quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Silhuetas familiares

 Alto, magro, com cara de miudo e cabelo curto a pente rente. Estava a virar-se. Será? Por instantes podia ser ele. O rosto virou-se de frente para mim e nao era.

Tanto quanto sei ate pode ter falecido durante o Covid. Preocupei-me com isso.

acho que gostar deve ser isso mesmo.

É verdade que o tempo cura. E que trabalho teve!!!

cura mas uma pessoa ainda imagina o que será o encontrar novamente.


beijos e votos de feliz natal.


 

terça-feira, 12 de novembro de 2024

 Roupa lavada à mão a secar ao sol no lado de fora da janela e a balançar com o vento. Saudade!



Decerto há quem se surpreenda com esta minha felicidade em executar estas banais tarefas domésticas que, provavelmente são rotina de muitos.

Mas a vida mudou tanto que hoje já é proibido em muitos prédios estender roupa a janela. Eu, pessoalmente não o faço desde que era criança. 

Então é como voltar a um tempo em que tudo parecia bem mais simples.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

O leite nostálgico

 Comprei este pacote de leite pelo prazer de poder voltar a abri-lo cortando-lhe o bico com a tesoura ✂️/🔪.

Nostalgia de outros tempos, hábitos que nem percebemos que nos foram retirados e substituídos por outros.

domingo, 3 de novembro de 2024

Uma mancha no sofá

 Enquanto aguardo no sofá do emprego os poucos minutos que tenho livres até começar a trabalhar, reparo numa mancha à minha frente e vejo uma figura num momento muito intenso.



Vejo uma mulher grávida a dar à luz. Alguém perceberia o mesmo? 

sábado, 26 de outubro de 2024

Deixei de usar autocarros

 Faz algum tempo que ja nao apanho um autocarro. Decidi fazer qualquer percurso local a  pé. Garantidamente Isso significa uma.hora de caminhada para ir e outra para voltar do emprego. 

Ontem de noite porem, visto que em 5 minuitos ia passar o mais rapido, optei por ficar à espera e entrar num. 35 minutos depoos de ter saído do emprego, estava no centro da cidade. Entrei no dito para poupar as minhas pernas cansadas e só porque era o rapido, com poucas paragens. Dei por mim a ter de posicionar essas mesmas pernas de forma a que os movimentos do autocarro nao me projectasse o corpo para fora do assento. Tive mesmo de mudar de lugar. E resistir ao desconforto de estar a ser chocalhada dentro de um brinquedo de latao. Pelo menos foi essa a sensacao que tive.

Conclusao: cheguei a casa mais cedo sim, mas por uns meros 15 ou 20 minutos. Por vezes mal posso esperar por sair da viatura, sinto-me.meio zonza. Se arrotar depois é sempre um alívio. 

Embora caminhar canse e leve tempo, penso qur, quando todos os veiculos automoveis passarem a ser eletricos e deixarem de poluir tanto o ar que respiro e os meus oividos com barulho, talvez a experiencia de caminhar passe a agradar a muitos mais. (Eu é que nao vou gostar de multidoes eheh).


terça-feira, 15 de outubro de 2024

Já é Natal por aí?

 Por aqui no Reino Unido o natal chegou às lojas no finalzinho de Agosto. Cheio de gostusuras, brilho, calor de promessa de reuniao familiar.

Este post era para ter saído então. 

Vejam as ofertas de apenas 1 loja... (e nao apanhei tudo)


























domingo, 13 de outubro de 2024

Coisas do quotidiano que me deixam de mau humor

 

Sair na rua a horas em que ainda não há quase ninguém e surgir uma pessoa a caminhar sempre perto de mim

Ser ultrapassada por um fumador e levar de imediato com aquele tóxico injectado diretamente para dentro dos pulmões.

Ruído automóvel

Ter as estradas vazias de transito até o instante de as atravessar

Escutar uma buzina automovel logo ao acordar

Veículos estacionados com o motor  trabalhar.

Respirar poluição

Encontrar o meu atalho que sempre fora silencioso e sem transito carregado de veículos pesados, automóveis e taxis pessoais ali estacionados e perceber que não tem propósito, estando parados com os ruidosos motores a funcionar e a libertar poluentes.  

Encontrar veículos estacionados sempre num mesmo lugar, sem terem sido mexidos. Tem dois que me bloqueiam a visibilidade à saida do emprego que ali foram deixados desde a primavera. 

pessoas a caminhar no sentido oposto que não vêm na tua direcao até o momento em que chegam perto de ti.

Ciclistas no passeio que agem como automobilistas 

Ciclistas que nao se desviam e te forçam a caminhar na lama

Ciclistas que nao tocam a campainha (ou n tem uma) para sinalizar a sua aproximacao do peao que segue no passeio 

Estar parada a espera de atravessar a estrada e nenhum.automobilista te dar passagem

Ubers eats e outros servicos de entrega de refeicoes ao domicílio que usam bicicletas ou motorizadas para as entregas e se acumulam nas passagens de peoes, procedendo depois a dirigir pelas mesmas sem se preocuparem muito com a presença de pessoas. Elas que se desviem a tempo.

Supermercados cheios de gente, principalmente quando a maioria sao crianças a correr em.todas aa direcoes e bebés empurrados nos carrinhos achando quem os empurra que nao faz mal bloquear as passagens

E fico por aqui nesta manhã de domingo, 13 de outubro, 7.30h, 4 graus de temperatura,a caminhar 1h rumo a uma dura e exigente jornada de trabalho.



segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Impostos - não dá para saber se somos roubados

 

No reino Unido cada vez que se recebe o ordenado fazem-se os respectivos descontos de "IRS". 20% sobre o recebido é desviado para o Estado. Para se ter uma ideia, o site das finanças avisa-me que, no ano fiscal anterior, por cada libra ganha, 14 centimos foi para o estado. 

