Tenho medo de quem poderei vir a ser numa proxima reencarnacao.
Nesta sou uma panhonha que espera sempre o melhor das pessoas. Na proxima... decerto serei o oposto. Nao é assim que as coisas funcionam?
Fui mandada executar uma tarefa junto de outras pessoas e nao estou a faze-lo a mais do que uns minutos, quando decido ir ao WC. Nao tinha tido tempo ate entao.
Quando regresso, o gerente chamam-me a parte, para me fazer uns reparos em relacao a forma como trabalho.
Obviamente alguem foi ter com ele fazer queixas. Falsas e mentirosas. Este tipo de atitude tira-me do serio.
Quem me conhece - e acho que o manager deve saber isto, sabe que nao viro as Costas a trabalho. Faço por ser rapida, eficiente, organizada e estou sempre a ajudar os outros e a trabalhar em equipa. Muitas vezes nem dou conta, mas aproveitam-se disso.
A tolerancia que tenho com este tipo de mesquinhice ainda existe, mas nao e maia algo que nao me atinge. Nao depois daquela casa. Tanta mesquinhez é deveras irritante.
Fosse eu ja reencarnada e explodia com as gajas que foram fazer queixinhas. Duas velhas preguiçosas e lerdas com contracto de trabalho que olham de cima para baixo OS outros, achando-se superiores apenas devido a longevidade do posto.
Mete-me nojo.
quinta-feira, 30 de julho de 2020
quarta-feira, 29 de julho de 2020
A melhor refeicao desde o Natal
Cozinhei uma quiche para o jantar. Partilhei com todos. A reaccao? Nao podia ter sido melhor!
Bocas com desejo de comer, felicidade e satisfaçao no rosto, nenhuma hesitacao em repetir. E para culminar, este comentario:
- This was the best meal I had since christmas!
(Foi a melhor refeicao que comi desde o natal)
Roi-te de inveja, Gordzilla. 😂😂
As coisas estao a voltar a normalidade.
E eu estou a recuperar quem sou: uma pessoa que gosta de partilhar comida, seja cozinhada por mim ou por outros. Sem me armar em perita. Sabendo muito bem que entendo quase nada de cozinha.
Um dos motivos da implicacao na outra casa, percebo-o agora. Como podia alguem sem conhecimentos de culinaria aprofundados, que nao segue uma receita, cozinhar melhor que a Gordzilla? Ela, que vive para ver programas televisivos sobre culinaria compra livros com receitas e se proclama conhecedora?
Na outra casa recusavam tudo o que lhes oferecia. E deram-me a entender que o fazia muito mal. Acabei me habituando. Impuseram-me uma nova realidade e fui forcada a segui-la.
Gradualmente, eu vou voltar a ser eu.
Bocas com desejo de comer, felicidade e satisfaçao no rosto, nenhuma hesitacao em repetir. E para culminar, este comentario:
- This was the best meal I had since christmas!
(Foi a melhor refeicao que comi desde o natal)
Roi-te de inveja, Gordzilla. 😂😂
As coisas estao a voltar a normalidade.
E eu estou a recuperar quem sou: uma pessoa que gosta de partilhar comida, seja cozinhada por mim ou por outros. Sem me armar em perita. Sabendo muito bem que entendo quase nada de cozinha.
Um dos motivos da implicacao na outra casa, percebo-o agora. Como podia alguem sem conhecimentos de culinaria aprofundados, que nao segue uma receita, cozinhar melhor que a Gordzilla? Ela, que vive para ver programas televisivos sobre culinaria compra livros com receitas e se proclama conhecedora?
Na outra casa recusavam tudo o que lhes oferecia. E deram-me a entender que o fazia muito mal. Acabei me habituando. Impuseram-me uma nova realidade e fui forcada a segui-la.
Gradualmente, eu vou voltar a ser eu.
domingo, 26 de julho de 2020
Entrando na arena e enfrentando o touro
Acho que é um processo que vai levar tempo, este de me curar dos efeitos nocivos que a anterior casa me incutiu.
Hoje, antes de despertar, consegui ouvir os restantes na casa a conversar (por enquanto sao so dois). Pude perceber que falavam de experiencias da pessoas na casa e isso despertou em mim a sensacao familiar de que falavam nas minhas costas.
Decidi abrir a porta do quarto devagar tentando nao fazer barulho. A ver de ouvia algo. Nisto calam-se e oiço a rapariga a comecar a subir as escadas.
Veio espreitar se eu me aproximava e confirmar se podia ter escutado a conversa deles?
Seria o retorno da familiaridade da conspiracao?
Entrei no WC e de seguida, desci para o espaco comum. Agora vazio. Fiquei a aguardar um deles se aproximar.
Nesse tempo, que me parece uma eternidade, a familiaridade da maledicencia tornar-se uma rotina começa a assolar-me e tomo uma decisao: Abordar o assunto.
A rapariga entra, pergunta se eu estou bem. Respondo que sim, mas que queria dizer uma coisa e pedi-lhe para que chamasse o rapaz.
Expliquei que fiquei com a sensacao de que esvaziaram a sala por me ouvirem a aproximar. Comecei por dizer que podia ser da minha cabeca devido ao que me sujeitei na anterior casa e que queria que soubessem que podiam dizer-me o que quer que fosse se tiverem algo para me dizer, algo com o qual nao estejam de acordo.
- Nao podias estar mais errada, tuguinha!
- nao, nada disso. Acho que ainda estas muito sintonizada no que era a outra casa - responde o rapaz.
E assim, com esta simplicidade, por ter decidido expor o que senti ao inves de o guardar ca dentro, tudo se desvaneceu.
Nada ficou pendurado no ar, como um cancro, a ganhar tamanho ate ficar gigante e colapsar em cima da minha cabeça.
Tenho orgulho em mim.
Por ter reagido face ao meu receio.
Assim ele nao cresce. Matei-o. Entrei na arena, chamei o touro e preparei-me estoicamente para a sua força brutal.
Tinha de aprender com os meus erros. Deixar estas impressoes regressarem à minha vida seria um erro grave, cometido muitas vezes no passado. É logo para exterminar.
Este foi um grande passo no caminho para a cura. Porque existe um trauma. Este nao desaparece como por magia devido a mudanca geografica. Nao e assim que as coisas acontecem. Vai ser gradual, esta recuperacao da minha auto-estima e confianca nas pessoas. Os efeitos nocivos do veneno daquela mafia italiana vao perdurar.
Mas eu vou enfrentar todos os touros. Sou uma gaja super guerreira. É tudo frente a frente, olhos nos olhos. Como um forcado diante do touro.
É profundo, o nivel de fragilidade a que cheguei por ser tao tolerante com a maldade alheia. Nao cheguei a contar aqui mas contactei uma entidade que oferece apoio psicologico naquele que foi um momento em que percebi a profundidade e ramificações do mal que me vitimizava. Porém, deles nao escutei resposta. So me telefonaram para confirmar os meus dados pessoais e fazer uma ficha. (Grande ajuda!).
Eu so queria falar de forma anonima com alguem. Precisava de contar o que se estava a passar. Mas o anonimato, hoje em dia, é pura ficção cientifica. Os teus dados pessoais sao mais ambicionados que ouro. Recolhem-nos cada vez que te aplicas a um emprego, cada vez que usas um cupao, cada vez que procuras um serviço "gratuito".
E em troca, recebes nada a nao ser publicidade, vendas e pedidos de doacoes.
Sim, posso sentir-me muito fragil. Mas na minha fragilidade existe tambem uma resistencia de diamante. Podem lapidar-me em frangalhos, mas nao conseguem destruir-me. Porque o meu interior nao é uma imitaçao barata. É puro e cristalino tal como a pedra preciosa.
E é essa pureza que muitos cobiçam. Porque nao a tem e por isso tentam destruir.
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quarta-feira, 22 de julho de 2020
Esta casa continua a fazer-me mal
Estou na antiga casa.
Esta casa tem malicia no seu DNA. Foi implementado pela Godzilla e nao há forma de o ver exterminado.
Vim mostrar o quarto a um potencial novo inquilino. Dois, para ser mais exata. Mas um nao apareceu.
Enquanto esperava, dois dos recem-chegados colegas estavam por perto e pude conversar com ambos. Alternadamente. E notei. Estava lá. O "veneno".
Desta vez, justamente aquele que era mais aberto comigo, mostrou-se mais formal e menos interessado.
A ultima conversa que tivemos foi apenas na segunda-feira. E foi muito amistosa. Ele abraçou-me em agradecimento a um presente que lhe trouxe e, em geral, a conversa, antes e depois disso, foi natural e genuina. Ele estava interessado e nao estava a levantar reservas. Isso deixou-me leve e feliz.
Será que ainda ia conseguir viver e manter uma experiencia natural de interação nesta casa?
Isto foi na segunda e entre anteontem e hoje, o que poderá ter acontecido? Teve terça, dia em que o senhorio esteve na casa, nomeadamente no quarto do rapaz. Ele gosta muito de conversar. E entre uma palavra simpatica aqui e ali, tambem mete uma ferroada.
