Saí da clínica em direcção ao jardim. Numa escadaria onde, na semana anterior, devido ao muito calor, sentei-me para abrigar-me à sombra, tomar um gole de água e falar ao telemóvel, vi cães. Não dois, ou três, mas quatro!
Como aquela zona do Parque das Nações tem um café com esplanada no topo dessas escadas, inicialmente pensei tratarem-se de animais com dono. Nem me ocorreu que aquela quantidade de cães fossem de rua.
Dois repousavam à sombra, deitados na calçada. Outro estava a beber (e de que maneira!) água deixada num contentor plástico, bem ao lado do caixote de lixo onde fui despejar um lenço de papel. E o quarto aguardava, pacientemente, vez, atrás da cadela que bebia água. Quando me aproximei do caixote, a que bebia água sobressaltou-se e afastou-se. Afastei-me eu e a segunda cadela de pé aproveitou para beber água. Com a mesma ânsia que a primeira, pareciam estar com muita, muita sede. Foi então que percebi: eram animais de rua.
Alguém deixou ali um balde com água para eles saciarem a sede. E ao lado, se repararem na imagem, está um daqueles cestos que os estabelecimentos comerciais recebem, onde costuma vir armazenado fruta ou vegetais. Estava vazio mas decerto que continha comida. Para mim, quem pensou nestes animais trabalha num supermercado ou restaurante.
Atravesso a estrada para a rotunda cheia de árvores na qual me senti tão bem na semana anterior, em direcção ao jardim da Ponte. Nisto um homem faz-me sinal. Ignoro, penso que não é comigo. Porque haveria de ser?
-"Posso fazer-lhe uma pergunta?" - diz ele entre a máscara.
Não entendo bem o que poderá um desconhecido, naquelas circunstâncias, querer comigo, uma transeunte. Indicações? Não conheço bem a zona e ele pareceu-me local.
-"Sim?" -respondo.
-"Foi ali colocar água para os cães, não foi? Acho bem mas porque é que não colocam água aqui entre as árvores, ou ali (mais afastado?). Os cães já atacaram pessoas a sair do autocarro".
O problema dele era ter os cães próximos da sua habitação. Mesmo à entrada de um prédio. Que fossem para a rotunda, ou para o passeio perto do muro... Também há ali sombra. Mas que não deixassem água ou comida perto das casas.
(Se calhar é porque é longe para a pessoa que os lá foi colocar, não é tão prático transportar aquele peso ainda mais longe dali)
O homem pediu desculpa e afastou-se. Eu segui caminho, desistindo de ficar na rotunda por uns instantes a fazer um relato e fiquei a pensar na falta de humanização versus o sentido de propriedade. Não que ache que o homem estava contra os animais receberem um gesto que provavelmente lhes salvou a vida num dia tão quente. Mas, claramente, a sua prioridade residia em afastá-los da sua vista.
Ontem o dia chegou aos 40 graus. Aqueles animais tinham tudo para morrer desidratados. Existiu uma alma caridosa no meio daqueles prédios para gente com dinheiro para ali viver, que lhes deixou água fresca. Parece que, hoje em dia, quem ousa ter este tipo de gestos é mais criticado que elogiado, como se estivesse a cometer um sério delito.
Duvido muito que aqueles cães atacassem fosse quem fosse. Não acreditei nessa parte da história do homem para justificar o seu interesse em mantê-los longe da vista. Os animais tinham mais medo de mim, humana, sobressaltando-se à minha passagem e aproximação, do que outra coisa. Encolheram-se ao meu ver, daquela maneira que só um animal que já foi enxovalhado e enxotado sabe reagir.
Qual é a minha perspectiva diante de animais abandonados ou de rua?
Sou a favor da sua existência e DIREITO a viver com liberdade.