Aqui também existem o equivalente a "escalões". No meu caso, não se "paga imposto" nos primeiros 12.570 de rendimento. Tudo acima desse valor é taxado a 20%.


Acontece que... eles taxam os 12.570 também. Não existe ordenado que não venha com desconto. Por exemplo: o mês passado recebi algo como 900 libras. O Estado recebeu perto de 300. Deixando-me com 600. 


Então, quis eu saber, porque é que ainda fazem acertos no final? Se tudo é pago na hora? Aqui não se preenchem papéis nem se guardam recibos. Isso é uma coisa boa. Não se preenchem documentos de rendimentos, porque estes são apresentados pelas entidades patronais às finanças. Daí eles fazem os seus cálculos. 

É um sistema CHEIO DE FALHAS. Onde tu ficas muito vulnerável e pouco podes contestar. 

Estava a estranhar não receber a carta das finanças. Em oito anos a trabalhar, sempre a recebi na primavera ou início do verão. E sempre, mas sempre, eles tinham de me DEVOLVER uma quantia. Essas quantias oscilaram entre as 80 e 150 libras.

Vai que telefono para eles para saber o que se passa. Sou informada que ainda não tinham enviado nada para mim mas que eu tinha um "pequeno débito". 

WTH??

Débito? Eu DEVO-LHES impostos??
Em oito anos NUNCA que tal aconteceu. 

Lembrei-me da minha mãe e da sua surpresa este ano, em descobrir que não tinha nada a receber. TODA A VIDA os descontos feitos foram superiores aos devidos. E assim ela contava que continuasse. E pela primeira vez em décadas de vida, isso não aconteceu. 

Vai que o mesmo acontece comigo, no outro lado do oceano. 

Algo não me parece bem. Não entendo COMO posso estar em "dívida", se pago tudo a 20% logo à cabeça. Esperava era ter o retorno de, pelo menos, esses 20% sobre os 12570. 

Não entendo este sistema mas sei uma coisa: não foi criado para nos ajudar nem facilitar a vida. Como é que sei se não me estão a roubar? Por acaso tenho como saber se a entidade patronal facultou os valores corretos? Terá exagerado? Sim, porque cada vez que vou ao site das finanças aparece-me um rendimento anual bem mais elevado do que aquele que me parece ser o real. Um dia irei somar o valor de TODOS os recibos (aqui paga-se à semana é uma tarefa dantesca) e comparar com o valor reportado. Acho que fiz isso uma vez e não coincidiu. Mas como tinha múltiplos empregadores ficava mais difícil situar-me. Agora que só tenho um, deve ser mais fácil. 

Mas o sistema... o Sistema não está feito para ti. Está feito CONTRA ti. Eles podem querer tirar de mim as 60 libras que dizem que lhes devo - de mim e de outros tantos milhões - para depois um político qualquer pagar viagens milionárias de lazer às amantes... 

No meu segundo ano aqui trabalhei - e descontei durante tres meses e quando contatei as finanças para perguntar porquê não constava no meu registo esse meu emprego - responderam-me que nunca tinham recebido NADA da entidade empregadora. E o dinheiro que supostamente foi retirado para pagar impostos? Se nunca foi entregue - onde foi parar? Porque no meu bolso não estava. Ficou no bolso da entidade empregadora. 

Eu achei isto CRIMINOSO e pensei: agora é que eles estão feitos! Ninguém brinca com as finanças... as finanças vão atrás deles. 

Não foram. Eu é que tive de fazer TUDO - imprimir recibos de vencimento, contrato de trabalho e enviar os comprovativos para as finanças. Depois esperei. Desesperei. E voltei a contactá-los. Só para os escutar novamente a dizer-me para imprimir os recibos de vencimento e enviar-lhes. Ora, se já o tinha feito! Mas fiz outra vez... 

E eles? NADA. 
Até hoje - volvidos seis anos, as "finanças" nunca me deram retorno a este respeito nem mexeram uma palha. Não querem saber. Dá muito trabalho "mexerem-se". Deixam os gatunos e os safadões sairem impunes com esquemas destes. E o lesado é o lado menor: o trabalhador. Porque esse valor que não foi declarado não vai contar para a minha reforma. Estão a roubar-me o presente e o futuro. 

Também diz um trabalho de um dia apenas - e descontaram-me os "impostos". Depois ainda me pediram para voltar. Recusei, claro. Logo à partida aceitei apenas por um dia - para os ajudar, pois disseram-me precisar de uma pessoa e não tinham ninguém. Lembro-me que era dia de aniversário e eu tinha saído de um turno de 12h e ia entrar noutro de tempo indeterminado.... mas foram 9 horas. 

Por isso pagaram-me uns trocos insignificantes, o equivalente a menos de 4 horas de trabalho. 

Informação é muito importante. Estar bem informado aumenta as nossas chances de não sermos enganados. Espertos são algumas pessoas que conheço, que trabalham "cash in hands" e não declaram os rendimentos. É o malandro a enganar outro malandro. 

Não entendo como posso estar em dívida com as "finanças" se os descontos são automáticos. Alguém me explica? Quero mesmo aprender tudo... para não ser enganada. 






terça-feira, 10 de setembro de 2024

É nas pequenas coisas que se conhecem as pessoas

 

O motorista de autocarro sentou-se ao meu lado na paragem onde me encontrava sozinha. Vinha com o telemóvel a emitir, em simultâneo, ruídos de sons, vozes e música com risadas no final. Deduzi serem vídeos de tic-tocs, pois a parafernália sonora era repetida em loop.