(Talvez vos conte como tem sido as ultimas interacções que temos tido por whatsapp).
A minha intuicao diz-me que este rapaz recebeu outra valente dose de veneno e dai mostrar-se mais distante e menos caloroso comigo.
É que a fonte nunca é somente a de origem. A Gordzilla recruta soldadinhos para repetirem exatamente o que ela mandar. E isso é a melhor tecnica para quem quer espalhar mentiras com credibilidade. Fazer com que outros as confirmem. Assim ate parece legitimo.
Quando o homem que veio ver a casa foi embora, procurei os colegas mas ja tinham dispersado cada qual para o seu quarto. Um saiu prontamentende casa. Mas nao aquele que mencionei acima. Fiquei a aguardar que ficasse disponivel de um telefonema que estava a fazer.
Quando me aproximei para lhe pedir vinagre (elimina odores) ele foi novamente formal e pareceu desconfortavel. Pegou no telemovel que ja tinha posado na mesa e atrapalhou-se. Aquilo começou a falar sozinho e ele desculpou-se, dizendo-me que nao sabe porque aquilo aconteceu.
E posou o dito na mesa. O que me surpreendeu foi o seu ar de quem foi apanhado a fazer algo errado. So depois me ocorreu que ele deve ter agarrado o TM para gravar qualquer conversa que eu pudesse ter com ele.
Se assim for, demostra pouco a vontade e diz-me que ele pode estar a dar credibilidade ao veneno que outros lhe despejam nos ouvidos. Talvez ate tenha sido instruido a agir de certa forma com esta "desiquilibrada mental". (Palavras do senhorio).
Depois disto ele fechou-se no quarto e de la nao saiu, nem para fumar. Eu fiquei no jardim, onde sabia que ele ia, intuindo que naonia aparecer enquanto eu ali estivesse. Sentada na cadeira, veio o familiar sofrimento que este trato de distanciamento gerou em mim nos dois a mais anos que me sujeitei a ele.
E verti lagrimas. Quieta, de olhos fixos algures no verde do jardim. Emocionslmente ferida.
Fiz um teste. Decidi subir ao quarto, que ja esvaziei mas que ainda é meu. So para testar se ele saia para ir a cozinha, ao jardim fumar, etc.
Passada uma hora, abriu a porta do quarto so para abrir de seguida a da rua. E foi embora.
Pode ser da minha cabeça mas sinceramente, penso é que é da minha experiencia.
Esteve a evitar-me.
É claro que isso nao me deixa feliz.
Vocês devem estar a achar que eu nem devia sujeitar-me mais a isto! Devia ficar na outra casa e nao mais meter os pes nesta. Esquecer esta gente. Todos.
Sim, tem razao. Mas ainda desejo ser tratada com normalidade.
Se nao faço mal a ninguém, nao falo mal de ninguem, porque tenho de ser eu maltratada?
Sim, eu sei...
Esquece. É assim que as pessoas, o mundo, funciona. Que posso eu fazer? Ignorar.
E é o que irei fazer.
Mas hoje tentei. Fiz outra tentativa nisto.
Sou persistente no que é certo. E etou sempre a dar aos oitros hipoteses para se comportarem bem.
Ter observado hoje que ele evitou ficar sozinho comigo, me machuca. Sim, machuca. Nao vou esconder. É um trauma que provavelmente vou carregar comigo para o resto da vida.
A tristeza que isso me causa transforma-se em sofrimento emocional e dor.
É o trauma. O trauma de voltar a passar pelo mesmo. E o injusto da situação.
Um forte abraço.
(E nao se preocupem comigo e esta recaida)
Esta casa tem malicia no seu DNA. Foi implementado pela Godzilla e nao há forma de o ver exterminado.
Vim mostrar o quarto a um potencial novo inquilino. Dois, para ser mais exata. Mas um nao apareceu.
Enquanto esperava, dois dos recem-chegados colegas estavam por perto e pude conversar com ambos. Alternadamente. E notei. Estava lá. O "veneno".
Desta vez, justamente aquele que era mais aberto comigo, mostrou-se mais formal e menos interessado.
A ultima conversa que tivemos foi apenas na segunda-feira. E foi muito amistosa. Ele abraçou-me em agradecimento a um presente que lhe trouxe e, em geral, a conversa, antes e depois disso, foi natural e genuina. Ele estava interessado e nao estava a levantar reservas. Isso deixou-me leve e feliz.
Será que ainda ia conseguir viver e manter uma experiencia natural de interação nesta casa?
Isto foi na segunda e entre anteontem e hoje, o que poderá ter acontecido? Teve terça, dia em que o senhorio esteve na casa, nomeadamente no quarto do rapaz. Ele gosta muito de conversar. E entre uma palavra simpatica aqui e ali, tambem mete uma ferroada.
(Talvez vos conte como tem sido as ultimas interacções que temos tido por whatsapp).
A minha intuicao diz-me que este rapaz recebeu outra valente dose de veneno e dai mostrar-se mais distante e menos caloroso comigo.
É que a fonte nunca é somente a de origem. A Gordzilla recruta soldadinhos para repetirem exatamente o que ela mandar. E isso é a melhor tecnica para quem quer espalhar mentiras com credibilidade. Fazer com que outros as confirmem. Assim ate parece legitimo.
Quando o homem que veio ver a casa foi embora, procurei os colegas mas ja tinham dispersado cada qual para o seu quarto. Um saiu prontamentende casa. Mas nao aquele que mencionei acima. Fiquei a aguardar que ficasse disponivel de um telefonema que estava a fazer.
Quando me aproximei para lhe pedir vinagre (elimina odores) ele foi novamente formal e pareceu desconfortavel. Pegou no telemovel que ja tinha posado na mesa e atrapalhou-se. Aquilo começou a falar sozinho e ele desculpou-se, dizendo-me que nao sabe porque aquilo aconteceu.
E posou o dito na mesa. O que me surpreendeu foi o seu ar de quem foi apanhado a fazer algo errado. So depois me ocorreu que ele deve ter agarrado o TM para gravar qualquer conversa que eu pudesse ter com ele.
Se assim for, demostra pouco a vontade e diz-me que ele pode estar a dar credibilidade ao veneno que outros lhe despejam nos ouvidos. Talvez ate tenha sido instruido a agir de certa forma com esta "desiquilibrada mental". (Palavras do senhorio).
Depois disto ele fechou-se no quarto e de la nao saiu, nem para fumar. Eu fiquei no jardim, onde sabia que ele ia, intuindo que naonia aparecer enquanto eu ali estivesse. Sentada na cadeira, veio o familiar sofrimento que este trato de distanciamento gerou em mim nos dois a mais anos que me sujeitei a ele.
E verti lagrimas. Quieta, de olhos fixos algures no verde do jardim. Emocionslmente ferida.
Fiz um teste. Decidi subir ao quarto, que ja esvaziei mas que ainda é meu. So para testar se ele saia para ir a cozinha, ao jardim fumar, etc.
Passada uma hora, abriu a porta do quarto so para abrir de seguida a da rua. E foi embora.
Pode ser da minha cabeça mas sinceramente, penso é que é da minha experiencia.
Esteve a evitar-me.
É claro que isso nao me deixa feliz.
Vocês devem estar a achar que eu nem devia sujeitar-me mais a isto! Devia ficar na outra casa e nao mais meter os pes nesta. Esquecer esta gente. Todos.
Sim, tem razao. Mas ainda desejo ser tratada com normalidade.
Se nao faço mal a ninguém, nao falo mal de ninguem, porque tenho de ser eu maltratada?
Sim, eu sei...
Esquece. É assim que as pessoas, o mundo, funciona. Que posso eu fazer? Ignorar.
E é o que irei fazer.
Mas hoje tentei. Fiz outra tentativa nisto.
Sou persistente no que é certo. E etou sempre a dar aos oitros hipoteses para se comportarem bem.
Ter observado hoje que ele evitou ficar sozinho comigo, me machuca. Sim, machuca. Nao vou esconder. É um trauma que provavelmente vou carregar comigo para o resto da vida.
A tristeza que isso me causa transforma-se em sofrimento emocional e dor.
É o trauma. O trauma de voltar a passar pelo mesmo. E o injusto da situação.
Um forte abraço.
(E nao se preocupem comigo e esta recaida)
terça-feira, 21 de julho de 2020
Deus providencia
Se for correcto, Deus providencia.
No meu trabalho lido com muitos pacotes. Alguns aparecem rasgados, danificados, com coisas que facilmente podem cair. Esses sao novamente fechados e o item segue caminho. Mas por vezes, coisas soltas aparecem do nada, sem pertencer a pacote algum. O processo e por fases e sabe-se la em que etapa aquele artigo em particular separou-se da sua embalagem.
Porem o mais comum de aparecer entre os pacotes é lixo. Papeis soltos, plasticos, a ocasional garrafa vazia, involucros vazios de barras de chocolate, rebuçados e, desde o Covid, luvas de borracha.
