domingo, 1 de setembro de 2019

Jardim das tabuletas


Ao passar pelos campos de várias vilazinhas não se pode deixar de reparar em certos cemitérios que aqui pelo Reino Unido existem amiúde por todo o lugar. São tabuletas e mais tabuletas daqueles que um dia foram pessoas e respiravam como eu.


Não sei porquê perdemos tanto tempo na vida, quando não sabemos quanto dele nos resta. 
Hoje sei disso. Mas creio que, quando mais jovem, isto nem nos passa pela cabeça. Tudo parece distante demais. Como se o tempo passasse de forma diferente e não igual para todos.

Hoje vejo essas placas nos cemitérios e penso que já não tenho muito tempo. A vida devia ser melhor aproveitada. Remoer em mazelas é atrasar essa vivência. "VIVE" - lembram as tabuletas. "APROVEITA ENQUANTO ESTÁS VIVA".


Mas não...
Há sempre alguém que pensa que se pode dar ao luxo de dispensar uma alegria aqui, outra ali.
Porque "tem tempo".


2 comentários:

  1. Na minha terra chamavam-se "Quinta das tabuletas". Por aqui felizmente já há muitos que optam pela cremação!

    Ninguém sabe o tempo que terá daí eu viver ao máximo um dia de cada vez sem marinar muito no passado (metade já se me varreu) e projectar o quer que seja para o futuro.

    Se debaixo de uma guerra civil, fome, cenários dantescos que vivi se me tivessem dito o que iria ter no futuro jamais acreditaria. O certo é que em quarenta anos tenho duas filhas, dois genros e quatro netos e tudo de bom e menos bom foi vivido ao máximo. Ser positiva até nas horas mais aflitivas é e será sempre o meu escudo invisível.

    Beijocas e uma boa tarde

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  2. Em Macau, por causa da falta de espaço, estão lotados.
    Boa semana

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