Não defendo que devam todos sair das ruas. Pelo contrário. Sei que por vezes precisam de cuidados médicos mas, ainda assim, defendo o direito que têm de viver em liberdade. Tenho pena mas nunca mais esqueço de um cão vadio que fazia vida sem querer fazer parte da casa de ninguém. Para se alimentar e ter companhia, contava com um número considerável de pessoas e ele sabia a quem recorrer quando queria. Se aparecesse ferido, alguém cuidava dele e depois ele desaparecia para parte incerta. Voltando a aparecer quando lhe dava vontade.
Prefiro um cão na rua, com possibilidade de se alimentar da caridade de muitos, do que vê-los amontoados em jaulas em canis ou saber que vão ser abatidos. Acho que têm o direito de viver soltos, tal como algumas pessoas também exercem esse direito. Penso ser desnecessário mais leis, ou melhores leis, ou mais peditórios de dinheiro para a defesa dos animais.
Vivo em Inglaterra, onde a realidade animal é diferente, mais rígida nas leis. Um dia percebi que nunca vi sequer um gato vadio na rua. - Nunca vi um cão ou sequer um gato de rua! A resposta que ouvi foi: "não há animais a viver na rua em Inglaterra, é considerado falta de humanidade".
A resposta escandalizou-me pela hipocrisia.
-"Mas pessoas a viver na rua já pode!"- tive vontade de ripostar.
Na cidade onde vivo, há muitas pessoas sem-abrigo. Todos os anos parecem aumentar. São homens, mulheres, jovens, menos jovens... a pedir dinheiro sem estender a mão e sempre a beber cerveja e a fumar. Tal como muitos outros que andam por ali a deambular, mas que devem ter pousio algures. A diferença é que o álcool e as drogas que estes consomem, vêm disfarçadas em garrafas de refrigerante somente no rótulo. E o sem abrigo não se dá a esse trabalho. De resto, faça chuva ou sol, dormem num chão de pedra, à mercê dos elementos da natureza.
Mas isto não é proibido em Inglaterra.
Já animais, que, ainda que domesticados, sabem viver no seu habitat de rua, não pode ser. Aposto que esta regra nasceu mais de pessoas que vêm os animais vadios como um incómodo social, uma inconveniência, algo que reflecte mal em si mesmos. Criaram então leis que nasceram disso e não na verdadeira preocupação ou amor por outro ser vivo.
No meu entender, as leis de protecção a animais que os ingleses têm só servem para pedir mais e mais dinheiro ao trabalhador. Na TV passam anúncios de peditórios para protecção de animais e não se ficam por caes ou gatos: é burros, cavalos cegos, papagaios... Parece-me que a toda a espécie do reino animal foi atribuída uma caridade exclusiva. E todas são um poço insaciável e por isso recorrem ao sentimentalismo barato e procuram chocar as pessoas, apelando ao seu sentido de horror e possível experiência pessoal.
Considero os anuncios televisivos de peditórios errados e pouco deontológicos. Não só usam situações extremas de sofrimento para pedir dinheiro, como definem uma quantia e logo informam que vai ser descontada MENSALMENTE. Cinco libras, costuma ser o mínimo. Ora, tentem lá separar 5 euros mensais e agora multipliquem isto por centenas de ajuda mensal e vejam quanto dinheiro não estão eles camufladamente a extorquir. Sim, porque considero que caridade é aquilo que a pessoa PODE dar, QUISER dar, QUANDO e POR QUANTO TEMPO desejar. Impor um valor mínimo e uma frequência devia ser ILEGAL. Pelo menos acho que é IMORAL.
Imoralidade é o primeiro adjectivo que uso para definir os anúncios de peditórios a animais que vejo em inglaterra, pois só mostram casos extremos. Usam imagens de animais nas piores condições possíveis de doença, cheios de trauma, feridas, sangue, sofrimento, amputações. Recorrem a imagens de um burro a carregar pesos, como se isso não fosse uma função própria para um animal, uma que o homem atribuiu a burros, touros, cavalos, bois, camelos etc, desde os primórdios do desenvolvimento, mesmo antes da mãe de Jesus montar num jumento rumo ao celeiro.