Numa ocasiao estava em aflicao, mal conseguia trabalhar. As maos estavam a arder como se queimassem e so me aparecia coça-Las incessantemente. Na altura cheguei a mostrar fotos do estado das minhas maos aqui num post.
Nessa noite estou a enfiar os braços dentro de um enorme carro cheio de encomendas e so me apetece parar o que estou a fazer, remover as luvas e coçar as maos. Precisava se algum alivio, a sensacao de ardor sobrepunha-se a tudo, desconfortavel, torturante, mais forte que a minha vontade em me concentrar na tarefa.
Foi entao que pensei: "tenho de encontrar um creme para por nas maos já!". Mas sabia que nao tinha nada comigo. Nisto, no interior do carro, vejo uma latinha pequena, daquelas do tamanho de amostras. Ali, vinda do nada. Penso que alguem deve te-la deixado cair ali. Impossivel saber quem, quando... esta sem dono e vai para o lixo. A embalagem parece nova e decidi abrir. Se o creme tivesse, nem que fosse, uma leve impressao digital, eu nao teria tocado no produto (afinal, Corona virus minha gente!). Abri a tampinha que estava bem fechada percebo que a pomada esta intacta.
Essa latinha foi providencial. Aliviou muito a minha afliccao talvez por ser vaselina com aloe vera.
A coincidencia entre estar a precisar de algo em particular e subitamente essa coisa surgir do nada. Quais as probabilidades? Se calhar tantas como acertar no Euromilhoes.
Senti que foi intervencao do alem. E por isso nao me senti mal. Acreditam nestas coisas?
Semanas depois, desta vez no tapete rolante, reparo na quantidade de lixo que surge entre as encomendas. Dou-me so trabalho de remove-lo - tiras de plastico e etiquetas - para um cesto à parte. Que esta a ficar muito cheio. Mais nenhum outro colega se dá ao trabalho de tirar lixo do tapete. Por eles, o lixo segue a rolar ate cair no cesto da correspondencia.
Entao pensei: e se aparecesse dinheiro no tapete? Esse aposto que agarravam.
Nao é que, pela primeira vez desde sempre, uma nota de 5 libras aparece quando vou para agarrar um pacote?
Procurei algo aberto, um postal, uma carta, para tentar perceber se tinha vindo da correspondencia. Mas nada vi.
Achei que nao foi coincidencia. Era melhor portar-me bem, porque algo estava a ler a minha mente.
Acreditam nisso?
Existiram mais coincidencias deste genero. Mas a que quero contar é a de hoje.
Mudei para uma casa e sinto falta de uma cadeira de jardim e outra para usar no quarto. Mas uma cadeira para sentar la fora, achei essencial. Daquelas que se dobram seria preferivel, para salvar espaço.
Hoje de manha regresso a casa do trabalho e à porta junto com o caixote do vizinho, esta uma estrutura de madeira. Parece-me um tetris de jardim e pergunto-me se algum colega decidiu deitar fora parte do entulho armazenado no fundo do mato a que chamamos de jardim ( e que eu ja andei a aparar este sabado).
Entao pego na estrutura em Madeira para perceber o que se trata. É uma cadeira!
Achei demasiado providencial. Nao mais ignoro estas coincidencias, de modo que decidi mante-la. Parece funcionar. E é de madeira antiga, coisa que eu adoro. Vou restaura-la - outra das coisas que me da imenso prazer.
E pronto. É isto, minha gente 😊
Estou tranquila, feliz e vou agora trabalhar.
Muito obrigada e tudo de bom para si que me lê.
No meu trabalho lido com muitos pacotes. Alguns aparecem rasgados, danificados, com coisas que facilmente podem cair. Esses sao novamente fechados e o item segue caminho. Mas por vezes, coisas soltas aparecem do nada, sem pertencer a pacote algum. O processo e por fases e sabe-se la em que etapa aquele artigo em particular separou-se da sua embalagem.
Porem o mais comum de aparecer entre os pacotes é lixo. Papeis soltos, plasticos, a ocasional garrafa vazia, involucros vazios de barras de chocolate, rebuçados e, desde o Covid, luvas de borracha.
Numa ocasiao estava em aflicao, mal conseguia trabalhar. As maos estavam a arder como se queimassem e so me aparecia coça-Las incessantemente. Na altura cheguei a mostrar fotos do estado das minhas maos aqui num post.
Nessa noite estou a enfiar os braços dentro de um enorme carro cheio de encomendas e so me apetece parar o que estou a fazer, remover as luvas e coçar as maos. Precisava se algum alivio, a sensacao de ardor sobrepunha-se a tudo, desconfortavel, torturante, mais forte que a minha vontade em me concentrar na tarefa.
Foi entao que pensei: "tenho de encontrar um creme para por nas maos já!". Mas sabia que nao tinha nada comigo. Nisto, no interior do carro, vejo uma latinha pequena, daquelas do tamanho de amostras. Ali, vinda do nada. Penso que alguem deve te-la deixado cair ali. Impossivel saber quem, quando... esta sem dono e vai para o lixo. A embalagem parece nova e decidi abrir. Se o creme tivesse, nem que fosse, uma leve impressao digital, eu nao teria tocado no produto (afinal, Corona virus minha gente!). Abri a tampinha que estava bem fechada percebo que a pomada esta intacta.
Essa latinha foi providencial. Aliviou muito a minha afliccao talvez por ser vaselina com aloe vera.
A coincidencia entre estar a precisar de algo em particular e subitamente essa coisa surgir do nada. Quais as probabilidades? Se calhar tantas como acertar no Euromilhoes.
Senti que foi intervencao do alem. E por isso nao me senti mal. Acreditam nestas coisas?
Semanas depois, desta vez no tapete rolante, reparo na quantidade de lixo que surge entre as encomendas. Dou-me so trabalho de remove-lo - tiras de plastico e etiquetas - para um cesto à parte. Que esta a ficar muito cheio. Mais nenhum outro colega se dá ao trabalho de tirar lixo do tapete. Por eles, o lixo segue a rolar ate cair no cesto da correspondencia.
Entao pensei: e se aparecesse dinheiro no tapete? Esse aposto que agarravam.
Nao é que, pela primeira vez desde sempre, uma nota de 5 libras aparece quando vou para agarrar um pacote?
Procurei algo aberto, um postal, uma carta, para tentar perceber se tinha vindo da correspondencia. Mas nada vi.
Achei que nao foi coincidencia. Era melhor portar-me bem, porque algo estava a ler a minha mente.
Acreditam nisso?
Existiram mais coincidencias deste genero. Mas a que quero contar é a de hoje.
Mudei para uma casa e sinto falta de uma cadeira de jardim e outra para usar no quarto. Mas uma cadeira para sentar la fora, achei essencial. Daquelas que se dobram seria preferivel, para salvar espaço.
Hoje de manha regresso a casa do trabalho e à porta junto com o caixote do vizinho, esta uma estrutura de madeira. Parece-me um tetris de jardim e pergunto-me se algum colega decidiu deitar fora parte do entulho armazenado no fundo do mato a que chamamos de jardim ( e que eu ja andei a aparar este sabado).
Entao pego na estrutura em Madeira para perceber o que se trata. É uma cadeira!
Achei demasiado providencial. Nao mais ignoro estas coincidencias, de modo que decidi mante-la. Parece funcionar. E é de madeira antiga, coisa que eu adoro. Vou restaura-la - outra das coisas que me da imenso prazer.
E pronto. É isto, minha gente 😊
Estou tranquila, feliz e vou agora trabalhar.
Muito obrigada e tudo de bom para si que me lê.
sábado, 18 de julho de 2020
Finalmente, o JACKPOT!!!
Mudei de casa!!
Era esta a novidade que estava a guardar para voces. Nao quis estragar a surpresa contando antes.
Foi no inicio desta semana mas so ontem consegui retirar todos os meus pertences da anterior.
E como é a nova casa?
Muuuuuito melhor!!!
Moderna, tudo novo. Melhor localizada, melhor quarto e... mais barato!!
Mas onde realmente atingi o Jackpot foi nas pessoas. Exatamente o que mais queria. (Tanto o roguei aos céus).
E por isso sinto-me grata.
Sinto-me feliz.
É um prazer regressar a casa e uma satisfaçao encontrar um colega.
A cozinha esta equipada
com eletrodomesticos novos
Logo no primeiro dia a coisa correu bem. Percebi que o espaco era melhor do que estava à espera e fiquei satisfeita com isso.
No segundo dia convidaram-me para me juntar a eles no jantar de despedida de um rapaz que foi morar para Londres. Prepararam uma refeicao quente, mandaram vir pizzas que genuinamente gostaram de partilhar e nao quiseram saber quando propus pagar por elas.
Foi comida e conversa ate as 11h da noite.
Nessa noite dormi pela primeira vez na casa. E soube bem.
O Jantar improvisado |
No terceiro dia dei por mim a apressa-me para chegar à casa a tempo de me despedir do colega que se ia embora.
