Metereologia 24 h

Mostrar mensagens com a etiqueta internet. Mostrar todas as mensagens
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quarta-feira, 9 de setembro de 2020

O Facebook eliminou-me sem mais nem menos!!!

 

Despertei para descobrir que a conta que mantinha no Facebook por anos e anos foi desactivada. Sem mais nem menos, de um momento para o outro e SEM AVISO.  

Acham isto normal?
Numa democracia??

Dizem os americanos que têm a Nação mais livre do mundo. Auto-intitulando-se "defensores da liberdade". E a empresa americana que é o Facebook ELIMINA sem sequer um pré-aviso uma conta de uma pessoa normal, que não fez nada de errado?

 Pergunto-me se a comunista China seria tão extrema! Ao menos neste país sabia com o que podia contar... opressão, liberdade limitada, controlada...

Com este gesto da americana Facebook, passei a nutrir uma certa admiração por quem mostra aquilo que é. Não suporto posições CINICAS, de quem fala em liberdade mas exerce opressão.


Quando fui para aceder à conta que deixei aberta e tinha usado apenas umas cinco horas antes, só apareceu uma mensagem a dizer que tinha sido DESACTIVADA por me fazer passar por uma FIGURA PÚBLICA. 

Mas isto é a sério??
JAMAIS tal pode ser sequer insinuado como verdade. 

Para quem chegou a viver perto dessa eventualidade e sempre fugiu dela, sinto-me até magoada nos meus princípios. Mas com base em que argumentos podem eles afirmar um disparate destes?? 

Acho que é alguém mal intencionado que denuncia o nome umas tantas vezes já que o facebook permite isso e até o incentiva. Como o facebook é algoritmos, eles eliminaram a conta e não querem saber de ir verificar se é verdade ou não

Que conceito de liberdade, justiça e democracia!!

Nos últimos dias não deixei comentários em qualquer publicação. De terceiros só publiquei duas notícias de domínio público sobre a história de Portugal, por as achar por demais interessantes. Na semana passada, estive em directo com vídeos a mostrar a paisagem do Tejo... e nada mais. 

Sempre cuidadosa, sempre sem expor outros ou a mim mesma. E, claro, nunca me fiz passar por nenhuma figura pública!! 

Após meses de quarentena em que fiquei sem computador, vir a portugal deu-me a oportunidade de relaxar a jogar Farmville, um jogo que só existe nesta plataforma. E por isso adormeci lá pela madrugada, a ver filmes antigos e a instruir-me musicalmente, deixando a conta do Facebook aberta. 

Devo ter criado um HATTER algures no espaço de tempo de cerca de uma década em que abri esta conta. O único "candidato" que me lembro sentir ter potencial para fazer isto foi um wanna-be fotógrafo. Uma vez, julgo que durante a quarentena, na sequência de um inocente comentário humorístico sobre um tema leve, surpreendeu-me receber um comentário dirigido a mim, não ao tema, com uma observação presunçosa de quem se acha certinho e correcto. Ao que lhe respondi -fazendo-lhe ver o meu direito numa sociedade livre de me identificar no Facebook com o cognome que quiser - que ele, por usar nome "de gente" (que foi como se referiu a mim) não era por isso mais honesto ou menos mentiroso que aqueles que escolhem não se expor tanto.

Defendo que cada qual se expõe como quiser. Este indivíduo criou uma conta de facebook para se promover. Por isso toda a conta era essencialmente auto-retratos e belas fotos. E, claro, usou o nome pelo qual quer ser conhecido. 

Mas isso não lhe dá o direito de criticar quem não é assim. Eu e muitos outros, nunca pretendi usar o facebook para autopromoção. A rede social era apenas uma ferramenta de comunicação e informação, que comecei a usar apenas para jogar um jogo em comunidade. Nunca ali publiquei uma fotografia minha ou de outra pessoa, a menos que não fosse claro de quem se tratava. Tenho fotos lindas de flores, paisagens... de mim, contra o sol, em silhueta ou de rosto coberto até aos olhos pela máscara facial. O meu nome, porque não consigo mentir, é o verdadeiro, composto de um conjunto de diminutivos. Não expõe a minha identidade a qualquer um que tenha fins obscuros. Só aqueles que eu quero ou sabem quem eu sou têm acesso a me encontrar na rede social. Não o inventei, não menti, não me fiz passar por ninguém. Sou eu mesma. Não sou sequer, uma produção da pessoa que pretendo ser (que é como muitos usam a rede social). E depois está nas regras do facebook: uma pessoa pode criar uma conta com outro nome SIM, desde que não se faça passar por outra pessoa. 

