quinta-feira, 25 de junho de 2020

Tenho o parque à minha conta

De passagem naquele que o ano passado foi o parque para o qual vinha todo o dia, na pausa para o almoço.

Chegava a passo apressado, para ver se ainda conseguia um lugar num dos bancos.

Nele comecei e terminei de ler livros. Quase todos deitada num banco em particular: o que fica no final de um passadiço.

Lembram-se?


Pois regressei a este parque e tenho-o todo por minha conta. Faz 20 minutos que aqui estou e nao so nao se ve uma pessoa, como tambem nao se escuta nada alem dos sons do vento, gaivotas e ocasionais rastejantes que fazem movimentar a vegetacao.

No inverno tambem passei por este parque e achei-o morto, sem vida. E tao diferente no inverno.

Mas agora esta paz e quietude da qual usufruo, vem do facto das empresas estarem fechadas e nenhum trabalhador passar por aqui. Ninguem, nem sequer gente que se quer isolar para beber ou fumar substancias ilicitas (ainda bem). Ate para essa pratica tinham de ser os trabalhadores.

 É um parque grande e tenho-o so para mim.

Mas alguem passa por ca em alguma altura. Porque no banco onde li tantos livros, feito de traves de madeira, entre os espacos so se encontra lixo. Papeis que embrulhavam hamburgueres, sandes, embalagens, latas...


Nesta foto mal da para ver a lixarada. Com a ajuda de um pau, ja tinha tentando empurra-la para fora. Mas nao consegui, e demasiado lixo e desisti da empreitada.

Tenho o parque so para mim.
O parque inteiro!


3 comentários:

  1. As pessoas continuam sem sair de casa ou de dentro das paredes do emprego. É que a Pandemia está à espreita em cada esquina....
    .
    Cumprimentos poéticos

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  2. Que lindo parque e deves aproveitá-lo agora só pra ti. Logo estará cheio que nem mais banco terás...beijos, chica

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  3. Aproveite enquanto ainda é possível.
    Bfds

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