Encontrava-me numa chamada a aguardar atendimento fazia já 40 minutos, com o telemóvel em audio externo, pois se não for desse modo, não escuto nada. Os ruídos do telemóvel do homem eram tão altos que abafavam por completo o som de música clássica de péssima qualidade dos serviços de atendimento da EasyJet que vinha a escutar segurando o telemóvel perto dos meus ouvidos, enquanto que, com a outra mão manejava enfiar um pouco de comida na boca. Obviamente, não me encontrava ali por lazer. Qualquer um que assim encontrasse, eu deduziria estar na linha de espera de uma chamada importante. 

O bom senso manda que a pessoa que chega, percebendo a situação, tente minimizar que a sua presença atrapalhe. Mas o telemóvel do homem superava em muito o meu no requisito audio. Praticamente não conseguia escutar NADA. Quando a música clássica parava, receava que foi por terem atendido e receava não escutar me chamarem porque, de fato, não dava para escutar. Os sons de TIC-TOC vindos do telemóvel do motorista abafavam e obliteravam o meu. Só mesmo encostando o telemóvel ao ouvido podia ter percepção.


Quase que tive para lhe pedir para que baixasse um pouco o som. Mas acho que, depois de se sentar, até o aumentou. E continuou assim. 

ATÉ QUE....

Até que uns 12 minutos depois apareceu uma terceira pessoa na paragem. Uma mulher, de mala de viagem na mão, bem vestida, com aparência elegante, pareceu perdida, seguindo indicações pelo telemóvel. 

Assim que ela apareceu, o homem baixou o som do telemóvel. E olhou para a mulher: Primeiro avaliou-a pelo rosto. Depois desceu rapidamente os olhos para baixo e voltou a subi-los, demorando apenas fracções de segundos a olhar para específicas zonas da fisionomia feminina. 
 
 Por aquela postura, soube tanto daquela pessoa! Um indivíduo que chega e faz questão de não ter um gesto de cordialidade e respeito básico contudo, altera de imediato o comportamento para o oposto quando vê uma fêmea que lhe agrada da cabeça aos pés... Ah, tão básico... !!

Tudo o que foi preciso para ele agir com consideração foi a presença de uma mulher bem vestida. 
Sinceramente... 

Homens conseguem ser tão básicos que até dá dó. 
Quando são básicos assim, rejubilo de satisfação com as "Rebeccas*" da vida. Elas fazem todo o sentido para mim. Deviam existir muitas, muitas Rebeccas. Porque há homens que merecem aprender uma boa lição. 

Se eu fosse mau carácter. vilã, teria todo o gosto em brincar com um idiota destes. 

Até nem teria qualquer piada ou seria um grande desafio - de tão básico que ele demonstrou ser. 



* Rebecca D'Winter - personagem do livro Rebecca. 



domingo, 1 de setembro de 2024

Mais um Domingo, mais 10h de trabalho

 

"Luvas de Serial Killer" - grita o homem alto, de calça branca e t-shirt azul, que parecia tão certinho. Tão subitamente agarrou na minha mão enluvada que nem ouvi o que disse. Tive de pedir para repetir. 

Estava sentada a aguardar o meu pedido de take-away de frango com batatas fritas... e ele estava em pé, tinha acabado de fazer o pedido dele. 

"Luvas de Serial Killer" - diz. 

Percebo então que decidiu fazer uma graçola a respeito do fato de me ver com luvas de borracha. Mas... o Covid foi assim há tanto tempo que as pessoas ainda se surpreendem por ver mãos enluvadas com luvas de borracha azuis? 

Se tivesse colocado uma máscara no nariz teria me acusado de ser uma assaltante de bancos, ao invés de uma assassina em série. 

-"Não." - respondo-lhe. "Luvas de 10 horas de trabalho". 


O telemóvel dele tocou nesse instante e o seu interesse eclipsou-se tão rápido como se manifestou. Curioso a ASSOCIAÇÃO mental do homem. 

Há bem pouco tempo pensei em mim nesses termos. Estava a refletir na vida, nas injustiças a mim cometidas e a forma como reajo ou reagi a tanta maledicência, malícia, inveja, maldade. E concluí que, numa próxima encarnação, para equilibrar a balança só poderei vir a ser alguém com reduzidos escrúpulos, capaz de matar pessoas por nenhum motivo especial e sem remorso. Quando um tanto em monotonia, procurar excitação no ato de criar confusão e ceifar vidas.  Isto porque, nesta reflexão sobre o equilíbrio das coisas, devido ao que vivi e vivo nesta vida, na próxima só podia encarnar o meu oposto. Porque seria o equilibrar de um desequilíbrio.

Suspeito que o objectivo das vidas que por cá passam está traçado assim.  Não para viver sempre o seu oposto mas... para a aprendizagem. O que não se aprendeu à primeira é exasperado à segunda.

Já em casa refleti na expressão popular que diz: "é preciso um para reconhecer o outro....". 

Será que o homem era do lado do mal? Ou será um apreciados do Dexter? (série de TV que NUNCA vi, by the way... ) 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Uns são o sustento invisível, outros a ostentação

Toda a gente que me conhece beneficia de me ter conhecido. 
Depois de mim sentem-se mais felizes, melhores na vida. Ganham rumos, perspetivas. 

Sou uma espécie de trampolim e porta. Muito útil. Dou confiança, faço as pessoas acreditarem no seu potencial, injecto autoconfiança. Dou aquilo que não tenho e que não recebi. Acredito no que digo às pessoas. 

Depois... Não sou mais necessária.

Cumpri a minha "missão". É hora de avançar e deixar para trás o que não mais acrescenta. Um carro não anda sem combustível mas, uma vez de barriga cheia, não pensa duas vezes em abandonar a fonte e seguir seu rumo. Percorre grandes percursos, chega mais longe... e quando precisar novamente de energia, encontra outros fornecedores. 

Agora reflitam se não é isto que acontece com as melhores das pessoas?

Acho que a vida é assim. É isto. Uns anulam-se e são dados, para que outros possam se descobrir e terem sucesso.


sábado, 24 de agosto de 2024

Japão e sua cultura mental

 

Não conheço o Japão mas é uma cultura que gostaria de presenciar no local desde que me conheço como gente, aos 11 anos de idade. 


