Ainda não vos contei do "nega".
Faz quase um mês que o recebi - foi no dia 10 de Outubro. Desde então estou para fazer um post sobre o mesmo.
Sobre a entrevista de emprego que mencionei aqui, soube que tinha estragado tudo. No dia 10 recebi o telefonema que confirmou as minhas suspeitas. Não fui seleccionada. Recebi um nega. Mas não foi uma rejeição comum, muito pelo contrário. Nunca fui tão bem dispensada na minha vida! A sério: a pessoa até me fez sentir bem.
Eu sabia que havia um motivo pelo qual queria ir trabalhar para aquela empresa. São as pessoas, a mentalidade, os comportamentos, que me atraem. Foram formais mas simpáticos. E isso transpareceu no que li no site e comprovou-se no telefonema. Um dos homens que me entrevistou ligou-me, apresentou-me, disse-me que fazia questão de telefonar ele mesmo e falar pessoalmente que neste instante não iam prosseguir com a minha candidatura. Depois elogiou-me os pontos fortes e deu-me dicas para melhorar onde falhei.
Opá, com uma rejeição destas, uma pessoa até sente o dia a correr-lhe melhor.
Subitamente foi como se se fizesse luz no meu cérebro.
Estou tão acostumada a maus tratos, que já nem me lembro o que é ser tratada com decência. Por isso senti-me atraída para aquela empresa. É a minha necessidade de me rodear do oposto daquilo que me rodeia.
E percebi como é que uma pessoa merece ser tratada. Com respeito - sempre com respeito, mesmo se tiver que receber uma notícia menos boa. Que pena que poucos agem assim!
Lembrei-me automaticamente da rejeição mais recente que vivi, aquela que mais me custou (sabem qual). Comparei as duas: são tão distintas que nem estão no mesmo espectro.
Não devia estar a sofrer como estou por alguém que não soube mostrar respeito básico por outro alguém. Contudo, sofro, é a realidade. Não a posso escolher tal como não nos é possível escolher por quem nos vamos apaixonar. Ainda não consegui eliminar isto da minha vida mas, se tivesse recorrentes exemplos como este e vivesse rodeada de pessoas decentes, chegaria lá rapidamente.
O ambiente onde fui criada tem ditado as armadilhas onde sempre tropeço e as pessoas que sentem atracção por mim.
Lembrei também de uma altura na vida - desagradável de passar, em que tive de ser eu a rejeitar um pretendente. Lembro-me dele me dizer que eu era mesmo especial, porque mesmo sendo rejeitado, estava a fazê-lo sentir-se bem. EU SOU esse tipo de pessoa. Se posso puxar alguém para cima, para quê vou martelá-la para baixo?
Queria que mais pessoas destas me cercassem. Só isso.
Queria que mais pessoas destas me cercassem. Só isso.
Desgostos de amor são experiências de vida.
ResponderEliminarE só existem porque aquele não era A pessoa.