Ora... eu nem interajo com ninguém sem ser a minha família. Falo com uns familiares no messenger. Eles sabem que eu sou eu. Eliminarem-me o facebook por ser suposto estar fazer-me passar por um famoso???

Isto é CALÚNIA e MALDADE.

Discordo com esta postura anti-democrática. O facebook não procura banir os verdadeiros infractores. Permite que qualquer pessoa denuncie outra e como consequência,  parte para a eliminação da conta,  sem sequer se preocupar com a legitimidade ou intencionalidade da denúncia. 
É tão fácil quanto isso gritar: "LOBO!". Os criadores do facebook aceitam isto. Os estúpidos "controladores de conteúdo" do facebook, preguiçosos pelos vistos, limitam-se a eliminar contas sem sequer ver a LEGITIMIDADE das acusações.

Não concordo! Não concordo, não é deontológico, não é democrático. Estão-se nas tintas para o incómodo que isso vai adicionar À vida do utilizador. E o que é pior, é muito facilitador a terrorismo, a ciberbulling... no Facebook qualquer um pode eliminar a conta de outra pessoa, só porque o deseja castigar!

Agora não posso mais aceder aos conteúdos que publiquei "há 8 anos" - como o facebook sempre lembrava. Os vídeos que lá coloquei (dos passeios que dava pelos parques), perdidos. Ainda bem que nunca usei a plataforma para guardar nada mais pessoal. Agora estaria arrependida. Eh pá... curem-se.

Gostava era de lhes escrever uma bela carta a dizer o que penso deles. Mas não posso. Porque estão inacessíveis. 




Por princípio não vou PEDIR para reactivar a conta. 
IMPLORAR, PEDIR para me devolverem o que ilegitimamente me tiraram. Ao que sujeitam uma pessoa cumpridora e responsável... é execrável.

A possibilidade de recuperar a conta existe, SE lhes der um número de telefone. (embora duvide que funcione). Ora, eu não dei um número de telefone quando foi para abrir a conta. Porque haveria de dar agora? O meu princípio rege-se pela preservação de informação pessoal.

Se querem realmente tornar possível a recuperação de uma conta roubada sem qualquer justificação ou LEGITIMIDADE, então permitam que o faça pelo meio com que a abri: conta de email.


Há uns bons anos, para poder jogar Farmville em comunidade, pois ninguém carregava nos links que precisava para progredir no jogo, a solução passou por criar contas duplas, triplas, novas...  no facebook. A única plataforma onde o jogo se encontra a funcionar. 

Era conveniente para a rede social ter este jogo em exclusivo, pois tinha imensa popularidade e o número de jogadores crescia. De tal forma, que prejudicou o mesmo. As pessoas deixaram de se ajudar umas às outras, as tarefas no jogo tornaram-se muito árduas e exigiam muito tempo. Só aqueles com mais de mil "vizinhos" conseguiam jogar o jogo e progredir. Porque alguém, entre mil, sempre carregava nos seus links. Eu e com quem eu jogava, não tinhamos sorte e tinhamos de procurar 1000 links para carregar. Depois estes passaram a CADUCAR passados dois ou três clicks de outros utilizadores. 

O jogo tornou-se árduo e a intenção era só uma: fazer com que a pessoas comprem tokens para progredir, que é o que os pais fazem hoje em dia com os jogos de fortnite das crianças, etc. Passavam-se dias e não recebiamos ajuda. Não dava para progredir ou completar uma tarefa antes do tempo esgotar. O que era muito frustrante. De gratificante, o jogo facilmente passou a frustrante. Para solucionar isso criou-se uma segunda, terceira, quarta conta... para carregar nesses preciosos links e seguir caminho. 