Para mim, quem usa esse tipo de situação singular para pedir continuamente dinheiro, não tem escrúpulos. E questiono muito este tipo de esquema.
Em Inglaterra, aqueles que têm animais, particularmente donos de cães, por vezes têm comportamentos de quem se acha com mais direitos. Isto pode parecer estranho, mas é o que acontece neste país em que os animais tem direitos que os donos querem fazer prevalecer.
Uma vez ia a sair do passeio para entrar em casa, quando uma mulher a puxar três cães por uma trela, se recusa a deixar-me passar. Tive de parar e dar prioridade a ela e aos cães, porque ela não os puxou ou mudou de direcção para me ceder passagem. Coisa que em Portugal se faz por instinto e cortesia. Depois de insistir em não se desviar e ter passado, ainda me diz que os cães são para andar na parte de dentro dos passeios. Não pela margem dos mesmos. Os cães com trela não podem andar na berma do passeio??
Os donos de cães lá, também têm deveres. Um deles é simples: têm de apanhar as fezes deixadas por estes. Todos cumprem. O que mais temem, realmente, não é isso. Os donos de animais temem outra lei. Uma muito comum, temida por empregadores em particular: o PROCESSO.
Por isso, cada vez que um cão num parque se aproxima de desconhecidos, os donos começam a chamá-los e, caso não impeçam a aproximação, começam a jurar que eles não fazem mal e pedem sempre DESCULPAS por o animal se aproximar e, às vezes, saltar para as pernas. Ficam mesmo com aquela expressão de medo e receio. Pedem muitas desculpas, falam severamente num tom grave com os cães de estimação.
Parece que é um crime os animais serem... animais. Têm todos de ter lições de comportamento e obedecer aos comandos do dono. Não há o livre arbítrio, não há aquela liberdade para o animal se expressar, como se um cão que vai cumprimentar uma pessoa no parque estivesse a cometer um delito. Haviam de ver o alívio no rosto dos donos quando, ao invés de reclamar e barafustar, limito-me a dar festinhas na cabeça do animal.
Este tipo de interacção só não é mal visto (ainda) se partir do humano. Se for o animal, que, como as crianças, gosta de se aproximar feliz e contente... é incorrecto. Indesejável.
Foi até aqui que a lei para protecção dos animais conduziu a sociedade inglesa.
Está certa em que se deva dar-lhes água ou comida. O que não está certo é as pessoas abandonarem-nos. Todos os anos no verão há imensos animais abandonados na rua. Mas por outro lado se são capazes de abandonar os pais, em corredores do hospital porque não deixar os cães na rua? A humanidade está cada dia mais desumana.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
Olá Elvira. Tudo bem consigo?
EliminarPor acaso fiquei a pensar se estes cães um dia tiveram um dono a quem deram amor e carinho e agora vêm-se abandonados. Isso é muito triste. Eles não têm culpa. Retiram-lhes o instinto de sobrevivência no seu elemento natural - a rua, dao-lhes comida, calor, cama, banho... e depois, por já não serem convenientes, deitam-os fora. É desumano, sim! Porque esses cães não sabem o que os espera se nunca tiveram contacto com a vida de rua.
Ainda não tinha terminado o post quando comentou. Acabei por acrescentar mais temas a este episódio.
Acho que, neste caso, todos os cães dos arredores se juntaram ali. Devem ter comunicado uns com os outros: comida e água fresca ali numa sombra! Venham!
E pacientemente, como todo o animal, principalmente os esfomeados e sedentos, ficaram ali a aguardar vez, dando a vez, partilhando entre o grupo o que todos desejavam, por saberem que todos precisavam de matar a sede e a fome.
Se calhar, muitos daqueles animais viviam dentro dos apartamentos da zona! Uma coisa que defendo nas leis, que acho que devia ser implementada sem excepção, é o microship. Adoptas um cão? Compras um animal? Microship. Se depois quiser doar o cão a outra pessoa, mudam-se os dados no microship. Se o dono falecer, o animal é propriedade da familia. E deste modo, um animal domesticado e adoptado não poderia ser largado à própria sorte. Só faltava é a desumanidade levar as pessoas a cometer um crime pior: matar o animal!
