Não sei como vos explicar, mas quando acabo a noite de trabalho e ainda tenho de caminhar uma hora para chegar a casa, não é um castigo, é uma satisfação. Já o fiz sobre chuva, ventos, lama, desgosto emocional, temperatura abaixo de zero, pés cheios de bolhas, a doerem horrores, já o fiz até sendo seguida por um desconhecido.
E no entanto, nunca deixou de ser um prazer. Por mais cansada e exausta que me sinta. Não me custa caminhar. Agrada-me o percurso. Não sei ao certo no quê, mas vou a pensar o caminho todo.
Hoje à noite vi DUAS lebres. No mesmo jardim onde vi a primeira no ano anterior. Duas. Casal, provavelmente. Mas também vi um rato. Também no mesmo sítio onde vi o primeiro. Novamente, correu da esquerda, para a direita.
Gaivotas também as vejo, logo pelas 7 horas da manhã quando estou a sair de casa. Ficam a sobrevoar o céu. Cumprimento-as mentalmente.
Há certas fracções do percurso que acho verdadeiramente belas. Uma delas é este caminho que antecede a entrada num parque. Há noite consegue-se ver muitas estrelas. Caminho a olhar para o céu e é uma sensação agradável. Afinal, quantos de nós tem tempo para olhar para elas?
Faz-me bem olhar para o céu estrelado.
Faz-me bem olhar para o céu estrelado.
O telemóvel não faz milagres mas cada pontinho branco no fundo negro são estrelas que brilham à vista desarmada.
Também a semana passada, fiquei deslumbrada com esta imagem aqui.
Agora cada vez que passo por esta árvore, mentalmente falo-lhe. Ocorre-me imaginar o que já terá presenciado e quantos anos terá. Daqui a nada vou para o Júlio de Matos Kkkk.
Já tive alturas em que gostei de andar assim, agora só de vez em quando
ResponderEliminarDeve ser porque adoptaste o automóvel como veículo de locomoção. Eu nunca tive um. É natural que não tenha perdido o gosto pelas caminhadas. Prefiro-as aos autocarros, por exemplo.
EliminarMas se pudesse ir mais longe de comboio, adoro comboios :)