Por isso sei o que é ter outras contas no facebook. Nem por isso usei-as para me fazer passar por outra pessoa. A plataforma é clara: não é proibido inventar nomes, o que é proibido é dar informações falsas ou fazer-se passar por outra pessoa, seja ela figura pública ou não.

Coisa que jamais faria. 

Não entendo. Eu nem gosto de ter o perfil público. Não tenho data de nascimento à vista, não preencho as partes inquisitivas "onde nasceste? Onde estudaste? Qual a profissão? Estado Civil? Nome da escola primária, nome da escola secundária, nome da universidade frequentada, curso e grau" e todos esses excessos de invasão de privacidade. Quando é para comentar algum assunto, faço-o, mas não uso palavrões ou insultos. Não há motivos para terem feito o que fizeram.

Mas já que o fizeram, agora fiquem com ela.
E espero que se danem na bolsa, a curto e a longo prazo.

O facebook desiludiu em GRANDE.

Cuidado. Um dia vai ser o blogger...
o Gmail...

Este universo do ciberespaço é tudo menos correcto.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Cheguei, viva e viva!



  1. E qual é a melhor coisa, qual é, do regresso a «casa», hum??



É a internet!!
Rápida, imediata, ai que bom!!!

Que saudades de um browser que funciona, de páginas que abrem, de textos que são escritos ao mesmo tempo que pressiono as teclas! Antes a net era um bocado paradinha mas desde que tenho de me desenrascar com a inglesa, a portuguesa virou supersónica!!

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Frequência de postagens


Podem pensar que o aumento de tempo entre postagens deve-se à mudança de país e à maior falta de disponibilidade, mas não é tanto por isso. A maior causa para esta regularidade com maior intervalo é a internet, que é uma bosta! Só para entrar no menu do blogger, e introduzir o email e password de acesso, foi necessário várias tentativas no decorrer de 10 penosos minutos. 

Passo 80% do tempo ao computador a tentar aceder às coisas, 20% é passado a conseguir navegar. Assim não dá...


E como falo de post, lembrei-me de postas e como está quase a chegar a altura muito especial de comer, em particular, estas... mnham!



sábado, 18 de junho de 2016

Cibernéticos com rabos de fora


Sempre gostei de ler... Dicionários.
Agora que praticamente tudo se resolve por um computador, fui consultar, por mero lazer, um dicionário online. Coloquei uma palavra ao calhas no motor de pesquisa e distraí-me por uns instantes com as pronúncias e demais sinónimos e significados.

A surpresa final foi descobrir que o dicionário online faculta uma lista de "Pesquisas Actuais" de todos os usuários - imagino eu. Sim, porque nenhuma palavra ou expressão naquela lista alguma vez foi pesquisada por mim. E fiquei... incomodada com a primeira pesquisa "popular" que alguém decidiu necessitar traduzir noutra língua que não o português. Consigo mesmo imaginar para o que será.... 

O que concluiriam se percebessem que entre as pesquisas actuais está esta expressão assinalada a vermelho? 


Penso que se trata das palavras/expressões mais recentes. Porque logo a seguir fiz nova experiência e o resultado foi totalmente diferente. Contudo, ainda contendo outra palavra, de certo modo, perturbadora. 



Por instantes fiquei a verificar estas palavras mais pesquisadas, que mudam a cada nova pesquisa. Procurando entender se existe tem um fio condutor...



Silenciador, Revolver, Apontar alto...

Quererá alguém fazer algo?

A internet também é feia. 
Deixa rastos e dúvidas. Tanto pode ser inocente, uma pesquisa para um trabalho ou... não. 

domingo, 17 de abril de 2016

Os perigos que por vezes cruzam o nosso caminho


Não devia mesmo assistir a documentários reais tarde de noite... Mas gosto ao menos de os ouvir no youtube, enquanto estou no computador a fazer outras tarefas. Também são assim, fazem tarefas em simultâneo? Comigo é quase sempre, ehehe.

Bem, mas numa altura em que a sociedade tecnológica evoluiu tanto, esta ferramenta que é a internet, assim como outras, são um pau de dois bicos. Tanto espeta de um lado como o outro pode ser empurrado para espetar em nós. E não é a única. Vivemos num mundo todo conectado. E isso pode acarretar perigos.

