sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Um filme com 30 ANOS para rever...


... lições para (re)aprender. :D

E o filme sugerido para esta semana é "Os Acusados".


"Baseado em factos reais" - dizia a voz off sobre o filme que ia estrear na televisão portuguesa pela primeira vez. "Com imagens de violência e cenas que podem ferir a susceptibilidade do telespectador" - advertiu mais ou menos por estas palavras a "voz". 

Mantive o filme "Os acusados" gravado numa cassete VHS por muitos anos. Até que a necessidade de gravar outra coisa e a  alta probabilidade de voltar a ver o filme na TV fez-me decidir desgravá-lo. 

Noutro dia li algures numa notícia o nome deste filme ser mencionado como referência de aprendizagem sobre o tema que traz à baila: a violência sexual. Afinal nesta década de 2018 este filme de 1988 (tem 30 anos!!!) já não passa nos canais de televisão. E é lamentável. A mensagem parece estar PERDIDA e, por isso, precisa de ser reaprendida.


Quando o vi senti o impacto da violência mas muito mais o da INJUSTIÇA. De resto não me causou grandes revelações, pois intuitivamente concordava com o ponto de vista abordado pelo filme e o resultado do veredicto final, pelo que o "debate" de posições que o filme com muita inteligência traz ao de cima, não me manteve na incerteza, só na dúvida. No final, penso que todos respiram de alívio.

Para alguns espectadores, talvez tenha servido para "expandir a mente"- como vulgarmente se costuma dizer. Hoje em dia, qual será a reacção das pessoas? Evoluímos e nos afastámos daquele rápido julgamento? Da vontade de punir? E inocentar com a expressão "boys will be boys"?.

Para reavivar a memória ou para atiçar a curiosidade daqueles que, talvez sendo muito jovens, não conhecem este filme feito há 30 anos e que muito contribuiu para expor quebrar o "tabu" da violação, proporcionar um debate de ideias e ajudar vítimas a vir a público denunciar crimes de cariz sexual.


Vejam este clip. Ela dança, ela beija, ela até curte... mas ela diz Não
O que acontece a seguir... Muitas vozes disseram que mereceu. 

Quem acha que merece?


8 comentários:

  1. Não vi o filme. É não estou a pensar em vê-lo.

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  2. Vale a pena ver, Catarina.
    Uma interpretação fantástica de Jody Foster.
    Ainda recentemente o referi a propósito daquele Acórdão da Relação do Porto.
    Bfds

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    1. Créditos sejam dados a quem de direito.
      Foi no seu blogue que vi a menção ao filme. Tentei lembrar-me mas não consegui. Bem relacionado. Parece que regredimos socialmente quando surgem pessoas a defender o indefensável e argumentado essa tese com preconceitos, não é mesmo, Pedro?

      Já que gostam de viver como nos filmes, ao menos vejam os melhores. :D :D
      Bfds

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    2. Depois de comentar, fui ver o trailer do filme e recordei-me, que afinal, o tinha visto. Não me recordava do nome.

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  3. Um assunto, infelizmente, cada vez mais na ordem do dia...
    e infelizmente, também, vivemos numa sociedade cada vez mais sexualizada e promíscua, onde não impera tantas vezes o bom senso na educação das nossas crianças.

    Beijinhos.

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    1. Acho que em Portugal nem estamos assim tão mal. Pense no Brasil e sente vontade de desistir da humanidade.... Os próprios pais a meter crianças na prostituição... a miséria - mental em particular, é um grande cancro social. As pessoas precisam de ser educadas, receber cultura, aprender, ter vontade de descobrir coisas e melhorarem-se. Caso contrário aquilo que as rodeia é o seu microcosmos... E no caso da miséria, crianças que nasçam nesse meio e não tenham quem as ajude, estão condenadas a reproduzir os comportamentos dos adultos.

      Ver o filme ajudou, na altura, a que muitos repensassem os seus valores e percepções. A isso chamo aprendizagem e descoberta. Está a fazer falta reflectir.
      Bfs

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  4. Infelizmente não vi o filme.
    Abraço e bom fim-de-semana

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  5. Lembro-me de ver o filme. E já passaram tantos anos?
    Um filme a rever
    Um filme que dá muito que pensar.

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