terça-feira, 15 de outubro de 2019

Trancado fora de casa


No Sábado preparava-me para sair para o trabalho quando batem à porta. Um rapaz de bicicleta disse-me que é inquilino numa outra casa do senhorio. Esqueceu-se das chaves e do telemóvel, não estava ninguém para o deixar entrar e não teve opção senão ir bater à porta de outras casas onde ele sabia que o proprietário era o mesmo.

Antes de o ajudar, tive de confirmar se a sua história era autêntica. O que não faltam por aí são pessoas a saber que o senhorio tem umas seis casas e uns 30 inquilinos... Vá que o deixava entrar e pimba! Acontecia algo.

Liguei ao senhorio, sem colocar o telemóvel recém adquirido e novo nas mãos (não fosse fugir com ele) do homem e confirmou-se a identidade. Convidei-o a entrar. Estava a chover e senti de imediato o impulso de ajudar, mas tive de agir com cautela. 

A questão é que o que lhe aconteceu é um dos meus maiores receios. 


Temo perder as chaves na rua sem dar conta ou ficar sem elas. Não ter como entrar no quarto para deitar-me e descansar... Entrar em casa, ainda é relativamente simples. Alguém abriria a porta, mais cedo ou mais tarde. Mas no quarto, só o senhorio podia acoder-me. Imaginem isto a acontecer à meia-noite..!


Cada vez que levo a mão ao bolso e procuro as chaves sem as encontrar, sinto pânico. Quando o porta-chaves dá de si e abre, temo ter perdido uma das chaves. E muitas vezes, quando lhes pego, por instantes estou convencida que falta uma! 

É uma sensação terrível.

Gostei de ter sido útil e ter ajudado.
Ainda por cima, o senhorio estava de férias na Escócia!
Temos de ser uns para os outros. 

2 comentários:

  1. Relações de boa vizinhança.
    Uma das competências do Instituto onde trabalho.

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  2. Talvez dê para fazer uma cópia das chaves e entregá-la a alguém de confiança ou deixá-la em algum lugar seguro

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