Num post anterior falei sobre o Boato e como este encontrou na internet um veículo de propagação que em nada fica a dever às capacidades de contágio de um qualquer vírus infectuoso. E nele partilhei duas histórias de stalking/perseguição obsessiva, uma presencial, outra à distância, envolvendo a internet.

Agora vou falar especificamente da obsessão com perseguição, para que os sinais sejam mais conhecidos. Fico a pensar que é informação útil para a neta de alguém, para a filha de alguém, para homens também, pois como se lê no post anterior, naquele caso a vítima foi um homem.

Neste novo caso, a vítima é mulher. E o uso, ou melhor, o abuso ao recurso da tecnologia para lhe infernizar a vida não encontrou limites. Imaginem tudo o que se pode fazer... Foi feito. Se calhar mais até do que a imaginação de algumas pessoas consegue atingir porque, felizmente, nem todos temos imaginações tão cruéis e obsessivas.


Esta mulher conheceu um homem. Até aqui tudo bem. Simpatizaram um com um outro de imediato. Ao terceiro encontro ela lá lhe disse onde morava porque, até então, foi cautelosa e não permitiu que ele soubesse a morada da sua casa, onde vive com a filha adolescente. Com a morada, ele lá conseguiu enviar-lhe as flores que tanto queria. A seguir surgiram outros presentes: chocolates, lingerie... Todo o final do dia ela chegava a casa e encontrava à porta um embrulho: era um presente dele para ela, com amor.

A relação entre os dois estava naquela fase fantástica, da descoberta, dos carinhos e um dia, ele presenteou-a com um iphone. Mas a mulher começou a sentir que a relação estava a avançar rápido demais e decidiu terminá-la.

Até aqui, tudo normal, certo?
Bom, excesso de presentes pode ser romântico ou pode indicar uma personalidade obsessiva que está a querer controlar tudo. E se assim for, como reage a pessoa quando rejeitada?

Bom, na realidade ela já está a agir desde o primeiro instante. Frustrado por não conseguir os seus intentos, este homem, tão generoso que tinha inclusive oferecido um iphone, na realidade deu-lhe um presente envenenado. Ele usava o iphone como aparelho de localização. Sabia sempre onde ela estava, com quem ela falava, lia todas as suas mensagens, escutava as suas conversas... aquilo era um aparelho de vigilância! 

Para se vingar ele pegou em todos os contactos de amigos e família que já tinha copiado do telemóvel e começou uma campanha de difamação indecorosa. Enviou mensagens a todos os amigos dizendo que ela tinha contraído doenças sexualmente transmissíveis, eliminando assim qualquer eventualidade de ela encontrar um outro parceiro rapidamente. 


Fez-se passar por ela para gerar conflitos, para isolá-la. Como ela recusou-se a recebê-lo de volta, não importava os argumentos, ele garantiu que ia destruí-la, ameaçando contar a todos os amigos, família e colegas de trabalho que ela era uma puta. Depois enviou a todos os que ela conhecia, sem deixar escapar um, um link de um site de acompanhantes femininas de luxo, no qual ela aparecia. As pessoas inicialmente acreditaram que haviam tropeçado num segredo oculto daquela mulher. Ele continuou, colocando anúncios de oferta de serviços sexuais dando como contacto o número de telefone do emprego dela. Os homens ligavam constantemente, a requisitar serviços da "Soraia".


Conseguem imaginar o terror que é estar a trabalhar num banco entre colegas, escutar o som de um telefone e sentir pavor de que possa ser outro homem a requisitar os seus serviços de prostituta? A vergonha de ter os colegas a olhar de lado e a desconfiar? As piadas, as mudanças de atitudes, o desprezo? Acabou por ser demitida. Foi aí que ela foi online verificar o que se passava. Sentiu-se totalmente roubada, difamada, violentada com o que encontrou.  