Nesse caso, a lei deve exigir que todo o animal morto tenha um local para ser enterrado/despejado e uma autopsia deva ser feita, para detectar presença de intenção danosa. Mas o dono que envenenar o proprio animal pode sempre argumentar que aconteceu na rua, durante um passeio. Enfim, é a minha mente a tentar encontrar soluções infalíveis para combater o abandono.
Um abraço.
É uma dura realidade porque os defensores dos animais só fazem leis, correm no resgate de animais para tv filmar mas digo-te Portuguesinha há muita hipocrisia.
ResponderEliminarDar de comer aos animais de rua é proibido e o cenário que viste e relatas mete dó mas ao serem abandonados ou foragidos (há muitos animais que fogem daí haver tantos pedidos de ajuda pela procura em papéis colados em tudo que é sitio) vão-se tornando selvagens.
Há uns tempos existia por aqui uns dois ou três cães abandonados. Um mês depois já eram 20 e todos juntos atacavam ciclistas, quem corria ou até passeava. Depois as cadelas tinham crias e a dose aumentava de tal forma que chegaram a ir até ao mercado da Praia das Maçãs e eu quando os vi...não consegui sair do carro porque só rosnavam. Havia quem lhes desse comida e água e mesmo assim atacavam. Depois de muitas queixas para todos os organismos e mais alguns lá os apanharam e dos 42 cães só cinco tinham chip e ou número telefone na chapinha da coleira e os donos já tinham perdido a esperança dos encontrar. O resto foram abandonados.
O ano passado ouvi baterem a porta de entrada do prédio onde moro e no hall um cão de grande porte a ladrar tanto e a pular contra a porta. Desci, acalmei o cão que saiu e parou entre dois carros estacionados e cada carro preto (os cães vêm tudo apenas a preto e branco)que passava ele atirava-se. Com a ajuda de dois vizinhos conseguimos acalmar o bico, cortar a coleira peitoral devido ao inchaço devido ao esforço e um deles levou-o ao canil municipal um trabalheira do caneco porque queriam à fina força que ele ficasse com o cão.
Ou seja alguém veio de carro, parou e abandonou-o dentro do prédio...inacreditável não é? Pois é...tal como um dia vi a caminho de Mafra abrirem a porta do carro e atirarem um cão de pequeno porte borda fora. Fixei a matrícula, parei e telefonei à GNR e minha amiga soube mais tarde que foram apanhados e bem multados mas será que aprenderam a lição?
Os cães de rua podem ter ar inofensivos mas todos juntos podem de facto ser um problema sério e atacarem quem passa.
Beijos e um bom domingo
Obrigada pela tua perspectiva, Fatily. Eu toda a minha vida NUNCA vi o que relatas. Nunca. O que sempre testemunhei foi cães pacíficos, a encolherem-se à passagem de humanos, a manterem a distância, mesmo quando ajudados. Atacada por um cão até já fui. Mas tinha 10 anos e o cão pulou o muro de uma habitação privada para enfiar os dentes na minha perna. Não era vadio. Tinha dona, que surgiu pouco depois a pedir desculpas. Podia sofrer de raiva e por isso fui levar a injecção. De lá para cá, nunca fui atacada por cães e não lhes ganhei medo. Fui atacada por uma gata - a da família, duas vezes aliás. Em ambas segurava o meu cão, primeiro cachorrinho, depois mais jovem, ao colo. A gata atirou-se a mim de garras em riste, deixando-me com as costas em sangue mas o alvo era o animal, não eu. Na segunda tentativa a bicha foi tão rápida que mal lhe vi a pata. Mas o som de dor que o meu cão fez foi inesquecível. Isso e a unha da gata cravada no focinho dele. Depois disso, ela nunca atacou novamente. E essas foram as únicas situações, de todas as vezes que contactei com animais na vida.