Estava a ver no National Geographic um programa que conheço para lá de duas décadas: Mayday e Seconds to Disaster. Dois dos episódios desta semana foram sobre acidentes 
no Japão. Um de aviação e outro ferroviário. 

Dá para perceber que o Japão tem muita coisa para ser admirada. Até louvada. Mas o preço que as pessoas têm de pagar por isso também pode ser elevado. Uma exigência e cobrança constante, uma pressão que acompanha cada indivíduo a cada instante que respira, onde a sociedade e as empresas esperam perfeição exímia sempre, sem tolerância para erros por menores que sejam e imprevisibilidades. 

Não admira que no Japão a taxa de suicídio é muito elevada. Esta parte da sua cultura em que a perfeição tem de ser exibida, ou a pessoa perde o seu valor e mérito está muito enraizada. O kamikaze ou o Harakiri - provavelmente as palavras mais populares entre o reduzido conhecimento linguístico de um ocidental prova isso mesmo: o suicídio faz parte desse lado japonês de encarar a falha nas responsabilidades e mostrar ter honra. 

Não deixa de ser triste que, naqueles sentimentos de solidão, confusão, tristeza, negatividade, depressão... que todos nós temos, lá, no país do "sol vermelho" entre o sentir e o reagir ao extremo de por termo à própria vida, por vezes só se passem uns breves minutos. Ainda mais lamentável quando são as CRIANÇAS a população onde os actos de suicídio tem vindo a aumentar. Crianças em idade escolar, já a sentir os horrores da pressão, ainda a aprender a assimilar o que as rodeia e a lidar com as hormonas... é o grupo etário que mais precisa de orientação para descobrir como bem lidar com as contrariedades.

Dá vontade de ir lá dizer: escutem: todos nós passamos pelo mesmo. A vida é assim. Aguenta. Aguenta... que passa. Vais voltar a sorrir. Vais ver

Mas vamos aos acidentes:  

Fotografia real do avião acidentado aquando avistado em terra tendo problemas

O primeiro acidente remota ao ano 1985. No dia 12 de agosto o voo 123 da Japan Airlines (JAL) saiu de Toquio rumo a Osaka e ficou uns aterrorizantes 32 minutos no ar, em dificuldades. Sem os sistemas hidraulicos a responder, os pilotos fizeram um trabalho exemplar para manter a aeronave e os passageiros vivos, após duas explosões se fazerem sentir, 32 minutos antes. Mas nenhuma das suas técnicas e perícias pode evitar o acidente. O boing 747 foi perdendo altitude e chocou de frente contra uma montanha. 520 fatalidades. SURPREENDENTEMENTE, existiram QUATRO sobreviventes.


Aqui abro a minha boca e deixo cair o queixo de espanto. Jamais, em momento algum, poderia acreditar que alguém pudesse remotamente sobreviver àquilo. Devem ter sido projectadas do avião porque... quem ia dentro... nada era reconhecível. A nave ficou em montinhos de estilhaços. Que alguém tenha sobrevivido é... impossível. Milagroso. 

Tando o "Mayday" como o "segundos fatais" documentaram este acidente. Cada qual fornece um dado extra que foi omitido pelo outro, por isso vale a pena ver ambos. Para meu espanto, descobri no segundo que, após o acidente, existiam mais sobreviventes. Mas o tempo que levou os socorristas a chegar ao local foi-lhes fatal. Se não tivesse existido uma hipótese de terem chegado mais depressa ao local do ocorrido - tinha-se de aceitar esse destino. Mas a realidade é que um helicóptero americano ia para descer na zona dos destroços e nesse instante recebeu ordens para regressar à base. Até hoje ninguém assumiu ter dado essa ordem mas, a realidade é que autoridades japonesas proibiram o helicoptero "estrangeiro" de aterrar. E com isso, perdeu-se a oportunidade de salvar mais vidas. Alguns passageiros faleceram depois da embate, após muitas horas até chegar socorro.

Outra coisa que descobri no "segundos fatais" é que o gerente de manutenção cometeu suicídio. Não foi o único e suspeito terem existido mais em decorrência da tragédia. Procurando confirmar a veracidade dos fatos, uma pesquisa online revelou que em 1987 um dos três investigadores que deu o avião como seguro para voar após uma reparação na cauda feita em 1978 - que acabou sendo a causa do acidente - também se suicidou após regressar de um dos interrogatórios de averiguação de responsabilidades. Susumu Tajima tinha 57 então anos. Estando envolvido na reparação bem amadora feita no avião - diria que talvez tivesse responsabilidade sim. Embora eu ache o suicídio extremo, colocando-me na posição de alguém responsável por tantas fatalidades, ficaria muito abalada e me sentindo culpada. Mas teria de aceitar - me esforçar para isso. E tentar tirar algo de positivo de uma tragédia irreparável. 

O voo 123 da JAL foi acidente com o maior número de vítimas na história de acidentes envolvendo apenas uma aeronave. 

Foi também muito precioso para a segurança aeroportuária. Deste acidente implementaram-se medidas de segurança para que acidentes como este jamais se tornasse a repetir. 

Faz muito tempo que concluí que, coisas horríveis acontecem neste mundo, para que possamos aprender com elas. Se não fosse pelo mal, não existia o bem. Pode parecer indesejável mas, tudo tem dois lados e o equilíbrio só se alcança assim. Sem o mal, as pessoas esquecem rápido. Esquecem como ser cordiais, como deixar de olhar para o próprio umbigo, como deixar de ser tão ambiciosas para proveito próprio e aprendem a se melhorar como indivíduos. Nem todos reagimos igual nem ao mesmo tempo mas sim. Somos todos "fabricados" da mesma forma e, ainda que muito aceleradamente ou lentamente, o comodismo, o conforto, a boa vida faz-nos mais egoístas e menos generosos. Tem sido a maldade no mundo, a tragédia, que mais facilmente nos une. 