Com a quantidade de informação pessoal que hoje é mantida nos aparelhos tecnológicos, contas de email, etc, ele conseguiu cancelar-lhe o serviço de água, de electricidade, gás. Tudo fez para a prejudicar. Ela foi à polícia mas... esta não pode fazer muito sem provas. Ele tinha gravado secretamente um vídeo dos dois a fazer sexo e espalhou-o por toda a parte, começando, novamente, por aquela lista de contactos e fornecendo-o a vários sites pornográficos. Fazendo-se passar por ela, ele enviou mensagens aos amigos adolescentes da filha, oferecendo-se para prestar serviços sexuais. E mais tarde, ele incluiu o nome da menor no anúncio, deu a morada da casa das duas e a qualquer hora do dia ou da noite, homens apareciam-lhe em casa, tocavam-lhe à campainha para obter serviços sexuais. Noutra ocasião ele pegou numa faca e furou-lhe todos os pneus do carro. Aqui foi preso, em flagrante.

Foi então que se descobriu que ele era casado há muitos anos e tinha um filho menor de idade. Não era rico como dava a entender, e a esposa dele começou a receber as contas milionárias dos presentes oferecidos, das viagens em deslocações. Ainda por cima, ela é que "bancava", lol. Este perseguidor, perigoso e obsessivo, casado e com um filho, que aparentava ser normal e inofensivo, acabou sentenciado a sete anos de prisão, pelos crimes de roubo de identidade, perseguição e tentativa de extorsão. A mulher que ele perseguiu e a filha ainda têm de lidar com as consequências das mentiras que ele espalhou. E que a tecnologia ajudou a propagar.

Estes detalhes todos que escrevi servem para denunciar comportamentos perigosos para que possam ser detectados a tempo e para ilustrar o quanto a tecnologia pode ser usada como uma arma que faz tantos estragos quanto uma de verdade. 

Nada na vida desta mulher alguma vez voltou a ser seguro. E até hoje ela teme que ele, doente como é, a mande matar ou lhe faça algum mal, a ela ou à filha, ainda na prisão ou quando for posto em liberdade. E tem razões para isso. 


O que não faltam são histórias de mulheres assassinadas por ex-companheiros. Infelizmente vemos disso nas notícias. Vem-me à mente a esposa morta por seis tiros à porta do emprego, depois o ex ainda colocou um aparelho explosivo no corpo dela. Esta tragédia aconteceu depois do natal do ano passado, em Sacavém. Mas enquanto pesquisava para a confirmar os factos, encontrei com facilidade e horror tantos outros casos! Alguns de anos passados, outros infelizmente já datados deste ano. Uns cá, outros no Brasil, tão gratuitos e ousadamente cometidos em qualquer lugar diante de quaisquer testemunhas.Ver aqui, aqui, aqui, aqui



domingo, 29 de março de 2015

Www: a revolução do século XX

A revolução do século XX não foi a televisão.

A verdadeira revolução, a que mudou o mundo todo de pernas para baixo e nos tornou a todos, ricos ou pobres, dependentes, ligados e ameaçados é a INTERNET.

Nem a televisão ou a rádio fizeram desaparecer os jornais, as revistas, a imprensa escrita. É a internet que está a dar esse «empurrãozinho». A Rádio, como um dia ela já foi, seja de entretenimento ou informação, está quase morta, teve de adaptar-se. A televisão passa dias e dias desligada por esses lares - há até quem não a tenha, porque não precisa, pode vê-la tendo ligação à internet. O telefone foi substituído pelo telemóvel que por sua vez passou a ter internet. E dentro da internet, o facebook cada vez mais dita as cartas.

Pela internet nos dedicamos ao lazer, à informação e até ao terrorismo e ao crime. 

Um dia destes numa carruagem de metro, não resisti ao impulso de registar o que todos os dias vejo à minha volta. Estas subtis mudanças sociais, que alteraram para sempre a vida de todos. O que prevejo no futuro: muitas colunas e pescoço tortos, sem dúvidas!





EM 10 PASSAGEIROS, 3 NÃO SE OCUPAVAM COM OS TELEMÓVEIS OU TABLETS.
 



segunda-feira, 26 de maio de 2014

(des)Ligar a Televisão

Ligo cada vez menos a televisão. 