Mas o melhor foi perceber que ELES estavam satisfeitos comigo.
Tudo isto é tao diferente, oposto mesmo, ao tipo de ambiente de casa partilhada que experenciei ate ao momento. Talvez tenha de me beliscar.
É isto real?
Ontem um colega tinha acabado de receber pizzas quentes e logo fez questao de mas oferecer. Eu quis ser poupada e so lhe tirei uma fatia. Ele insistir, inclinou a caixa quase na vertical, a pizza comecou a escorregar e quase deslizou para fora da caixa. Mas ele queria que eu tirasse mais porque lembrou-se que eu ainda tinha de ir trabalhar.
Muito querido e atencioso da parte dele. Espero estar à altura. Porque o que encontrei aqui nao é um pouco diferente do que tinha no anterior. É 100%!
Vivi eu dois anos e cinco meses com italianos que faziam as proprias pizzas e NUNCA que estes foram capazes de me convidar e oferecer como este rapaz o fez.
E sabem o que as pessoas que avaliam pela aparencia diriam de uns e outros? O italiano bem aparentado, bom falante, iam rotular de simpatico. O polaco, fumador de cannabis e bom bebedor de alcohol, iam rotular de indesejado. Talvez ate perigoso.
Mas as pessoas valem pelas accoes que demonstram, nao pelo que aparentam. Este homem teve a cortesia de nao beber alcohol durante o jantar para o qual me convidaram e no qual insistiram para que eu bebesse vinho. (E acabasse com a garrafa). Ele ficou a sumo. No dia seguinte mencionei que queria colocar prateleiras na parede do quarto e ele prontificou-se a trazer-me as tabuas de Madeira, pois trabalha na contrucao. E trouxe-as! Junto com ferragens. Tambem as vai instalar e arranjar o berbequim e restantes produtos. Uma joia de pessoa!!
Ja o senhorio da outra casa, disse que sim a este meu desejo de ter prateleiras, mas comportou-se de forma canalha. Fez-me exasperar meses, insistindo em ficar indisponivel para tao simples tarefa.
Nao observei este traço na personalidade do novo colega somente com base na sua afabilidade para comigo. Tambem reconheci a sua disponibilidade e prontificacao para ajudar a outra colega numa destas noites, mortificada com a barra do armario da roupa, que estava sempre a cair. O rapaz foi ao supermercado fazer compras para si mas regressou com duas colheres de pau, partiu-as e esteve de volta da barra dela, a fixar o tubo de madeira na extremidade. Antes dela lhe bater à porta para se queixar, ja ele se tinha retirado para o quarto. Ao que parece, ele tinha o mesmo problema no armario dele, mas remediou a coisa enfiando papel e deu-se por satisfeito.
Contudo, quando foi para ajudar outra pessoa, voluntariou-se a todo este trabalho a meio da noite. Um gesto tao bonito com tanto despreendimento e ela nem percebeu. Achou que ele fez a barra para ele.
A maquina para de lavar roupa ate toca uma musiquinha para avisar que a roupa esta pronta!
Em dois dias nesta casa, comi mais pizza do que em dois anos na outra. O contraste!
Pessoas receptivas, a falar com sinceridade e acolhedoras. Todas com mas experiencias noutras casas e talvez por isso, interessadas numa mudanca. Eu mereço isto. Espero que assim continue.
E hoje é aniversario do rapaz. Vai fazer um barbeque e ja disse que vai comprar tudo. Quando lhe perguntei se tinha barbeque, disse que havia um no supermercado.
Imaginem!
Nao so compra todas as carnes, bebidas, etc, como vai propositadamente comprar um set de barbeque para o efeito.
Diante da sovinice que presenciei no outro lado, isto é mind blowing!
Que assim continue. Porque eu mereço.
E agora vou ao supermercado comprar umas bebidas sem alcohol!
😂😂
quarta-feira, 15 de julho de 2020
domingo, 12 de julho de 2020
I'm cinderella
Quando estou no jardim sinto-me como se fosse uma versao mais velha da Cinderella.
Fico rodeada de pardais, pombas, esquilos, borboletas. Que chegam cada vez mais perto.
Mas essa parte nunca acontece 🤣🤣
Fico rodeada de pardais, pombas, esquilos, borboletas. Que chegam cada vez mais perto.
- Aguardo o momento magico em que costuram para mim um belo vestido e passo de desgraçada a princesa.
Mas essa parte nunca acontece 🤣🤣
sábado, 11 de julho de 2020
No wc do emprego...
Encontrei esta mensagem:
"Por favor evite lavar os pés no lava-mãos nesta altura por motivos de higiene"
Mas quem é que lava os pes no lavatorio, seja em que altura for?! - disse, incredula, a duas colegas Indianas que tambem estavam no wc.
"Lavam, lavam, portuguesinha! Uma amiga minha viu uma pessoa a lavar os pes aqui. São essas mulçumanas, com os lenços na cabeça. Nao é higienico. Nao cumprem a distancia social e levam os pés aqui"
Bom, com isto fiquei a saber quem é que faz queixinhas por ali. E tambem percebi que existe rivalidade e antipatia entre as suas etnias mais proliferantes ali dentro.
Parece que o "racismo" existe em toda a parte. Ainda bem que sou branca e estou em minoria. Ninguem fala de mal de mim (que eu saiba) e todos querem conhecer melhor a "portuguesinha". Será por ser branca Occidental nao inglesa???
Bom, nao importa.
Agora já consigo entender melhor um outro aviso intrigante que vi la ha dois anos, e ainda ali permanece. Este:
sexta-feira, 10 de julho de 2020
Sensibilidade ao desemprego
Ainda aqui nao contei, mas emocionei-me e tive discretamente de limpar as lagrimas por duas vezes, quando uma das italianas a viver nesta casa deu de frosques pela calada.
Claro que, semanas antes, meses até, já eu notara uma agitação. A habitual postura de me manterem de fora das conversas que normalmente estariam a ter se eu nao estivesse presente, deu o alerta. Isso e o barulho de coisas a serem mexidas no quarto dela, o caixote de lixo entupido até a tampa deixar de fechar em apenas umas horas apos ter sido colectado pela camera e o constante uso do aspirador no seu quarto.
Nunca foi de limpezas demoradas logo, a mudança de habitos denuncia que algo se esta a passar.
Mas claro, nada foi dito na minha presenca nem nenhuma conversa que iniciei com eles, sobre tudo e mais alguma coisa, os faz mencionar o que, de outra forma, seria mais do que natural e esperado: ela ia abandonar a casa.
Sabem os meus horarios, sabem que ia trabalhar de tarde, saindo de casa pelas 4, mas, muitas vezes, optando pelo meio-dia, uma da tarde, de modo a ir para as filas das lojas a tempo de comprar mantimentos e seguir para o emprego.
(Mas na verdade, tambem para lhes conceder ainda mais tempo do todo que ja tinham para ficarem a sos com a casa. Julgando eu que ficariam gratos e simpaticos. Big mistake.)
Entao, sem que constituisse realmente uma surpresa, uma noite ao regressar do emprego, o carro do namorado dela que aqui estava a viver na casa e que fazia meses que ocupava a entrada, nao estava mais. Haviam sinais de disturbios no chao do wc, como se alguem tivesse arrastado algo pesado. E no wc, nao encontrei as gavetas de arrumos onde ela mantinha traquitana.
Nao sei porque lhes passa sempre pela cabeça que eu me surpreendo ou que vao conseguir irritar-me por eles me excluirem do que se passa pela casa. Acho tao previsivel terem esse conportamento, que sei detecta-lo so pela postura e linguagem corporal.
E depois, sempre a acharem que nao capisco niente de italiano, como se nao fosse facil identificar palavras e frases que sao semelhantes as minhas, originarias do mesmo Latim.
Ouvi-os falar sobre viajar para italia pelo menos umas seis semanas antes do sucedido. Estava a ver é que nao iam, de taaaanto tempo que levaram.
Ainda assim, nao foi o suficiente para se organizarem devidamente pois, quando la chegaram, tiveram de regressar. 🤣🤣
Uma viagem de automovel de horas ate a fronteira de italia, para terem de voltar no dia seguinte.
Nessa manha, ao sair do quarto e ao entrar na sala, dei os bons dias aos dois cabecilhas do covil que, como sempre, iniciam cedo (e sempre no mesmo lugar) a sua rotina de vilanice. Dei os bons-dias e perguntei direto se ela tinha ido embora da casa.
Um instante de surpresa passou-lhes pelo olhar, hove uma hesitacao e de imediato a Gordzilla (porque tudo que diga respeito a italianices ela logo intervem como se tivesse de defender a patria de um insulto) diz "sim e nao".
