Metereologia 24 h

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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

O que é... o que sentimos?

 

Ter amor para partilhar e ninguém para o receber. Isso é que é sofrer.







sábado, 19 de outubro de 2019

Jardinar é dar amor



Tenho andado pelo jardim a plantar nove vasos de flores que havia comprado nos últimos dias de sol. O senhorio deu permissão, mas ainda assim, quis que ele soubesse deste novo "lote". 

Não sabia onde as ia colocar. Comprei-as para as salvar do lixo. É o que me dá gosto e não resisto. Se há uma planta maltratada que eu acho que posso voltar a trazer à vida, lá vou eu!


É assim. Cada qual com a sua natureza. Cuidar parece que é sempre algo que preciso de fazer. Cuidei de crianças, cuidei de animais de estimação - e como neste instante da vida não posso ter um nem outro, acho que encontrei aqui a explicação óbvia para este súbito fascínio por flores e plantas. Surgiu mais ou menos quando os outros deixaram de existir.


No processo, o meu amigo interesseiro voltou, cheio de confiança. Graças ao facto de cada vez que cavo na terra surgirem ninhos de minhocas, o pássaro teve um manjar e tanto! Nestes últimos dias, encheu a pança. Ainda tentei salvá-las, enfiando-as noutros buracos de terra. Mas algumas ele deve ter apanhado. É a lei da vida.




terça-feira, 31 de outubro de 2017

Para RECORDAR e instruir


Não estando em Portugal, não sei dizer...
Como nunca mais ouvi falar da música, vou supor que "Amar pelos Dois" não passa mais pelas rádios.

Ou seja: tudo voltou ao normal. O pop que se escuta são quatro ou cinco música Hits e é tudo. O resto nem se ouve. Nem a Madonna que deixou de lançar álbuns tem as suas músicas a tocar na rádio. Ao chegar a portugal desconheço se alguma rádio ou programa musical televisivo decidiu aproveitar a oportunidade para fazer uma retrospectiva de carreira.

Continuam os quatro ou cinco Hits a tocar...

Então, se nem a rainha da Pop é relembrada, como pode "Amar pelos Dois"?
Olhem, mas eu lembro! E por isso, aqui está.
Um fantástico vídeo sobre a música e uma entrevista a Luís Figueiredo que vale a pena ver.


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Saber-se que se tem seis meses de vida


Curiosa para saber sobre o quê Salvador Sobral padece, googlei o seu nome e, por aquilo que divulgam alguns sites, o rapaz tem uma insuficiência cardíaca grave, usa uma espécie de pacemaker daqueles com uma mochila à frente do peito e precisa de um transplante de coração com urgência.

Li, inclusive, que os médicos estimaram que, sem um coração novo, ele viveria somente mais seis meses de vida.

Abstraindo-me agora de quem é - conseguem imaginar?? O impacto que uma coisa destas tem para a família e para o próprio? A angústia? O choro? Os receios? Os medos? A contradição de se desejar que alguém morra logo para que outro possa viver?

Saber-se que se tem um prazo para deixar de viver... E um tão curto. O que isso faz a uma pessoa? No que isso torna todos os nossos dias? Olhar para o céu, para qualquer coisa, tendo quase a certeza que daqui a um sopro de meses, pode-se já não estar cá para olhar?

Cantar uma música?
O que isso faz??

Se a pessoa não fosse quem é, e fosse ainda um estranho para Portugal, o seu estado de saúde seria o tipo de post que se partilharia no facebook, para «ajudar» a aumentar a palavra e se encontrar um coração. Ou para se fazerem rezas pela sua saúde. 

Começo mesmo a achar que no dia 13 de Maio existiu de verdade muitos milagres. 

Posso dizer que já ouvi tantas covers da música composta pela Luísa Sobral e interpretada pelo irmão Salvador. Escutei em Russo, francês, «brasileiro», inglês... português. Mas em todas achei que faltou algo. Principalmente na interpretação. Faltou uma certa emoção e fez muita falta.

E subitamente entendi uma verdade absoluta:
NINGUÉM poderá cantar esta música como o Salvador pode.
Só ele tem aquela sua sensibilidade para sentir a música, só ele tem aquela franqueza (e porque não tê-la, se se sabe que o tempo urge?) e só ele poderia, com aquilo que lhe vai no coração, cantar a música com o seu coração. O seu coração que lhe falha, que bate mais forte, na alma, mas falha no corpo. Como é que algum outro pode cantar com aquela emotividade se nenhum está prestes a morrer?



"Ouve as minhas preces"

E quantas não estão a ser feitas, por outro motivo? Para que Salvador consiga o coração de alguém? Que coisa é esta de alguém ter de morrer com morte cerebral, para que outra pessoa possa viver? Que raio de segunda-vida é essa e que impacto psicológico e emotivo pode acarretar? 

Que dádiva é esta, de se doar vida?
Que angústia é essa de se sentir o fim?

E como poderia ele não cantar como cantou, tendo tudo isto na alma? 

Sim, já vi muitos tributos e muitas covers desta canção.
Mas na interpretação, todas deixam a desejar.
Ou são algo planas e previsíveis, ou a voz é esganiçada e a interpretação fracote. Uns gemem a música, não a cantam. Outros fazem «olhinhos» de românticos. Salvador fechava os olhos. Segurava as mãos, vibrava com cada pedacinho...

Não foi nada à toa que ele chegou e tocou os corações.
Que ironia!
Mas foi o que a música e a interpretação fez.
Conquistou pelo sentimento.

O MUNDO gostou desta canção e do seu intérprete. A barreira linguística nem sequer existiu. Não houveram muros. Diques e barragens foram demolidas para deixar as águas fluir... 

E corações por todo o planeta se sensibilizaram.
Esta melodia é universal, ficou globalizada. Ainda dará o que falar.

Só espero é que não tenha sido uma glória de despedida... 
Mas se vier a ser, só aumenta a beleza da dádiva.