E gosto muito de televisão. Mas quando me quero entreter, mesmo que seja só para distrair, é à internet que recorro. E esta me oferece muito com que me ocupar. Já a TV, o que oferece, é oco demais. Agora só a ligo quando tem algo que queira ver ou para procurar um filme que me cative. O resto, programas de cantorias, populares, programas de manhãs ou de tarde e até mesmo a informação - pouco me faz querer carregar naquele botão do telecomando. 


sábado, 18 de maio de 2013

Viajar por Blogues

Gosto de viajar por blogues alheios. Ao ritmo da "maresia", sem amarras ou preconceitos. Hoje passei um bom bocado nesta nova forma de descontracção e debate de ideias. E foi também a primeira vez, nestes anos todos, em que não achei graça a uma boa parte deles. Em que vi algo um tanto perturbador. Vou tentar explicar melhor: Segui links sugeridos na lista de favoritos nos blogues e descobri que existe, neste universo blogueiro, uma espécie de "comunidades" de uma mão cheia de bloggers que se visitam e se lêm com regularidade. E esse "estatuto" é algo que querem manter, como quem, na vida real, sente que pode perder uma amizade e faz de tudo para que tal não aconteça. Mas por vezes acontece. E a pessoa «excluída» da lista de preferências repara sempre. Outros blogues até então públicos, após conquistarem o seu quê de "fiéis", tornam-se fechados. Não aceitam mais "inscritos" e tornam-se invisíveis para o olhar universal, podendo mesmo recusar aceitar o pedido de seguimento de alguém que o conheceu aquando o seu estatuto público. Suponho que surge um sentimento de rejeição qualquer... E ponho-me a pensar se isso é mesmo necessário no universo da internet. Já nos basta a vida real, com pessoas de carne e osso sobre as quais conhecemos o típo físico, o tom de voz, os maneirismos e demais características que a convivência presencial descortina. Queria um mundo virtual mais liberal, livre, aberto.

Mas tentando ser objectiva, descobri, nessa lista de blogues "in" que se auto-referenciavam em todos e que fui ler por interesse e curiosidade, descobri a "pólvora", por assim dizer, com ironia. Descobri, pela primeira vez, que os blogues podem não ser escritos pela pessoa que se diz ser quem é (desconfiei de um) e descobri que estas podem não ser pessoas totalmente sem segundas intenções ou um fundo de alma impecável. Não me interessa nem nunca foi factor que me conduzisse a um blogue, o seu nível de popularidade. Mas hoje "descobri" que não existe necessariamente uma relação entre popularidade e prazer de leitura pelo conteúdo. Claro que as preferências pessoais do indivíduo influenciam a forma como interpreta o conteúdo do blogue que lê. Mas como expliquei no princípio, sou pouco de preconceitos. Sou uma espécie de "conquistador virtual", tal como outrora existiram os conquistadores marítimos. Se existisse preconceito não chegariam longe, não contactavam com outras culturas, outros sabores, outras formas de ver a vida. 

Então hoje aconteceu algo. Não sei bem o quê, mas hoje, de uma certa forma, "perdeu-se" a inocência de uma bloguista :) Descobri o que quer dizer BIEF (provavelmente sigla errada), que é uma espécie de movimento entre bloggers que procura eleger aquele que, entre todos, os internautas mais gostavam de phoder. Sim, foder... Usei o ph num acto de tentar suavizar a expressão e também numa demonstração de aprendizagem e homenagem a um qualquer blogue onde hoje li a palavra assim escrita. E pensei: oh, isso é tão ridículo! Mas a coisa tinha aderência. Adeptos qb. Por um lado, o lado humorístico e simplista, entendo isto como uma brincadeira. Por outro, vejo que se for brincadeira vai ser levada a sério. Demasiado sério. Vai fazer com que todos os blogues rumem em direcção a um só tema, o tema universal que é a fod@.

E assim tão redutor, limitativo, vazio, sei lá. Gosto e continuarei a gostar de ler blogues, de comentar nos mesmos, de "trocar impressões" com pessoas que não conheço e jamais devo conhecer. Que não sei onde moram, que aspecto têm e nem me faz espécie não saber. Porque não quero saber. Não me interessa. Esta forma de contacto, de comunicação, me apraz. Acho-a solta, livre, o mais próximo que pode existir do conceito de liberdade de expressão. Mas não é isenta de perigos ou dissabores. E acho que foi a ténue constatação disso que me "quebrou" algo hoje. Como disse: "descobri a pólvora", mas esta já foi inventado há séculos!