Eu fiquei a aguardar um desenvolvimento e ela meio calada, a nao querer dizer nada que me pudesse esclarecer. É este tipo de atitude com que sempre tive de lidar. Insisti, dizendo algo como: "como assim?" e foi entao que disseram que ela tinha abandonado a casa MAS ia regressar porque nao tinha permissao para entrar em Italia. Esqueceu-se de se informar sobre isso. 😂
Para contextualizar, ainda se estava em lockdown por causa do virus covid 19. E italia foi dos primeiros paises a fechar estabelecimentos, a fechar fronteiras para impedir a circulacao de pessoas e a impor quarentena regional. Portanto, nao deixa de ser um lapso invulgar, que lhes custou o terem de regressar ao Reino Unido.
E a Piada é que abandonaram acasa que nem ratos, pela calada, e as escondidas de mim. E quando estao a regressar, quase a estacionar o carro, eu sou a primeira pessoa que tem de ver.
A unica coisa que lhes digo é bastante simpatica ate. Imaginemos os cenarios:
1) Podia mostrar-se zangada por um colega de casa nao me ter mencionado que ia embora
2) podia ter gozado com a cara deles e fazer troça, dizendo piadas visando humilha-Los com o seu inegavel fracasso
3) Podia ter dito: bem feito! É para aprenderes a ser decente. Cá se fazem, cá se pagam. Ahah.
4) Podia ter cobrado uma "explicacao" e atirado-lhes na cara que nao gostei que se tivessem ido embora sem mo dizerem. Quer gostem quer nao, sou colega, vivo na casa e o certo era dizer.
Mas o que lhe disse, com um genuino sorriso e sem fazer julgamentos de valor foi:
-Ola. Já soube da tua pequena aventura.
E assim nao a fiz sentir-se mal por estar a regressar a um lugar que tinha abandonado e que comecou a esvaziar nos momentos em que eu nao estava por perto para desconfiar. Nao a fiz sentir-se mal por ter sido parva e nao se ter informado devidamente antes de partir. Foi impedida de entrar no proprio pais por estar registada como moradora neste.
Mas onde entram as lágrimas? Querem voces saber, caso Tenham lido até aqui.
Entram quando perguntei se ela ia regressar para o seu emprego.
Disseram-me que provavelmente ela o tinha perdido. Como sabia que ela tinha acabado de assinar contrato, coisa que eu estava na esperanca de tambem poder fazer quando fiquei sem o meu emprego, logo aí o meu coracao sentiu pensar por ela. E ha medida que a conversa entrou na eventualidade da empresa falir e ter de a dispensar, fui ficando emotiva. Aos meus olhos vieram lagrimas. Que removi com a mao, esperando que a minha sensibilidade nao tivesse sido notada pela Gordzilla, que era quem me estava a dizer aquilo. Faco isto duas vezes, sem conseguir conter pesar pela situacao de desemprego e incerteza que, subitamente, caiu em cima da rapariga. Mesmo tendo feito parte da quadrilha de gangsters.
A situacao dela e tambem de muitos outros. Sinto compaixao. Acho natural. EU sei muito bem o que nos faz na alma, na mente, estar no desemprego. Sinto receio de estar nessa situacao novamente. Tenho isso presente todos os dias.
E é por isso que hoje senti uma pontinha desse receio novamente. Os meus turnos sao facultados semanalmente. Nada é certo. Mas nos ultimos dois meses tenho mantido um horario de 38/43h semanais.
Porem é uma angustia constante. A qualquer instante podem Puxar o tapete por debaixo dos meus pes. E hoje, enquanto aguardava que me propusessem por mensagem os restantes dias da semana em falta para que pudesse confirmar que os fazia, percebi que nao me facultaram 5 dias. Alem disso, voltaram a reduzir o horario. Agora é menos meia-hora todos os dias. Isso significa 2h30m a menos de salario. Adicionando um dia, da 10h15m a menos.
E tudo porque?
Ontem estive a treinar duas novas empregadas. Vi uns seis novos funcionarios. Soube que uma colega teve o turno cancelado. As novas funcionarias que estive a ensinar ficaram a fazer o trabalho normalmente entregue a esta outra.
Eles nao precisam de novas pessoas. Mas como agencia de recrutamento, estao sempre a injecta-Las. So que, para isso, tem de remover outras. A desculpa que me foi dada é que a empresa pediu menos pessoal, e os novos empregados substituem outros que abandonaram o serviço.
Tretas.
Assim que chegaram, ja me causaram prejuizo.
Fui simpatica e ensinei tudo o que sabia. Mas o tempo todo nao deixei de recear ter os meus turnos cancelados por causa delas estarem ali.
Perguntei a uma se procurava outro emprego. Ela respondeu que sim mas nao me pareceu fazer esforços. Pois mencionei-lhe que tinha começado ver ofertas razoaveis na internet e o seu desinteresse foi visivel.
Aquela funcao é fisicamente ardua mas muito simples. Gente preguicosa que nao puxa pelo lafo fisico e se acomoda na simplicidade é o que mais há por lá.
E depois, de inicio nao mas, ao final de 12 semanas, pagam bem. Nenhum outro emprego do genero oferece 12 a 13 libras por hora. E é essa a real motivacao por detrás de muitos que ali estao.
Esta rapariga estava a espera de ser chamada de volta para trabalhar com a Norwegian. A probabilidade disso acontecer e muito remota. Ela propria o disse. Vi o gerente a engraçar com ela e a dizer-lhe que tinha uma ex gerente ali a trabalhar.
Percebi que beleza e posicao fazem os outros olharem para ti com mais respeito e interesse. Dedicacao ao trabalho e eficiencia, nem por isso.
Toda a minha vida regi-me por valores que pouco me valem.
Mas mudando de volta para as lagrimas derramadas pela desgraça de quem nao as merece: quando mostrei pesar pela situaçao, a Gordzilla muda de atitude e, de garras afiadas, começa a defender a italiana como se alguma vez esta tivesse estado sobre ataque. E diz, num tom de voz desagradado: "ela arranja outra coisa depressa. Tem experiencia, tem muitos anos de experiencia, é uma profissional!".
Percebi de imediato que ja estava a defender a italiana de alguma acusacao minha que so se passava dentro da cabeça dela. E parei.
Uma pessoa com pesar, a lamentar o sucedido, mesmo tendo acontecido com alguem que nao fez por merecer a minha compaixao, e ainda assim acabo a ser destratada.
"Profissional com anos de experiencia". Pois sim!
Porque é italiana, nao pode sequer recair sobre ela a possibilidade de nao ser perfeita, desejada. Essa imagem que querem projectar e que nao pode ser desmanchada, nem pelos factos.
E os factos é que ela nem um ano tinha de experiencia naquela funcao. Pelo menos foi o que me contou. Costumava trabalhar num restaurante em Londres. Vivia das gorjetas.
E a Gordzilla a galar-me dos "anos de experiencia" como hospedeira de bordo.
Aparências.
Enfim.
Claro que, semanas antes, meses até, já eu notara uma agitação. A habitual postura de me manterem de fora das conversas que normalmente estariam a ter se eu nao estivesse presente, deu o alerta. Isso e o barulho de coisas a serem mexidas no quarto dela, o caixote de lixo entupido até a tampa deixar de fechar em apenas umas horas apos ter sido colectado pela camera e o constante uso do aspirador no seu quarto.
Nunca foi de limpezas demoradas logo, a mudança de habitos denuncia que algo se esta a passar.
Mas claro, nada foi dito na minha presenca nem nenhuma conversa que iniciei com eles, sobre tudo e mais alguma coisa, os faz mencionar o que, de outra forma, seria mais do que natural e esperado: ela ia abandonar a casa.
Sabem os meus horarios, sabem que ia trabalhar de tarde, saindo de casa pelas 4, mas, muitas vezes, optando pelo meio-dia, uma da tarde, de modo a ir para as filas das lojas a tempo de comprar mantimentos e seguir para o emprego.
(Mas na verdade, tambem para lhes conceder ainda mais tempo do todo que ja tinham para ficarem a sos com a casa. Julgando eu que ficariam gratos e simpaticos. Big mistake.)
Entao, sem que constituisse realmente uma surpresa, uma noite ao regressar do emprego, o carro do namorado dela que aqui estava a viver na casa e que fazia meses que ocupava a entrada, nao estava mais. Haviam sinais de disturbios no chao do wc, como se alguem tivesse arrastado algo pesado. E no wc, nao encontrei as gavetas de arrumos onde ela mantinha traquitana.
Nao sei porque lhes passa sempre pela cabeça que eu me surpreendo ou que vao conseguir irritar-me por eles me excluirem do que se passa pela casa. Acho tao previsivel terem esse conportamento, que sei detecta-lo so pela postura e linguagem corporal.
E depois, sempre a acharem que nao capisco niente de italiano, como se nao fosse facil identificar palavras e frases que sao semelhantes as minhas, originarias do mesmo Latim.
Ouvi-os falar sobre viajar para italia pelo menos umas seis semanas antes do sucedido. Estava a ver é que nao iam, de taaaanto tempo que levaram.
Ainda assim, nao foi o suficiente para se organizarem devidamente pois, quando la chegaram, tiveram de regressar. 🤣🤣
Uma viagem de automovel de horas ate a fronteira de italia, para terem de voltar no dia seguinte.
