Metereologia 24 h

Mostrar mensagens com a etiqueta prepotência. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta prepotência. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Sempre a aprender novas lições de vida

 


A colega é uma idosa de 80 e tal anos. Por isso, quando se dirigiu a mim com o seu habitual jeito crítico e autoritário, não quis a repreender. Obedeci à ordem que me deu e justifiquei porquê não ia obedecer à segunda: colocar a minha garrafa de água no chão. 

A sua reação foi ainda pior que as ordens que decidiu dar, com uma prepotência e autoridade à qual fiz por ignorar, devido à idade e a querer acreditar que se trata também de um pouco de cultura mal interpretada. Afinal, eu fui criada de uma maneira, ela foi criada noutra, noutros países, diferentes décadas.

Enquanto lhe dizia, com simpatia na voz, que preferia manter a garrafa de água comigo porque esta tende a..... 

Ela interrompe-me e sai-se com esta:
-"Não preciso de ouvir nenhuma explicação. Não me interessa". 

Rude para caraças. Mas, mais uma vez, achei que talvez fosse o "upbringing" - a educação quiçá rígida de outros tempos, que ela deve ter tido num país mais totalitário qualquer, mais opressor.     

DESCONTO para a sua atitude de arrogância, autoridade. 
Mas não é NADA agradável trabalhar com ela. 

Há medida que o trabalho desenrola, coloquei uma caixa em cima da outra, para lhe facilitar o transporte e, mais uma vez, lá vem a repreensão, a crítica e a ordem: 

- Nada de por uma caixa em cima da outra! 
- Grita, logo após puxar violentamente uma das caixas de volta de onde a tinha tirado. 

Que nazi! É muito difícil trabalhar com pessoas assim. MUITO. 

Já estou a revirar os olhos quando o gerente me diz que afinal vou trabalhar noutra area.

Para o meu lugar surge uma outra colega, que já havia reparado estar a saltitar de uma área para a outra, como se pouco qualificada para fazer grande coisa. Ela parece nunca saber bem o que há para fazer. Meteram-lhe na mão um scanner e ela atrapalhou-se. Então o gerente a mudou de lugar e ela tomou o meu. Nisto, quando se aproxima da idosa, as duas parecem se engajar muito bem. A idosa está até a conversar. Comigo deu-me o tratamento de silêncio, até mesmo quando a cumprimentei, ao chegar. 

Fiquei revoltada. Então é assim?? 

Agiu como uma nazi. Subitamente entendi que podia muito bem ter sido uma, ou filha de nazis. Os jovens nazis são hoje muito idosos... e não foi por isso que deixaram de ser nazis. Não só envelheceram, como geraram filhos. Que muito provavelmente foram injectados para pensar como os pais e educados para tratar os outros com arrogância, superioridade, prepotência, má educação, maus modos, altivez, recriminação e, se puderem sair ilesos aos olhos da sociedade, torturar e matar. 

 O que aprendi então foi uma LIÇÃO DE VIDA. 

Não se tem de tratar bem uma pessoa maldosa só porque é idosa.
Assumir que, só porque a pessoa é geriátrica, teve amplo tempo para se pacificar e encontrar o "nirvana" da vida é um erro. A pessoa geriátrica não é automaticamente atenciosa com os que os rodeiam. Tanto os nazis como os Charles Manson da vida envelheceram. Um leopardo nunca perde as pintas, não é assim? E se, enquanto criança, ficou "tatuado" em mim que se tem de se respeitar sempre os mais velhos, afinal existem excepções. 

Tratar alguém como te tratam a ti. Esse devia ser o lema. 

Tenho um outro colega também avançado na casa dos 70, o Jimmy, que sempre foi um raio de sol. Sempre com um sorriso aberto no rosto. Muitas vezes lhe perguntei porquê não vai para a reforma. Ele me diz: "Para quê? Para morrer em questão de meses? Conheci muitas pessoas que, depois de se reformarem, estavam mortas no espaço de poucos anos".

Ele é feliz a trabalhar. 
Acho louvável. Acho normal. É o que eu pretendo também sentir quando lá chegar. 
A vida e o que nos interessa não termina quando se chega aos 70 anos. Ou 80. Ou 90. 

E também não existe um milagre que torne uma pessoa desagradável em pessoa afável, só porque avança na idade.  

 Espero não esquecer esta lição de vida! 

terça-feira, 22 de março de 2016

As hormonas masculinas são f**d-das!


Acendi a televisão e fui parar ao final de um programa sobre uma mudança de sexo.

Estão a entrevistar o tipo que fez a mudança junto com a namorada e perguntam a esta como foi para ela. Esta responde que se sente uma sobrevivente. O tipo não gostou. E conta que ela é uma ex-alcóolatra. E a miúda responde: "Sim, estou sóbria agora, mas não estive durante a faculdade". E o tipo responde: "Não é fácil passar pelo alcoolismo e por uma mudança de sexo".

Eu pensei cá com os meus botões: "És um sacana".

Noutro dia assisti a um ténue episódio de bulling doméstico. Da mulher para o homem. E comecei a reflectir sobre as expressões "todos os homens que valem a pena estão casados" e "eles não sabem escolher as que valem a pena".

