seguinte um novo SMS dele: "Olá. Chego tarde esta noite e eles querem que faça um pouco mais de horas. Provavelmente vou terminar pelas 23, 23.30. Se ainda estiveres por perto, és bem vinda a uma boleia". 

Uma coisa que registei na grande conversa que me deu naquela noite no parque de estacionamento, foi ter-me dito que, se achasse que eu lhe dava sinais de interpretar a boleia como outra coisa ele ia inventar uma desculpa e dizer que já não estaria disponível. 

Disponível ou não, eu é que não quero confusões. Chega-me aquela pela qual passei, que até hoje não sei o que me atropelou. Já lhe disse que pego boleia dele se o vir no trabalho. Se não o vir, não conto com ele. Não me parece bem. Ao que ele respondeu: "Somos amigos, não tem problema, eu dou-te boleia". 

O que percebi é que já tinha coisas que lhe queria contar, não pude e já estava a adiar essa ideia para uma melhor ocasião. NÃO GOSTO DISSO. É-me demasiado familiar. E depois... se ele é todo afável dentro de um contexto e não o é diante de outro em que há pessoas e/ou CCTV por perto... dá que pensar.

Por via das dúvidas... só com uma vara de 10 metros!



terça-feira, 12 de novembro de 2019

Mais a tal das coincidências

Vou contar-vos tudo: Tive hoje o primeiro dia numa nova função. Fui para experimentar se gostava e para ganhar algum dinheiro. Como estas empresas que precisam de pessoal por um curto período de tempo ficam longe, em locais isolados, a agência de emprego combinou que um dos seus agenciados que já lá trabalha vinha apanhar-me de carro. 

Um aviso: Para compreenderem melhor o que vou relatar tem de ler o post A Troca de Gary e Um Domingo Produzindo

Um rapaz chamado Craig vinha apanhar-me de carro e o veículo era um mini cooper vermelho. Voces lembram-se de ter falado que conheci um rapaz giro no "novo" trabalho e assim que me decidi a conhecê-lo, aquele era o seu ultimo dia?

Foi trabalhar para outro lado. Chamava-se Greg e o que não contei foi que ele conduz um mini cooper vermelho. Igualzinho a este:

Quando escutei o nome Craig lembrei-me do Gary, mas até este instante não havia percebido que o nome não era o mesmo. Nessa empresa também existia um Greg e já não recordada do nome do "rapaz giro" e lembrando-me de um Greg, associei Craig ao afinal Gary. (São parecidos, quase de pronúncia idêntica eheh). 

Sabia que não devia tratar-se da mesma pessoa por saber que a empresa para a qual o Gary se mudou é de outro ramo. Mas ainda assim criei uma certa expectativa. Ia sentir-me mais confortável se me aparecesse alguém conhecido. 

Apareceu um rapaz jovem, com um carro idêntico ao do Gary, com a excepção de que estava tão  sujo, tão imundo, por fora e por dentro, que mal dava para perceber as cores.

O rapaz pareceu porreiro, despreocupado, mas conduziu de forma imprudente nas manobras, na velocidade e até no facto de gostar de escrever mensagens no telemóvel ao mesmo tempo que manobra o volante. Além disso, aprecia escutar música rap com letras muito sugestivas, em som alto, a viagem inteira. No regresso, foi pior, porque outras pessoas a quem também deu boleia começaram a fumar e como havia escutado as conversas que tiveram durante o expediente sobre o consumo de drogas que gostavam de fumar e de como um deles preferia escolher os charros, caso voltasse a ser apanhado a conduzir drogado e tivesse de optar, comecei a recear ter a vida em risco e não chegar viva ao Natal, ehehe!


Mas depois, a música alta, o fumo em segunda mão... aquilo até começou a saber bem. Deve-me fazer falta umas passas! E eu não conduzo, putz! Porque não? (pergunta: Será que ajudava a esquecer??)


No final do dia, indecisa entre o ficar e o ir embora, escutei o cansaço e decidi dizer à agência que não ia voltar para aquele trabalho. Não fiquei muito segura quanto à minha opção, mas o trabalho em si é de lascar! Ainda assim pensei em aguentá-lo, pelas duas semanas que me foi proposto. Mas foi o trato da gerente que me fez considerar abandonar a função antes que me arrependesse. Passadas algumas horas, com dores nas costas por estar há horas de pé, apoiei-me ligeiramente na mesa e continuei o trabalho. Era o meu primeiro dia, caramba! Até estava a sair-me bem e a ser veloz para alguém que acabou de começar e estava cheia de dores - pelo menos assim achei. A gerente chega-se ao pé de mim e diz:
-"Não podes estar assim e tens de ser mais rápida porque vocês as duas têm tudo isto para embrulhar".

E foi-se embora. Ao que desabafei:
-"E querem que as pessoas fiquem? Nem sugeriu uma técnica para ser mais rápida, só disse tens de ser mais rápida".

Ora, gerentes assim... não quero eu. Se tenho de mostrar eficácia, espero que a gerência saiba mostrar competência e aptidões na abordagem para com as pessoas. Tem de saber falar e dar o exemplo. Não exigir resultados sem sequer ensinar como se faz o que seja. 

O trabalho é fabril, não é difícil, mas consiste na repetição cansativa de gestos. E existem cotas a alcançar. Números exorbitantes para a quantidade de pessoas a executar as tarefas e mais ainda para duas iniciantes, como eu e a outra a quem ela fez referência. Para quem estava no seu primeiro dia de trabalho, achei que a gerente mostrou ter uma atitude infeliz.

Quero isso para mim??
Ou vou começar a cortar com o que discordo?

Decidi cortar.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Outro teste: O de Kinsey


Andei pelos post no blog um jeito manso e deparei-me com a autora a dizer que fez o quizz de Kinsey cujo resultado deu "certinha que nem uma flecha". 

Ora, tendo eu visto o filme sobre Kinsey dezenas de vezes, não precisei de introdução ao que se tratava. Um estudo sobre a sexualidade humana. Por curiosidade, fui fazer o teste. E gostei do que deu. Acho que é verdadeiro.

ESCALA: entre 1 a 2.

CONCLUSÃO: MENTE ABERTA


Você está entre um 1 ou um 2 na escala de Kinsey. Isto quer dizer que você sente-se predominantemente atraída por membros do sexo oposto, mas têm existido ocasiões em que a ideia de um encontro entre o mesmo sexo a intriga. Independentemente de já ter agido sobre esses pensamentos ou não, isso mostra que você tem a mente aberta e é tolerante perante as preferências das outras pessoas. Ainda bem para si!


AMEI!
Sou tolerante e compreensiva desde que nasci e desde que me conheço como gente que algumas pessoas acham esse traço admirável. 

Capaz até de ser tolerante com coisas que ainda estão classificadas como indecentes. Tudo depende, claro, do contexto

Faça aqui o teste de Kinsey.
(O tamanho das imagens no monitor podem influenciar o resultado)


Nota: A dizer a verdade, achei-o pouco fiel ao que imagino poder ter sido os reais testes. É fácil de perceber que tudo o que basta é detectar um corpo humano para que o resultado jamais possa ser idêntico ao da nossa comadre Um jeito Manso.