Nessa manha, ao sair do quarto e ao entrar na sala, dei os bons dias aos dois cabecilhas do covil que, como sempre, iniciam cedo (e sempre no mesmo lugar) a sua rotina de vilanice. Dei os bons-dias e perguntei direto se ela tinha ido embora da casa.
Um instante de surpresa passou-lhes pelo olhar, hove uma hesitacao e de imediato a Gordzilla (porque tudo que diga respeito a italianices ela logo intervem como se tivesse de defender a patria de um insulto) diz "sim e nao".
Eu fiquei a aguardar um desenvolvimento e ela meio calada, a nao querer dizer nada que me pudesse esclarecer. É este tipo de atitude com que sempre tive de lidar. Insisti, dizendo algo como: "como assim?" e foi entao que disseram que ela tinha abandonado a casa MAS ia regressar porque nao tinha permissao para entrar em Italia. Esqueceu-se de se informar sobre isso. 😂
Para contextualizar, ainda se estava em lockdown por causa do virus covid 19. E italia foi dos primeiros paises a fechar estabelecimentos, a fechar fronteiras para impedir a circulacao de pessoas e a impor quarentena regional. Portanto, nao deixa de ser um lapso invulgar, que lhes custou o terem de regressar ao Reino Unido.
E a Piada é que abandonaram acasa que nem ratos, pela calada, e as escondidas de mim. E quando estao a regressar, quase a estacionar o carro, eu sou a primeira pessoa que tem de ver.
A unica coisa que lhes digo é bastante simpatica ate. Imaginemos os cenarios:
1) Podia mostrar-se zangada por um colega de casa nao me ter mencionado que ia embora
2) podia ter gozado com a cara deles e fazer troça, dizendo piadas visando humilha-Los com o seu inegavel fracasso
3) Podia ter dito: bem feito! É para aprenderes a ser decente. Cá se fazem, cá se pagam. Ahah.
4) Podia ter cobrado uma "explicacao" e atirado-lhes na cara que nao gostei que se tivessem ido embora sem mo dizerem. Quer gostem quer nao, sou colega, vivo na casa e o certo era dizer.
Mas o que lhe disse, com um genuino sorriso e sem fazer julgamentos de valor foi:
-Ola. Já soube da tua pequena aventura.
E assim nao a fiz sentir-se mal por estar a regressar a um lugar que tinha abandonado e que comecou a esvaziar nos momentos em que eu nao estava por perto para desconfiar. Nao a fiz sentir-se mal por ter sido parva e nao se ter informado devidamente antes de partir. Foi impedida de entrar no proprio pais por estar registada como moradora neste.
Mas onde entram as lágrimas? Querem voces saber, caso Tenham lido até aqui.
Entram quando perguntei se ela ia regressar para o seu emprego.
Disseram-me que provavelmente ela o tinha perdido. Como sabia que ela tinha acabado de assinar contrato, coisa que eu estava na esperanca de tambem poder fazer quando fiquei sem o meu emprego, logo aí o meu coracao sentiu pensar por ela. E ha medida que a conversa entrou na eventualidade da empresa falir e ter de a dispensar, fui ficando emotiva. Aos meus olhos vieram lagrimas. Que removi com a mao, esperando que a minha sensibilidade nao tivesse sido notada pela Gordzilla, que era quem me estava a dizer aquilo. Faco isto duas vezes, sem conseguir conter pesar pela situacao de desemprego e incerteza que, subitamente, caiu em cima da rapariga. Mesmo tendo feito parte da quadrilha de gangsters.
A situacao dela e tambem de muitos outros. Sinto compaixao. Acho natural. EU sei muito bem o que nos faz na alma, na mente, estar no desemprego. Sinto receio de estar nessa situacao novamente. Tenho isso presente todos os dias.
E é por isso que hoje senti uma pontinha desse receio novamente. Os meus turnos sao facultados semanalmente. Nada é certo. Mas nos ultimos dois meses tenho mantido um horario de 38/43h semanais.
Porem é uma angustia constante. A qualquer instante podem Puxar o tapete por debaixo dos meus pes. E hoje, enquanto aguardava que me propusessem por mensagem os restantes dias da semana em falta para que pudesse confirmar que os fazia, percebi que nao me facultaram 5 dias. Alem disso, voltaram a reduzir o horario. Agora é menos meia-hora todos os dias. Isso significa 2h30m a menos de salario. Adicionando um dia, da 10h15m a menos.
E tudo porque?
Ontem estive a treinar duas novas empregadas. Vi uns seis novos funcionarios. Soube que uma colega teve o turno cancelado. As novas funcionarias que estive a ensinar ficaram a fazer o trabalho normalmente entregue a esta outra.
Eles nao precisam de novas pessoas. Mas como agencia de recrutamento, estao sempre a injecta-Las. So que, para isso, tem de remover outras. A desculpa que me foi dada é que a empresa pediu menos pessoal, e os novos empregados substituem outros que abandonaram o serviço.
Tretas.
Assim que chegaram, ja me causaram prejuizo.
Fui simpatica e ensinei tudo o que sabia. Mas o tempo todo nao deixei de recear ter os meus turnos cancelados por causa delas estarem ali.
Perguntei a uma se procurava outro emprego. Ela respondeu que sim mas nao me pareceu fazer esforços. Pois mencionei-lhe que tinha começado ver ofertas razoaveis na internet e o seu desinteresse foi visivel.
Aquela funcao é fisicamente ardua mas muito simples. Gente preguicosa que nao puxa pelo lafo fisico e se acomoda na simplicidade é o que mais há por lá.
E depois, de inicio nao mas, ao final de 12 semanas, pagam bem. Nenhum outro emprego do genero oferece 12 a 13 libras por hora. E é essa a real motivacao por detrás de muitos que ali estao.
Esta rapariga estava a espera de ser chamada de volta para trabalhar com a Norwegian. A probabilidade disso acontecer e muito remota. Ela propria o disse. Vi o gerente a engraçar com ela e a dizer-lhe que tinha uma ex gerente ali a trabalhar.
Percebi que beleza e posicao fazem os outros olharem para ti com mais respeito e interesse. Dedicacao ao trabalho e eficiencia, nem por isso.
Toda a minha vida regi-me por valores que pouco me valem.
Mas mudando de volta para as lagrimas derramadas pela desgraça de quem nao as merece: quando mostrei pesar pela situaçao, a Gordzilla muda de atitude e, de garras afiadas, começa a defender a italiana como se alguma vez esta tivesse estado sobre ataque. E diz, num tom de voz desagradado: "ela arranja outra coisa depressa. Tem experiencia, tem muitos anos de experiencia, é uma profissional!".
Percebi de imediato que ja estava a defender a italiana de alguma acusacao minha que so se passava dentro da cabeça dela. E parei.
Uma pessoa com pesar, a lamentar o sucedido, mesmo tendo acontecido com alguem que nao fez por merecer a minha compaixao, e ainda assim acabo a ser destratada.
"Profissional com anos de experiencia". Pois sim!
Porque é italiana, nao pode sequer recair sobre ela a possibilidade de nao ser perfeita, desejada. Essa imagem que querem projectar e que nao pode ser desmanchada, nem pelos factos.
E os factos é que ela nem um ano tinha de experiencia naquela funcao. Pelo menos foi o que me contou. Costumava trabalhar num restaurante em Londres. Vivia das gorjetas.
E a Gordzilla a galar-me dos "anos de experiencia" como hospedeira de bordo.
Aparências.
Enfim.
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quinta-feira, 9 de julho de 2020
Posts perdidos: a lua 🌙
Mais um para a lista de postagens que ficaram por fazer. Este data de 28 de Janeiro
E é tao simplesmente, a lua!
E é tao simplesmente, a lua!
quarta-feira, 8 de julho de 2020
O que esta semana ainda me levou de volta
1)- ver homens de cabelo acabado de cortar (esperando que nos reparemos)
2)- quando sinto dores nos pes devido ao estar horas em pé a trabalhar
3)- quando vou para o jardim e a posicao da cadeira é a mesma (mas esta vazia)
4)- ter visto isto:
Por estes ultimos dias foram estes os "gatilhos" que me fizeram voltar a pensar na pessoa que nao devo.
Quase curada. Muito melhor em relacao ao que foram os primeiros 9 meses. Mas ainda, de vez em quando, a fantasiar.
Foi amor o que lhe tive.
terça-feira, 7 de julho de 2020
Os perigos do Portal (e os coelhos)
Abri um portal perigoso. Amanhã conto qual. (O post já esta calendarizado).
É de noite. Chovisca. Estou a caminhar para o emprego. Acabei de passar pelo parque do ano passado, no qual avistei um coelho.
Desta vez acabei foi por ver um rato.
Este ė o ano Chines do rato. 2019 foi o ano chines do coelho. Avistar qualquer um destes animais faz-me lembrar disto.
"Nunca tinhas visto coelhos?"- lembrei-me.