EliminarSerá que puniram realmente essas pessoas do automóvel com base apenas no seu testemunho? Ou será que haviam cameras e eles tinham imagens? Afinal, tanta CCTV que nos vigia, devia ser usada para fins mais honrosos também.
Não sabia que era proibido alimentar animais de rua. Acho muito, muito, muito mal. Muito desumano e absurdo. Ridículo e anti- compaixão. Se de facto os animais, esfomeados, recorrem a se juntar em grupo para "atacar", é porque a fome e o sentirem que estão a morrer os faz recorrer a esse último impulso de sobrevivência. Então que haja quem os alimente para prevenir isso (além de que é humanitário). Se diz que mesmo assim há animais que atacam, como disse, nunca o testemunhei. A percepção que tenho é a descrita acima.
Não concordo em viver numa sociedade que não tem animais de rua. Os pássaros podem ser livres nas suas árvores, as gaivotas por vezes são uma praga citadina, os ratos andam soltos... porque não o mesmo direito a um cão ou um gato? Uma cidade sem este tipo de sinais de vida, onde todo o cão surge atrelado e aos montes nos parques, é muito assetico. Falta-lhe calor humano e este é substituído por normas, regras, direitos. Tudo o que as pessoas sabem fazer é mencionar leis para "vencer" um debate. Se está na lei não pode estar errado - tipo de coisa.
Obrigada pelo teu contributo, deu-me que pensar.
Um beijo e boa semana.
Será que puniram realmente essas pessoas do automóvel com base apenas no seu testemunho? Ou será que haviam cameras e eles tinham imagens? Afinal, tanta CCTV que nos vigia, devia ser usada para fins mais honrosos também.
ResponderEliminar- Sim puniram porque a pressa de se desfazerem do cão era tal que se esqueceram de tirar a chapinha da coleira devido à enormidade do seu pelo tão mal tratado.
Sim Portuguesinha é proibido alimentar pombos, gatos e cães de rua e há alertas por todo o lado com multas pesadas, como há leis para quem não apanha os cocós dos seus cães.
O PAM é uma miragem, falam, falam e fazem leis mas depois ninguém atende o telefone, não fazem nada perante grupos de cães agressivos etc, etc.
Alimentar é tirar as defesas naturais dos bichos e que depois de super alimentados procriam que é obra.
Quanto aos cães abandonados viram mesmo selvagens e sei que atacam mesmo quem os alimenta e lhes dá água,
como fizeram a uma amiga minha que ia a correr com o seu cão e para o defender sofreu dentadas de pouca monta...pois ... pernas e braços apenas 70 pontos.
Quando tiveres tempo faz uma pesquisa sobre as leis de cá...é tudo muito lindo...mas os canis municipais estão cheios e há tempos fui a um e pedi que queria ver "determinado local" os cuidados continuados dos animais(nome que me ocorreu perante o cenário)..a morrerem de velhos, doenças a gemerem...e seria bem preferível a eutanásia. Eram jaulas de horror. Escrevi para todos os emails do PAM...responderam? o tanas. Também já se pode ter um X número de cães e gatos em apartamentos...pois quem fez a lei deve morar numa quinta, porque quando os donos saem para o trabalho é um sinfonia que nem te digo nada. Os defensores dos animais só aparecem quando a tv- caixinha mágica filma e entrevista...
Enfim fico por aqui porque para além de ser um negócio a criação de animais também é um ramalhete de hipocrisia que me agonia.
Os animais agradecem serem tratados como tal porque se pudessem falar chamariam muita coisa aos humanos.
Beijos e um bom dia
ENtendo. Acho que prefiro não explorar muito esse universo e manter-me um pouco iludida nesta crença na bondade das pessoas... Mesmo quando já testemunhei casos contrários. Ai!
EliminarRamalhete de hipocrisia acho que acertou na muche!
Obrigada por contar.
Boa semana