Os passeios são em calçada portuguesa.
Entristece-me vê-los danificados, com as pedras soltas. E tenho verificado que os causadores desses (e outros) danos são OS VEÍCULOS automóveis.
Desde que o governo "ameaçou" substituir tudo o que é piso em calçada por outro indefinido, tornei -me mais 'protectora' daquilo que antes tomava como garantido. Temo vê-la desaparecer. E cada vez que um automóvel estaciona no passeio - o que por aqui na zona é amiúde, aflige-me pelas pedrinhas.
E não é só a calçada que é prejudicada pelos MAUS HÁBITOS dos senhores automobilistas. São os pilaretes que vão parar ao chão, sebes que deixaram de existir, a tijoleira dos canteiros e as pedras das beiradas quebradas... tudo, mas tudo, com o peso e más manobras dos veículos, acaba destruído.
Pilaretes de sinalização andam a desaparecer das estradas |
E é tão desolador e deprimente ver a paisagem "envelhecer" e deteriorar-se!
Pode não parecer, mas um automóvel é um grande responsável por várias mazelas na cidade.
Estacionam nos passeios, impedindo a passagem dos peões. Impossibilitando inclusive a circulação de cadeiras de rodas, como verifiquei ainda ontem. E danificam os passeios. Que mais?
Metros à frente encontrei uma pessoa em cadeira de rodas |
Acabei de ver um veículo subir um alto passeio para estacionar em cima. Como vinha a querer fazer este post, tentei captar o momento em vídeo, para depois ilustrar. Não preciso de identificar o automóvel nem o condutor, mas o flagrante, gostava de dar. Porque falar é fácil, mas ver ajuda - e muito, a compreender que a dimensão do problema não é assim tão pequena quanto aparenta.
Neste caso, o condutor estava numa zona com estacionamento sem parquímetro e ao lado de um centro comercial com duas horas de estacionamento gratuito. A maioria dos lugares na rua até podiam estar ocupados. Mas aquela mania de se querer o carro mesmo dentro de casa ou, como foi neste caso, mesmo à porta do centro comercial para não ter de andar muito, é um ultraje! A inexistência de multas, faz as pessoas acharem que a infracção é legítima e que o seu gesto egoísta não tem mal algum.
O que ia acontecer? Os carros a subir e a descer um alto passeio, danificam a berma, acabando por a partir e soltar. É por isso que se vê tanta berma partida! E as pedras que a berma segura, soltam-se.
No meu ponto de vista, a polícia pode até ser exagerada quando passa multas por excesso de velocidade, quando coloca radares, etc. Mas que em Portugal ninguém seja MULTADO por estacionar nos passeios, acho muito mal! Não só deviam ser multados como forçados a pagar do próprio bolso o dano verificado no local. Já estivesse assim quando estacionou ou não. Se o automobilista tivesse de pagar uma PEDRA do próprio bolso, ia conhecer-lhe o valor. Aposto que jamais se esqueceria do custo!!
Em termos de estacionamento somos um país que é uma vergonha.
ResponderEliminarAmiga há por aí "gentinha" que só não leva o carro para casa porque ele não cabe na porta. No mês passado aqui na zona, a polícia andou passando multas a todos os que estavam no passeio. Foi a primeira vez que vi essa actuação da polícia e já aqui moro há 40 anos.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Se a polícia quisesse realmente caçar multas tinham uma fonte inesgotável de rendimentos a autuar carros nos passeios.
EliminarÉ mesmo uma pena destruirem o nosso lindíssimo patrimonio...
ResponderEliminarVenham até Macau (já nem falo da China!!) e até se arrepiam!!
ResponderEliminarBoa semana
Pois... A dimensão do problema não é assim tão pequena como aparenta, é de proporções gigantes!!
EliminarSe não se incutir civismo agora, amanhã seremos a China, Angola, e tantos outros que nunca meteram ordem no crescimento das cidades ou impuseram as leis.
O número de viaturas (e condutores) aumenta e não há estruturas para o estacionamento.
ResponderEliminarSendo assim, os prevaricadores têm o caminho aberto para a asneira.
Será que é assim mesmo?
EliminarJá não se constrói nada sem levar em conta lugares para estacionamento. Se os condutores aumentam, devem ser os jovens que os pais depressa ajudam a tirar a carta e a ter carro porque cada vez são também mais as pessoas nos transportes públicos. Há zonas complicadas para estacionar, mas não foi o caso dos exemplos que dei.