Na internet e em particular no mundo bloguista, não temos todos de concordar com tudo o que se diz. Embora sinta que muitas vezes isso é feito a verdade é que debatem-se ideias e trocam-se impressões de uma forma mais sincera. Pode-se discordar e pode-se expressar estar em desacordo de uma forma honesta e apenas referencial (nem sempre de julgamento) e sem grandes obstáculos que por vezes surgem noutras formas de comunicação. Concordar ou discordar, não querer comentar, ouvir, escutar, reflectir e mesmo descobrir e aprender.  E esta liberdade vem aliada de respeito, muito mais exigido e muito mais facultado no universo virtual que no não-virtual. O que faz deste veículo de comunicação um que apetece visitar com regularidade e até, compreendo perfeitamente, assiduidade. Como quem visita um amigo de quem sente saudades.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O que mais queres na vida?


Não sei se se lembram mas «antigamente» quando alguém nos perguntava o que mais queríamos na vida, ficava mal dizer “quero ser feliz”. Parecia que isso seria uma admissão que não o éramos e essa exposição de fragilidade não era recomendável, pelo menos na adolescência. Ia gerar comentários do tipo: «Ahahah», «porquê? Não és?», «Tens algum problema?» e a temível: «O que se passa?».

Mas a internet veio mudar tudo isso. Quem não sabe do que estou a falar não vai saber entender. Só passou a ser aceitável assumir assim os sentimentos mais secretos e íntimos quando a blogosfera os tornou públicos em massa e depois vieram os blogues.

Não que não se pudesse dizer que se queria estar em paz, em sossego ou mesmo em felicidade mas não como resposta à pergunta directa e frontalO que mais desejas na tua vida”? A esta o habitual era mencionar os desejos materiais. Ninguém te ia aborrecer se a resposta fosse algo do género “quero comprar um carro”, “ter uma casa”, “casar” etc. Mas jamais «ser feliz». Era um pouco TABU.

Então das vezes que me atiraram com essa pergunta à cara, assim de froche, respondi qualquer outra coisa com um sorriso aparentemente normal nos lábios. Também posso ocasionalmente ter desconversado («sei lá») e minimizado a importância da pergunta e da resposta, recorrendo à ironia e brincadeira. A verdade é que, nem por uma única vez, disse o que realmente mais importância tinha para mim. A resposta sempre foi «SER FELIZ».

E enquanto a pessoa ia de rosto em rosto fazer a mesma pergunta, ninguém ousava responder: «ser feliz». Vinham os carros, as casas, o dinheiro, os bens materiais e as ambições profissionais e económicas, mas jamais esta que, para mim, é a verdadeira e imutável ambição.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mudanças de hábitos INTERNET

Sou  da  opinião  que as  mudanças  graduais são as que mais ameaças apresentam. Porque  as pessoas  não percebem que o  que  as rodeia, e  elas  mesmas,  estão  a mudar. Depressa se  alteram  os hábitos, sem que  se  dê  conta da magnitude de  tudo.

Por esta razão  considero as mudanças súbitas muito mais  benéficas. Assustam-nos  de morte. Temos receios,  medos,  é  o desconhecido... mas uma mudança súbida não tem máscaras. É  o  que é. 

A  principal  mudança na  sociedade tem origem  na tecnologia, em  particular na internet. Esta  surgiu gradualmente, mas mudou radicalmente todos  os  costumes. Costumava pegar numa caneta e  escrever um diário, agora escrevo aqui.  Costumava sentar na cadeira  a ver televisão, agora distraio-me no computador. Costumava  brincar com outras crianças aos jogos de tabuleiro,  cartas, ou jogos de  contacto físico. Agora  brinca-se na  internet,  a  jogar  jogos  virtuais.

Mudanças radicais, mas  graduais. Pouco recriminadas  porque ninguém tem  nada realmente  mau  a  apontar à  internet,  só  benefícios. E  fica-se viciado  nisto! Diria até que dependentes!

A  internet serve para tudo: precisa-se de saber onde fica  determinada rua? Vai-se à internet. Queres  saber  uma receita  especial? Vais à internet. Queres  rir um bocadinho com  scketchs de humor  ou ler  umas piadas? Vais à  internet. Queres trocar  de carro, comprar um animal, vender alguma coisa? Vais á  internet. Procuras emprego? Vais à internet.  Precisas de comprar  mercearias? Vais à internet. E que tal fazer umas transacções  bancárias? Vais  á internet! Queres  falar com os amigos? Vai à internet. E  que tal  namorar  um  bocadinho? Vais à internet!