Sim, tinha. E vivos. Mas tirando os que avistei na praça onde uma das minhas avos trabalhava como florista, esfolados e pendurados de cabeca para baixo para que o sangue escorresse, de imediato nao consegui estabelecer a ligacao a quando, na minha infancia 100% citadina, pude estar com coelhos vivos.
Nao demorou mais que segundos para que me lembrasse. Devo essa experiencia a outro avô. Ele mantinha uma horta no centro de Lisboa na qual, entre cenouras, que eram a minha predileccao, criava coelhos. Tirava-os da jaula para que eu lhes tocasse.
Bela recordação.
Tirando isto, so voltei a ver um coelho Vivo dentro de uma gaiola, como animal de estimacao de uma amiga. No campo, livre, selvagem, so os vi o ano passado. Naquele parque. A primeira vez sozinha, na segunda, acompanhada.
Ver coelhos selvagens não foi nada surpreendente para a pessoa que estava comigo. "No quintal da minha casa vejo veados".
Portanto, nada de extraordinario. Extraordinario para a pessoa foi a minha reaccao ao ve-Los.
(Eu avisei: abri um portal perigoso).
É de noite. Chovisca. Estou a caminhar para o emprego. Acabei de passar pelo parque do ano passado, no qual avistei um coelho.
Desta vez acabei foi por ver um rato.
Este ė o ano Chines do rato. 2019 foi o ano chines do coelho. Avistar qualquer um destes animais faz-me lembrar disto.
"Nunca tinhas visto coelhos?"- lembrei-me.
Sim, tinha. E vivos. Mas tirando os que avistei na praça onde uma das minhas avos trabalhava como florista, esfolados e pendurados de cabeca para baixo para que o sangue escorresse, de imediato nao consegui estabelecer a ligacao a quando, na minha infancia 100% citadina, pude estar com coelhos vivos.
Nao demorou mais que segundos para que me lembrasse. Devo essa experiencia a outro avô. Ele mantinha uma horta no centro de Lisboa na qual, entre cenouras, que eram a minha predileccao, criava coelhos. Tirava-os da jaula para que eu lhes tocasse.
Bela recordação.
Tirando isto, so voltei a ver um coelho Vivo dentro de uma gaiola, como animal de estimacao de uma amiga. No campo, livre, selvagem, so os vi o ano passado. Naquele parque. A primeira vez sozinha, na segunda, acompanhada.
Ver coelhos selvagens não foi nada surpreendente para a pessoa que estava comigo. "No quintal da minha casa vejo veados".
Portanto, nada de extraordinario. Extraordinario para a pessoa foi a minha reaccao ao ve-Los.
(Eu avisei: abri um portal perigoso).
Tudo a correr para o.... baieta!
Esta segunda passei pelo centro da cidade e fiquei surpreendida por ver tudo voltar ao normal. Todas as lojas estavam abertas, algumas a exibir frutas e legumes expostos ca fora, quando antes tudo ficava dentro.
Esplanadas com pessoas a comer bifes com batatas fritas, acabados de sair do café. Tinham as mascaras ao pescoco e eram, talvez, os unicos com uma.
Mas sabem onde vi fazerem fila?
No barbeiro. Homens esperavam ca fora para entrar, todos animados.
Vi mas nao dei muita importancia a isso. Nisto a noite chega, vou para o trabalho e o que vejo? Cabeca atras de cabeca masculinas todas de cabelo acabado de cortar!!
E o ar todo gaibao?
Ainda falam das mulheres e a sua vaidade.
Esplanadas com pessoas a comer bifes com batatas fritas, acabados de sair do café. Tinham as mascaras ao pescoco e eram, talvez, os unicos com uma.
Mas sabem onde vi fazerem fila?
No barbeiro. Homens esperavam ca fora para entrar, todos animados.
Vi mas nao dei muita importancia a isso. Nisto a noite chega, vou para o trabalho e o que vejo? Cabeca atras de cabeca masculinas todas de cabelo acabado de cortar!!
E o ar todo gaibao?
Ainda falam das mulheres e a sua vaidade.
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Mentir para nao ir trabalhar
Apos tres meses em casa, a gordzilla regressou ao trabalho faz duas semanas. Com isso comecei a sentir mais liberdade para circular pela casa e ate, pasmem-se, usar a cozinha ocasionalmente.
Mas nao é sobre isso que vim postar. No fundo, vim desabafar sobre a natureza humana. E nao e sempre esse o topico de todos os posts?
Pois entao... na sexta feira a gordzilla nao foi trabalhar, ficou por casa. Entendi de imediato que inventou uma desculpa de nao se sentir bem para naobla por os pes. E, claro, esta "indisposicao" dela tinha de surgir a uma sexta-feira. Para lhe facultarvum fim-dw-semana prolongado.
Nao lhe bastaram os tres meses. Assim que meteu os pes no emprego, ja de la quis fugir.
Isto me diz que ela e uma frustrada. Usa a funcao que desempenha para atingir status. Para se passar por melhor do que é. Mas detesta o que faz e isso a ainda a torna uma pessoa mais amarga e revoltada.
Poucos conseguem ve-la pelo que realmente e. Ela nao gosta que lhe apontem uma unica falha, um so defeito. Claro que nao vai gostar do emprego que tem! Para o executar tem de se ter um bom coracao, gostar de ajudar os outros e preocupar-se de verdade com as suas dores.
Nao admira que tenha dito ontem, enquanto cag*v@, que é "shitiest job I ever had".
E ela é suposto ajudar jovens.
Por isso foi tao ruim comigo. É uma descontente, uma frustrada, amarga. Eu sou o contrario por natureza. Por accomplishments nao fui longe, mas a minha natureza é tudo o que ela finge ser e nao e.
E agora vou pegar na scooter e ir para o emprego. Gosto do que faço, gosto de trabalhar. Sinto-me feliz trabalhando.
Coisa que ela nao sabe o que é.
Sou feliz, à minha maneira. Coisa que ela nao consegue ser.
Porra! Claro que me detesta. Sou o que ela finge e deseja ser, num pacote que ela nao inveja ou deseja. Imagina-se fina e requintada, eu sou simples e humilde. Ela nao quer invejar alguem como eu, alguem que considera muito inferior a si. Nao a incomoda invejar alguem de "sucesso" mas olhar para outra mulher que julga menos em tudo e ainda assim sentir inveja, deve ser do catano. 😁
Mas nao é sobre isso que vim postar. No fundo, vim desabafar sobre a natureza humana. E nao e sempre esse o topico de todos os posts?
Pois entao... na sexta feira a gordzilla nao foi trabalhar, ficou por casa. Entendi de imediato que inventou uma desculpa de nao se sentir bem para naobla por os pes. E, claro, esta "indisposicao" dela tinha de surgir a uma sexta-feira. Para lhe facultarvum fim-dw-semana prolongado.
Nao lhe bastaram os tres meses. Assim que meteu os pes no emprego, ja de la quis fugir.
Isto me diz que ela e uma frustrada. Usa a funcao que desempenha para atingir status. Para se passar por melhor do que é. Mas detesta o que faz e isso a ainda a torna uma pessoa mais amarga e revoltada.
Poucos conseguem ve-la pelo que realmente e. Ela nao gosta que lhe apontem uma unica falha, um so defeito. Claro que nao vai gostar do emprego que tem! Para o executar tem de se ter um bom coracao, gostar de ajudar os outros e preocupar-se de verdade com as suas dores.
Nao admira que tenha dito ontem, enquanto cag*v@, que é "shitiest job I ever had".
E ela é suposto ajudar jovens.
Por isso foi tao ruim comigo. É uma descontente, uma frustrada, amarga. Eu sou o contrario por natureza. Por accomplishments nao fui longe, mas a minha natureza é tudo o que ela finge ser e nao e.
E agora vou pegar na scooter e ir para o emprego. Gosto do que faço, gosto de trabalhar. Sinto-me feliz trabalhando.
Coisa que ela nao sabe o que é.
Sou feliz, à minha maneira. Coisa que ela nao consegue ser.
Porra! Claro que me detesta. Sou o que ela finge e deseja ser, num pacote que ela nao inveja ou deseja. Imagina-se fina e requintada, eu sou simples e humilde. Ela nao quer invejar alguem como eu, alguem que considera muito inferior a si. Nao a incomoda invejar alguem de "sucesso" mas olhar para outra mulher que julga menos em tudo e ainda assim sentir inveja, deve ser do catano. 😁
sábado, 4 de julho de 2020
Nao consigo ganhar mais dinheiro
"Mato-me" a trabalhar para ver se consigo chegar aos 500 por semana. Mas nao consigo. Por mais horas e melhor remuneracao que busque, os impostos levam tudo. Faco horas extra e esse valor é todo para os impostos (no Reino Unido).
Dois dos cinco dias por semana emnque trabalho sao para os impostos. É um tanto frustrante, para nao dizer bastante.
Nao sou contra pagar impostos. Apenas acho que esta desajustado o que cobram para o que ganho. Ja tentei por tudo ajustar isto, perceber em que "escalao" vou sentir menos a "facada".
