Não sou vaidosa. Ando sempre com o cabelo apanhado de qualquer maneira. Se me virem com ele solto, é porque sinto uma pressão incómoda e retiro o que o prende ou saí às pressas sem já o ter preso.
A maioria das vezes ele nem vê escova ou pente.
Nao ter comigo algo que o remova dos ombros e nuca é muito incómodo.
Por isso quando hoje me elogiaram o penteado, nem sabia do quê estavam a falar. Comprei nos chineses aquelas molas para o cabelo a 1 euro um conjunto de três. Escusado é dizer que não valem nada. O cabelo logo cai. Hoje de manhã, às pressas para sair para o trabalho, peguei numa para prender o cabelo e tinha outra no bolso. Chegada ao emprego, a mola ja estava a escorregar, a deixar o cabelo solto e nao gosto de o sentir na nuca. Pego na outra mola e sem cerimonias, prendo esses fios que faziam cócegas na nuca. De seguida puxo o elástico que mantenho ao pescoço, como se fosse um colar, para que segure os fios soltos que me cobram o rosto e vão para a vista. Perdi um de cor preto mas, ao acaso, encontrei um rosa. Qualquer coisa serve.
Entao como estava o meu elogiado penteado? Puxado fora da nuca com duas molas de cabelo e, para afastar as "franjinhas", puxei à cabeça um elastico rosa com duas pontas soltas pentendes sei la onde 😄😁😁
Sou tão pouco vaidosa que talvez possa dizer que não sou cuidada. Prendo o cabelo de qualquer maneira e feitio. Na falta de mola, elástico o que for, noutro dia fui para o emprego com um garfo no cabelo.
Bem o oposto da minha arqui-inimiga! Ahaha.
O quê? Bem, no emprego, há uma mulher que me odeia e foi falar mal de mim a um gerente e também a muitos outros colegas. Por ela ser assim, eu não a posso ver à frente. Apanho-a a olhar para mim muitas vezes. A gaja, uma mulher quase cinquentona, que pintou o cabelo de amarelo a julgar, se calhar, que sairia loura e gira, ia trabalhar naquele ambiente maioritariamente masculino, a flirtar com os homens, toda maquilhada, roupa justa ao corpo e cabelo solto. Já entrei no WC e apanhei-a a mirá-lo ao espelho, longamente, ao mesmo tempo que o ajustava continuamente. Durante o trabalho, vi-a a passar a mão pelo cabelo quase que sem parar. É uma vaidade! É o oposto de mim.
E por ser como sou, acabo sempre original. Sempre genuína, eu mesma. Acabo por receber olhares e nem dou conta que ganhei um ar diferente por andar com o cabelo de qualquer maneira Ahaha. É conforme me apetece. Noutro dia apeteceu-me prendê-lo com uma fita vermelha e deixar as pontas da fita cairem. Mas não tinha fita vermelha. Se tivesse, talvez a tivesse colocado.
Gosto mais de ser assim, espontânea, criativa e sem grandes calculismos, do que ser fixada, obcecada com a posição de cada fio de cabelo e num dilema com o seu comprimento.