As  pessoas não têm presente  na  consciência o  quanto mudam. Podem achar que  não,  mas  a  isso são  conduzidas  sem  se  darem  conta.  Mesmo quem, eventualmente (não  sei  se  existe),  não tenha internet, acaba por ser conduzido a usar o serviço. Por exemplo: os pagamentos  à Segurança Social  deixaram de ser  possíveis pela via presencial, num balcão de uma das  instalações do Instituto, em  frente  a uma  pessoa de  carne  e osso. Parece-me  que  só se aceitam formulários via-internet.

Estava lá uma vez e  vi  a aflição de algumas pessoas mais velhas,  que logo  afirmavam: mas  eu não tenho  isso! Não percebo  dessas coisas!
 - "Então  peça  a  alguém  para  a/o  ajudar". - responde a/o  funcionário.

E pronto! Parece  tão simples!! Mas  não é NADA simples. Descartam-se das  pessoas e dos problemas  com facilidade,  mas ele(a)s não deixam de existir!


Precisei escrever sobre este  assunto  porque comigo sucede-se o seguinte: entristece-me quando oiço dizer "está na internet,  procura". Qualquer questão  que  se tenha, a resposta vem igual. Mas que raio!  Acho que as  pessoas estão a ser preguiçosas e não  necessáriamente práticas ao depositar  demasiada fé numa coisa.  É  quase deixar  que essa  coisa pense por elas. Por exemplo: uma pessoa mandou-me procurar uma informação que estava  num  site. Mas não sabia que site era esse. Apenas que se tratava do site de um "Instituto" e que o nome era "Portugal qualquer-coisa".  Com esta e outra referência, achou que tinha dado todos os dados necessários para qualquer pessoa chegar à informação.

É claro  que não se  consegue!!
E  depois desenvolve-se uma "conversa  de  burros", em que uma pessoa  diz que "só encontra isto" e  a outra responde  "mas no site  vem  a dizer aquilo"  e,  para  agravar, a  pessoa também nunca viu  o site, foi  uma terceira  que ouviu dizer  que era assim!

Não gosto. Detesto! Faz perder tempo. É informação  inútil, que  ainda por cima conduz  a  conflitos. Se formos a ver o  método tradicional, quando em comparação, acaba por sair em desvantagem. Preciso de uma informação, vou ao tal Instituto e pergunto! É  mais rápido ou não??

A geração dos meus  avós "aventurou-se" no  mundo  por  necessidade de uma vida melhor. Abalaram do norte  porque disseram-lhes que  havia  uma "vida  melhor"  em  Lisboa. E  partiram  apenas  com a vontade de encontrar essa vida  melhor e confiantes  na sua  capacidade  de trabalho. Ao chegar-se  ao  destino, "achavam-se" os  compadres pela  boca. Dizia-se a um qualquer trauseunde o nome do sítio onde  se queria  ir e  bastava-lhes  seguir as direcções para chegar lá.


Agora temos  a  internet, temos  GPS, mapas, temos tanta  coisa mas  falha o  principal: falta-nos o NOME!

E,  sem nome,  não se  chega lá. Haja a  tecnologia que houver,  ao  invés de se  encontrar o "Instituto X",  encontram-se  os Institutos  do abecedário inteiro!!

"Mais" não é melhor. "Fácil" não significa  rápido. Até  porque  se  perdem  muitas horas de volta dos afazeres  e  entretenimento que a internet  e outros  gadgets tecnológicos proporcionam.  Não sobra muito tempo para outros convívios.

Não,  definitivamente, a  internet  não  torna nada mais  rápido,  porque  a dependência  é  muito morosa!! E a qualidade que impôs nos trabalhos exige uma utilização de recursos  mais ampla,  o que  aumenta o  tempo de execução  de qualquer tarefa. Utilizam-se mais ferramentas,  mais programas...

Um dia de  24h não chega para tudo o que a internet  tem  para  nos  aliciar...