Quando comecei a ganhar mais (desde o inicio do novo ano fiscal em abril) foi quando inventaram uma nova pensao para a qual retiram mais um tanto do meu salario. Posso cancela-la, mas deram um prazo de umas duas semanas para ser reembolsada. Depois disso, posso cancelar mas nao devolvem o dinheiro. Quando li isso fiquei surpresa, porque considero uma manobra de apropriacao injustificada.
Nao sei se quero a pensao, se preciso dela, se compensa. Assim que me inscrevi para trabalhar os recrutores logo me avisaram que era um esquema, e devia optar por recusar. A velhice e a reforma assusta-me. A estimativa que a propria HRMC (financas) faz indica um valor de 300 por semana, com poucas possibilidades de aumentar mesmo que comece a ganhar mais. Esta la escrito, no portal, junto com o teu cadastro de contribuicoes.
Contribuicoes essas das quais ja fui roubada duas vezes, por empresas de trabalho temporario que me cobraram os impostos, mas nao os declararam as financas. Eu detectei ambos os casos e tentei resolve-los. Ainda estou a tentar. O primeiro, data de 2018, já dei como perdido. Tres meses de trabalho arduo, pagando pelo menos 100 libras por semana as financas. Isso totaliza 1200 libras que o "patrão" se apropriou. Nao admira com isto que o charlatão mantenha-se no ativo. Por cada empregado novo que obtem, este paga-lhe a empresa e ainda "fornece" o extra dos impostos.
Todos sabem e nao lhe dao valor, mas o gajo, como alguns 💩, continua a flutuar no esgoto.
Nao consigo informar-me sobre isto da reforma. Com o corona esta tudo fechado. Muitos serviços podiam e já deviam voltar ao ativo. Mas creio que se desculpam.com o virus para continuar a fazer pouco ou nenhum e assim recuperar de perdas financeiras, ao mesmo tempo que continuam a trabalhar com pessoal reduzido e em casa.
Desconto tanto para nao usufruir de nada. Os meus impostos vao pagar a vida de preguicosos, ociosos, viciados, aproveitadores. E quando chegar a minha vez de precisar, de ir ao hospital, de fazer um exame caro, nao vou ter dinheiro que chegue para pagar um melhor servico e ate conseguir algo da.NHS vai ser preciso muito desesperar.
Enfim...
Era so para desabafar que a semana passada paguei 105 libras de impostos,por um salario que nao chegou as 500 libras.
Voces devem estar a pensar: mas isso é muito! Afinal, falamos de valores aproximados a estes quando mencionamos o salario mínimo mensal em Portugal.
Pensem.so nisto para poderem ter uma ideia: quando o Brexit foi aprovado, a nova condicao para entrar no Reino Unido e que se ganhe um salario minimo de 20.800 libras anuais.
Isso retire praticamente toda a emigracao Mao de obra barata, onde me incluo. O minimo para se pagar impostos mais caros é 12500 libras anuais. EU fiz mais que isso por 80 libras. Da para acreditar????
Ganho menos, pago mais impostos
Mas nao ganho o suficiente para, a luz das novas regras, ter direito a emprego no UK.
E o Boris Johnson queria que o limite minimo fosse 30.000 libras!
Mais vale dizer: de fora, so queremos o vosso melhor, os altamente qualificados. (porque os usam para continuar a levar este pais para a frente).
Dos outros nao precisam, existem em demasia. Alem de que o numero de ingleses ociosos, a sugar na veia do Estado, a parir filhos atras de filhos para ganharem casas, subsidio de desemprego e subsidios de familia é bastante elevado. Precisam de os forcar a fazer o trabalho que esta presentemente a ser feito pela mao de obra imigrante.
É que os ingleses, a semelhanca de alguns portugueses, mesmo pouco qualificados, consideram que se ganha pouco gangs today as funcoes, e por isso nao compensa o esforco de acordar cedo e ir trabalhar.
Reclamar subsidios e melhor.
Alguns jovens com.licenciatura, se nao conseguirem um bom emprego assim que terminam o curso, preferem receber subsidios a arranjar qualquer outra coisa
Eles nao sabem o que e ter de trabalhar para viver. Por isso nao se preocupam em encontrar qualquer tipo de trabalho enquanto o desejado nao chega. Preferem dizer que estao ativamente a procura e, ate la, recebem subsidio.
Dois dos cinco dias por semana emnque trabalho sao para os impostos. É um tanto frustrante, para nao dizer bastante.
Nao sou contra pagar impostos. Apenas acho que esta desajustado o que cobram para o que ganho. Ja tentei por tudo ajustar isto, perceber em que "escalao" vou sentir menos a "facada".
Quando comecei a ganhar mais (desde o inicio do novo ano fiscal em abril) foi quando inventaram uma nova pensao para a qual retiram mais um tanto do meu salario. Posso cancela-la, mas deram um prazo de umas duas semanas para ser reembolsada. Depois disso, posso cancelar mas nao devolvem o dinheiro. Quando li isso fiquei surpresa, porque considero uma manobra de apropriacao injustificada.
Nao sei se quero a pensao, se preciso dela, se compensa. Assim que me inscrevi para trabalhar os recrutores logo me avisaram que era um esquema, e devia optar por recusar. A velhice e a reforma assusta-me. A estimativa que a propria HRMC (financas) faz indica um valor de 300 por semana, com poucas possibilidades de aumentar mesmo que comece a ganhar mais. Esta la escrito, no portal, junto com o teu cadastro de contribuicoes.
Contribuicoes essas das quais ja fui roubada duas vezes, por empresas de trabalho temporario que me cobraram os impostos, mas nao os declararam as financas. Eu detectei ambos os casos e tentei resolve-los. Ainda estou a tentar. O primeiro, data de 2018, já dei como perdido. Tres meses de trabalho arduo, pagando pelo menos 100 libras por semana as financas. Isso totaliza 1200 libras que o "patrão" se apropriou. Nao admira com isto que o charlatão mantenha-se no ativo. Por cada empregado novo que obtem, este paga-lhe a empresa e ainda "fornece" o extra dos impostos.
Todos sabem e nao lhe dao valor, mas o gajo, como alguns 💩, continua a flutuar no esgoto.
Nao consigo informar-me sobre isto da reforma. Com o corona esta tudo fechado. Muitos serviços podiam e já deviam voltar ao ativo. Mas creio que se desculpam.com o virus para continuar a fazer pouco ou nenhum e assim recuperar de perdas financeiras, ao mesmo tempo que continuam a trabalhar com pessoal reduzido e em casa.
Desconto tanto para nao usufruir de nada. Os meus impostos vao pagar a vida de preguicosos, ociosos, viciados, aproveitadores. E quando chegar a minha vez de precisar, de ir ao hospital, de fazer um exame caro, nao vou ter dinheiro que chegue para pagar um melhor servico e ate conseguir algo da.NHS vai ser preciso muito desesperar.
Enfim...
Era so para desabafar que a semana passada paguei 105 libras de impostos,por um salario que nao chegou as 500 libras.
Voces devem estar a pensar: mas isso é muito! Afinal, falamos de valores aproximados a estes quando mencionamos o salario mínimo mensal em Portugal.
Pensem.so nisto para poderem ter uma ideia: quando o Brexit foi aprovado, a nova condicao para entrar no Reino Unido e que se ganhe um salario minimo de 20.800 libras anuais.
Isso retire praticamente toda a emigracao Mao de obra barata, onde me incluo. O minimo para se pagar impostos mais caros é 12500 libras anuais. EU fiz mais que isso por 80 libras. Da para acreditar????
Ganho menos, pago mais impostos
Mas nao ganho o suficiente para, a luz das novas regras, ter direito a emprego no UK.
E o Boris Johnson queria que o limite minimo fosse 30.000 libras!
Mais vale dizer: de fora, so queremos o vosso melhor, os altamente qualificados. (porque os usam para continuar a levar este pais para a frente).
Dos outros nao precisam, existem em demasia. Alem de que o numero de ingleses ociosos, a sugar na veia do Estado, a parir filhos atras de filhos para ganharem casas, subsidio de desemprego e subsidios de familia é bastante elevado. Precisam de os forcar a fazer o trabalho que esta presentemente a ser feito pela mao de obra imigrante.
É que os ingleses, a semelhanca de alguns portugueses, mesmo pouco qualificados, consideram que se ganha pouco gangs today as funcoes, e por isso nao compensa o esforco de acordar cedo e ir trabalhar.
Reclamar subsidios e melhor.
Alguns jovens com.licenciatura, se nao conseguirem um bom emprego assim que terminam o curso, preferem receber subsidios a arranjar qualquer outra coisa
Eles nao sabem o que e ter de trabalhar para viver. Por isso nao se preocupam em encontrar qualquer tipo de trabalho enquanto o desejado nao chega. Preferem dizer que estao ativamente a procura e, ate la, recebem subsidio.
quarta-feira, 1 de julho de 2020
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