E concluí que ambas são verdadeiras. Os melhores homens estão, realmente, casados. E a maioria, infelizmente, com mulheres que lhes infernizam a vida mas que eles cegamente, idolatram. O oposto também acontece (não se atraíssem os opostos) e mulheres doces e compreensíveis que se casam, acabam com homens violentos e manipuladores. Temos então assim algo que nunca vai resultar. Mulheres boas solteiras, homens bons casados. Mulheres egoístas casadas, homens maus solteiros...

E a responsabilidade é de ambos os sexos, que quando sabem o que querem, vão procurá-lo nos recipientes errados e se iludem consigo mesmos e com a outra pessoa. Bem sei que há excepções, felizmente alguns, acertam-se, se não à primeira, pelo menos ao fim de algumas tentativas. Mas no geral, dou como corretas as expressões. 

Voltando à mudança de sexo, acabei por constatar que até um homem que nasceu mulher prefere ser um homem sacana. Fazem a mudança de sexo mas parece que o que querem absorver do sexo que lhes foi fisicamente oposto é a canalhice. Tudo o que é de «macho», feio, porco e mau...

Noutra ocasião assisti a um outro programa nacional onde um concorrente também tinha realizado uma mudança de sexo de mulher para homem. Mas o que assisti sobre o carácter do indivíduo, não apreciei. Preconceito para com a mudança de sexo não me pareceu que tenha existido, nem vindo do público nem dos colegas. Curiosidade sim, mas ataques, descriminação e maledicência, nem por isso. Mas convém «alimentar» as excepções à regra, para que o indivíduo possa manter-se com um certo estatuto de quem é especial, como se isso legitimasse todas as suas atitudes menos corretas.  

Penso que nada deve servir de pretexto e ser usado como carta branca para não se ser julgado pelos nossos actos. Nem mudanças de sexo, nem opção sexual, nem doença grave e quase fatal. Somos todos indivíduos, façamos parte de que género for. O que nos distingue não é esta carcaça que carregamos, mas quem somos. E isso, se não me agrada, pouca diferença faz os «traumas» que a sociedade reconhece como legítimos e desculpáveis. 

Como sociedade, é um erro as pessoas «passarem a mão» a casos distintos, quando se devia recohecê-los mas atribuir trato igual. Além de dar amor e entendimento, educar é saber recriminar quando necessário. Provavelmente indivíduos com problemas de identidade de género, ao crescerem e durante a formação da sua personalidade, podem ser exageradamente reforçados com noções de que devem gostar das pessoas que o entendem e o resto não interessa, etc. Aumentando assim a distância entre o esclarecimento e o entendimento com o mundo. Contribuindo assim para que um indivíduo a crescer com alguns problemas de identidade se sinta por direito com legitimidade para descriminar e agredir (porque se sente agredido), para fingir, para ser injusto e por vezes cruel com o semelhante porque ele, que é o que é, passou pelo que passou...

Ao se individualizarem podem correr o risco de se «desumanizarem» ou se colocarem num patamar tão à parte que se tornam particularmente egocêntricos. 

A sociedade simpatiza com o «desgraçado». Tende a imaginar a angústia que passou na vida, se compadece e até se torna, inicialmente, defensora e se auto proclama admiradora de indivíduos com determinadas «desgraças». Mas se essa pessoa «desgraçada» revela ter um carácter que deixa a desejar, penso que não vai ser aquilo pelo que passou que lhe confere um estatuto irrepreensível. 

De volta ao programa na TV, o tipo que mudou de sexo é mais uma vez entrevistado e nota-se que tem consciência do que são os media e sabe a imagem que quer passar. "Estou feliz e a vida nunca foi tão fácil". Tornando a mudança de sexo assim, uma coisa ligeira, normal, pouco relevante. O repórter de seguida pergunta: "O que é que a sua mãe pensa disso?". Milésimos de segundos apenas de uma hesitação com um olhar semi-fulminante, que relembra o descontentamento de meterem a "mãe" na conversa e o tipo responde, recuperando o sorriso braqueado: "Isso terá de perguntar a ela" - abrindo mais o sorriso.

A cena passa para a festa de comemoração. Amigos se reúnem num apartamento, o bolo que mandaram fazer faz lembrar um ritual canibalístico pois é um torço masculino, divertem-se, riem e chega o momento do discurso.

Novamente a habilidade, a capacidade de dizer aquilo que sabe que cai bem e é o que se espera ouvir. No discurso não esquece de agradecer à namorada porque sabe que "não é fácil lidar com uma mudança de sexo". Pois. - pensei. Não é fácil mas quando lhe perguntaram como foi para ela não a deixaste acabar o raciocínio e apressaste-te a expô-la como ex-alcóolatra. O que revela um carácter manipulador que gosta de diminuir a pessoa ao lado. Como que a compensar-se por não ser o único com um esqueleto no armário... 

Então voltei às minhas reflexões e concluí que o gene masculino é mesmo lixado! Venha de que direcção vier, «macho» que é «macho»... é macho....

Nota: voltei a acender a TV e fiquei chocada com o que ouvi sobre a vida privada de Einstein.  Fica para outro post.