Não me vou extender tanto no segundo caso mas o acidente com um comboio teve causa nessa cultura "tradicional" japonesa. O condutor, um jovem de 23 anos, já tinha sido repreendido por uma falha. A companhia tinha (e ainda tem) um programa de "reabilitação" onde, quem comete uma falha, é imediatamente enviado. São dias ou meses de pura tortura psicológica. Ofensas e humilhações. Mas a companhia chama isso de "re-educação". Um dos funcionários que prestou depoimento, na faixa dos 40, contou que, por ter chegado 2 minutos atrasado a uma reunião, foi enviado para ser "reabilitado". Disse que quase desistiu, sofreu forte tortura psicológica. Entre algumas outras coisas, além de gritos e ordens, era forçado a escrever relatórios por horas, relatórios de "arrependimento" e a executar tarefas menores, como limpar cocó de pombo dos carris, com uma escova de mão. 

O condutor do comboio, jovem, que já tinha sido repreendido, durante a condução tinha já cometido um erro: passou um sinal vermelho. Cheio de medo da consequência, ele ficou nervoso e, em excesso de velocidade, parou abruptamente numa estação, tendo parado com 4 carruagens à frente. Certamente seria severamente punido por isso. Acabou por recuar o comboio para que as carruagens da frente pudessem liberar os passageiros e com isso perdeu quase dois minutos do seu horário. Para compensar, acelerou. No país onde és severamente punido por chegar 60 segundos com atraso - e onde todas as ligações têm apenas segundos de tempo para ser executadas - causando prejuízos avultados - a pontualidade torna-se um fardo pesado demais. Assustador e de temer - se implicar castigos psicológicos e físicos. 

Ele acelerou e, numa curva, acidentou-se. As primeiras quatro carruagens descarrilaram. A da frente enfiou-se numa garagem de um edifício, a segunda ficou esmagada em forma de "L" contra os alicerces, a terceira ficou revirada e a quarta saiu dos carris. 

Tudo isto porque... o Japão é um local especial. Diferente. Que tem tanta coisa admirável mas que esconde, por detrás de toda a sua eficácia, uma cultura ditadora de exigência extrema à qual o suicídio pode facilmente ser a opção tomada - e aceite pela população em geral. 


sábado, 17 de agosto de 2024

Pés, para que vos quero?

 

Trabalho duro, fìsico, traz as suas consequências corporais.

Meus pés precisam de milagres. É dia sim, dia nâo. Cada dia uma mazela diferente. 

Sei que nasci para ser princesa porque sou sensìvel como as princesas dos contos de fadas.

Pés sensíveis, a precisar dos melhores especialistas e um bom artesão sapateiro para criar obras de arte moldadas aos meus pés. 













quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Conseguem destinguir um arbusto do outro?

Estes dois arbustos ficam no pátio de casa. 
Um deles é um loureiro. O outro não.

Conseguem destinguir um do outro?


Não fazia ideia de que tinha um loureiro em casa. Até que um dia passa na rua um senhor de alguma idade e, apoiado na sua bengala a olhar, pergunta-me se pode levar umas ramadas porque se trata de um loureiro e é "muito bom para fazer sopas".

Autorizo e fico a pensar: um loureiro??


Já faz para três anos e tenho sentido saudades desse senhor que, tempos depois, voltou a repetir a façanha. Pessoa de uma geração antiga, que sabe apreciar o que a natureza provide. Que pede sem se temer passar por uma vergonha, com naturalidade e cortesia.

Esperei pela sua passagem novamente. A que seria a sua terceira passagem. Porque queria muito lhe dizer que podia se servir à vontade, não tinha mais de pedir. Podia tirar o que quisesse as vezes que precisasse.

Só que essa terceira vez nunca chegou. E eu fiquei a sentir-me triste. 

Porque se o senhor idoso, de bengala, que passava pela rua com frequencia o deixou de fazer, só pode significar uma coisa. E não é boa.

Nunca mais regressou. Faz dois anos e, de alguma forma, ainda espero, um dia, o voltar a ver passar e pedir ramadas de loureiro.


Queria deixá-lo à vontade para se servir. O arbusto é enorme. Depois de podado então, os ramos espalhados pelo chão são tantos que daria para abastecer uma casa por um ou dois anos! 

Isto se todos forem como eu. Que usa uma ou três folhas de louro apenas para deixar algum sabor e tempero num caldo ou marinada. 

Escusado dizer que nunca mais me forneci de folha de louro noutro lugar que não... fresquinho, do meu loureiro. 😊







segunda-feira, 8 de julho de 2024

A proximidade entre o totalitarismo e a liberdade

 

Nas ditas sociedades livres descobri, com surpresa, que existe muita coisa semelhante com a FALTA de liberdade que se ouve falar nos regimes totalitaristas. 

A imposição de pré-julgamentos e o controlo de comportamentos parece ser o que ambas têm em comum. 

Talvez com o que imaginamos ser algumas diferenças no "peso" dessas imposições. Contudo, elas estão lá: as imposições. Apenas umas são mais disfarçadas que outras. 

Digo-vos já: fico feliz por ter nascido em Portugal.
Com todas as falhas que tem, é ainda o lugar mais livre e equilibrado em que vivi. 


Entrei na Poundland ontem de manhã, quase ao abrir. No autofalante de som ambiente da loja escuto uma voz a falar. Geralmente são anúncios a divulgar produtos ou a pedir doações. Nem presto muita atenção. Mas a "introdução" deixa-me intrigada. É diferente do que será de esperar de um comercial. Mais ou menos o "anúncio" dizia assim:

"É bom andar em compras com calma e em silêncio. Portanto faça as suas compras nesta loja com calma. Seja respeitoso para com os empregados. Eles estão aqui para ajudar". 

