Mas teve de ser. Nao a podia transportar no bolso. Ainda pensei em pedir para trabalhar mais horas só para evitar sujeitá-la à intempérie mas entrei às 6pm e estava a sair às 6am. "Tempo maximo atingido".
A chuva nao ia abrandar... e la fui eu. De vagar, devagarinho. Com os olhos pregados no chao pronta a fazer todo o tipo de curva e contracurva com a pericia de uma profissional. Os sentidos estavam alertas ao que me rodeava, a visao periferica a funcionar mas o foco era cada espelho de água que a luz reflectia no chão e calcular a profundidade.
Nenhuma das (muitas) poças me apanhou. Desviei-me de todas as profundas, as "assim-assim" e as grandes, aquelas que ocupam a area inteira, travei, desmontei e transportei na mao a minha querida trotinete.
Nããã!!
A trotinete náo ia atravessar nenhum charco, nenhum rio, nada.
Cheguei a casa com uma trotinete molhada, suja de lama. Percebi pelo caminho, quando desmontei principalmente, que a dita acomulou um pouco de água na base e não gostei. Mas as areas preocupantes eram a bateria, debaixo da base, e o motor, na roda dianteira.
Será que tinha entrado água?
Decidi entrar com a scooter pela casa a dentro, mas levá-la para a conservatória. Como sempre, dobro-a lá fora na rua, depois pego nela e pouso-a no longo e estreito pedaço de carpete que faz de esteira, fazendo com que a única roda em contacto com o chão deslize um pouco para limpar ali qualquer impureza.
Mas no geral, nada vem agarrado e consigo transporta-la para o andar de cima sem a encostar em mais qualquer lugar.
Uma vez na conservatória, que tem a área do meu quarto, abro-a e começo a preparar as coisas para limpar e observar como foi a exposição à chuva.
Mas nisto também tenho de ir ao wc, tenho de despir a roupa que usava pois estava enxarcada (todas as tres camadas) e goloquei-a a lavar. Quando cheguei perto da trotinete, verifiquei água no chao.
Prestei atencao de onde pingava mas o que me chamou msis a atenção foi a agua rosada vinda da traseira.
Pronto! Apanhou-me a bateria!!
E isto rosado é o líquido da mesma.
Limpei-a toda, mantive-a na vertical para que todo o liquido rosa escorresse.
O truque final era usar um pouco o secador, para eliminar possíveis humidades internas.
E foi o que fiz. Lamentei nao ter selado eu mesma com cola transparente estas zonas da scooter. Vi um video onde aconselhavam que se o fizesse e decidi que seria a primeira coisa a fazer. Só que... vi que vinham seladas e pareceu-me um bom trabalho. Diferente do que o homem do video tinha mostrado. Por me faltar a pistola de cola quente, adiei o acto e comecei a usar a minha "bebé".
Bem, funcionar, ela funciona. Mas nao sei em que estado estara por dentro. Terei de a testar e, com o tempo, ver se a bateria revela algum sinal estranho.
Enquanto usava a conservatoria para a limpeza da scooter, nao consegui deixar de reflectir o quanto esta casa me serve tao bem. Parece ser feita à minha medida.
A conservatoria como area para limpezas e optima. Vem mesmo a calhar. Ali da ate para fazer bricolage. Dá para tudo. Mas é usada para estender roupa e é onde os novos inquilinos armazenam malas de viagem.
Se fosse eu a faze-lo, seria uma calamidade. Mas qualquer outra pessoa não tem qualquer problema.
Por isso é que a scotter nao fica ali, nem no armario da entrada ou em qualquer outra area da casa onde seria até mais proprio pela comodidade. Fica no meu quarto. No dia em que a recebi ja estava a italienada a queixar-se do espaço no armário. A Gordzilla decidiu, nesse dia, espreitar o conteudo que la enfiou pelo menos uma duzia de vezes. Nunca o abre e deu-lhe para isso, sorrateiramente, depois de la ter colocado a scooter.
Se ja estava a incomodar ate era melhor tirar. Melhor e mais seguro.
Bom, o post vai longo e queria-o curto...
Já vi algumas casas. Nenhuma me disse que la consigo viver. E eu estou a desejar isso, podia convencer-me disso. Mas não. Tudo apertado, minusculo, a dividir por muitas pessoas.... sem sala de estar ou com uma do tamanho de um wc secundario. Com uma cozinha mixa com pouco espaço de armazenamento. Os quartos ate eram bons, mas nao conpensa a renda pelo resto.
Ando à procura do que já tenho aqui e isso parece-me um contracenso.
Ainda ontem, pelo jardim, a interagir vom os pássaros, pensei na inutilidade que a casa tem para a Gordzilla. Ela nao usa, nao precisa de tudo isto. A casa ao lafo servia-lhe bem. Tem cozinha e sala no mesmo espaço. Para quem so usa essa divisao e depois vai dormir, é um desperdicio um grande e belo jardim. Só a vi a usa-lo uma vez, e sempre precisa que outros estejam presentes para o jardim lhe ser util. durante um ano inteiro, talvez o use 5 vezes.
Nao quer saber dos passaros , do perfume, das flores, nao se estende na relva, ali nao faz exercício e a mesa do patio ou as cadeiras para ela sao so uma coisa que ali está.
Nao tem hobbies que a façam precisar da conservatoria ou qualquer outro espaço. É so cozinha-sofa-tv.
A casa ao lado tem tudo isso a um braco de distância. Se se sente tao incomodada com a minha presença, porque não se muda ela?
Afinal, tudo tem origem nela. A falta de interesse pela minha pessoa, a má lingua, etc, etc.
Se agora nao gosta do resultado das suas maquinações, não as maquinasse. Tivesse agido com decência e respeito ao próximo.
Percebi que eu sou muito forte. Caramba!!
Eu consigo aguentar tanta coisa. Por muito tempo. E sozinha, sem dividir a carga.
Quando percebo que outros nao aguentam nada, é quando me reconheço valor. Mas no dia a dia é dificil pensar assim.
Fui.
- Saude para todos os que lerem estas linhas.
Gostei de ler... sem chuva.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Cumprimentos
Li tudo e dá-me a sensação que começas a emergir do sufoco e dares menos importância a quem te aborrece. Força e a tua tronite não irá estragar-se:)
ResponderEliminarBeijos e um bom fim de semana
Caramba uma molha dessas depois de 12 horas de trabalho é de deixar qualquer um de rastos.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Acontece mesmo! Bom dia e que seja bem legal! beijos,chica
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