Não quero ser desrespeitosa mas vou usar de ironia para abordar a forma como os noticiários abordam o pós-leslie.
Terminado o especial sobre Ronaldo na CMTV, diz o pivot: "Há um morto causado pelo furacão Leslie". Um homem idoso de 82 anos. Escorregou numa rampa... por causa da força do vento. As autoridades só o encontraram hoje de manhã, já cadáver.
Bom, se calhar o homem idoso suicidou-se!
Será que ponderaram isso?? Afinal, a protecção civil avisou! Recomendou que as pessoas ficassem em casa e ele vai, sai de casa, decide ir à rua e descer uma rampa no meio da ventania... se calhar estava farto da vida e decidiu pedir ajuda ao Leslie.
Me desculpem se parece que estou a brincar com a morte de alguém.
Mas o que estou realmente a fazer é o contrário. Estou a respeitar o falecimento, mostrando a minha repulsa pelo uso da fatalidade como estandarte televisivo. As televisões tanto se esforçaram para mostrar danos, que, finalmente conseguiram uma "fatalidade" para ser anunciada. (Repulsa). É contra este sensacionalismo que me revolto. Um exagero! Faltou a luz e ainda não voltou... falem com a EDP! O leslie já foi embora. E uma semana antes já sabiam que vinha nos visitar! E medidas preventivas foram quais??? Andaram a cortar ramos de árvores? A procurar as ocas e frágeis??
Faltar a luz pode acontecer com qualquer ventania. Uma senhora a chorar porque desapareceram-lhe coisas dentro dos armários da sapataria.... a chorar com voz de desespero... um exagero, visto que estava com saúde e tinha paredes, tetos e utensílios no lugar. E pessoas foram devolver-lhe os sapatos que encontraram espalhados. Que grande aparato... imaginem se o poder de destruição tivesse sido como nos EUA!! Às tantas alguns lembraram-se de dar uns golpes nas seguradoras, outros aproveitaram-se para ir furtar umas coisinhas às montras e meterem as culpas no "Leslie".
Ainda não consegui contactar os meus pais.
ResponderEliminarApesar de saber que estão bem tem sido um sufoco.
Boa semana
Um dos meus amigos foi bastante afetado.
ResponderEliminarhttp://figueiraminha.blogspot.com/2018/10/o-leslie-entrou-na-minha-sala-de-jantar.html
Abraço e uma boa semana
Elvira, claro que acredito que tenham existido danos e pessoas assustadas, principalmente em zonas costeiras. É o normal mesmo sem ventos fortes com origem num furacão. Mas só ontem é que vi esses danos. Na conta pessoal de alguém no facebook, vi imagens que me convenceram.
EliminarNas TVs que estavam a emitir em directo por todo o país e a fazer peças em diferido, só senti sensacionalismo. Não mostraram nada realmente convincente. Mas falavam como se tivessem imagens que "pintassem" as calamidades adivinhadas. Vi um directo a falarem da força do vento e só filmaram uma barreira de fitas, ligeiramente inclinada. Se um furacão estivesse ali, a barreira tinha voado para longe. É esse exagero e distorção que condeno. Os meios de comunicação social têm de ser éticos e seguir um código que os obriga a ser fiéis à realidade, sem manipulações.
As TVs fizeram uma cobertura por Portugal inteiro, em todos os lugares em que estavam em directo encontraram "danos" mas não mostravam realmente nenhuns.
Passados 3 dias ainda falam do Leslie.
Pela televisão não vi nem acreditei em nada. As notícias facultadas por órgãos de comunicação oficiais ficaram muito aquém, a meu ver. Mostraram danos nada extraordinários e ventos inexistentes, num registo alarmista exagerado. O objectivo é conseguir audiências, a meta é dizer que são os "primeiros"... e isso é desrespeitar a profissão e os telespectadores.
Foi no face e nos blogues que percebi o que o Leslie fez. Vi provas visuais.
Um perfeito exemplo onde as redes sociais e o cidadão comum presta um melhor serviço.
Lamento pelos seus amigos. Já vi os danos que sofreram mas felizmente são materiais. Embora inconvenientes estão todos bem.
Quem tem amigos e família por aquelas bandas deve ter ficado muito preocupado.
Obrigada e boa semana.