Até disse em voz sussurrante: 
"Mas isto é a Coreia do Norte???"

Sou só eu que acha um ABSURDO a "injecção" destas mensagens vindas do nada, a mandar as pessoas comuns, que estão ali a usar o espaço público sem causar qualquer conflito "ficarem calmas e serem respeitosas". Não pode ser... Imagino este tipo de atitude num país totalitário. Governado por um ditador. Daqueles que manda cortar cabeças se não lhe obedecerem ou fazerem as vontades. Se não lhe fazerem referência e o venerarem. 

Mas em Inglaterra, dito país do primeiro mundo, existirem "anúncios" públicos a mandar as pessoas agirem de uma certa forma... a mandá-las "acalmarem-se" e fazerem as compras "quiet"... 

É pá!
Me desculpem mas isto de país livre tem pouco. Tem muito mais de país controlador que vai "injectando" na mentalidade do povo atitudes que devem recriminar e que devem louvar, sem que estes sintam vontade de QUESTIONAR o que seja. 

 


a base em comum. 


domingo, 7 de julho de 2024

Poema cantado - lírica divinal - interpretação incensurável

 



É capaz de ser uma das MELHORES cantoras do MUNDO. 
Pouco valorizada ou melhor, falada por cá, Lara Fabian tem, até hoje, esta voz abençoada que Deus lhe deu e ela soube trabalhar tão bem...  

Esta canção, com estas palavras que fazem tanto sentido na alma, é, na realidade, UM POEMA. Daqueles que toca a todos. Uma OBRA PRIMA do que se pode almejar de um casamento entre palavras e melodia + interpretação. 

No final, Lara diz que acredita que a emoção transmitida na música não precisa de ser traduzida. É sentida. Fez-me lembrar a vitória de Portugal na eurovisão. Aconteceu isso mesmo. A música foi SENTIDA, o intérprete deu-lhe um cunho emotivo capaz de atravessar as barreiras da linguagem, da tendência para o pop-rock, das preferências. 



quarta-feira, 3 de julho de 2024

Are people nicer with you if they know you have money?

 Estou aqui a pensar: acham que as pessoas são mais simpáticas contigo se souberem que tens dinheiro?

Hoje fui ao banco. Pedir para me cancelarem uma transaccao e para saber como posso usar o telemóvel como cartão de crédito.

Foram de uma simpatia SIMPLES admirável. As tantas a empregada de balcão chama um colega para me ajudar a perceber como posso encontrar uma aplicação num telemóvel Android e o senhor é de uma simplicidade e ¹¹simpatia encantadoras. 

A balconista aconselha-me a fazer compras online com um cartao de débito e nisto eu saio-me "provavelmente nao preencho os requisitos para ter um". Ao que ela me responde: "a sua conta deixa perfeitamente".

Ah, a poupança - afirmo.

Nao acho, na realidade, que sou bem tratada pelo meu saldo bancário. Quando cheguei ao Reino Unido tornava-se vital abrir uma conta no banco

 E a todos onde fui, este foi o único que me tratou bem desde o início e não me descriminou nem pela aparência - como fez o Barclays, nem pelo endereço ou contrato de trabalho. Sempre foram simpáticos, fosse o meu saldo alto ou iniciante. Por isso nunca mudei de banco nem quis saber de outro. Aprende-se muito sobre quem é quem em momentos de necessidade.

Vocês já pasaaram por momentos  que tiveram estas dúvidas?

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Jardinando ao sabor do impulso

 Hoje saí do emprego exausta, quase a cair no sono no autocarro. Sabia que tinha de entrar novamente ao serviço em menos de 12h.

Ainda assim, quando cheguei a casa, não fui dormir. Nem duche tomei. Ao invés disso, peguei na terra, nuns vasos, e pus-me a plantar umas flores que colhi pela raíz. 

Foi melhor do que se tivesse descansado. Nem dei pelas horas passarem. Foram quase 2h "jardinando".


Vi umas flores que, juntas, pareciam um manto de beleza rosa. Colhi umas na esperança de que, se der certo, para o ano possa ter um campo minado com elas.


Depois voltei a tentar criar raiz em galho de azevinho. Um novo vídeo no youtube diz que o galho tem de estar verdinho. Vamos ver se dá.






domingo, 16 de junho de 2024

Ainda nao está de parte para usar na próxima estação

 

Não sei como está o tempo aí, em Portugal. Mas posso dizer como está neste instante em inglaterra. É um tempo bipolar.

Gostoso logo pelas 8h da manhã. Intensamente chuvoso ao ppnto de fazer ruido nas janelas e telhados pelas 10. Quente e sem muito vento ao meio-dia. Tão bom que deu vontade de seguir para uma praia. Novamente chuvosamente ruidoso pelas 13h. Volta a brilhar o sol lá pelas 14h... alternado com nivens escuras. Agota sao ci co da tarse e está sol, mas muito vento. 

Sabem o que trago vestido?

Um sweter desportivo tipo camurça e, para minha desolação, o kispo de inverno. 

Alguma vez me imaginei a usar um kispo tâo quente a meio de Junho???

Não. Não, não!!!

Entristece-me vestir o kispo e saber que preciso dele. Não em Junho. 😞


sábado, 15 de junho de 2024

Porquê nos ensinam a adiar fazer o que nos dá vontade?

 Já cheguei a uma idade em que penso que me falta tempo. 
Ou então, percebo que muito dele foi desperdiçado. 

Dou por mim a pensar que gostaria de plantar arbustos e árvores para as ver crescer, colher seus frutos, respirar o aroma de suas flores e... penso que já não tenho o tempo que gostaria para isso tudo. Em simultâneo, esta é mais uma vontade adiada - das muitas - se não todas - que fui adiando na vida, porque assim me foi ensinado que era para fazer. 

