segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Há um morto!


Não quero ser desrespeitosa mas vou usar de ironia para abordar a forma como os noticiários abordam o pós-leslie.


Terminado o especial sobre Ronaldo na CMTV, diz o pivot: "um morto causado pelo furacão Leslie". Um homem idoso de 82 anos. Escorregou numa rampa... por causa da força do vento. As autoridades só o encontraram hoje de manhã, já cadáver.



Bom, se calhar o homem idoso suicidou-se! 

Será que ponderaram isso?? Afinal, a protecção civil avisou! Recomendou que as pessoas ficassem  em casa e ele vai, sai de casa, decide ir à rua e descer uma rampa no meio da ventania... se calhar estava farto da vida e decidiu pedir ajuda ao Leslie.


Me desculpem se parece que estou a brincar com a morte de alguém. 
Mas o que estou realmente a fazer é o contrário. Estou a respeitar o falecimento, mostrando a minha repulsa pelo uso da fatalidade como estandarte televisivo. As televisões tanto se esforçaram para mostrar danos, que, finalmente conseguiram uma "fatalidade" para ser anunciada. (Repulsa). É contra este sensacionalismo que me revolto. Um exagero! Faltou a luz e ainda não voltou... falem com a EDP! O leslie já foi embora. E uma semana antes já sabiam que vinha nos visitar! E medidas preventivas foram quais??? Andaram a cortar ramos de árvores? A procurar as ocas e frágeis??

Faltar a luz pode acontecer com qualquer ventania. Uma senhora a chorar porque desapareceram-lhe coisas dentro dos armários da sapataria.... a chorar com voz de desespero... um exagero, visto que estava com saúde e tinha paredes, tetos e utensílios no lugar. E pessoas foram devolver-lhe os sapatos que encontraram espalhados. Que grande aparato... imaginem se o poder de destruição tivesse sido como nos EUA!! Às tantas alguns lembraram-se de dar uns golpes nas seguradoras, outros aproveitaram-se para ir furtar umas coisinhas às montras e meterem as culpas no "Leslie". 

3 comentários:

  1. Ainda não consegui contactar os meus pais.
    Apesar de saber que estão bem tem sido um sufoco.
    Boa semana

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  2. Um dos meus amigos foi bastante afetado.
    http://figueiraminha.blogspot.com/2018/10/o-leslie-entrou-na-minha-sala-de-jantar.html
    Abraço e uma boa semana

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    Respostas
    1. Elvira, claro que acredito que tenham existido danos e pessoas assustadas, principalmente em zonas costeiras. É o normal mesmo sem ventos fortes com origem num furacão. Mas só ontem é que vi esses danos. Na conta pessoal de alguém no facebook, vi imagens que me convenceram.

      Nas TVs que estavam a emitir em directo por todo o país e a fazer peças em diferido, só senti sensacionalismo. Não mostraram nada realmente convincente. Mas falavam como se tivessem imagens que "pintassem" as calamidades adivinhadas. Vi um directo a falarem da força do vento e só filmaram uma barreira de fitas, ligeiramente inclinada. Se um furacão estivesse ali, a barreira tinha voado para longe. É esse exagero e distorção que condeno. Os meios de comunicação social têm de ser éticos e seguir um código que os obriga a ser fiéis à realidade, sem manipulações.

      As TVs fizeram uma cobertura por Portugal inteiro, em todos os lugares em que estavam em directo encontraram "danos" mas não mostravam realmente nenhuns.

      Passados 3 dias ainda falam do Leslie.

      Pela televisão não vi nem acreditei em nada. As notícias facultadas por órgãos de comunicação oficiais ficaram muito aquém, a meu ver. Mostraram danos nada extraordinários e ventos inexistentes, num registo alarmista exagerado. O objectivo é conseguir audiências, a meta é dizer que são os "primeiros"... e isso é desrespeitar a profissão e os telespectadores.

      Foi no face e nos blogues que percebi o que o Leslie fez. Vi provas visuais.

      Um perfeito exemplo onde as redes sociais e o cidadão comum presta um melhor serviço.

      Lamento pelos seus amigos. Já vi os danos que sofreram mas felizmente são materiais. Embora inconvenientes estão todos bem.

      Quem tem amigos e família por aquelas bandas deve ter ficado muito preocupado.

      Obrigada e boa semana.

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