Nunca concordei. No entanto, foi-me imposto assim - era o "normal" - e assim sendo, seguem-se as ordens "superiores" dos progenitores: «primeiro estudas "para seres alguém" e depois "o resto"... » - esse resto incluiu tudo e mais alguma coisa: vontades, sonhos, pensamentos, gostos, passatempos... tudo o que compõe a vida e a felicidade. 

Mas essa parte - a raiz - ficou para tras. Contudo, os ensinamentos e a prática permaneceram. 100% dedicada ao trabalho, incapaz de me "desviar" da boa conduta, com dificuldades em planear ausências que possam prejudicar a entidade patronal. E para quê? Se quando ficar doente ninguém me vem acudir? E se preciso for, amanhã levo um chute no traseiro e fico sem "nada"?

Bom, reflexões fadistas à parte, a vida continua... segue. Como sempre seguiu. Sem grande tempero. Para o bem ou para o mal. Ao menos isso. 

O que quero dizer é perguntar, a vocês, PORQUÊ ADIAMOS FAZER O QUE NOS DÁ VONTADE?

Porquê adiar para o final da nossa vida (a reforma) o começar a viver de acordo com preferências pessoais? 

Para plantar esses arbustos e árvores, preciso de um terreno meu. Coisa que não tenho. Então é óbvio que terei mesmo de adiar este sonho. Porém, existem outras formas. Podia trabalhar na área e dedicar-me à plantação. Teria, mais uma vez, de voltar aos estudos. Ou então podia ajudar alguém que tem terreno mas não tem capacidade ou precisa de ajuda... 

Nem sempre procuramos outras formas de realizar os nossos desejos. 
Outra coisa interessante sobre vontades é que, algumas vezes, basta as fazer uma vez para retirar delas toda a satisfação que se anunciava e ficarmos felizes. 

Hoje apetece-me plantar para ver crescer.
Amanhã, feito isso, pode ser que me passe e não me apeteça tanto.  

Adiar, é perpetuar o desconhecido. 

(Enquanto isso, ando a plantar girassóis na esperança que floresçam em vaso) 


sexta-feira, 14 de junho de 2024

Saboreando memórias com o sabor lacrimoso da saudade feliz

 Há medida que vou comendo o iogurte Activia de côco, lembro-me da minha falecida avó. E encheu-me a vontade de lhe comprar um iogirte de ananás para os saborear-mos as duas. Mas qual era mesmo o seu sabor favorito de iogurte?

Não. Não era ananás. Era exatamente os iogurtes de côco.

Daí, decerto, ela me vir aos sentidos.

Iogurte de côco e o gelado perna-de-pau. Entre outras coisas, adoraria agora tê-la aqui comigo para partilharmos estes simples prazeres da vida. 

Num belo dia de verão, ao sol... 



segunda-feira, 10 de junho de 2024

 

Não devia ver vídeos sugeridos pelo youtube. Acordei e vi o vídeo que estava parado, parou após ter adormecido. A história horrível de umas mulheres lésbicas que adotaram filhos e tinham filhos e os torturavam, maltratavam, batiam, aprisionavam. Tinham-nos presos em correntes com alarmes, não lhes davam comida, batiam-lhes com uma pá de madeira... forçaram um miúdo maldisposto que vomitou na cama a apanhar o vómito não sem antes esfregarem a cara dele no dito... e continuou acorrentado, sem água, sem poder ir ao WC. 

Tamanha crueldade!
Depois vejo o vídeo seguinte: "Babysitter leva bebé morto ao MacDonalds". 
Mais uma história de morte e maus tratos a crianças indefesas... um bebé que ela sabe morto - porque o matou -( tinha quebrado ossos do seu corpo porque o atirou ao chão ). Sem qualquer remorso, culpa... quando o namorado chega a casa ela, mais ele, o filho mais velho dos dois e o bebé MORTO - vão ao restaurante jantar. Depois ela devolve a criança morta à mãe, que o encontra frio e de lábios roxos e telefone para o socorro. 

Tenho de parar de ver estes vídeos. Ainda não são nem 9 da manhã e já levei com uma dose do mais triste que existe no ser humano.  

terça-feira, 14 de maio de 2024

quinta-feira, 9 de maio de 2024

 Num daqueles espaços jardinados de beira de estrada vejo, sentados nos descansos em.madeira, uma mulher com duas crianças. Passo por eles a pensar: que bom que uma família se senta ao ar livre para passar tempo junto.

Reparo num par de botas largadas ao lado dos pés do rapaz que estava com sapatos e rapidamente busco a dona daqueles butins revestidos com pêlo no interior: era da menina, qur estava deitada  na espreguiçadeira em madeira.

Só depois caio em mim e percebo que os três estavam mergulhados num profundo silêncio, abstraídos do que os rodeia, cada qual vergado sobre o seu estômago com ambas as mãos a teclar no telemóvel.

Estão 21 graus e este é o segundo dia em todo o ano de 2024 que se sente calor. Pela primeira vez a minha sombra projecta-se no asfalto.

Caminho vagarosamente para o emprego, incomodada com o triplo de movimento automóvel que se faz sentir pelo outrora percurso quase sem tráfego. 

É praticamente uma consequência direta da presença do "bom tempo". Ontem e hoje fomos, finalmente, abençoados com a ausência da chuva, nublina e tempestades.





Caminho vagarosamente para o emprego, 

segunda-feira, 6 de maio de 2024

O CANCELAMENTO agora também no blogger

 O meu post anterior é sobre a exposição de Jose´Castelo Branco como o agressor que é. Fiz copia-cola de um texto de um artigo da VIDAS. E surge esta inesperada... mensagem do blogger. Nunca antes vi tal coisa!


Então uma pessoa agora tem os seus próprios textos "cancelados"? E nem diz porquê... enfim. 

Aqui vai outro link para se ver, desta vez no site da Flash, que contém um vídeo de um jornalista a afirmar que tinha tentado alertar a comunicação social anos antes e foi ignorado, tratado como um maluco. Nesse mesmo artigo Cristina Ferreira condena-o por, alegadamente, saber desses maus tratos e não ter denunciado. O que digo à Cristina é que: FALAR É FÁCIL. E que devia averiguar melhor porque a verdade é que MUITOS FALAM e as pessoas escolhem ignorar. Existe um limite ao qual as pessoas podem ir. Não sendo família nem terem que se meter na intimidade de amigos... A meu ver mais culpa no cartório tem a televisão, como meios de divulgação em massa que são, que NORMALIZA e dá amigável destaque a estas "criaturas" de má índole em troca de polémica e ratings! 








Artigo na Vidas - diz alguma coisa sobre como a sociedade permite isto

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

Coisas em que acredito

 

1) O ser humano devia reproduzir-se por partenogénese. 


quinta-feira, 4 de abril de 2024

Today could have been the day

 

Nós não sabemos quando vai acontecer. Podia ter sido hoje, as 6.20 da manhã. Fui "colhida" por um automóvel.


Enquanto escrevo isto, passa na estrada onde tudo aconteceu um veiculo em excesso de velocidade. Faço um gesto com a mão de cima para baixo, para assinalar que nao é necessário estar ali aquela velocidade. Para quê, se foi parar 8 metros à frente para se posicionar para entrar na estrada principal?

Felizmente aparentemente não sofri mazelas. Tirando uma ferida causada pela quase perfuração do carregador do telemóvel que transportava no bolso. Serviu-me para entender a importância de não transportar itens pontiagudos nos bolsos. Em caso de impacto, podem ser mais fatais que o impacto em si.

Sinto-me bem. Até mesmo as nódoas negras parecem nao querer se fazer notar. Mas o mesmo me aconteceu quando parti o braço. Passado mais de uma semana é que ficou escuro. Não doia, mas nao se mexia.

No caso da perna, na zona superior lateral esquerda, também não doi, mas consigo andar e até correr.

Fui procurar ae havia CCtv por perto. Gostava de ver as imagens para entender a que ponto tive responsabilidade. Eu vi o carro à distância, ainda ele estava atrás de dois edifícios. Vinha a sair de uma zona industrial para entrar na estrada onde eu passava. Olhei para o carro assim que o ouvi. Olho srmpre, para me certificar que me vem. Eu nao os vejo. Só olho para os faróis. Neste caso, a pesar de estar já de dia, o condutor os trazia acesos.

Mas de pouco lhe valeu. Agiu como se estivesse cego como um morcego. Acho realmente que nao estava a olhar em frente. Devia estar diatraído com algo no carro e avançou sem olhar. Apanhou-me de lado, vindo de trás, numa curva, quando decidiu meyer o carro entre o passeio e a minha pessoa - não havia espaço suficiente para tal.

Liguei à polícia, que de pouco uso serviu. Disse-me para trocarmos info de seguros. "Sou uma pedestee. Não tenho seguro" - respondi.

Quando lhe disse que tinha sido atingida por um carro, ela partiu do pressuposto que estava também dentro de um. Talvez por ser o mais habitual... mas se fosse teria ligado a dizer que me tinham batido no carro. O que disse foi que tinha sido ati gida por um carro.

Mandou-me ir ao hospital se tivesse a sentir dores. De polícia ou o seu envolvimento no registo do incidente, nada. E era tudo o que pretendia, caso daqui a uns dias descubra algo muito errado comigo.

Daquelas coisas que, está tudo bem mas... a pessoa dali a dias morre e nem se sabe porquê. Mas o início foi dias antes.

Troquei contactos com o senhor e este quis dar-me boleia até casa. Mas cruzes! Eu nao ia sentir-me segura ao lado de um indivíduo que acabou de demonstrar não saber a responsabilidade que tem em maos quando conduz um veículo.

Fui a andar para a paragem de autocarro. Dali a poicoas horaa tinha de voltar para o trabalho e ainda tinha uma visita da agencia de aluguer que ia fazer vistoria à casa.  Dormir? Apenas umas hiras interrompidas por esta visita.

No caminho passo por uma igreja e o q


ue vejo faz-me pensar que aquilo ppdia ser a visao fos meus familiares de hojr para a frente.




segunda-feira, 1 de abril de 2024

O consumo de produtos de quarta necessidade nas épocas festivas

O lançamento e modificação de produtos diários com rótulos alusivos à época, faz-me mais espécie quando vejo isto:

Uma dúzia de donuts com cobertura de chocolate... 22 libras (25 euros). Além de ser uma PORCARIA com nutrientes zero e gosto a condizer, contribui mais ainda para a degradação da alimentação humana. Tudo o que é doce é disponibilizado em excesso em datas festivas. E o ssudável perde cada vez mais lugar. Até está já em fase de eclipse.


Boa Páscoa, muita paz e saúde

 Venho a reparar pelo menos há 15 anos, cada vez que é dia Santo ( Natal ou Páscoa), este é abençoado com um clima ameno e asolarado.

No meio de semanas de muita chuva, vento intenso... é o que quero dizer. Faz alguns bons anos que venho a dizer a minha mãe, que, pela altura do natal fica algo pessimista, para nâo se preocupar. Porque no Natal está sempre sol.

Nem gosto de falar disto, temo que a revelação altere o constatado.

E assim, este Domingo 31 de Março, esteve um dia meio asolarado quando a previsao do tempo estava nublado com chuva.

Há mesmo uma força MAIOR que decide as coisas.


Também dias de muita chuva deram lugar a um sol de verão quando meu avô faleceu e quando foi a sua cremação.

Para mim, um sinal.